Aos 61 anos, o quase presidente do Vitória, Ivã de Almeida, sonhava com o momento de ser presidente do clube.
A posse ainda será nesta segunda-feira (19), após a eleição, mas o futuro gestor do clube já acrescenta o status de cartola no seu currículo profissional.
"Sou engenheiro, advogado, professor e presidente do Esporte Clube Vitória.
É algo que sonhei há muito tempo.
Esperei a oportunidade certa para tornar este sonhoaposta futebol nordesterealidade.
Agora é trabalhar e fazer merecer este posto", disse Ivã.
Tentativas e chances não faltaram para o próximo presidente.
Em 2010, na eleiçãoaposta futebol nordesteque Alexi Portela Júnior lutava pela reeleição, a figura de Ivã de Almeida apareceu pela primeira vez na história eleitoral rubro-negra.
Chegou a fazer campanha, mesmo sem chapa para o Conselho Deliberativo.
Ele tentava ganhar adeptos do conselho que elegeria Alexi Portela.
Porém, no dia da eleição, após uma longa conversa com seu rival, Ivã decidiu retirar a candidatura e Alexi acabou eleito por aclamação.
Ivã de Almeida assume o rubro-negro a partir desta segunda-feira (19) (Foto: Mauro Akin Nassor/Correio)Em 2015, após renúncia de Carlos Falcão, Ivã teveaposta futebol nordestesegunda chance de ser presidente.
Com voto interno entre os conselheiros, a eleição para presidente-tampão culminou na candidatura de Raimundo Viana, que venceu com 186 votos.
Só 47 conselheiros votaramaposta futebol nordesteIvã.
Toda esta corrida pelo status de presidente durou seis anos.
Para Ivã de Almeida, porém, foi até rápido.
"Na verdade, eu nem acho que demorou tanto esta estrada até o posto de presidente.Foi até rápido.
Se a gente imaginar que a estrutura do Vitória é arcaica, ditatorial e, mesmo assim, quebramos esta oligarquiaaposta futebol nordesteseis anos, se tratando de um clube centenário, acho que foi rápido.
Se imaginar que, para conseguir tal feito, precisaríamos corrigir o estatuto e só depois ganhar espaço para abrir o clube para novas ideias, foi algo que surpreendeu", analisa Ivã.
ConselhoApesar das últimas tentativas não terem obtido sucesso, Ivã garante que aprendeu e tentou assimilar qualquer tipo de aprendizagem para entrar na briga no momento certo.
A primeira medida para ganhar terreno foi ganhar a confiança de conselheiros, sempre fazendo o papel de articulador.
Desde 1996, Ivã mantém o status de conselheiro do clube.
"Apesar deste tempo curto, adquiri muita experiência nas últimas eleições para conhecer mais pessoas, desde 2010 na disputa com Alexi Portela.
Fui aprendendo o que as pessoas conhecem do Vitória.
E, quando escolhi uma chapa para esta disputa, não queria uma com todas as pessoas que já estavam aqui.
Não queria me juntar com a velha oligarquia, como citei", explica o futuro gestor rubro-negro.Afastou-se mesmo.
A chapa que o apoia fez uma verdadeira mudança no quadro do Conselho Deliberativo.
Dos conselheiros que estavam nas gestões de Carlos Falcão e Raimundo Viana, apenas 20 permanecem no novo Conselho Deliberativo, contando Ivã de Almeida, que se tornará conselheiro nato, além do presidente do conselho, Paulo Catharino Filho.
Com o Conselho Deliberativo nas mãos, Ivã comemora.
"Estou muito felizaposta futebol nordesteperceber que todo aquele esforço feito no ano passado valeu a pena.
Nos reunimos, defendemos uma bandeira democrática para o clube, apresentamos propostas e conseguimos assumir o clube.
Entendemos que não houve vencidos e vencedores.
Quem ganhou foi o Vitória.
Faremos de tudo para que este voto de confiança dos torcedores não caia no acaso", garante Ivã, que foi diretor da baseaposta futebol nordeste2006 e 2007.
Para vice-presidente, Ivã de Almeida terá ao seu lado Agenor Gordilho.
Sinval Vieira foi o escolhido como diretor de futebol e da base.
Nesta segunda (19) os conselheiros eleitos vão homologar o mandato de Ivã.