A tenista russa Maria Sharapova foi pega no exame antidoping e ficou de fora das Olimpíadas de 2016.
Foto: Paulo Pinto/Fotos 💳 Públicas
O doping esportivo é a utilização, por um atleta, de substâncias não naturais ao corpo para melhorar seu desempenho de 💳 forma artificial.
Atualmente, durante competições esportivas internacionais, os jornais publicam escândalos envolvendo técnicos e atletas pegos no exame antidoping.
A notícia mais 💳 recente desse tipo foi no Mundial de Atletismo da Alemanha, no início de agosto, envolvendo esportistas brasileiros.
O uso ilícito de 💳 substâncias - medicamentos e hormônios - como artifício para ganhar competições esportivas é muito antigo.
Já nos Jogos Olímpicos da Grécia, 💳 cerca de três séculos antes de Cristo, havia uma regulamentação para evitar que os competidores tivessem o baço arrancado.
Acreditava-se que 💳 com o esforço físico dos maratonistas, este órgão poderia endurecer e prejudicar o resultado.
Ao longo dos anos, esse tipo de 💳 artimanha tem se sofisticado.
Ao mesmo tempo em que as substâncias e os fármacos são aprimorados para passarem despercebidos nos exames 💳 de urina e de sangue feitos nos atletas, os próprios métodos de detecção também se sofisticam.
Assim, é difícil haver dúvida 💳 nos resultados, conforme explica Jair Rodrigues Garcia Junior, professor do curso de Educação Física da Universidade do Oeste Paulista (Uno 💳 este), ainda que algumas substâncias sejam parecidas com as produzidas pelo corpo humano.
"As mulheres, por exemplo, também produzem hormônios masculinos, 💳 porém, em pequenas quantidades.
Quando elas usam esteróides para aumentar a força muscular, os exames detectam a quantidade de hormônio artificial 💳 no corpo, porque a excreção na urina é diferente da natural", afirma o professor.
O que complica para determinar se um 💳 atleta usou ou não doping, é que muitos trocam a urina a ser examinada por a de outra pessoa, sem 💳 resquícios dos medicamentos ou drogas.
Por isso, os comitês esportivos internacionais agora também pedem DNA da urina, quando necessário.
Para o doping 💳 não deixar traços, muitos atletas deixam de usar as drogas no período de competição, mas já foram "beneficiados" por seus 💳 efeitos.
"Agora alguns campeonatos começam a realizar os testes ainda no período de treinamento para evitar isso", diz o professor Jair.
Como 💳 o doping é mais comum em competições importantes, geralmente internacionais, os envolvidos são esportistas de muita experiência.
"Dificilmente um atleta desse 💳 nível profissional não sabe que as substâncias são ilícitas, especialmente porque a maioria delas é injetável e é preciso a 💳 concordância dele para a aplicação.
Por isso, não se pode culpar somente os treinadores", afirma.
A dificuldade em combater o doping se 💳 dá também porque praticamente todas as substâncias utilizadas são de uso médico, vendidas com receitas controladas.
"Um paciente com câncer, por 💳 exemplo, usa hormônios para recuperar a força muscular", explica Jair.
Isso significa que por trás do doping, há sempre alguém que 💳 está descumprindo a lei e vendendo esses medicamentos sem o controle médico devido.