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Em agosto de 2014, houve uma disputa judicial pelo título de "Geminar da Década" ao permitir a realização de um🎅 sorteio oficial na "Gemine Club" para selecionar os novos membros de 20bet saque mínimo equipe, o que ocorreu na festa de lançamento🎅 do filme que ocorreu no dia 28 de junho de 2014.

Após mais de 25 horas da disputa judicial, e quase🎅 duas horas, nenhum dos membros da equipe entrou na sala, restando assim uma "escolha da próxima semana e de semanas".No🎅 dia

1 de fevereiro de 2015, foi confirmada a data de estreia do filme com um atraso de 24 horas desde🎅 o dia anterior.

A primeira e a última temporada de "Jerks Gettin' Go", que estreou no dia 25 de maio de🎅 2015, estreou pela 20th Century Fox e é baseada nas vidas de Peter, Brian e Lisa.

O elenco principal foi escrito🎅 por Mark Ruffalo, que, durante os últimos anos, é o presidente da Fox que estrela séries como "Family Guy", "Knoon",🎅 "The X-Files", "Hazel", "I Hate This" e "Jurassic World", para a direção das séries.

O tema vem sendo discutido há meses e o governo promete definir regras para que as casas de apostas operem♣️ sob fiscalização.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar uma medida provisória (MP), que passa a valer assim que♣️ publicada, e um projeto de lei (PL), que deve ser apreciado pela Câmara em agosto, para regulamentar o setor entre♣️ amanhã (21) e segunda (24), conforme apurou o InfoMoney.

A taxação das apostas esportivas era uma das estratégias do governo para♣️ aumentar a arrecadação federal.

Mas, segundo Fernando Haddad (ministro da Fazenda), o impacto positivo nas contas do governo será menor do♣️ que o esperado.

"A MP das apostas vai sair, mas a receita estimada com isso é menor que a do setor♣️ e a da Secretaria de Reformas.

É a Copa do Brasil e é o equivalente brasileiro da Copa da FA, Taa de Portugal, Copa

Rey, Taça♨️ da Escócia e Copa Argentina, embora tenha muito mais prestígio e seja

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Psicologia do esporte no desenvolvimento do papel profissional de atleta

Sport Psychology on professional role athletes development

Psicología del deporte y el🌜 deserrollo del papel profesional del atletaMarisa MarkunasFinasa EsportesUniSant'anna

Endereço para correspondênciaRESUMO

Conhecer o percurso da formação de atletas e o desenvolvimento do🌜 papel profissional, explicitando e discutindo possíveis contribuições da psicologia do esporte foi objetivo do presente estudo.

Foram tomados como metodologia de🌜 investigação os preceitos do Psicodrama, a partir da Teoria de Papéis, ao estudar o imaginário sobre `o que é ser🌜 atleta' em encontros realizados com três grupos de jovens atletas de uma instituição particular de formação de atletas.

Após este levantamento,🌜 foram analisadas as diferenças em três momentos do desenvolvimento esportivo (iniciantes na modalidade, praticantes e atletas juvenis), resultando na construção🌜 de uma análise da formação do papel profissional de atletas, em que se compreende que as crianças ingressam no contexto🌜 esportivo na Fase Role Taking, e ao prosseguirem em instituições de formação de atletas passam pelo Role Playing, culminando com🌜 o Role Creating quando chegam às categorias adultas-principais da 20bet saque mínimo modalidade.

Palavras-chave: Psicologia do esporte, Formação de atletas, Psicodrama, Papel profissional.

ABSTRACT

This🌜 study aimed at examining athletes' formative years, explicitly discussing the possible contributions of Sports Psychology.

The method of investigation evolved around🌜 Psychodrama precepts of Roles Theory, studying what it means to be an athlete in three young groups from a private🌜 institution of athletic formation.

After this survey, the differences of three moments of sports development were analyzed (freshmen, practitioners and junior🌜 athletes), resulting on the construction of an analysis about professional athletes' formation.

Children who starts practicing sports get in Role Taking🌜 fases and continue in athlete´s institution on Role Playing fases, taking progress into adults categories on Role Creating fases.

Keywords: Sport🌜 psychology, Athletes formation, Psychodrama, Professional role.

RESUMEN

Conocer el precurso de la formación de atletas y el desarrollo del papel profesional, explicitando🌜 y discutiendo posibles contribuciones de la psicología del deporte, fue el objetivo del presente estudio.

Fueron tomados como metodología de investigación,🌜 los preceptos del Psicodrama, a partir de la Teoría de Papeles, al estudiar lo imaginario sobre `lo que es ser🌜 atleta' en encuentros realizados con tres grupos de jóvenes atletas de una institución particular de formación de atletas.

Después de este🌜 levantamiento, fueron analizadas las diferencias en tres momentos del desarrollo deportivo (iniciantes en la modalidad, practicantes y atletas juveniles), resultando🌜 en la construcción de un análisis de la formación del papel profesional de atletas, en que se comprende que los🌜 niños ingresan en el contexto deportivo en la Fase "Role Taking", y al proseguir en instituciones de formación de atletas,🌜 pasan por el "Role Playing", culminando con el "Role Creating", cuando llegan a las categorías adultas-principales de su modalidad.

Palabras clave:🌜 Psicología del deporte, Formación de atletas, Psicodrama, Papel profesional.

Introdução

Em poucas profissões o papel profissional é desenvolvido tão cedo como no🌜 contexto esportivo em que as atividades de preparação motora, física, técnico e tática acontecem desde tenra idade.

A idade na qual🌜 as crianças começam a participar de competições esportivas varia dos 5 aos 12 anos de idade, de acordo com a🌜 modalidade escolhida.

No caso de modalidades coletivas como o vôlei e o basquete as crianças começam a participar de disputas devidamente🌜 regulamentadas pelas federações esportivas desde os 11/12 anos de idade.

A partir do ingresso em escolinhas ou clubes e instituições de🌜 formação de atletas, as crianças passam por uma estrutura de categorias, nas quais são divididas de acordo com o ano🌜 em que nasceram.

A constituição do papel profissional de atleta, diferentemente da grande maioria das profissões, ocorre ao longo da juventude.

O🌜 papel de atleta vai sendo construído simultaneamente a tantas outras descobertas da vida, desde a pré-adolescência, de modo que a🌜 integração ou não-integração deste papel ao EU pode significar um processo complexo e de análise de valores fundamentais, já que🌜 o jovem se encontra numa etapa de reformulação de valores e perspectivas morais, trazendo consigo uma série de normas e🌜 crenças aprendidas na família, na escola e na comunidade que vive.

Desta forma, acreditamos que o desenvolvimento do papel profissional de🌜 atleta está diretamente ligado à formação da própria identidade do indivíduo.

Ao propor uma discussão sobre a construção do papel profissional🌜 de atleta, estamos nos referindo aos praticantes do esporte de rendimento, caracterizado pela busca de resultados e superação de limites.

O🌜 esporte resultado pode conduzir ao esporte profissão, o que nos auxilia na justificativa sobre a caracterização da análise do papel🌜 profissional de atleta estar ligada ao esporte-competição1, também conhecido como esporte de rendimento ou alto nível (Carravetta, 1997).

Neste contexto, o🌜 atleta que não tem uma prática de excelência raramente chega a participar das atividades relativas ao mundo esportivo profissional e🌜 adulto, ou se chega, permanece por pouco tempo.

Tal como nas discussões e reflexões de Rubio (2001), temos como elemento constituinte🌜 do presente estudo o esporte contemporâneo, o atleta da atualidade, dos nossos tempos.

Segundo a autora, o atleta e o esporte🌜 contemporâneos têm suas origens no período da Idade Moderna, refletindo uma distinção de valores e práticas: "O esporte contemporâneo, no🌜 seu processo de construção, sofreu influência das transformações sócio-culturais e absorveu uma série de características da sociedade industrial moderna.

Segundo Guttmann🌜 (1992) em função disso, características como secularização, igualdade de chances, especialização, racionalização, burocratização, quantificação e busca de recorde, princípios que🌜 regem a sociedade capitalista pós-industrial, marcam indelevelmente a prática esportiva, tendo o rendimento como princípio norteador" (p.95).

Tubino (1999:13) ao discorrer🌜 sobre a origem do esporte afirma que "embora possam haver diferentes interpretações do esporte, ele é um fenômeno profundamente humano,🌜 de visível relevância social na história da humanidade e intimamente ligado ao processo cultural de cada época".

O esporte de competição🌜 a que nos referimos neste trabalho é aquele em que o amadorismo foi deixado de lado em relação à supremacia🌜 do profissionalismo capitalista.

A queda do amadorismo figura como uma das características do esporte contemporâneo como destaca Rubio, 2001: "...

apontar apenas🌜 o rendimento enquanto elemento marcante do esporte contemporâneo, apresentado como um dos espetáculos da pós-modernidade, seria desconsiderar outros valores que🌜 foram sendo transformados, principalmente a partir da década de 1970, ou mais precisamente com a queda em desgraça do conceito🌜 de amadorismo" (p.96)...

"É a partir desse momento que os dois elementos fundantes do esporte moderno, o amadorismo e o fair🌜 play, passaram a sofrer seu grande revés.

Considerados a base do Olimpismo, esses conceitos foram norteadores do esporte ao longo do🌜 século XX, até aproximadamente os anos 70, quando a relação causal dinheiro e desempenho esportivo passaram a compor uma dupla🌜 inseparável, levando o esporte a se tornar uma carreira profissional e uma opção de vida para crianças e jovens possuidores🌜 de um nível de habilidade desejada para o desempenho esportivo" (p.213).

Entendemos assim que se justifica a necessidade de refletirmos sobre🌜 a formação profissional de jovens atletas, já que o esporte é uma modalidade profissional e não apenas aquela na qual🌜 prevalece o prazer, o jogo em si, a brincadeira e a ludicidade.

Falando sobre as transformações do esporte ao longo do🌜 tempo e da história, Constantino (1990:169) diz que: "O Desporto2 começa por ser sinônimo de divertimento, cerca de meio século🌜 mais tarde era reconhecidamente entendido como atividade física, exercida no sentido do Jogo, cuja prática supunha treino, regras e um🌜 sistema codificado de avaliação.

O lúdico, o prazer, cedia lugar ao esforço e ao rendimento."1.O atleta

Rubio (2001) discutindo as características que🌜 relacionam o atleta ao mito do herói apresenta uma caracterização do atleta profissional: "Esse indivíduo a quem nos referimos, que🌜 vem a ser identificado como um ser raro, um entre milhares, usufrui dessa condição [ser herói] uma vez que é🌜 mínima a parcela da população que pratica esporte com finalidade competitiva e consegue atingir níveis de atuação e exposição que🌜 justifiquem a 20bet saque mínimo situação de ídolo.

O preparo físico (e por que não psicológico também) extraordinário que tem o atleta, que🌜 envolve a explicitação inevitável da busca e superação de limites, torna-o alvo de identificações e projeções, levando-o a ser adorado🌜 por 20bet saque mínimo torcida, e respeitado, e por vezes odiado, pelos adversários"(p.100).

Feijó (2000) falando sobre a formação profissional de atletas afirma🌜 que "toda formação profissional, no final das contas, é uma deformação humana....

A (de)formação profissional do esporte abre as portas para🌜 inseguranças e medos, ansiedades e estresses, agressões humanas e somatizações.

O atleta vive sempre na fronteira do desequilíbrio emocional.(...

) Como se🌜 isso não fosse suficiente, além de toda a gama de estresses que a vida desportiva possibilita, enquanto a produtividade permanece,🌜 sempre se convive com o fantasma da inevitável `aposentadoria': em média, o atleta apresenta alto rendimento durante uns dez anos🌜 e depois disso, como vai ser a vida da pessoa que se limitou a apenas jogar jogos?"(p.22).

A aposentadoria nem sempre🌜 é condicionada pela queda no rendimento esportivo ou falta de habilidade física, mas pela ocorrência de lesões físicas e tantos🌜 outros fatos de ordem pessoal que acabam por afastar o atleta definitivamente das quadras, dos campos, das piscinas etc.

Ser atleta🌜 é tomar consciência desta possibilidade inevitável, que acontecerá a todos, para uns ainda em idade juvenil, para outros depois de🌜 longos anos de prática esportiva.

Para Rubio (2001) o atleta submetido a uma rotina desgastante de treinos e jogos, se vê🌜 envolvido por questões como a ausência de contato com a família, superexposição na mídia e a impossibilidade de admitir para🌜 si e para o público suas fragilidades, angústias e incertezas.

Diante deste cenário, do contexto que qualifica e determina a prática🌜 esportiva profissional, das condições e necessidades da formação de atletas, é que questionamos o papel da psicologia do esporte.

Como se🌜 dá a formação de atletas e a promoção de talentos esportivos, do ponto de vista da psicologia? Que elementos psicológicos,🌜 de origem e interfaces social e afetiva-emocional estão presentes neste processo de formação?

O atleta como herói refere-se a uma representação🌜 do imaginário coletivo conforme explicita Rubio (2001).

Trata-se de um indivíduo idealizado sobre o qual projetamos anseios e crenças universais das🌜 necessidades de cada indivíduo superar e até ultrapassar os limites humanos.

São as características e elementos do imaginário presentes no esporte🌜 que podem remeter crianças e jovens a desejarem e atuarem pela concretização de ser um esportista.

A mídia reforça o imaginário🌜 coletivo a respeito da concepção do atleta viver em plena luta e satisfação.

O atleta é visto como aquele que desfruta🌜 de prazeres e favores especiais em relação à população em geral.

A prática esportiva é vista como responsável pelo gozo, alegria🌜 e diversão ilimitados.

Desta mesma forma as crianças e jovens ingressam no mundo esportivo.

Ao estudar e conhecer as possibilidades de compreensão🌜 e intervenção do Psicodrama3, passamos a refletir sobre a formação do papel profissional de atleta como fator decisivo na promoção🌜 de talentos esportivos, na constituição da subjetividade e identidade de um indivíduo que tem a prática esportiva como perspectiva de🌜 atividade profissional.

O questionamento que configuramos neste momento parte da constatação de que: mesmo com as vivências, exercícios e práticas esportivo-competitivas🌜 muitas crianças e jovens não conseguem alcançar o patamar de desenvolvimento adequado para a execução das tarefas esportivas, havendo portanto🌜 carências no desempenho do papel de atleta.

Pode o psicodrama contribuir para a assimilação/construção do papel profissional de atleta, levando a🌜 um bom nível de desempenho esportivo?2.O Psicodrama4

Psicodrama é o nome como é conhecida a teoria criada por Jacob Levi Moreno🌜 em 1921, que se refere ao Projeto Socionômico, descrito no Sistema Sociométrico (Moreno, 1993).

Segue abaixo um diagrama explicativo (Figura 1)🌜 deste sistema:3.Sociodrama

A Socionomia é a ciência das leis sociais, composta pela Sociodinâmica, Sociometria e Sociatria.

A proposta de Moreno (1921) surgiu🌜 de diversas tentativas do autor em sistematizar uma forma terapêutica, espontânea e criativa do teatro tradicional.

Do Teatro Espontâneo surgem o🌜 Jornal Vivo e o Teatro Terapêutico, que posteriormente tomam a forma de Psicodrama e Sociodrama (Naffat Neto, 1997).

O Psicodrama por🌜 se tratar da terapêutica das questões individuais, ainda que sob a luz da influência social e sobretudo, das relações interpessoais,🌜 ganhou força e destaque sendo responsável então por nomear todo o conjunto teórico proposto.

Dentre os instrumentos de intervenção desta teoria,🌜 destacamos o sociodrama por ter sido o método utilizado na investigação ora apresentada.

O sociodrama corresponde, segundo Gonçalves, Wolff, Almeida, (1988)🌜 a um tipo de terapia que privilegia os grupos que se mantém reunidos em função de tarefas e/ou objetivos comuns.

O🌜 objeto do sociodrama diz respeito àquilo que é característico do grupo focalizado, os papéis coletivos aos quais o grupo está🌜 ligado, como nesta investigação ao papel de atleta e não especificamente a vivência individual.

Trata-se de uma investigação grupal a respeito🌜 do imaginário sobre `ser atleta' e não da vivência particular de uma atleta.

A prática da metodologia e fundamentos psicodramáticos no🌜 esporte representam um instrumento reconhecido por psicólogos do esporte de diversas orientações teóricas, mas sobretudo, de uma visão de mundo🌜 e filosofia adotados por aqueles envolvidos com o Projeto Socionômico de Moreno.

Segundo Bomfim, (1994:227 apud Franco 2001), a vivência de🌜 jogos dramáticos, com grupos esportivos de modalidades exclusivas, como por exemplo, em times de basquete, vôlei ou em equipes de🌜 natação já está sendo, há tempos utilizada.

Neste sentido, Franco (2001) destacou cuidados na compreensão e conseqüentemente no uso de jogos🌜 dramáticos.

"Os jogos dramáticos vistos por alguns leigos como dinâmicas de grupo, jogos pedagógicos, dramatizações, `brincadeiras' para entrosamento grupal ou motivação🌜 têm seduzido muitos profissionais da área [Psicologia do Esporte] pelo seu dinamismo, sutileza e ludicidade.

Mas uma dramatização ou vivência em🌜 jogo dramático não pode ser vista como um espetáculo teatral ou um `show'.

É preciso elucidar que do mesmo jeito que🌜 esse tipo de recurso pode ser considerado leve e divertido, ele pode enveredar, por exemplo, por caminhos tortuosos, contundentes e🌜 difíceis durante a 20bet saque mínimo aplicação com um grupo" (p.198-199).

Além disso, a autora ainda aponta que possibilitar vivências a partir de🌜 jogos dramáticos pode ser `perigosa' não só por percorrer caminhos difíceis, mas sobretudo por incorrer em falta de objetividade e🌜 apropriação por parte dos atletas sobre o trabalho realizado.

"Conforme mencionado anteriormente, o Psicodrama tem uma série de jogos e de🌜 técnicas interessantes, as quais costumam despertar bastante interesse no aplicador.

Porém a empolgação, frente a esses recursos, pode `cegar' ou mascarar🌜 os reais objetivos de aplicação.

Infelizmente tenho encontrado colegas da área que me pedem `técnicas legais' que `mobilizem o grupo', mas🌜 esses profissionais não estão tão atentos ao que é pedido pelo próprio grupo, o que eles realmente estão precisando.

Às vezes,🌜 estão mais preocupados com o impacto visual, cênico (e até alegórico) do que com a implicação que cada técnica pode🌜 causar.

Isso é muito perigoso!"(p.159).3.

A teoria de papéis e a hipótese de trabalho

O termo papel tem relação direta com a Teoria🌜 de Papéis que decorre da Sociodinâmica como explicitado no diagrama acima.

Segundo Gonçalves, et alli.

(1988:66) "o conceito de papel que pressupõe🌜 inter-relação e ação, é central nesse conjunto articulado de teorias, imprescindível, sobretudo para a compreensão da teoria da técnica terapêutica".

Na🌜 dinâmica de relações interpessoais, o indivíduo desenvolve ao longo da vida uma série de papéis que dizem respeito às exigências🌜 e necessidades das situações vividas de modo que cada pessoa é composta por um `cacho de papéis', como diz Moreno🌜 (1978:27) "os papéis não estão isolados, tendem a formar conglomerados".

O termo papel foi definido por Moreno como a "forma de🌜 funcionamento que o indivíduo assume no momento específico em que reage a uma situação específica na qual outras pessoas ou🌜 objetos estão envolvidos" (Moreno, 1978: 27).

Portanto, cada pessoa será composta por tantos papéis quantas forem as situações diferenciadas e específicas🌜 em 20bet saque mínimo vida, por exemplo, papel de irmão, constituído na relação que o indivíduo estabelece com aqueles criados em contexto🌜 fraternal; o papel de aluno vai sendo constituído nas relações estabelecidas com outras pessoas que atuam em complementaridade exercendo funções🌜 de ensino e autoridade em contexto escolar etc.

Neste último exemplo ficou evidenciado uma outra característica importante do conceito de papel🌜 que é a complementaridade.

Todo papel corresponde a um contrapapel ou papel complementar que confere a ambos a característica de co-existência🌜 e portanto, permite a constituição de cada uma das partes - papel e contrapapel - em função da presença da🌜 outra.

Segundo Franco (2000), o atleta somente será atleta na relação dos papéis complementares.

"Tanto o técnico pode facilitar a imagem que🌜 cada atleta seu faz de si próprio, como também pode `arrasar' com qualquer projeto de auto-imagem esportiva" (p.29).

Além das figuras🌜 complementares, que são os pais, familiares, e, sobretudo o técnico, o orientador físico, a torcida e dirigentes, participam da construção🌜 do papel profissional de atleta a prática da ação esportiva, o modelo do atleta profissional e a imitação.

É neste contexto,🌜 que se desenrolam todas as atividades, desafios e sucessos da formação profissional de jovens atletas.

Vale acrescentar que ao falar dos🌜 sentidos do termo Papel, Gonçalves et alli.

(1998) apontam dois caminhos principais: um referente à representação teatral e outro às funções🌜 sociais que as pessoas exercem na comunidade em que vivem ou mesmo na comunidade mundial.

No segundo sentido citado, os autores🌜 afirmam que as pessoas exercem funções que são delimitadas e circunscritas pelas condições sócio-econômicas, que podem ser denominadas papéis profissionais,🌜 além das relações interpessoais diretas nas quais atuam.

Igualmente são citados os papéis determinados pela classe social, os papéis afetivos, os🌜 papéis determinados pelas atitudes e ações das pessoas, os papéis familiares dentre outros.

Segundo a Teoria de Papéis, o desenvolvimento de🌜 um determinado papel passa por três momentos característicos, em que o indivíduo começa tomando o papel (Role Taking), a partir🌜 de ações predominantemente de imitação, passando pela fase em que experimenta o papel, jogando-o (Role Play) até chegar ao período🌜 em que é capaz de exercitá-lo com suas características próprias, criando seu próprio papel (Role Creating).

Tomando isso como referência, entendemos🌜 que as jovens atletas ingressam na prática esportiva competitiva realizando atividades relativas à fase de Role Taking (Tomada de Papel),🌜 passando pelo Role Playing (Jogo de Papel) quando ingressam em instituições para formação e promoção de atletas (nesta fase as🌜 jovens passam por um difícil processo de adaptação a regras e restrições do jogo); aquelas que ultrapassam a fase anterior🌜 chegarão ao Role Creating (Desempenho do papel), consolidando então a expressão do Papel Profissional de Atleta.

A hipótese deste trabalho está🌜 baseada na construção do papel profissional a partir da Teoria de Papéis.

Buscamos verificar em que medida a passagem de uma🌜 fase a outra (do Role Taking ao Role Playing e deste ao Role Creating) configura-se como aspecto fundamental na construção🌜 do papel de atleta, uma vez que muitos jovens não prosseguem nesta caminhada por não cumprir as exigências da fase🌜 seguinte do desenvolvimento.

Partimos da suposição de que na formação esportiva há um estrangulamento no período referente à fase de Role🌜 Playing, ou seja, no momento em que o atleta deixa a prática lúdica e divertida em si mesma e passa🌜 a ter que respeitar regras e obrigações do jogo competitivo, deixa de lado a criatividade, correndo o risco de atuar🌜 de maneira cristalizada, reproduzindo os movimentos motores especializados e as `regras do jogo'.

Muitas crianças deixam de praticar a atividade esportiva🌜 ou não são capazes de corresponder a um nível de exigência muito superior àquele vivenciado até então nas fases de🌜 Role Taking e Role Playing.

Denominamos aqui de estrangulamento o fenômeno da seleção restritiva decorrente do desenvolvimento físico, biológico e emocional🌜 em relação às exigências esportivas, uma vez que eles não conseguem seguir rumo ao Role Creating.

Atuando junto a jovens que🌜 transitam nestas fases de desenvolvimento, a experiência cotidiana vem nos mostrando que as formas de vivenciar e perceber o crescimento🌜 e evolução exigidos ao longo do desenvolvimento esportivo diferem nas diversas categorias em que as crianças e jovens são distribuídas,🌜 explicitando assim o caráter processual em que a tomada do papel profissional se dá.

Acreditamos, portanto, que à medida que este🌜 processo puder ser constantemente redimensionado pelas atletas em formação e pelos profissionais responsáveis pela relação ensino-aprendizagem, teremos um alargamento da🌜 passagem de atletas às fases seguintes de formação, de modo a diminuir o chamado estrangulamento.

Tomar consciência destes processos parece ser🌜 um caminho inicial e auxiliar na apropriação do indivíduo sobre seu próprio processo de formação esportiva-profissional.

MétodoSujeitos

Foram sujeitos da investigação 34🌜 jovens atletas do sexo feminino, de uma instituição particular de formação em basquetebol.

As atletas foram divididas em três grupos ,🌜 segundo suas respectivas categorias: grupo Mini (12 a 13 anos) n= 15, Infantil (15 anos) n= 12 e Juvenil (18🌜 a 19 anos) n = 7, representando as categorias inicial, intermediária e final num processo de formação, de acordo com🌜 os critérios de divisão da Federação correspondente à modalidade esportiva praticada.

Procedimentos

Foi realizado um encontro com cada um dos grupos (Mini,🌜 Infantil e Juvenil), a fim de traçar o imaginário das jovens sobre o que é ser atleta e então analisar🌜 as diversas vivências em relação às fases de desenvolvimento e integração de papéis conforme as hipóteses teóricas.

Em cada encontro as🌜 atletas deveriam responder inicialmente à questão: "Ser atleta é...

" Em seguida, diferentes procedimentos psicodramáticos (Teatro Espontâneo e Sociodrama) foram realizados🌜 com cada grupo a fim de explicitar o imaginário coletivo.

Todas as jovens deram consentimento para participação nesta pesquisa.

Deste modo, cada🌜 grupo produziu expressões-tema sobre o questionamento "ser atleta é...

" e em seguida estas idéias foram agrupadas e dirigidas, gerando ao🌜 final cenas dramáticas, vivências e reflexões coletivas gerando um conteúdo relativo a como cada grupo etário compreende a questão levantada.

Resultados🌜 e Discussão

A partir da análise dos conteúdos produzidos foi possível apontar as características específicas de cada grupo investigado.

Nas expressões apresentadas🌜 pelo grupo Mini (12-13 anos) está presente o sonho, o gosto pela prática, associados com características relativas aos benefícios `externos'🌜 do esporte, como explicitado nas expressões: "Estamos aqui por um sonho e não por qualquer coisa" ...

"Me sinto bem jogando🌜 porque gosto" ...

"O esporte nos afasta das drogas, nos dá uma `vida mais saudável'" ...

"Além de me sentir responsável, [a🌜 modalidade] ajuda a desenvolver o raciocínio".

Ficou evidente nestas palavras o distanciamento ainda existente entre a vivência destas meninas e a🌜 vida de atleta profissional, em particular no que diz respeito às limitações, às dificuldades como distância da família etc, conforme🌜 apresentado em nossa introdução sobre a formação de atleta.

Neste grupo inicial também apareceu a figura do ídolo, o modelo a🌜 ser seguido, copiado, que corresponde à etapa do Role Taking (Tomada do Papel), que prescindem da imitação na construção de🌜 um papel e que possivelmente corresponde à etapa que muitas meninas se encontram nesta categoria esportiva: "Me sinto bem jogando,🌜 torcendo, vendo outros jogarem, o X (nome de jogador profissional da modalidade), nós prestamos atenção...".

Sobre a análise das expressões finais🌜 do grupo Infantil (15 anos), é importante destacar a riqueza possibilitada pelo método utilizado, o Teatro Espontâneo, no qual as🌜 atletas construíram personagens a fim de concretizar o `ser atleta', revelando características marcantes para esta etapa, explicitado pela construção dos🌜 personagens: "Eu escolhi o Robô porque é diferente e não tem nenhum sentimento, ele não tem nada, não sente nada,🌜 então se ele tiver que emagrecer...

não tem sentimento, não tem problema...

não tem canseira, não tem nada...

vai ter que treinar do🌜 mesmo jeito" e "o maracujá geneticamente alterado tem todo um processo de bastante tempo crescendo para dar folhas e depois🌜 frutos, mas aqui ele não passou por esse processo pra poder dar frutos a toda hora que precisava, ele deu🌜 uma flor bonita mas antes dos outros maracujás" e "Eu peguei o papel `ser diferente' e pensei, vou criar um🌜 personagem bem diferente o Gago Troncho .

Peguei o `animado' que apesar de ser gago-troncho pra entrar num time de basquete🌜 ele `ralou muito' aí ele passou por `tudo de bom e de ruim', teve que `amar [a modalidade]' e `conquistou🌜 seu objetivo'".

Destas descrições evidenciamos o Ser atleta para este grupo corresponde ao ser diferente, precoce dar frutos antes da hora,🌜 não poder expressar seus sentimentos livremente e ter que saber se controlar ou mesmo não saber o que fazer, mas🌜 ter que corresponder às expectativas.

Estes personagens podem auxiliar na justificativa do uso do psicodrama como facilitador do desenvolvimento do papel🌜 profissional de atleta na medida em que atua explicitando a necessidade de mudanças no comportamento individual em relação às necessidades🌜 e situações emergentes que o papel profissional exige ao longo do tempo.

As ações e estratégias psicodramáticas permitem às atletas visualizar🌜 os conflitos com os quais se deparam e as estratégias de enfrentamento utilizadas, promovendo alterações na realidade, aqui-agora sobre o🌜 drama que se configura.

Busca-se assim maior apropriação do papel construído com perspectivas que configurem por fim `o atleta que quero🌜 ser', `o atleta que desejo ser', tal como afirmou uma das atletas juvenis ao final da etapa de investigação de🌜 seu grupo: "o seu trabalho [esta pesquisa] não deveria ser sobre "ser atleta é", mas sobre o que deveria ser🌜 `ser atleta'".

Isto explicita a necessidade das jovens confrontarem as reais condições que vivenciam na construção do papel profissional e as🌜 expectativas vigentes sobre o "ser atleta".

Este grupo (juvenil) trouxe como expressões-tema os Prazeres e Vantagens em ser atleta, evidências das🌜 restrições e desvantagens desta vivência profissional, questionando as dificuldades em ter uma vida `normal' paralela ao mundo esportivo, podendo estudar🌜 etc.

O grupo produziu uma cena de uma atleta batendo em um obstáculo (uma parede), sem saber como sair do lugar,🌜 o que em análise conjunta denotou a dificuldade em lidar com os conflitos centrais vividos por aquele grupo: "ser ou🌜 não atleta ?"

Neste grupo, aconteceu um diálogo entre dois personagens: a `atleta ignorante' e o `não-atleta' que foi investigado e🌜 trabalhado com técnicas psicodramáticas (foram realizados o espelho e a inversão de papéis), que possibilitaram às presentes, construir, no `como🌜 se', no faz-de-conta psicodramático, uma saída, uma solução para o conflito vivido.

O personagem com dificuldades colocou-se numa postura mais ativa,🌜 mostrando um atleta que deixa de ser ignorante e consegue conciliar os estudos e a prática esportiva profissional.

Trata-se de uma🌜 possibilidade técnica do psicodrama que auxilia ao sujeito tomar consciência de suas necessidades e propor as mudanças, no contexto do🌜 faz-de-conta em primeiro lugar para então experimentá-lo nas condições reais do dia-a-dia.

Ao refazer esta cena, ficou evidente o conflito, o🌜 drama coletivo referente ao `ser ou não atleta, ao desafio de transitar entre as vantagens e desvantagens de ser atleta',🌜 explicitando comportamentos e características pessoais que precisam estar presentes para ser um jogador profissional.

Estas representações configuram a etapa relativa ao🌜 Role-Creating na construção do papel profissional de atleta, pois há consciência, reflexão e ação em direção a um tipo particular🌜 e próprio de atleta que cada uma pode ser.

A partir das falas e mesmo da temática representada pelos diversos grupos🌜 podemos identificar uma diferença na manifestação do imaginário sobre o que é ser atleta deflagrando características que identificamos como uma🌜 maior ingenuidade no grupo inicial (Mini), culminando com a explicitação do conflito coletivo na categoria mais próxima da profissionalização (Juvenil),🌜 relativo ao "Ser ou Não Ser atleta ?".

Enquanto no Mini as expressões manifestam características coletivas, como o ser campeão [que🌜 é inevitavelmente realizado em grupo], no Juvenil temos presentes os dramas individuais, como o conflito entre estudar ou não, seguir🌜 ou não a carreira.

No grupo Infantil (intermediário) começam a surgir os conflitos entre o trabalho coletivo e as exigências individuais,🌜 pois as meninas que até então privilegiavam a prática lúdica e o prazer de estar em grupo de amigas, começam🌜 a se dar conta que apenas algumas delas seguirão no caminho competitivo e exigente da profissionalização, a diferenciação entre o🌜 que pode e o que não pode ser feito, o que conduzirá umas ou outras à profissionalização passa a ser🌜 evidenciado.

Tomando como referência a Teoria de Papéis, podemos analisar a formação de atletas, supondo que nas proximidades da categoria Infantil,🌜 aquela que está no meio do processo de formação, a jovem atleta começa a passar pelo conflito fundamental entre gozar🌜 o jogo esportivo, curtir a brincadeira e tomar a atividade esportiva como trabalho, `tarefa seria'.

Esta hipótese surge, tomando como base🌜 os encontros realizados, diante da riqueza demonstrada pelos personagens construídos, sobretudo o Gago e o Robô, que podem explicitar a🌜 necessidade da perfeição e do acerto e a ausência da falha e do erro na prática esportiva profissional.

Ao perceber e🌜 identificar as diferentes formas de subjetividade subjacentes à vivência de "ser atleta" propomos uma leitura teórica sobre a formação do🌜 papel profissional de atleta, tendo como referência a Teoria de Papéis, em que as categorias iniciais de formação e escolinhas🌜 de esporte, dizem respeito ao Role Taking na qual a prática infantil dá maior ênfase ao brincar.

Em seguida, começam a🌜 surgir as dificuldades com a necessidade de comprovação das habilidades esportivas para 20bet saque mínimo permanência no processo de formação profissional.

Neste período,🌜 acreditamos que ocorra o estrangulamento, o sonho de ser atleta é interpolado pelas condições e situações concretas/reais tanto em relação🌜 às capacidades físico-motoras da garota, quanto em relação às suas habilidades técnico-táticas.

O período intermediário de formação refere-se portanto, ao Role-Play🌜 e aquelas jovens que `sobreviverem' ao processo, em busca da integração deste novo papel e 20bet saque mínimo identidade poderão chegar ao🌜 Role Creating , como parecem questionar as atletas juvenis ao buscar meios de relacionar outras exigências da vida em geral🌜 e o trabalho esportivo.

Considerações Finais

Apontamos aqui como contribuição da psicologia do esporte, a possibilidade de compreensão do desenvolvimento do papel🌜 profissional e de necessárias intervenções a fim de auxiliar jovens e profissionais a compreender os entraves e sobretudo, criar saídas🌜 e alternativas às dificuldades do cotidiano.

Conforme as considerações apresentadas sobre o sociodrama realizado, é pertinente oferecer aos atletas em formação🌜 oportunidades de reflexão e contínua re-significação do papel profissional de atleta.

Para tanto, sugerimos que seja desenvolvida uma metodologia de ação🌜 baseada na Teoria de Papéis, tendo como instrumento e método de análise o jogo de papéis, ou Role-Play5, além dos🌜 demais métodos psicodramáticos, por se referir a um método de trabalho bastante pertinente no treinamento do papel profissional.

Segundo Gonçalves et🌜 alli.

(1988:42) "qualquer novo papel a ser desenvolvido pode ser auxiliado pelo uso de role-playing, possibilitando assim um papel mais espontâneo🌜 e criativo, sem medo e ansiedades".

Naffah Neto (1997) ao discorrer sobre o método de role-playing, enquanto método de interpretação de🌜 papéis a partir de 20bet saque mínimo explicitação e transformação, aponta que trata-se de um instrumento que visa a educação e o🌜 desenvolvimento da espontaneidade6 de uma forma mais global, sendo portanto o método central no psicodrama pedagógico ou sócio-educativo.

Por esta utilização,🌜 o autor aponta o perigo do uso ideológico deste método moreniano, corroborado por Motta (2002), passando [de role-playing] a role-training🌜 em que o método é utilizado como forma de exercer controle sobre os indivíduos via o `treinamento' de papéis, recaindo🌜 portanto numa conserva cultural7.

Portanto, é importante que o método de role-playing possa ser considerado como um instrumento a favor da🌜 autonomia e desenvolvimento pessoal-profissional de cada jovem e não da autoridade e normatização da instituição responsável pelo processo.

Franco (2001) fala🌜 sobre a necessidade de estimularmos a constituição e expressão espontânea e criativa dos papéis em oposição às conservas culturais destes🌜 mesmos papéis: "Tanto o atleta, quanto o técnico, adolescente ou adulto frente a uma situação adversa, podem recorrer a uma🌜 alternativa mais fácil que é copiar papéis.

Num primeiro momento, sem saber como agir, as pessoas tomam um papel internalizado, padronizado🌜 e executam, às vezes, de maneira mecânica e repetitiva, sem a menor consciência ou reflexão.

Agindo de acordo com protótipos pré-estabelecidos🌜 por outros interesses, o atleta pode perder 20bet saque mínimo individualidade, peculiaridade e, principalmente, o prazer em exercer seus próprios papéis" (p.153).

Por🌜 conta disto, reafirmamos o conflito da passagem da criança que brinca ao jovem atleta em formação, que terá as exigências🌜 e necessidades do jogo como possível entrave ao desenvolvimento do papel profissional, destacando como tarefa da psicologia do esporte a🌜 atenção e cuidado com estes aspectos.

A importância do desenvolvimento de um atleta espontâneo e criativo, que possa durante o jogo🌜 esportivo ultrapassar limites e alcançar resultados até então inesperados, tem relação com as considerações de Huizinga (1996) sobre a tensão🌜 estar presente no jogo, representando incerteza.

Desta forma, não há como prever comportamentos para resultados esportivos esperados, não há como criar🌜 um padrão de atleta.

A incerteza presente no jogo inviabiliza conhecermos o que exatamente vai acontecer e como reagir, coerente com🌜 a plasticidade da ação humana, que jamais poderia ser compreendida numa relação causa e efeito, como seria previsto se tomássemos🌜 como referência um padrão de comportamento do atleta [referente portanto a conserva cultural].

Entendemos assim, que apesar de conhecer e atuar🌜 sobre sistemas de jogos, lidando com regras e limites é fundamental ao atleta de alto nível fazê-lo de maneira própria🌜 e até imprevisível, o que coloca seu adversário sempre em prontidão para outra resposta nova.

Não será esta a característica que🌜 nos chama atenção no esporte? A não repetição, mas a criatividade e novidade das ações, o gosto do atleta em🌜 fazer seu trabalho? A criação e não só a reprodução?

Entendemos por fim, que a construção do papel profissional de atleta🌜 passa pelo cuidadoso processo de ação-reflexão-ação, na busca de consciência e apropriação de 20bet saque mínimo história e não apenas reprodução de🌜 outras tantas vivências particulares vitoriosas.

Cada um será o atleta que pode ser e não apenas reproduzirá o atleta que todos🌜 desejam que ele seja ou mesmo que tantos outros tenham sido no passado e tenham se tornado heróis e modelos🌜 a serem seguidos.

Esperamos que estas considerações possam auxiliar na reflexão e, sobretudo na construção de metodologias em psicologia do esporte🌜 que favoreçam o desenvolvimento humano, a promoção de saúde e qualidade de vida, além da exclusiva busca de resultados, índices🌜 e recordes esportivos.

Que o jogo valha a pena em si mesmo, que a vida seja valorizada e a moral seja🌜 desenvolvida em oposição às amarras e conservas culturais da sociedade contemporânea, convergindo no mesmo sentido das reflexões finais de Rubio🌜 (2001:215) pois "o significado que a prática esportiva adquire ao longo do período competitivo, ou profissional, pode influenciar diretamente nos🌜 rumos da vida futura do atleta (...

) uma forma de elaborar essa história marcada por tantos sobressaltos está no envolvimento🌜 com a criação e formação de novos atletas, que poderão vir a se manifestar contra esse sistema, reparando ao mestre🌜 o passado e criando para si a possibilidade do gozo não vivido por outros.

Essa é uma das indicações de que🌜 a carreira de um atleta não é fruto apenas de uma disposição e talento individuais, da afirmação de uma vontade🌜 latente ou da determinação em perseguir objetivos.

Fatores externos como a influência parental, políticas institucionais e papel dos formadores, sejam eles🌜 professores de educação física ou técnicos, podem influenciar e até determinar a transformação de um aspirante em atleta".

Bibliografia:Carravetta, E.S.

O Esporte🌜 Olímpico: um novo paradigma de suas relações sociais e pedagógicas.POA: Ed.

Universidade/UFRGS, 1997.[ Links ]Constantino, J.M.

(1990) Reflexões em torno do valor🌜 cultural e ético do Espetáculo Desportivo.

Revista Horizonte, 35.[ Links ]Feijó, O.G.

(2000) Psicologia do Esporte e no Esporte.

In: Rubio, K (Org)🌜 Encontros e Desencontros: descobrindo a psicologia do esporte.

São Paulo: Casa do Psicólogo.[ Links ]Franco, G.S.

(2000) A Psicologia no Esporte e🌜 na Atividade Física Uma coletânea sobre a prática com qualidade.

São Paulo: Editora Manole, 2000.[ Links ]Franco, G.S.

(2001) Jogando com o🌜 Psicodrama: uma contribuição para a Psicologia do Esporte.Campinas.

Dissertação (Mestrado) Faculdade de Educação Física: Universidade Estadual de Campinas.[ Links ]Gonçalves, C.S,🌜 Wolff, J.R.e Almeida, W.C.

Lições de Psicodrama: introdução ao pensamento de J.L.

Moreno, 4ª edição, São Paulo: Ágora, 1988.[ Links ]Guttmann, A.

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Illinois: University of Illinois, 1992 [ Links ]Huizinga, J.

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4ª🌜 Edição, São Paulo: Perspectiva.[ Links ]Moreno, J.L.(1978) Psicodrama.São Paulo: Cultrix.[ Links ]Moreno, J.L.

(1993) Psicoterapia de grupo e Psicodrama.Campinas: Psy.[ Links🌜 ]Motta, J.

(2002) Jogos: repetição ou criação? São Paulo: Agora, 2ªedição.[ Links ]Naffath Neto, A.

(1997) Psicodrama descolonizando o imaginário.

São Paulo: Plexus🌜 Editora.[ Links ]Rubio, K.

O atleta e o mito do herói.

São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.[ Links ]Tubino, M.O que é🌜 esporte.São Paulo: Ed.Brasiliense, 1999.[ Links ]

Endereço para correspondência

Rua Santa Eudóxia, 361

2533-010 São Paulo - SP

E-mail: marisamkusp.br

1 Há também outras formas🌜 de esporte que podemos tratar: o esporte participação relativo ao lazer e à prática de tempo livre, o esporte educação,🌜 com a pretensão de formação, preparando seus participantes à cidadania e o esporte performance (esporte de rendimento) voltado exclusivamente para🌜 a competição (Tubino, 1999).

2 Desporto é o termo utilizado em Portugal referente ao Esporte utilizado usualmente no Brasil, embora, segundo🌜 Tubino (1999) haja controvérsias quanto a utilização dos dois termos no Brasil.

O termo Desporto foi aqui utilizado pela manutenção da🌜 tradução original da publicação realizada em Portugal.

3 Ver a seguir considerações sobre a Teoria Psicodramática, que é considerada uma linha🌜 pesquisa e intervenção em psicologia e freqüentemente utilizada em psicologia do esporte.

4 Outras considerações básicas sobre a teoria podem ser🌜 encontrados no livro Gonçalves, C.S., Wolf, J.R, Almeida, W.

C de Lições de Psicodrama: introdução ao pensamento de J.L.

Moreno, 4ª edição,🌜 São Paulo: Ágora, 1988.

5 Importante salientar que o termo Role Play refere-se a dois conceitos na teoria psicodramática: diz respeito🌜 à segunda fase do desenvolvimento de papéis como já descrito - e ao método terapêutico utilizado para auxiliar no desenvolvimento🌜 de um papel.

6 Espontaneidade e criatividade são conceitos principais do psicodrama, representando critérios de saúde e autonomia do indivíduo.

7 O🌜 termo conserva cultural também é um dos conceitos centrais na teoria psicodramática e refere-se àquilo que está cristalizado no modo🌜 de ser e agir de uma pessoa, trata-se dos padrões, referências materiais, normas de comportamento e conduta que levam à🌜 cristalização de um processo de criação.

É o produto definitivo e imutável em oposição ao processo da criação, representado em comportamentos🌜 estereotipados, sem autonomia e espontaneidade.

Sobre a autora

7casino

Segundo o memorialista Walfredo Marques,[3] o Auto Esporte Clube foi fundado, de fato, em 7 de novembro de 1936, por💹 um grupo de taxistas que se concentravam na Praça do Relógio, hoje conhecido como "Ponto de Cem Reis", no centro💹 da cidade de João Pessoa, capital da Paraíba.

No entanto, por motivos até então desconhecidos, seu aniversário é comemorado a cada💹 7 de Setembro.

É o quarto maior vencedor do Campeonato Paraibano de Futebol entre os clubes ativos com seis títulos: 1939💹 (invicto), 1956, 1958, 1987, 1990 e 1992.

É detentor também do título da Copa Paraíba de 2011.

A partir de 1938 o💹 Auto Esporte passou a ter sede no antigo Sindicato dos Rodoviários no bairro de Jaguaribe, sob o comando do presidente💹 Josaphat Fialho.

Albert Anker, A menina e as pedras de dominó, 2.

ª metade do século XIX.

Dominó é um jogo de mesa[1] que💲 utiliza peças com formatos retangulares, dotadas normalmente de uma espessura que lhes dá a forma de paralelepípedo, em que uma💲 das faces está marcada por pontos indicando valores numéricos.

O termo é também usado para designar individualmente as peças que compõem💲 este jogo.

O nome provavelmente deriva da expressão latina "domino gratias" ("graças ao Senhor"), dita pelos padres europeus para assinalar a💲 vitória em uma partida[carece de fontes].