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A Comunidade Valenciana,[1] ou País Valenciano, é uma comunidade autónoma espanhola e mediterrânica,[2] situada na costa oriental da Península Ibérica.

Geograficamente,☀️ estende-se do Rio Sénia até Pilar de la Horadada, para lá da foz do Rio Segura, com uma fronteira terrestre☀️ de 834 km de extensão e uma costa com 644 km de comprimento e que se corresponde em grande parte☀️ com os limites do histórico Reino de Valência.

As ilhas da Nova Tabarca, Columbretes e outras ilhas menores adjacentes são também☀️ de administração valenciana.

Possui um exclave, Rincón de Ademuz, rodeado por municípios aragoneses e manchegos.

Limita a oeste com Castela-Mancha e Aragão,☀️ a sul com Múrcia e a norte com a Catalunha.

A capital administrativa é Valência (797.658 hab.).

Juntamente com Alicante (333.408 hab.

)☀️ e Castelló de la Plana (172.624 hab.

) conforma também capital provincial e juntamente com Elche (222.422 hab.

) e Torre Velha☀️ (105.205 hab.

) as cidades mais populosas.

As áreas metropolitanas de Valência (1.559.084 hab.

[3]) e de Alicante-Elche (757.085 hab.

[4]) configuram os maiores☀️ núcleos de população da Comunidade.Com 23.255 km² e 5.004.

844 habitantes, é a oitava maior comunidade de Espanha.[5]

É um território altamente☀️ industrializado e com fortes setores turístico e agrícola, o que a afigura como a quarta comunidade autónoma em termos de☀️ importância para a economia nacional, gerando 9,6% do PIB espanhol.[6]

As suas origens remontam ao século XIII, com a colonização feudal☀️ de catalães e aragoneses pelos reinos de taifas islâmicos de Valência, Alpont, Dénia e parte de Múrcia.

Uma vez finalizada a☀️ conquista, o rei Jaime I de Aragão Jaime promulga os Foros de Valência em 1261 e estabelece o Reino de☀️ Valência, entidade política, jurídica e administrativa com direito próprio fundada em 1239 e vigente até 1707.

A independência foral do reino☀️ extingue-se em 1707 com os Decretos do Novo Plano promulgados pelo rei Filipe V de Espanha.

As primeiras tentativas para recuperar☀️ um governo autónomo nos finais do século XIX e inícios do século XX fracassaram graças às diferentes ditaduras então instituídas.

Na☀️ década de 60 do século XX, a pressão de diversos setores ideológicos para a criação de um governo próprio desemboca☀️ na criação do Conselho do País Valenciano em 1978 e mais tarde, em 1982, acaba por se constituir como uma☀️ comunidade autónoma espanhola.

[7] Segundo o Estatuto de Autonomia, reformado em 2006 e ao amparo do Artigo 2.

º da Constituição Espanhola,☀️ os seus habitantes, o povo valenciano, compõem uma nacionalidade histórica.[8]

Recebeu diversas denominações ao longo dos tempos.

Em finais do século XIX☀️ era conhecida como Região Valenciana; a partir de 1960 surge o uso de País Valenciano, e com o Estatuto de☀️ Autonomia de 1982 é popularizado o termo Comunidade Valenciana.

Igualmente, o uso de Valência é aceite, podendo no entanto criar confusão☀️ com a cidade ou província homónimas.

Nas primeiras legislaturas autonómicas sucederam-se três governos socialistas presididos por Joan Lerma, enquanto que após☀️ as eleições de 1995, e devido ao Pacto del Pollo ("Pacto do Frango") com a Unió Valenciana, o governo passa☀️ para as mãos do Partido Popular, que atinge em todas as eleições subsequentes a maioria absoluta, e tendo à cabeça☀️ como presidentes Eduardo Zaplana, José Luis Olivas, Francisco Camps e Alberto Fabra, este depois da demissão do seu antecessor pela☀️ 5 bet365 implicação no caso Gürtel.

[9] Desde 2015, o presidente é o socialista Ximo Puig, no cargo graças ao acordo assinado☀️ entre Compromís e Podemos (Acord del Botànic).

A denominação Comunidade Valenciana, bem como do resto de nomes que recebeu ao longo☀️ da 5 bet365 história devem-se ao topónimo da 5 bet365 capital, Valência.

Este deriva do latim Valentia Edetanorum, cujo significado se traduz em☀️ "Valor (ou Força) na terra dos Edetanos".

[10] Atribuído com a fundação da colónia, segue a tradição já verificada em Itália,☀️ no século II a.C.

, da atribuição de topónimos alegóricos de virtude militar.

[11] Os árabes denominaram-na مدينة التراب (Madīna at-Turab, "Cidade☀️ da Areia") devido à 5 bet365 localização na margem do Rio Túria, enquanto que reservaram o termo بلنسية (Balansīa) para a☀️ Taifa de Valência.

Porém, durante o reinado de Abd al-Aziz a cidade já tinha reivindicado para si o nome de Balansīa,[12]☀️ que passaria a ser Valência, València em valenciano, após a conquista por Jaime I de Aragão.

Do mesmo modo, as denominações☀️ da Comunidade Valenciana foram várias ao longo dos tempos, apesar de atualmente Comunitat Valenciana (em valenciano) ser a única estabelecida☀️ como tal no seu Estatuto de Autonomia:Artigo primeiro.1.

O povo valenciano, históricamente organizado como Reino de Valência, constitui-se em Comunidade Autónoma,☀️ dentro da unidade da Nação espanhola, em expressão da 5 bet365 identidade diferenciada como nacionalidade histórica e no exercício do direito☀️ ao governo próprio que a Constituição Espanhola reconhece a todas as nacionalidades, com a denominação de Comunitat Valenciana.

Original {{{{{língua}}}}}: Artículo☀️ primero.1.

El pueblo valenciano, históricamente organizado como Reino de Valencia, se constituye en Comunidad Autónoma, dentro de la unidad de la☀️ Nación española, como expresión de su identidad diferenciada como nacionalidad histórica y en el ejercicio del derecho de autogobierno que☀️ la Constitución Española reconoce a toda nacionalidad, con la denominación de Comunitat Valenciana.

O Estatuto faz também referência no seu preâmbulo☀️ às denominações País Valenciano e Reino de Valência nos seguintes termos:

Aprovada a Constituição Espanhola, foi no seu quadro que a☀️ tradição valenciana procedente do histórico Reino de Valência se encontrou com a conceção moderna do País Valenciano e deu origem☀️ à autonomia valenciana, integradora das duas correntes de opinião que emolduram tudo aquilo que é valenciano num conceito cultural próprio☀️ no estrito âmbito geográfico que alcança.

Original {{{{{língua}}}}}: Aprobada la Constitución Española fue, en su marco, donde la tradición valenciana proveniente☀️ del histórico Reino de Valencia se encontró con la concepción moderna del País Valenciano y dio origen a la autonomía☀️ valenciana, como integradora de las dos corrientes de opinión que enmarcan todo aquello que es valenciano en un concepto cultural☀️ propio en el estricto marco geográfico que alcanza.

O uso do termo Levante para denominar toda a Comunidade Valenciana tem um☀️ uso extenso fora da Comunidade e do arco do mediterrâneo.

No entanto, um relatório de 1996 do Conselho Valenciano da Cultura,☀️ órgão consultivo em matérias culturais da Generalidade Valenciana, alega a inconveniência do seu uso.[13]

Os primeiros vestígios de presença humana em☀️ terras valencianas remontam a perto do século XL a.C.

(finais do Paleolítico Inferior), os mais antigos dos quais encontrados no jazigo☀️ arqueológico de Bolomor (Tavernes de la Valldigna, Valência).

No Paleolítico Médio (100.000–35.000 a.C.

), o número de sítios arqueológicos aumenta por toda☀️ a região, como os das Grutas do Salto (Alcoi), datado de entre 60.000–30.000 a.C.

e de onde se recuperaram vestígios do☀️ Homem de Neandertal.

O Paleolítico Superior e o Mesolítico estão bem representados na região, podendo citar-se como exemplo as as grutas☀️ de Parpalló e Malladetes em Gandia para o primeiro período e a gruta da Cozinha (no maciço de Caroig, a☀️ sudoeste da província de Valência) para o segundo.

O Neolítico chegou às terras da actual Comunidade Valenciana em 5.000 a.C.

com o☀️ aparecimento da agricultura e da pecuária, o que supôs uma transformação na ocupação e a exploração do território.Em 2.500 a.C.

surge☀️ a metalurgia, que mostra influências e contatos do sudeste peninsular.

O tamanho e a localização dos povoados, agora nas ladeiras das☀️ montanhas, reflete uma progressiva complexidade social.

O povoado de Cabeço Redondo (cujos habitantes acumularam o chamado tesouro de Vilhena, que representa☀️ o maior conjunto de ourivesaria da prehistória na Península Ibérica), data de 1000 a.C..

Na época antiga, a região estava habitada☀️ pelos Iberos, que se dividiam por 5 bet365 vez em diversos grupos: na zona sul os contestanos, no centro os edetanos,☀️ e no norte os ilercavões.

Graças às relações comerciais marítimas com Fenícios, Gregos, Tartessos e Cartagineses, tornam a região valenciana numa☀️ das partes de maior importância da Civilização Ibera[14] cujo esplendor se dá cerca do século V a.C.

, como assim se☀️ reflete na 5 bet365 produção artística, da qual o exemplo mais importante é a Dama de Elche.

[15] Um dos factos mais☀️ conhecidos e estudados desta época é o cerco a Arse (hoje Sagunto) por parte do cartaginês Aníbal, que desencadeia a☀️ Segunda Guerra Púnica, decidindo assim o destino do Mediterrâneo.

Depois da vitória romana na guerra (202 a.C.

), todo o litoral valenciano☀️ acabou submetido à autoridade de Roma.

Durante os sete séculos de domínio romano, os Iberos foram-se integrando paulatinamente na nova organização☀️ política, económica e social e cultural, adotando como língua o latim.

No entanto, ainda se encontram importantes manifestações artísticas próprias, como☀️ a cerâmica pintada com motivos figurativos ou narrativos, até ao século I d.C..

Também os gregos chegaram à Península Ibérica e☀️ estabeleceram várias colónias; entre as mais importantes da Comunidade encontra-se Hēmeroskópeion (situada perto do Cabo Vermelho).

Guerreiro de Mogente, datado do☀️ século V ou IV a.C.]]

A Dama de Elche, escultura ibera em pedra calcária, datada do V ou IV a.C.]]

Época visigoda☀️ e bizantina [ editar | editar código-fonte ]

O Império Bizantino no reinado de Justiniano

Após a queda do Império Romano, entre☀️ os séculos VI e VIII, grande parte do território esteve sob o controlo do Reino Visigodo de Toledo, enquanto que☀️ o território compreendido entre Dénia e Cartágena foi controlado primeiro pelo Império Bizantino (integrado na Província de Espânia até à☀️ 5 bet365 expulsão da Península em 620), depois pelo Reino de Tudemir (provavelmente a partir de 713), com centro em Oriola.

No☀️ entanto, existem poucas provas de tais presenças.

Apesar dos estudos insuficientes sobre esta época, considerada uma das mais obscuras fases da☀️ história valenciana, é geralmente reconhecida a importância da 5 bet365 influência cultural e linguística na cultura valenciana atual, convertendo Xarq al-Andalus☀️ num dos locais mais cultos da Europa.[16]

As forças do Califado Omíada entraram na Península em 711 e derrotaram os visigodos☀️ rapidamente na Batalha de Guadalete.

O pacto de Abdalazize ibne Amir, filho do chefe das forças omíadas, com Teodomiro em 713☀️ reconhece a autoridade deste sobre a zona sob a condição de aceitar a soberania do Omíadas e o pagamento de☀️ tributos.

Desde então, e até 779, dá-se uma da mais importantes fases da região, agora um território cristão autónomo inserido no☀️ domínio de Alandalus.

É naquele ano que a cidade de Valência se revolta e acaba destruída por Abderramão I.

A partir daí☀️ o fluxo de novos colonizadores árabes e berberes, juntamente com a cada vez maior conversão de católicos ao islão permite☀️ ao Emirado de Córdova um maior controlo do território.

Ainda assim, até ao século X a maioria da população valenciana manteve-se☀️ cristã.

Em 1065, Fernando I de Castela atacou a cidade de Valência, retirando-se sem a ter conseguido conquistar.

A Taifa de Valência☀️ foi incorporada seguidamente pela de Toledo, até que, com ajuda castelhana, recuperou a independência em 1076.

Em 1085, após a conquista☀️ de Toledo pelos cristãos e a morte do rei da Taifa de Valência, foi elevado ao trono desta Alcadir, antigo☀️ rei da Taifa de Toledo, com a ajuda militar de Afonso VI de Leão e Castela.

No meio desta situação atribulada,☀️ Rodrigo Díaz de Vivar (El Cid Campeador), um lutador mercenário castelhano desterrado pelo rei Alfonso VI de Castela, realizou tributos☀️ às taifas de Albarracim e Alpont, e dedicou-se à proteção de Alcadir (aliado dos cristãos) dos ataques da Taifa de☀️ Saragoça e de revoltas populares.

No entanto, depois de uma revolta pró-almorávida em Valência, Alcadir foi assassinado, o que levou El☀️ Cid a conquistar a cidade em junho de 1094.

Depois de 5 bet365 morte em 1099, os almorávidas tomaram controlo de toda☀️ a Comunidade em 1102, apesar da resistência imposta pela população local cristã estabelecidos com a ajuda da Coroa de Aragão☀️ e do exército d'El Cid.

Em meados do século XII, foram deslocados pelos almóadas.

Do ponto de vista económico, do País Valenciano☀️ foram, até ao século XI, rurais, sem centros urbanos importantes.

Foi a partir do califado e, sobretudo, dos primeiros reinos de☀️ taifas, que apareceram os sistemas de rega da região, como a Horta de Valência, a Vega Baixa del Segura ou☀️ as hortas de Elche e Alicante.

A procura por produtos de luxo pela classe dominante nesses reinos impulsionou a atividade artesanal☀️ e o comércio, sendo Játiva o local onde se estabeleceu a primeira fábrica de papel em todo o Ocidente.

Fases da☀️ conquista cristã em território valenciano

A mais remota e direta origem daquilo que é hoje o País Valenciano está vinculada à☀️ fundação do Reino de Valência, de caráter feudal: em 1233, Jaime I dá início à conquista dos territórios marcados pelos☀️ três séculos de domínio sarraceno: os reinos taifas de Balansīa, Dénia e Múrcia, e estrutura o novo território como um☀️ reino autónomo dentro da Coroa de Aragão.

Em 1238, a cidade de Valencia é conquistada por Jaime I com ajuda de☀️ tropas da Ordem de Calatrava, e foi realizada uma partilha das terras, como testemunhado no Llibre del Repartiment.

Em 1251 criaram-se☀️ os Foros de Valencia (els Furs), que anos mais tarde se alargaram ao resto do reino.

As partes centro e sul☀️ da província de Alicante, conquistadas pela Coroa de Castela em 1244–1248, passaram definitivamente a fazer parte do Reino de Valência☀️ em 1304 de acordo com o estabelecido na Sentença de Torrelhas[17] e seguido da violação do disposto no Tratado de☀️ Almizra, segundo o qual os territórios a sul da linha Biar-Busot estavam reservados à Coroa de Castela.

O reino, na sua☀️ época foral, estava organizado em duas governações: Valência e Ultra Saxonam ("Além-Jijona", com estatuto foral diferenciado, capital em Oriola e,☀️ posteriormente, Alicante), esta última formada pelos territórios cedidos por Castela em 1304.

Por 5 bet365 vez, a governação de Valência estava dividida☀️ administrativamente em três lugar-tenências: Valência, Dellà Uixò ("Além-Uxó", com capital em Castelló) e Dellà Xúquer ("Além-Júcar", em Játiva).

Com os Foros☀️ de Valência, o recém fundado reino foi dotado de uma série de instituições políticas próprias, a Deputação Geral do Reino☀️ de Valência, conquanto sob domínio real da Coroa Aragonesa.

Quanto à população, embora ainda houvesse presença mudéjar (ou tagarina), inicialmente maioritária,☀️ o território seria repovoado por cristãos sobretudo de origem catalã e aragonesa.

Seriam estes a reestruturar a economia e a organizar☀️ o território em redor das povoações com representação nas Cortes Valencianas.

[18] O processo de povoamento do Reino de Valência foi☀️ um processo longo que não terminaria até o século XVII, depois da expulsão dos mouriscos.

A população do Reino de Valência☀️ era, desde o início, de origem diversa (catalães, aragoneses, navarros, italianos) mas eram predominantes os catalães (que chegavam a dobrar☀️ em população quando comparados com os aragoneses) e com a expulsão dos mouriscos deu-se um fortalecimento do fator catalanofalante.

[19][20] Tanto☀️ no conjunto da Coroa de Aragão como no Reino de Valência estes representavam cerca de 80% da população.[21]

A expansão mediterrânica☀️ da Coroa de Aragão no século XV originou um período de prestígio económico, social, e cultural alcunhado de século de☀️ ouro valenciano, que culminou em 1479 na união com Castela sob o reinado dos Reis Católicos.

Pendão da Conquista, conservado no☀️ Arquivo Histórico Municipal de Valência.

Placa comemorativa que assinala o local da torre onde foi içado o Pendão da Conquista a☀️ 9 de outubro de 1238.

A chegada ao poder de Carlos I de Espanha em 1518 deu lugar a conflitos sociais☀️ importantes.

As revoltas das Germanias dos grémios e agricultores valencianos, entre 1519 e 1521, veem os artesãos e camponeses iniciar uma☀️ guerra civil contra a nobreza e a aristocracia, composta por vários vicerreis e tenentes.

Os nobres, apoiados pela aristocracia castelhana, saem☀️ vitoriosos do conflito.

O descobrimento da América deu também lugar à deslocação do comércio mundial em direção ao Atlântico, provocando uma☀️ diminuição da importância do reino, enquanto que os ataques dos piratas berberes ameaçavam constantemente a costa.

A expulsão dos mouriscos em☀️ 1609 afectou de forma particular o reino, que veio a perder 170,000 habitantes - um terço da 5 bet365 população.

A partir☀️ de 1680 deu-se uma revitalização da economia.

No entanto, esta foi travada pela Guerra da Sucessão Espanhola que enfrentou Filipe V☀️ com o arquiduque Carlos da Áustria.

O Reino pronunciou-se maioritariamente a favor do pretendente austríaco (à excepção das zonas de Alicante,☀️ Jijona, Banyeres e Vilhena - ainda castelhana), e consequentemente foi palco de numerosas operações militares.

Finalmente, após a Batalha de Almansa☀️ em 1707, Filipe V desmantela as estruturas do reino através da derrogação dos seus foros pelos Decretos do Novo Plano,☀️ integrando-as no mesmo modelo do Reino de Castela, como veio a acontecer com os restantes territórios da Coroa de Aragão.

Valência☀️ passa a fazer parte do Reino de Espanha, e é dividida em treze governações ou corregimentos (Morelha, Peníscola, Castelló, Valência,☀️ Alzira, Cofrentes, Játiva, Montesa, Dénia, Alcoi, Jijona, Alicante e Oriola) e forçada a adaptar-se aos costumes e culturas castelhanas.

[22] Mais☀️ tarde, no século XVII, o país manteve um crescimento económico modesto mas consistente, principalmente agrícola, aumentando-se a superfície de regadio☀️ (através da canalização das águas fluviais e a dragagem de pantanais), arando-se zonas pouco produtivas e com a terraplenagem das☀️ encostas das montanhas.

Bombardeamento da estação do Norte e do bairro de Russafa em Valência.

Durante a campanha do levante os bombardeamentos☀️ contra a cidade aumentaram consideravelmente.

A Guerra da Independência Espanhola frente aos franceses foi prejudicial para a economia valenciana, apesar de☀️ o ser menos do que noutras regiões espanholas.

Na Primeira Guerra Carlista, as zonas de Castelló, do Maestrat e de Morelha☀️ foram um dos principais baluartes dos guerrilheiros carlistas, guiados pelo general Cabrera.

Em 1833, com a nova organização territorial liberal, a☀️ região é dividida nas três províncias atuais, juntamente com os condados de Vilhena e Requena-Utiel.

No decorrer do século, o País☀️ Valenciano amplia as suas áreas agrícolas, sobretudo relacionadas com o cultivo das vinhas, arroz, das laranjas e da amêndoa.

A Revolução☀️ Industrial foi, como no resto de Espanha, lenta e atrasada, mas Sagunto estabelece-se como um grande centro portuário e siderúrgico,☀️ que se unem às indústrias têxteis de Alcoi e à aparição de pequenas empresas ao longo do país que permitiram☀️ um arranque industrial em finais do século XIX.

No franquismo, surge um novo setor económico que supera o agrícola quanto ao☀️ nível de receitas: o turismo.

No princípio do século XX, a sociedade valenciana reivindica o estabelecimento de um governo próprio e,☀️ após uma primeira tentativa levada a cabo na Segunda República Espanhola e de um período de totalitarismo de 1939 a☀️ 1975, goza finalmente de autonomia em 1977 durante a Transição Espanhola.

Na segunda metade do século, o turismo passa a ocupar☀️ o lugar da agricultura em termos de rendimentos económicos.

O Estatuto de 1982 recupera o governo próprio, a Generalidade Valenciana,[23] que☀️ garante a administração do território atual.

Na década de 2010, surgem vozes que alegam a criação de uma discriminação financeira em☀️ relação à partilha de recursos entre comunidades levada a cabo pelo Estado espanhol.[24]

Imagem de satélite da região.(NASA)

A Comunidade Valenciana situa-se☀️ a leste e sudeste da Península Ibérica, no litoral do mar Mediterrâneo Com 23 255 km², é a oitava região☀️ de Espanha em termos de área e representa 4,60% do território nacional.

A configuração do deu território, estreito e alongado, estende-se☀️ desde o rio Sénia (em Vinarós) e Pilar de la Horadada, um pouco mais a sul do rio Segura, com☀️ uma longitude de costa de 518 km.

O território valenciano também inclui o archipiélago mediterráneo das Ilhas Columbretes, bem como a☀️ Ilha de Tabarca, juntamente com outros ilhotes e penedos próximos ao litoral valenciano.

A 5 bet365 posição geográfica é 40º 47' N☀️ no extremo norte, 37º 51' N no extremo sul, 0º 31' E no extremo oriental e 1º 32' O no☀️ extremo ocidental.

As montanhas ocupam a maior parte da Comunidade Valenciana, reservando somente uma estreita faixa no litoral para as planícies☀️ que só se alargam no extremo norte (planície de Vinarós), na Plana de Castelló (planície de Castelló), na Horta de☀️ Valência e no extremo sul (Vega Baixa del Segura ou Várzea Baixa do Segura).

No resto da costa, as montanhas encontram-se☀️ a curta distância da linha de costa.

Assim, o relevo é dominado a norte pela montanhas pertencentes ao Sistema Ibérico, pelas☀️ serras meridionais do Sistema Bético e as serras, mesetas e planícies centrais.

Além destes enclaves, a Comunidade Valenciana conta com várias☀️ ilhas e ilhotes, entre os quais a Ilha de Tabarca (província de Alicante) e as Ilhas Columbretes (província de Castelló),☀️ sendo estas últimas um conjunto de quatro grupos de ilhas vulcânicas.

No Maestrat encontra-se a montanha mais emblemática da comunidade, Peñagolosa,☀️ de 1.

813 metros de altura, considerada popularmente como a mais elevada, porém ultrapassada pelo Cerro Calderón, no Rincón de Ademuz,☀️ alcançando 1.839 metros.

Também se encontra neste exclave o Gavilán (1.

747 m), A Cruz dos Três Reinos (1.

555 m) e a☀️ Tortajada (1.541 m).

Outro dos picos a mais de 1.

500 metros está localizado em terras da Marina (norte de Alicante): o☀️ Aitana (1.558 m).

A região dispõe de 524 km de costa.

O litoral alterna entre alcantilados como a Serra de Irta ou☀️ os de Villajoyosa com zonas húmidas, marjais e albufeiras, como o Prado de Cabanes-Torreblanca, as Albufeiras de Valência e Elche,☀️ as lagoas de La Mata e Torre Velha, transformadas em salinas, ou os marjais de Pego e Sagunto.

Na costa valenciana☀️ há também grandes restingas de areia e/ou gravilha, como as da marjal de Almenara, a devesa do Saler ou a☀️ de Guardamar do Segura.

Quanto ao relevo costeiro, caracteriza-se principalmente pelo golfo que abarca as províncias de Castelló e Valência, e☀️ pelo Cap Roig (Cabo Vermelho), onde termina.

A sul deste a costa torna-se irregular, com muitos cabos, e a sul deles☀️ encontra-se o golfo de Alicante.

Devido à proximidade do mar que lhe dá nome, o clima mediterrânico na região caracteriza-se pela☀️ 5 bet365 suavidade, sobretudo na costa.

No entanto, apresenta variações:

Foz do Rio Júcar em Cullera

Entre os rios alóctones destacam-se os dois mais☀️ importantes: o Segura, de 325 km, que nasce em Fonte Segura (Jaén) e o Júcar, de 498 km, que nasce☀️ em Ojuelos de Valdeminguete (Cuenca).

Também são de relevância, apesar das suas bacias menores, o Rio Mijares, de 156 km, que☀️ nasce na Serra de Gúdar (Teruel) e o Túria, de 280 km, que nasce na Muela de San Juan, nas☀️ Serras de Albarracim (Teruel) e que desemboca em Valência.

À exceção do Segura, que nasce na Cordilhera Bética, os restantes rios☀️ são originários do Sistema Ibérico.

Têm um caudal permanente, com estiagens acusadas e sujeitos a cheias outonais, temidas devido às inundações☀️ nas suas planícies aluviais (de norte a sul: a Plana, a Horta, a Ribera e a Vega).

Sofrem um intenso aproveitamento☀️ hídrico por meio de represas que desviam as suas águas para o consumo humano, industrial, turístico e sobretudo agrícola, servindo☀️ de base aos regadios valencianos.

Os rios autóctones caracterizam-se pela 5 bet365 curta extensão, leito irregular e escasso, bacias pequenas e grande☀️ desniveís no seu percurso, e por se originarem nas serras próximas à costa.

Costumam apresentar uma grande estiagem, com a seca☀️ completa do leito, mas também com fortes subidas deste.

Ao norte do golfo de Valência localizam-se os rios Sénia (limítrofe com☀️ a Catalunha), o Cérvol e o Cervera, ambos provenientes do Sistema Ibérico e cujo volume escasso é aproveitado para a☀️ rega.

Pelo centro da planície litoral do golfo de Valência desaguam o Palância, o Serpis (ou Alcoi), e os pequenos rios☀️ Girona e Gorgos (ou Jalón).

Todos eles, em conjunto com o Túria e o Júcar, conformam a maior planície aluvial do☀️ território valenciano.

Este último serve de divisória entre os sistemas Ibérico e Bético e entre os seus afluentes estão o rio☀️ Magro e o rio Albaida com o Cáñoles e o Clariano.

Quanto aos cursos de água menores, consistem no arroio (rambla)☀️ da Viúva, afluente do Mijares, o barranco do Carraixet, o arroio de Poyo, paralelos ao Túria, e finalmente o rio☀️ de Xelva (ou Toixa/Tuéjar) e a Rambla Castellarda, afluentes do Túria.

A sul do maciço penibético os rios são de volume☀️ muito escasso, leito habitualmente seco e apresentam leitos amplos e pedregosos.

Destacam-se o Algar, o Amadorio, o Monnegre, o arroio das☀️ Ovelhas, que desemboca em Alicante, e o Vinalopó, com o seu afluente Tarafa.

Um caso particular é o do rio Bergantes,☀️ que nasce perto da cidade de Morelha, na zona noroeste da província de Castelló e desemboca no Guadalope, afluente do☀️ Ebro.

De uma perspetiva biogeográfica, a Comunidade integra-se no Reino Holártico, e mais concretamente na região mediterrânica.

Do ponto de vista bioclimático,☀️ a vegetação dispõe-se em estratos, em função altitudinal, que se correspondem com os termoclimas ou pisos bioclimáticos.

Estão presentes os pisos☀️ termomediterrânico, mesomediterrânico, supramediterrânico e oromediterrânico, enquanto que a presença dos pisos crioromediterrânico e inframediterrânico é pontual.[32]

Assim, a vegetação típica da☀️ Comunidade Valenciana é o bosque mediterrânico, caracterizado por vegetação de folha perene e xerófila, adaptada ao longo do período estival☀️ de seca.

A espécie climáxica e dominante é a azinheira, se bem que a mais abundante seja o pinheiro-de-alepo.

Outras espécies que☀️ se encontram em terras valencianas são os carvalhos e os sobreiros (estes últimos em zonas de substrato ácido) bem como☀️ a oliveira, a amendoeira, o alfarrobeira, a laranjeira e o diospireiro como espécies cultivadas.

O sub-bosque dominante é composto por espécies☀️ lenhosas de tipo espinhoso e aromático, como o alecrim, o tomilho, o carrasco, o lentisco, a murta, o funcho, o☀️ junco-da-provença e a xara.

Ao redor dos leitos e das zonas húmidas são abundantes as matas ribeirinhas e a vegetação palustre,☀️ formada por árvores como o choupo, o ulmeiro e o álamo, e por espécies herbáceas como as canas ou os☀️ carriços.

Entre os peixes de água doce destacam-se algumas espécies como o fartet (Aphanius iberus) e o samarugo,[33] endémicas à região,☀️ bem como populações de enguia, tainhota ou robalo.

No que diz respeito aos anfíbios, no território valenciano habitam várias espécies, como☀️ o sapo comum, o sapo corredor, rã comum, bem como a salamandra-dos-poços, entre outros.

Os répteis que se encontram na Comunidade☀️ são representados por diversas espécies como por exemplo o sardão, a lagartixa-do-mato, a cobra-de-escada, a cobra-ratada, a víbora-cornuda ou o☀️ cágado-de-carapaça-estriada.

As espécies mais interessantes da avifauna são as aves-de-rapina e as aves aquáticas.

Na Comunidade Valenciana exístem 22 espécies de rapina☀️ diurnas e sete noturnas, dentre as quais se destacam pela 5 bet365 vulnerabilidade o peneireiro-das-torres, a águia-de-bonelli e a águia-pesqueira, o☀️ tartaranhão-ruivo-dos-pauis e o tartaranhão-caçador, o abutre-do-egipto, o milhafre negro, o falcão-peregrino e o falcão-da-rainha.

[34] No que concerne às aves aquáticas,☀️ existe uma grande variedade de anatídeos, como o pato-de-bico-vermelho, pato-trombeteiro, ou o pato-real.

Também são destacáveis as colónias de garças, ressalva☀️ feita ao carraceiro, papa-ratos ou à garça-real-europeia, como também é de assinalar a presença de espécies como a galvina, o☀️ garajau-comum, o pernilongo, a pardilheira ou diversas espécies de gaivota.

Outras aves e pássaros típicos incluem o gaio, a trepadeira azul,☀️ o pisco, o torcicolo ou o tentilhão.

A mastofauna está representada, fundamentalmente, por espécies de roedores, como a ratazana, o rato-de-água,☀️ o rato-do-campo ou o rato-das-hortas, bem com espécies de porte maior como o javalí, a raposa-vermelha, a fuinha, a gineta☀️ e o texugo.

Além disto, é preciso mencionar que na Comunidade Valenciana existe uma grande variedade de espécies de morcegos, algumas☀️ delas de grande importância e em grave perigo de extinção, como o morcego-de-peluche ou o morcego-rabudo.

O Reino de Valência deixa☀️ de ser um território administrativa e juridicamente independente após a Batalha de Almansa de 1707.

Os Decretos do Novo Plano de☀️ Filipe V detalham que, por direito de conquista, o reino torna-se de administração castelhana, e é excluída dos limites do☀️ reino conquistado a localidade de Caudete, hoje manchega.

Ao adaptar-se à nova legislação, o território manter-se-à durante os sucessivos governos borbónicos☀️ como uma entidade uniprovincial.[35]

Com a chegada ao poder dos liberais e a mudança do conceito do Reino de Castela para☀️ o de Reino de Espanha na constituição de 1812, surgem novas propostas de "regionalização provincial" do antigo reino.

No entanto, todas☀️ elas (excluindo a constituição federal de 1873) respeitava a coesão territorial valenciana.

O projeto de Segismundo Moret em 1884 propunha, por☀️ exemplo, a integração do sul valenciano (Alicante) numa nova região de Múrcia que incluía também Albacete, e a criação de☀️ uma nova região valenciana complementada pelas províncias de Cuenca e Teruel.

[36] De Madrid surgiram outras propostas que advogavam por uma☀️ região valenciana à qual se juntavam as províncias de Albacete e Múrcia.

[37] Também anteriormente, no ano de 1810, e com☀️ o governo napoleónico, foi encetada a divisão da região entre diferentes prefeituras de Castela, Múrcia e da Catalunha.

No século XX,☀️ as novas propostas de regionalização são abordadas por organismos estritamente valencianos e todas respeitam a coesão territorial da região, à☀️ exceção de uma proposta anarquista para a formação de um País Valenciano que incluía as províncias de Cuenca e Albacete.

Assim,☀️ o projeto do Estatuto de Autonomia do País Valenciano de 1939, durante a Segunda República Espanhola, dá um primeiro passo☀️ nesse sentido.

Em 1976, com a criação do Conselho do País Valenciano e posterior aprovação do Estatuto de Autonomia de 1982,☀️ concretiza-se a recuperação da entidade territorial da Comunidade, já que faz referência explícita ao antigo Reino de Valência.[8]

As províncias constituem☀️ a divisão administrativa mais antiga ainda vigente na Comunidade Valenciana.

Na primeira divisão provincial de Espanha sob domínio napoleónico, no século☀️ XIX, o território é dividido entre as prefeituras de Alicante e Valência, que limitava com a prefeitura de Tarragona segundo☀️ a linha que unia Vistabella e Peníscola.

[38] Em 1822 surge a primeira proposta semelhante ao mapa atual, baseada nas quatro☀️ antigas Governações do Reino de Valência, no qual se divide a região entre as províncias de Castelló, Valência, Játiva e☀️ Alicante.

Javier de Burgos propõe mediante Real Decreto, em 30 de novembro de 1933, um mapa baseado na agrupação dos municípios☀️ e tendo o nome das suas capitais, por então atualizado já sem a província de Játiva.

[39] Posteriormente produziram-se duas modificações☀️ ao território valenciano: por 1851, acrescentam-se os povoados castelhanos de Vilhena e Sax à província de Alicante (provenientes das de☀️ Albacete e Múrcia, respetivamente) e de Requena-Utiel à de Valência (de Cuenca).

Por outro lado, as localidades históricamente valencianas de Caudete☀️ e Almansa passaram a formar a província de Albacete.

A Comunidade Valenciana surge mediante a união formal das três províncias que☀️ abarcam o seu território histórico:

A organização comarcal está prevista no Estatuto de Autonomia, no entanto está por ser aprovada uma☀️ lei nesse sentido.

O relatório publicado em 1987 pela Conselheiria da Administração Pública, intitulado «Propuesta de demarcaciones territoriales homologadas», propunha três☀️ categorias de demarcações territoriais homologadas (DTH).

Assim, a primeira destas seria o município, seguida da comarca e por último, da província.

No☀️ entanto, não é dada uma definição de comarca nem tão pouco se outorgavam competências ou entidades jurídicas a nível comarcal.

Apesar☀️ do comarcalismo ter sido uma forma de organização tradicional da Comunidade Valenciana, a divisão comarcal da anterior proposta resulta de☀️ um longo debate originário da década de 1960.

A tabela que se segue enumera as 34 comarcas nas quais se divide☀️ atualmente:

Entidades locais menores [ editar | editar código-fonte ]

Às localidades que estejam separadas territorialmente do município ao qual pertencem e☀️ que possuam características peculiares é-lhes garantido o estatudo de entidade local menor.

Estas são inferiores aos municípios mas dispõem de personalidade☀️ e capacidade jurídica plena.

Atualmente existem sete entidades locais menores: três na províncias de Valência, outras três na de Alicante e☀️ finalmente uma na de Castelló.

O órgão jurisdicional superior da Comunidade Autónoma é o Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana☀️ (TSJCV), sediado em Valência, perante o qual se esgotam as sucessivas instâncias processais sem prejuízo da jursidição que corresponde ao☀️ Tribunal Supremo.

O tribunal é parte do Poder Judicial, único no Reino e cujo poder não pode ser transferido para as☀️ Comunidades Autónomas.

O território valenciano divide-se em 36 partidos judiciais.

Assim, de acordo com o artigo 38 do Estatuto de Autonomia, o☀️ Síndic de Greuges é o Alto Comissariado das Cortes Valencianas, que vela pela defesa dos direitos e liberdades reconhecidos na☀️ Constituição e no Estatuto.

Após a reforma de 2006, o Estatuto de Autonomia anunciou no seu preâmbulo e recolheu no seu☀️ artigo 7.

º que o desenvolvimento das competências da Generalidade procurariam o impulso e desenvolvimento do direito civil foral valenciano a☀️ partir da recuperação dos conteúdos correpondentes dos Foros de Valência.

A primeira implementação desta competência deu-se em março de 2007 com☀️ a Lei de Regime Económico Matrimonial Valenciano.

A Comunidade Valenciana é, com 5.004.

844 habitantes (INE 2014), a quarta comunidade autónoma de☀️ Espanha por população, e representa 10,7% da população nacional.

[42] Encontra-se distribuída de forma muito irregular, estando a maioria desta concentrada☀️ na faixa litoral e apresentando uma densidade de população média de 215,2 hab./km².

A região apresenta um forte crescimento demográfico desde☀️ os anos 1960 - 14,8% da população é estrangeira (INE 2014).

O estudo da evolução demográfica da Comunidade Valenciana pode ser☀️ dividido em dois períodos claramente diferenciados e que pertencem a dois momentos diferentes de transição demográfica:

O ciclo demográfico antigo (até☀️ ao século XVIII), caracterizado por uma alta mortalidade e alta natalidade;

O ciclo demográfico moderno (a partir de finais do século☀️ XVIII e princípios do século XIX), nos que a diminuição da mortalidade provocou inicialmente uma transição demográfica, com fortes aumentos☀️ da população, transitando finalmente para uma estabilidade demográfica graças à diminuição da natalidade.

No caso da Comunidade Valenciana, e no conjunto☀️ espanhol, ambos os ciclos coincidiram temporariamente com a ausência de censos de população fiáveis, que permissem estudos precisos dos estados☀️ e processos demográficos.

Evolução demográfica da Comunidade Valenciana e percentagem em relação ao total nacional [ 43 ] Ano 1857 1887☀️ 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 População 1.246.485 1.459.465 1.587.533 1.704.127 1.745.514 1.896.738 2.176.670 2.307.068 2.480.

879 Percentagem 8,06% 8,31%☀️ 8,53% 8,52% 8,16% 8,01% 8,37% 8,20% 8,11% Ano 1970 1981 1991 1996 2001 2006 2008 2010 2014 População 3.073.255 3.646.765☀️ 3.923.841 4.009.329 4.202.608 4.806.908 5.029.601 5.111.706 5.004.

844 Percentagem 9,05% 9,66% 9,95% 10,11% 10,22% 10,75% 10,90% 10,87% 10,7% Fonte: Instituto Nacional☀️ de Estadística

Em 2014, 18% da população tinha 65 anos ou mais.

Em princípios do século XXI, a estrutura populacional da Comunidade☀️ Valenciana denota uma clara maturidade demográfica, fruto do longo processo de transição demográfica que se prolongou em terras valencianas até☀️ o século XX.

Observando a pirâmide demográfica da Comunidade Valenciana do ano 2010, podem-se observar as seguintes características:

Uma clara diminuição da☀️ população jovem, devido à importante diminuição da natalidade.

Aumento da população adulta, devido à entrada em fase adulta do numeroso contingente☀️ de população nascido depois do período de prosperidade económica dos anos 60 - baby boom -.

A isto une-se também a☀️ população imigrante, normalmente em idade adulta.-.

A isto une-se também a população imigrante, normalmente em idade adulta.

Aumento da população de terceira☀️ idade, devido ao aumento da esperança de vida.

Quanto à estrutura por sexo, há vários aspectos a realçar: 50,55% da população☀️ era do sexo feminino frente ao 49,45% do sexo masculino, pese embora o facto de nascerem mais rapazes na Comunidade;☀️ na terceira idade a maior porção da população idosa é do sexo feminino, devido à maior esperança de vida da☀️ mulher; e por outra parte a maior percentagem de população adulta masculina, em grande parte devido ao maior número de☀️ nascimentos de rapazes, bem como pela chegada de população imigrante, que é maioritariamente do sexo masculino.

Tradicionalmente, a população valenciana concentra-se☀️ em localidades e zonas de cultivo próximas dos rios mais importantes (Júcar, Túria, Segura, Vinalopó), bem como em populações costeiras☀️ importantes com portos, dependendo das actividades agrícolas ou comerciais.

As populações tradicionalmente mais importantes foram Sagunto ou Dénia, durante grande parte☀️ da 5 bet365 história, Valência, Alicante, Játiva, Oriola, Vilhena, Elche, Gandia, ou Vila-real e mais recentemente, Alzira e Castelló.

Desta distribuição tradicional,☀️ originada pelas características orográficas do território valenciano e pela possibilidade da agricultura de regadio, deriva-se que, atualmente, a densidade de☀️ população é maior nas comarcas centrais e do sul, e menor nas comarcas do norte e do interior.

Também afectou a☀️ demografía (e é talvez a excepção à mencionada distribuição) a grande actividade industrial ou de produtos derivados da agricultura, durante☀️ o século XX em cidades afastadas da costa como Alcoi, Onteniente, Elda, Petrer, Vilhena, e Vale de Uxó.

Nos últimos anos,☀️ acentuou-se a concentração de população em torno das grandes capitais, formando-se grandes áreas metropolitanas, apesar de que a concentração demográfica☀️ também se tenha dado em povos e cidades do litoral.

Assim, populações tradicionalmente pequenas, como Benidorm, Gandia, Calpe e Torre Velha,☀️ têm sofrido um incremento populacional muito considerável, ainda maior durante a época estival, devido fundamentalmente às migrações geradas pelo turismo.

Distribuição☀️ e densidade populacional da Comunidade Valenciana Província População 2014 Densidade hab.

/km² Proporção Comunidade Valenciana Proporção Espanha Distribuição mapa Valência 2.548.

898☀️ 235,9 50,93% 5,46% Alicante 1.868.

438 332,5 37,33% 4,10% Castelló 587.

508 91,1 11,74% 1,28% Total 5.004.

844 215,2 100% 10,7% Fonte: Instituto☀️ Nacional de Estadística

Existem três áreas metropolitanas no território do País Valenciano, e quatro após a inclusão de outra que inclui☀️ também localidades da Região de Múrcia.

A principal área metropolitana da Comunidade Valenciana é a área metropolitana de Valência, situada na☀️ zona central do golfo de Valência e circundante à capital autonómica.

Trata-se da terceira aglomeração em número de habitantes de Espanha,☀️ com um total de 1.774.

201 habitantes (INE 2011).

[44] A área metropolitana de Alicante-Elche conta com 757.

085 habitantes (INE 2014), sendo☀️ a oitava área metropolitana de Espanha por população.

[4] Trata-se do conjunto das áreas urbanas de Alicante (468.

581 habitantes) e Elche-Crevilhente☀️ (288.

504 habitantes),[4] sendo deste modo uma área metropolitana bipolar.

A área metropolitana de Castelló é formada pelos municípios de Castelló, Almassora,☀️ Vila-real, Benicasim, Borriol e Burriana, e tem 309.

420 habitantes (INE 2008) e um área de 340 km², sendo Castellón da☀️ Plana o centro nevrálgico e município mais populoso da área metropolitana.

Finalmente existe também a área metropolitana de Múrcia-Oriola, que para☀️ além de contar com a área urbana desta última localidade, inclui as aglomerações metropolitanas de Múrcia, Molina de Segura e☀️ Alcantarilha.

Esta área metropolitana suprarregional conta com uma população total de 776.

784 habitantes (INE 2009), uma superfície de 1.

787 km² e☀️ uma densidade de 445,54 *hab/km²,[45] pelo que é a sétima de Espanha.[46]

Em 2014, 14,8% da população era de nacionalidade estrangeira,☀️ em comparação com a média de 10,7% no conjunto do Estado.

A Comunidade Valenciana está dentre as que possuem a maior☀️ percentagem de emigrantes, sendo superada apenas pelas Ilhas Baleares.

Alicante é a província com a maior percentagem de estrangeiros (20,6%), seguida☀️ de Castelló (15,4%) e Valência (10,1%).

Na primeira e segunda linhas de costa de Alicante existe um grande número de residentes☀️ do norte da Europa (sobretudo britânicos, alemães, holandeses, belgas e escandinavos), e em muitas das localidades destas zonas o número☀️ de imigrantes é superior ao de espanhóis.

Na província de Castelló localiza-se uma das comunidades romenas mais importantes de Espanha.

Quanto à☀️ 5 bet365 procedência, a maioria é originária da Europa (59,4%), seguindo-se a América Latina (24,7%), África (12,2%, principalmente magrebinos) e Ásia☀️ (3,3%, principalmente chineses).

O catolicismo é predominante no País Valenciano, com 75% da população a identificar-se como católica, embora 59,5% seja☀️ não praticante.

Os ateus ou não crentes compõem 8,9% da população e os de outras confissões 2,7%.

[47] A Comunidade tem 1054☀️ paróquias, 262 templos evangélicos, 164 mesquitas, 81 salões do reino, 25 lugares de culto para cristãos ortodoxos (do Patriarcado de☀️ Moscovo, Igreja Ortodoxa Búlgara e Igreja Ortodoxa Romena).

Estão também presentes a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,☀️ os adventistas e mórmons.[48][49][50]

Zonas de predomínios linguístico na Comunidade Valenciana: Valenciano Castelhano

Na Comunidade Valenciana existem duas línguas de uso generalizado☀️ entre a população: o valenciano e o castelhano, declarados idiomas oficiais no Estatuto de Autonomia.

O valenciano (valencià), inserido no domínio☀️ linguístico catalão e assim denominado noutros territórios,[51] é reconhecido como a língua própria da Generalidade Valenciana desde 1983 através da☀️ Lei de Uso e Ensino do Valenciano.

Desde 2006 esse reconhecimento estende-se a toda a Comunidade Valenciana, tal como estabelecido no☀️ seu Estatuto de Autonomia.

No entanto, o castelhano é empregue pela maioria da população e meios de comunicação.

Ambos os idiomas contam☀️ com uma ampla tradição literária e cultural.

O país possui uma realidade sociolinguística muito complexa e plural, com o predomínio do☀️ castelhano nas zonas urbanas e do valenciano nas zonas rurais.

A província de Castelló e o sul da província de Valência☀️ são as zonas onde mais se fala o valenciano, enquanto que na província de Alicante e na área metropolitana de☀️ Valência o uso da língua castelhana é maior.

Para além destas duas línguas, deve ser notado o uso da língua gestual☀️ valenciana entre a população surda e a 5 bet365 proteção no Estatuto de Autonomia.

Historicamente, desde a colonização feudal medieval, o valenciano☀️ foi a língua maioritária em todo o país, graças a uma ligeira maioria no número de colonos procedentes da Catalunha,☀️ à exceção das comarcas limítrofes com Aragão (Rincón de Ademuz, Alto Mijares, Alto Palância e Los Serranos) nas quais os☀️ colonos aragoneses compunham uma maioria e onde implantaram o castelhano.

[52] O resto das comarcas de fala castelhana atuais (Hoya de☀️ Buñol, Canal de Navarrés, Vale de Cofrentes e alguns municípios do Vinalopó) resultam das repovoações com castelhanos no século XVII,☀️ após a expulsão dos mouriscos, já que estas comarcas eram de maioria andaluza entre os séculos XII e XVII.

A comarca☀️ do Baixo Segura sofreu um processo de substituição linguística do catalão pelo castelhano que se deu no século XVII após☀️ uma epidemia de peste que em 1648 afetara a população anterior, valencianofalante.

[53] A comarca da Plana de Utiel, à semelhança☀️ dos municípios de Vilhena e Sax, não pertencia ao País Valenciano até ao século XIX, sendo de fala e cultura☀️ castelhanas.

Assim, o Reino de Valência não era na Idade Média um país com uma dualidade linguística entre o valenciano e☀️ o castelhano, mas sim entre o valenciano e o árabe exceto nas comarcas da raia aragonesa, onde o castelhano predominava.

Atualmente,☀️ nas grandes cidades historicamente valencianofalantes, a presença do idioma é cada vez menor graças ao processo de menorização linguística introduzida☀️ a favor do castelhano,[54] que a AVL,[55] membros do IEC,[56] o PSPV[57] e a UGT[58] apontam para a falta de☀️ apoio político.

Uma sondagem de 2005 revela que cerca de 37% dos inquiridos do predomínio linguístico valenciano afirma usar a língua☀️ preferencialmente, enquanto que em 1995 a percentagem era de 50%.

[59] O seu uso nas escolas também diminuiu entre 1993 e☀️ 2006.

[60] A imigração verificada nos primeiros anos do século XXI, de países maioritariamente castelhanofalantes, também explica a descida no uso☀️ da língua.[61]

Zonas de predomínio linguístico [ editar | editar código-fonte ]

O Estatuto de Autonomia de 1982 dispõe que, mediante uma☀️ lei, devem ser delimitados os territórios nos quais predominassem o valenciano e o castelhano, algo que permaneceu inalterado com a☀️ reforma de 2006.

Em cumprimento desta previsão do Estatuto, em 1983 foi aprovada a Lei de Uso e Ensino do Valenciano,☀️ que inclui uma lista de municípios agrupados num ou noutro domínio linguístico.

O termo é um conceito político-jurídico mediante o qual,☀️ em prol da normalização linguística, as administrações locais e autonómica podem fazer predominar o valenciano nas suas comunicações oficiais em☀️ qualquer âmbito.

A inclusão de um município na zona de predomínio linguístico valenciano não significa que o uso da língua seja☀️ maioritário, mas sim que se tiveram em conta critérios históricos ou sociolinguísticos para a determinação das zonas nas quais a☀️ Generalidade ou os municípios podem levar a cabo ações que visem recuperar e/ou fortalecer a situação do valenciano.

O predomínio castelhano☀️ concentra-se sobretudo nas faixas interiores central e ocidental, juntamente com um exclave no extremo sul.

Conforma 25% do território e cerca☀️ de 13% da população.

O predomínio valenciano concentra-se numa faixa costeira e comarcas contíguas, abarcando 75% do território onde reside aproximadamente☀️ 87% da população.

Uso linguístico em casa nas zonas historicamente valencianofalantes [ 62 ] Zona Castelhano Valenciano Uso indiferente Outros Região☀️ Alacant 78,0% 12,2% 4,5% 5,3% Região Alcoi-Gandia 24,1% 67,7% 5,3% 2,9% València i À.M.

71,6% 20,1% 8,2% 2,1% Região València 24,8%☀️ 66,4% 6,7% 2,1% Região Castelló 39,2% 49,1% 6,6% 5,1% Total 56,5% 33,4% 6,9% 3,2%

Evolução linguística nas zonas historicamente valencianofalantes [☀️ 63 ] Ano Castelhano Valenciano Bilingue Outros 1989 49,6% 45,8% 4,5% 0,1% 1992 45,0% 50,4% 4,6% 0,0% 1995 47,2% 50,0%☀️ 2,8% 0,0% 2005 54,5% 36,4% 6,2% 2,9% 2008 56,8% 32,3% 7,6% 3,3%

Política e governo [ editar | editar código-fonte ]

Palácio☀️ do Templo, sede da Delegação do Governo na Comunidade Valenciana

A Administração Geral do Estado é uma das administrações públicas de☀️ Espanha, caracterizada pela 5 bet365 competência sobre todo o território nacional, em contraste com as administrações autonómicas e locais.

O seu regime☀️ geral está recolhido no artigo 103 da Constituição Espanhola de 1978 e na Lei 6/1997, de 14 de abril de☀️ 1997, de sufrágio universal, livre, igual, direto e secreto.

As Cortes exercem o poder legislativo da Generalidade Valenciana, aprovam os seus☀️ orçamentos e controlam e impulsam a ação política e de governo.

Também se encarregam de designar seis senadores, que devem ter☀️ uma representação proporcional com cada grupo parlamentar das Cortes.

Nas últimas eleições às Cortes Valencianas, celebradas a 22 de maio de☀️ 2015, o Partido Popular perdeu a 5 bet365 maioria absoluta ao conseguir 31 escanos, frente aos 23 do PSPV-PSOE, 19 do☀️ Compromís, 13 do Ciudadanos e aos 13 do Podemos.

O poder executivo da Generalidade Valenciana recai no Conselho da Generalidade Valenciana,☀️ formado por um presidente (que por 5 bet365 vez é também presidente da Generalidade), um vicepresidente ou vicepresidentes, e os conselheiros.

O☀️ presidente é eleito pelas Cortes Valencianas, cargo ocupado desde 2015 por Ximo Puig Ferrer.

Por ser designado pelas Cortes, o presidente☀️ reserva-se o poder de eleição de um governo do qual formem parte os conselheiros, que devem prometer ou jurar o☀️ Estatuto e a Constituição, e que se devem encarregar das diferentes áreas de governo.

A Comunidade Valenciana, em reconhecimento da sua☀️ identidade como uma nação histórica do Estado espanhol, acedeu ao autogoverno e constituiu-se como comunidade autónoma através da promulgação do☀️ seu primeiro Estatuto de Autonomia em 1982.

[7] A Generalidade Valenciana designa o conjunto de instituições responsáveis pela administração das suas☀️ competências.

Entre as mais importantes incluem-se:

as Cortes Valencianas, órgão legislativo da comunidade composto por um mínimo de noventa e nove deputados☀️ eleitos por sufrágio universal segundo a representação proporcional, por um período de quatro anos;

a Presidência, encabeçada pelo/a Presidente da Generalidade,☀️ eleito/a pelas Cortes;

o Conselho, órgão arbitral de governo com poder executivo e regulamentar.

É composto pelo/a presidente e pelos membros por☀️ ele designados.

O nome oficial da Generalidade Valenciana é Generalitat, de acordo com a revisão do Estatuto de 2006, e em☀️ substituição da dupla denominação anterior: Generalidad Valenciana e Generalitat Valenciana, apesar do uso corrente de ambos os termos em âmbitos☀️ sociais como forma de diferenciação em relação à Generalidade da Catalunha.

As Cortes Valencianas (Les Corts, na 5 bet365 forma oficial valenciana),☀️ com sede no Palácio dos Bórgia em Valência, são um parlamento unicameral no qual está representado o povo valenciano mediante☀️ noventa e nove deputados eleitos para um período de quatro anos através de sufrágio universal, livre, igual, direto e secreto.

As☀️ Cortes exercem o poder legislativo da Generalidade Valenciana, aprovam os seus orçamentos e controlam e impulsam a ação política e☀️ de governo.

Também se encarregam de designar seis senadores, que devem ter uma representação proporcional com cada grupo parlamentar das Cortes.

Nas☀️ últimas eleições às Cortes Valencianas, celebradas a 22 de maio de 2015, o Partido Popular perdeu a 5 bet365 maioria absoluta☀️ ao conseguir 31 escanos, frente aos 23 do PSPV-PSOE, 19 do Compromís, 13 do Ciudadanos e aos 13 do Podemos.

O☀️ poder executivo da Generalidade Valenciana recai no Conselho da Generalidade Valenciana, formado por um presidente (que por 5 bet365 vez é☀️ também presidente da Generalidade), um vicepresidente ou vicepresidentes, e os conselheiros.

O Presidente é eleito pelas Cortes Valencianas, estando atualmente no☀️ cargo Ximo Puig Ferrer.

Por ser designado pelas Cortes, o Presidente reserva-se o poder de eleger um governo do qual formem☀️ parte os conselheiros, que devem prometer ou jurar o Estatuto e a Constituição, e devem encarregar-se das diferentes áreas de☀️ governo.

Conselho da Generalidade Valenciana Conselheiria Responsável Presidência do Conselho da Generalidade Ximo Puig Ferrer Vicepresidência do Conselho da Generalidade Conselheiria☀️ de Igualdade e Políticas Inclusivas Porta-voz e secretaria do Conselho da Generalidade Mònica Oltra Jarque Conselheiria de Economia Sustentável, Setores☀️ Produtivos, Comércio e Trabalho Rafael Climent González Conselheiria das Finanças e Modelo Económico Vicent Soler i Marco Conselheiria da Educação,☀️ Investigação, Cultura e Desporto Vicent Marzà Ibáñez Conselheiria de Saúde Universal e Saúde Pública Carmen Montón Giménez Conselheiria de Agricultura,☀️ Meio Ambiente, Mudança Climática e Desenvolvimento Rural Elena Cebrián Calvo Conselheiria de Transparência, Responsabilidade Social, Participação e Cooperação Manuel Alcaraz☀️ Ramos Conselheiria de Habitação, Obras Públicas e Vertebração do Território María José Salvador Rubert Conselheiria de Justiça, Administração Pública, Reformas☀️ Democráticas e Liberdades Públicas Gabriela Bravo Sanestanislao Fonte: Generalidade Valenciana [ 64 ]

De acordo com o título VIII da Constituição,☀️ em Espanha a administração local é formada pelo conjunto de administrações públicas que gerem principalmente as províncias e municípios, gozando☀️ cada uma destas entidades de autonomia para a gestão dos seus respectivos interesses.

As províncias de Alicante, Castelló e Valência são☀️ entidades com personalidade jurídica própria, e com autonomia para a gestão dos seus interesses, através das deputações provinciais.

A regulação destas☀️ está disposta na atual Constituição Espanhola de 1978, Lei 7/1985 de 2 de abril, que define e regula as bases☀️ do regime local[65] bem como no Texto Refundido 781/86 de 18 de abril, das disposições legais vigentes em matéria do☀️ Regime Local.

[66][67] As deputações têm um sistema de representação indireta, já que os seus deputados são designados mediante o número☀️ de vereadores municipais obtidos por cada partido político.

Na tabela pode observar-se a estrutura organizativa das diferentes deputações provinciais da Comunidade☀️ Valenciana:

Nas Eleições municipais de 2015, o Partido Popular foi a força política municipal que obteve o maior número de votos,☀️ tendo sido no entanto superada pelas coligações entre o PSPV-PSOE e a Coligação Compromís, juntamente com a EUPV e candidaturas☀️ locais próximas ao Podemos em diversos municípios valencianos.

[71] A Coligação Compromís governa na Cidade de Valência enquanto que o PSPV-PSOE☀️ governa em Alicante e Castelló.

O Produto Interno Bruto per capita do País Valenciano em 2014 era de 20.

073 euros, e☀️ o seu PIB era de 99.

345 milhões de euros, colocando a comunidade em décimo primeiro e quarto lugar (9,7%) no☀️ conjunto de Espanha, respetivamente.

[73][74] É de notar a transformação da economia valenciana desde os anos 70 (devido à 5 bet365 popularização☀️ como destino turístico), altura em que se inicia o foco no setor terciário que atualmente chega a 71,1% do PIB☀️ regional, um quinto do qual corresponde à hotelaria e um quarto ao setor imobiliário.

O mercado laboral está pautado pela elevada☀️ taxa de desemprego, baixas afiliações à segurança social e pela 5 bet365 polarização no setor serviços devido à crise económica de☀️ 2008.

Estrutura do Produto Interno Bruto da Comunidade Valenciana Sector económico Comunidade Valenciana Espanha 1983 2010 1983 2010 Agricultura, pesca e☀️ pecuária 6,0 2,3 6,5 2,6 Indústria e energia 28,3 16,3 27,6 15,6 Construção 6,7 10,3 6,2 10,0 Serviços 59,0 71,1☀️ 59,7 71,8 Fonte: Cámara Oficial de Comércio, Indústria y Navegación de Valencia [ 75 ]

Indicadores do mercado de trabalho da☀️ Comunidade Valenciana Indicador 2011 2012 População activa (milhares) [a] 2.501,2 2.

494,4 População empregada (milhares) [a] Agricultura Indústria Construção Serviços 1.

888,8☀️ 58,7 327,8 147,4 1.354,8 1.

804,5 66,8 309,8 125,0 1.

302,8 População desempregada (milhares) [a] 612,45 689,8 Afiliados à Segurança Social 1.670.716☀️ 1.598.

510 Desemprego registado (pessoas) 535.036 569.

735 Fonte: Cámara Oficial de Comércio, Indústria y Navegación de Valencia [ 76 ]

Taxa de☀️ desemprego por província entre 2005 e 2013 (percentagem do 4.

º trimestre anual) Província 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011☀️ 2012 2013 2014 Alicante 10,06 10,37 11,13 16,04 23,84 24,81 26,47 28,57 30,10 24,91 Castellón 6,21 6,39 7,37 14,73 21,39☀️ 23,96 26,65 27,72 28,93 24,62 Valencia 7,03 7,63 8,00 14,03 21,89 21,31 24,46 27,86 26,06 Comunidade Valenciana 8,81 8,37 8,76☀️ 12,13 21,24 23,3 23,65 27,6 27,15 23,48 Fonte: Instituto Nacional de Estadística [ 77 ]

O comércio exterior da Comunidade sofreu☀️ um grande desenvolvimento ao longo dos últimos anos, ampliando o seu peso na economia valenciana sobretudo devido às exportações.

Estas sustentam☀️ 18,3% do PIB regional, sendo a terceira autonomia em termos de exportações e com uma taxa de cobertura de 96,2%.

[75]☀️ Os produtos mais exportados consistem em veículos e componentes automóveis, cerâmica, maquinaria, esmaltes, matérias plásticas, calçado, mobiliário, lâmpadas e têxteis,☀️ bem como produtos agrícolas, especialmente cítricos e hortaliças.

Os principais produtos importados são sobretudo bens intermédios, equipamentos industriais e automóveis.[75]

Comércio exterior☀️ da Comunidade Valenciana Tipo Comunidade Valenciana Espanha % em Espanha Milhões de € Taxa de Cobertura Milhões de € Taxa☀️ de Cobertura Exportaciones 18.694 96,2% 185.

799 78,0% 10,1% Importaciones 19.419 238.

081 8,1% Fonte: Cámara Oficial de Comércio, Indústria y Navegación☀️ de Valencia [ 75 ]

Infraestrutura e meios de transporte [ editar | editar código-fonte ]

As estradas do território dividem-se em☀️ quatro categorias segundo o gestor das mesmas.

A primeira categoria corresponde às vias pertencentes à Rede de Estradas de Espanha (Red☀️ de Carreteras del Estado) cuja responsabilidade compete ao Ministério do Fomento.

Nela inserem-se as autoestradas e vias rápidas de importância nacional,☀️ bem como as estradas nacionais.

A segunda categoria engloba as estradas geridas pela Conselheiria de Infraestruturas, que formam a Rede de☀️ Estradas da Generalidade Valenciana.

Inclui estradas convencionais, vias rápidas e autoestradas autonómicas.

A terceira categoria corresponde a estradas da responsabilidade das deputações☀️ provinciais e conformam a Rede Provincial.

Finalmente, existem também estradas locais, sob a alçada das diferentes administrações locais (deputações provinciais e☀️ municípios).

TRAM de Castelló

O TRAM (Transporte Metropolitano de la Plana) é um sistema de autocarros rápidos, alimentado por uma catenária que☀️ circula por canal reservado e infraestrutura partilhada, tendo prioridade em cruzamentos.

Construção do novo terminal do Aeroporto de Alicante (2010)

A Comunidade☀️ Valenciana conta com dois aeroportos em serviço, e outro que aguarda o seu início de atividade:Porto de Alicante

Os portos de☀️ Alicante, Castelló, Valência, Sagunto e Gandia são classificados como sendo de interesse geral, razão pela qual são administrados diretamente pelo☀️ organismo público Puertos del Estado, sob a alçada do Ministério do Fomento.

As autoridades portuárias da Comunidade Valenciana são três, que☀️ gerem cinco portos de interesse geral valencianos – Valência, Sagunto e Gandia (Autoridade Portuária de Valência), Alicante e Castelló.

Fachada da☀️ Estação do Norte de Valência, declarada Bem de Interesse Cultural

O principal eixo ferroviário da Comunidade é o denominado Corredor do☀️ Mediterrâneo, com início na fronteira com França, na estação internacional de Portbou até ao município murciano de Lorca, atravessando todo☀️ o território valenciano de norte a sul.

A Comunidade também está ligada a Madrid através de via convencional e de alta☀️ velocidade.

A primeira une a capital espanhola com Valência através de Cuenca ou Albacete, e com Alicante através de Albacete.

Valência também☀️ está ligada a Aragão através de Sagunto, sendo possível chegar a qualquer das três capitais de província aragonesas através de☀️ uma linha não electrificada.

Os principais interfaces ferroviários localizam-se nas capitais provinciais.

As cidades de Valência e Alicante contam também com um☀️ serviço ferroviário suburbano.

Uma unidade tranviária (Siemens-Düwag série 3800) à entrada de um troço subterrâneo

Para além das redes de bitola ibérica☀️ e internacional, exploradas na 5 bet365 totalidade pelo ADIF, a Comunidade Valenciana encarrega-se de uma rede ferroviária de via estreita operada☀️ pela empresa Ferrocarrils de la Generalitat Valenciana, que é também a operadora das redes de metro e elétrico de Valência☀️ e de tram-train de Alicante.

A rede MetroValencia foi a terceira a ser formada em Espanha, seguindo as de Madrid e☀️ Barcelona, e é a segunda em termos de extensão e a quarta em termos de utilizadores.

A atual rede é a☀️ sucessora do Trenet de Valência, nome popular para a antiga rede suburbana de caminhos de ferro da cidade, e compõe-se☀️ de cinco linhas de metro e três linhas de elétrico.

de Valência, nome popular para a antiga rede suburbana de caminhos☀️ de ferro da cidade, e compõe-se de cinco linhas de metro e três linhas de elétrico.

A rede TRAM Metropolitano de☀️ Alicante é formada por seis linhas que unem Alicante, Benidorm e Dénia e combina vários perfis: elétrico em superfície por☀️ vias tranviárias e ferroviárias, o metro ligeiro (tanto à superfície como subterrâneo) em núcleo urbano e serviços suburbanos (tanto com☀️ comboios a diesel como com tram-train, com velocidades de até 100 km/h).

A educação pública na Comunidade, como no resto de☀️ Espanha, é obrigatória e gratuita para todos os indivíduos.

O ensino obrigatório compreende dez anos de escolaridade e desenvolve-se entre os☀️ seis e os dezasseis anos de idade, após o qual o aluno pode aceder ao bachelarato, à formação profissional de☀️ grau médio, aos ciclos de grau médio de artes plásticas e desenho, ao ensinos desportivo de grau médio ou ao☀️ mercado de trabalho.

A Comunidade alberga várias intituições de prestígio como a Universidade de Valência, fundada em 1499.

A pedido de Jaime☀️ I, o Papa Inocêncio IV autoriza, em 1246, uma bula papal para o estabelecimento dos estudos gerais em Valência.

Os seus☀️ estatutos foram aprovados pelos magistrados municipais a 30 de abril de 1499, data considerada como a da 5 bet365 fundação.

Outras instituições☀️ incluem a Universidade de Alicante; a Universidade Miguel Hernández de Elche; a Universidade Jaime I e a Universidade Internacional Valenciana☀️ em Castelló; a Universidade Católica de Valência e a CEU Cardenal Herrera na mesma cidade.

Hospital Universitário e Politécnico La Fe☀️ de Valência

O sistema sanitário valenciano organiza-se em departamentos de saúde.

Os departamentos de saúde são as estruturas fundamentais do sistema sanitário☀️ valenciano, sendo as demarcações geográficas nas quais se divide o território da Comunidade Valenciana no âmbito da saúde pública.

Cabe a☀️ cada departamento de saúde garantir uma adequada classificação da assistência primária e a 5 bet365 coordenação com a atenção especializada, de☀️ maneira a possibilitar uma eficiência máxima na localização e uso dos recursos, bem como o estabelecimento de condições estratégicas.

O gerente☀️ do Departamento de Saúde é o encarregado da direcção e gestão dos recursos do Departamento, tanto de Atenção Primária como☀️ Assistência Especializada e sócio-sanitária.

As forças e corpos de segurança do estado (Polícia Nacional, Local, Judicial e Guardia Civil) encarregam-se da☀️ proteção civil.

Existe também a Polícia da Generalidade (Policía de la Generalitat), uma unidade da Polícia Autonómica que pertence ao Corpo☀️ Nacional da Polícia, e portanto sem qualquer autonomia.

As corporações de bombeiros são reguladas por uma lei da Generalidade Valenciana,[81] mas☀️ estas dependem das deputações provinciais e, no caso de Alicante e Valência, também dos municípios.

Descida da Reial Senyera no Município☀️ de Valência para a procissão cívica do Dia da Comunidade Valenciana em 2010.

A senyera faz-se descer pela varanda do Município☀️ porque não pode passar sob portas e nunca se inclina perante alguém.

Os símbolos da Comunidade Valenciana estão recolhidos no seu☀️ Estatuto de Autonomia e na lei 8/1984 da Generalidade Valenciana, através da qual se regulam os símbolos da Comunidade e☀️ a 5 bet365 utilização.[82][83]

A bandeira (senyera) da Comunidade Valenciana, também apelidada de reial senyera, senyera coronada, ou senyera tricolor, está descrita☀️ no artigo 4.

º do Estatuto de Autonomia da Comunidade Valenciana e no artigo 2.º da lei 8/1984.

Deste modo, a senyera☀️ coronada fica estabelecida da seguinte maneira:

A Bandeira da Comunidade Valenciana é a tradicional senyera composta por quatro barras vermelhas sobre☀️ fundo amarelo, coroadas sobre faixa azul junto à haste.

O emblema ou Escudo da Comunidade Valenciana constitui-se com a heráldica do☀️ Rei Pedro o Ceremonioso, representativa do histórico Reino de Valência.

A versão vigente descreve-se no artigo 6º da lei 8/1984:

Escudo: inclinado☀️ para a direita, de ouro, com quatro paus de gules.

Timbre: elmo de prata coroado; mantelete que pendura em azul, com☀️ uma cruz paté curvilínea e fixada com ponta aguçada de prata, forrado de gules; por cima, um dragão nascente de☀️ ouro, alado, linguado de gules e dentado por prata.

O hino da Comunidade Valenciana foi composto para a Exposição Regional Valenciana☀️ de 1909, vários anos após a qual os alcaides de Castelló, Valência e Alicante decididem convertê-lo no hino do Reino☀️ de Valência e cuja aprovação se dá em maio de 1925.

É da autoria do maestro José Serrano e letra de☀️ Maximiliano Thous Orts.

A lei indica que, em actos solenes que sejam celebrados no território da Comunidade Valenciana, o hino oficial☀️ deve ser interpretado conjuntamente com o hino nacional espanhol, mas deve precedê-lo na ordem de interpretação.

O Dia da Comunidade Valenciana,☀️ uma celebração institucional contemporânea que tem a 5 bet365 origem no ano 1976, quando o Plenário de Parlamentares do País Valenciano☀️ proclamou para essa data o Dia Nacional do País Valenciano.

A data, 9 de outubro, é fulcral para a história valenciana,☀️ já que é comemorada a conquista da cidade de Valência, em 1238, pelo rei Jaime I, e a subsequente formação☀️ do reino.

Também desde 1987 é usada a marca turística Comunitat Valenciana.

[84] O seu símbolo consiste numa palmeira colorida com as☀️ três cores da bandeira autonómica (amarelo, vermelho e azul), acompanhado do texto Comunitat Valenciana.

Ao longo da história, a sociedade civil☀️ valenciana tem utilizado outros símbolos não oficiais, servindo de exemplos as representações das figuras animais heráldicas do morcego (rat-penat) e☀️ do dragão (drac-alat), o Pendão da Conquista, o Sinal Real de Aragão, ou os bous al carrer.

Passeio à beira-mar de☀️ Joaquín Sorolla, uma das suas obras mais importantes.

O País Valenciano conta com importantes contribuições em vários campos artísticos.

Em termos arquitetónicos,☀️ o gótico valenciano foi um dos estilos mais destacados, cujo expoente máximo é representado pelo Mercado da Seda de Valência,☀️ de Pere Compte, declarado Património da Humanidade pela UNESCO.

Quanto à arquitetura contemporânea, foi na Comunidade Valenciana que nasceu o arquiteto☀️ Santiago Calatrava, e é na Cidade das Artes e das Ciências de Valência que se encontra o seu maior conjunto☀️ de edifícios.

No âmbito da pintura destacam-se os nomes de Juan de Juanes, José Ribera, Francisco Ribalta e Joaquín Sorolla.

A capital☀️ também foi o segundo centro de produção de banda desenhada em Espanha, atrás de Barcelona e à frente de Madrid.

Entre☀️ os seus autores, conhecidos coletivamente como escola valenciana ou linha mediterrânica destacam-se, dentro de uma primeira geração, Karpa, Palop ou☀️ José Sanchis Grau, e, na mais recente, Mique Beltrán, Ana Juan, Javier Mariscal, Micharmut, Sento e Daniel Torres.

As bandas de☀️ música possuem um grande arraigo na sociedade valenciana,[85] participando nas festas das diferentes localidades (falles ou mouros e cristãos).

Em termos☀️ de produção musical, Joaquín Rodrigo encontra-se entre os mais importantes contribuidores para a música valenciana e espanhola.

A este junta-se Vicente☀️ Martín y Soler, conhecido pelas suas óperas e ballets; o maestro José Serrano Simeón, compositor de zarzuelas e autor do☀️ Hino de Valência; ou o compositor vilhenense Ruperto Chapí.

No panorama atual, a produção música em valenciano sofreu um impulso, popularizando-se☀️ também internacionalmente através de nomes como Pau Alabajos e Feliu Ventura e de grupos como Obrint Pas, La Gossa Sorda,☀️ Aspencat e Zoo.

[86] Também de grande importância foram, nas décadas anteriores, Ovidi Montllor, Raimon e Al Tall.

Quanto aos equipamentos culturais☀️ de maior relevância, contam-se entre eles o Instituto Valenciano de Arte Moderna, o Museu Valenciano da Ilustração e da Modernidade,☀️ os museus de Belas-Artes de Valência e Castelló, o Museu Popular de Arte Contemporânea, o Museu de La Asegurada e☀️ o Museu de Belas-Artes Gravina, em Alicante, para além do Museu Nacional de Cerâmica e das Artes Suntuárias González Martí☀️ em Valência.

Ciência e tecnologia [ editar | editar código-fonte ]

Cidade Politécnica da Inovação da Universidade de Valência

O setor público da☀️ Comunidade Valenciana encarrega-se do I+D+i através do Instituto Valenciano de Competitividade Empresarial (IVACE, uma entidade adscrita à Conselheiria de Economia,☀️ Indústria, Turismo e Emprego da Generalidade Valenciana), cuja finalidade é a gestão da política industrial da Generalidade Valenciana e o☀️ apoio às empresas em matéria de inovação, empreendimento, internacionalização e captação de investimentos, bem como a promoção dos núcleos tecnológicos,☀️ da segurança industrial, e da gestão da política energética da Generalidade.[87]

O principal núcleo tecnológico da Comunidade Valenciana é o València☀️ Parc Tecnològic, em Paterna.

[88] Os seus objectivos principais são potenciar a diversificação industrial da Comunidade Valenciana, fomentar a incorporação de☀️ novas tecnologias e o apoio às iniciativas de I+D+i.

Nele localizam-se nove dos Institutos Tecnológicos promovidos pelo IVACE em colaboração com☀️ os empresários dos sectores correspondentes e as universidades públicas valencianas.

Estes institutos fazem parte da Rede de Institutos Tecnológicos (REDIT), formada☀️ por 13 institutos tecnológicos: os nove localizados no València Parc Tecnològic, e outros quatro localizados noutras cidades valencianas.

A acrescentar a☀️ estes, a Comunidade Valenciana conta com cinco parques científicos que dependem em grande medida das universidades públicas valencianas.

Assim, a Universidade☀️ Politécnica de Valência conta com a Cidade Politécnica da Inovação (CPI);[89][90][91] a Universidade de Valência (UV) dispõe do Parque Científico☀️ da Universidade de Valência (PCUV);[92][93][94] a Universidade Jaume I de Castelló (UJI) e a Confederação de Empresários de Castelló (CEC)☀️ são os promotores do Parque Científico, Tecnológico e Empresarial de Castellón (Espaitec); a Universidade de Alicante (UA) é a fundadora☀️ e detentora do Parque Científico de Alicante; e finalmente, a Universidade Miguel Hernández de Elche (UMH) fundou, juntamente com a☀️ Confederação Empresarial da Província de Alicante (COEPA), o Parque Científico-Empresarial da UMH.

Durante todo o ano e quase sucessivamente, celebram-se as☀️ festas de Mouros e Cristãos em Alcoi, no Vale de Albaida, no Alto, Médio e Baixo Vinalopó (Vilhena, Sax, Elda,☀️ Petrer), na Marina Baixa, no Condado de Cocentaina, na Vega Baixa (Oriola), na Horta Sud, em Liria, entre outras.

Também são☀️ populares as festas de bous al carrer, sobretudo nas comarcas do interior, sendo as mais conhecidas o torico de la☀️ cuerda em Chiva, el bou a la vila em Onteniente, as festas de Segorbe[95][95][95][95][95][95][95], ou os bous a la mar☀️ em Dénia.

Estas festas consistem na largada de touros e novilhos num recinto restrito por barreiras nas ruas mais centrais da☀️ localidade.

É também característico o touro embolado, que consiste na colocação de bolas de estopa acesa mediante ferros colocados nas hastes☀️ do animal.

Entre finais de fevereiro e princípios de março organiza-se o Carnaval de Vinarós, uma festa de interesse turístico autonómico☀️ e as Festas da Madalena, em Castelló.

Em Valência decorrem as Fallas em honra de São José, as mais importantes da☀️ cidade mas que se celebram também por todo o território da comunidade.

Na primavera, celebra-se a Semana Santa e as festas☀️ em honra de São Vicente Ferrer, patrono da região.

Em junho, destacam-se as celebrações de São João em Alicante, enquanto que☀️ em agosto se realiza o Mistério de Elche, a Tomatina de Bunhol, uma das festas de maior repercussão internacional, e☀️ a Cordà de Paterna.

As Festas de Nossa Senhora de Saúde de Algemesí incluem danças tradicionais, como a Muixeranga, os torneadores☀️ ou o Bolero e acontecem no mês de setembro, juntamente com a semana taurina, que se realiza na peculiar praça☀️ de touros quadrada.

A cada 9 de outubro, dia da Comunidade Valenciana e de São Dionísio, dão-se as celebrações da mocadorà☀️ e os Mouros e Cristãos de Crevilhente dedicados a São Francisco de Assis.

Posteriormente, em novembro, destaca-se a Feira de Todos☀️ os Santos de Cocentaina, cuja origem se remonta ao ano 1346, e, a 28 de dezembro, a celebração anual dos☀️ enfarinats na localidade alicantina de Ibi.

Confecção de uma paelha

A gastronomia valenciana é bastante variada e marcada pela geografia da região,☀️ se bem que os seus pratos mais conhecidos são à base de arroz, entre os quais a paelha.

Na costa destacam-se☀️ as cocas (sobretudo a de pimento e tomate) e os pratos de arroz, e usam-se sobretudo os cereais - para☀️ além do arroz, o milho e o trigo.

O arroz bomba é o ingrediente básico de muitos deles, usado em diversas☀️ receitas como arroz no forno, arròs a banda, arroz à pedreira, arroz negro, arroz com crosta ou caldeirada de arroz.

Além☀️ destes, a fideuà (macarronada, semelhante ao arròs a banda e elaborada de forma semelhante à paelha), e o putxero também☀️ são de relevância.

No interior da região destacam-se os gaspachos e os cozidos (ollades), bem como o uso de enchidos (destaque☀️ para a sobrassada), nozes, amêndoas (de introdução grega, juntamente com o vinho), cogumelos e carne.

O clima mediterrânico favorece o cultivo☀️ de cítricos e hortaliças, sendo de especial importância o cultivo da laranja, uma das frutas típicas da agricultura valenciana.

A sua☀️ pastelaria é de origem árabe e muito significativa nas festividades populares.

Jijona e Casinos são os dois lugares tradicionais de fabricação☀️ do torrão, muito consumido no período natalício em Espanha e no resto do mundo hispânico.

Também existem outros doces, como os☀️ polvorones e o maçapão.

Em Játiva elabora-se o Arnadí, à base de abóbora.

No Vale de Albaida são típicas as fogassas ou☀️ monas, as mais conhecidas sendo as de Alberique.

Em Oriola e respetiva comarca destacam-se as almojábenas, e em Casinos e Alcoi☀️ as peladillas.

Villajoiosa possui também uma importante tradição de chocolates.

A orchata (orxata) produz-se tradicionalmente na zona de Alboraia, e é uma☀️ bebida típica elaborada a partir da junça que se acompanha normalmente com fartons.

Juntamente com o azeite, conforma as mais importantes☀️ influências romanas na gastronomia valenciana.

Também se produz licor de café (típico de Alcoi), mistela (na Marina Baixa e Hoya de☀️ Buñol) e herbero, um licor à base de ervas da Serra de Mariola.

Também é tradicional a Água de Valência, um☀️ cocktail elaborado com cava ou champanhe, sumo de laranja, vodca e gim.

É servida em copos de vários tamanhos e bebida☀️ num copo longo de cocktail.

Corrida de touros na praça quadrada de Algemesí

A Comunidade Valenciana conserva a tradição de diversos espectáculos☀️ taurinos, como os bous al carrer ("touros na rua"), uma festa tauromáquica popular típica, que se pratica nas ruas de☀️ muitos povos da Comunidade Valenciana, sobretudo nas comarcas da Marina Alta, Alto Mijares, Alto Palância, Baixo e Alto Maestrat, Horta☀️ Nord, Campo do Túria, Campo de Morvedre, e na Plana Alta e Baixa.

As corridas de touros tradicionais desenvolvem-se nas praças☀️ de touros, as quais se distribuem por categorias.

A praça valenciana de maior importância é a Praça de touros de Valencia,☀️ paralelamente a outras de importância como as de Castelló, Alicante, Játiva, Vinarós, Requena, Vilhena, ou a desmontável de madeira de☀️ Algemesí.

Outro acontecimento taurimáquico de relevância é a entrada de touros e cavalos de Segorbe, declarada de Interesse Turístico Internacional.

Este acto☀️ é o mais relevante da semana taurina de Segorbe e tem lugar durante toda a semana do segundo sábado de☀️ setembro.

Nela participam seis touros bravos e aproximadamente o dobro de cavalos.[96]

A Comunidade Valenciana possui uma grande tradição desportiva, especialmente desde☀️ princípios do século XX, quando foram fundados grandes clubes em todos os âmbitos que, nalguns casos, foram dos primeiros a☀️ ser fundados em Espanha na respetiva disciplina.

O desporto e a actividade física estão profundamente enraizados na Comunidade Valenciana, onde existe☀️ uma grande rede de centros e instalações desportivas, tanto públicas como privadas.

Os desportos mais populares entre a população são o☀️ futebol, o basquete, o andebol e os diferentes desportos autóctonos como a pelota ou a columbicultura.

Na região é o lar☀️ de várias equipas de destaque no futebol, entre as quais o Valencia CF, o Villarreal CF, o Levante UD (clube☀️ veterano da Comunidade Valenciana, fundado em 1909), o Elche CF, o CD Castellón, o CD Eldense, o Hércules CF, o☀️ CD Alcoyano ou o Huracán Valencia.

Outros dos desportos olímpicos no qual a comunidade se destaca é no basquete, com as☀️ equipas Valencia Basket Club, Lucentum Alicante ou o feminino Ros Casares Valencia.

Outro dos desportos importantes é o andebol, no qual☀️ se destacam equipas como BM Altea, Club Balonmano Torrevieja ou o BM Puerto Sagunto masculinos ou o Elda Prestigio ou☀️ Mar Sagunto femininos e em cuja divisão de honra estatal, atualmente mais da metade dos clubes femininos são valencianos.

Também se☀️ praticam outros desportos; como o hóquei em patins, com equipas como o Enrile Patín Alcodiam Salesiano de Alcoy na divisão☀️ de honra espanhola, a OK Liga; ou o rugby, com equipas como o CAU Rugby Valencia ou o Alicante Rugby☀️ Clube.

O País Valenciano conta também com o circuito Ricardo Tormo de Cheste, onde se disputa o Grande Prémio da Comunidade☀️ Valenciana em MotoGP e Superbike.

O Circuito Urbano de Valência, construído em 2008, acolheu o Grande Prémio da Europa de Fórmula☀️ 1, GP2, Fórmula 3, Fórmula BMW e Porsche Mobil 1 Supercup.

[97] Com um impacto económico calculado na casa dos 70☀️ milhões de euros[98] e em funcionamento esperado até 2014,[99][100] a licença para o circuito expirou em 2013, estando encerrado desde☀️ então.

[101][102] Perto do circuito encontra-se a Marina de Valência, que alojou a America's Cup em 2007 e 2010.[103]

Um jogo de☀️ pelota valenciana.

O desporto tradicional por excelência é a pelota valenciana, da qual existe uma seleção valenciana que participa em competições☀️ internacionais.

[104][105] Este desporto pratica-se em mais de oito modalidades diferentes, seja na rua ou num campo, denominado trinquete.

Durante as partidas☀️ é comum que o público invada a área de jogo, e um ou dois marxadors recolhem as apostas que fazem☀️ pela equipa de azuis (blaus) ou pela de vermelhos (rojos), as únicas cores utilizadas pelos pilotaires.

A importância dada a este☀️ desporto é tal que é incluída há vários anos nas escolas públicas como matéria educativa, e a disponibilidade obrigatória de☀️ um trinquete nas suas instalações desportivas.

O tiro y arrastre é outro dos desportos tradicionais,[106][107] que consiste na corrida de um☀️ cavalo carregado com uma carroça cheia de sacos de areia.

[108][109] Remonta à década de 1940 como uma disciplina sobretudo composta☀️ por agricultores.

[110] Na atualidade, com a diminuição da importância dos animais de tração na produção agrária, tem-se encarecido o custo☀️ de manutenção dos animais.

Assim, e devido à ausência de subsídios, nos últimos anos a prática deste desporto tem diminuido.

Por sua☀️ vez, as escassas sociedades de arraste formadas para fomentá-lo limitam 5 bet365 actividade à organização dos eventos e à angariação de☀️ fundos mediante a venda de publicidade nos mesmos.[111]

Também é tradicional a columbicultura, surgida na década de 1920 e alastrando-se depois☀️ por toda a região, na qual se treina uma raça própria de pombo chamada buchón valenciano.[112]

Texto inicialmente baseado na tradução☀️ dos artigos «País Valencià» na Wikipédia em catalão (acessado ) e «Comunidad Valenciana» na Wikipédia em castelhano (acessado ).[a] ^☀️ média anual

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