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Para os fãs dos filmes de terror, esta produção italiana tende a ser especialmente intrigante. Não apenas pelas "migalhas de pão" deixadas ao longo da trama e que nos conduzem habilmente ao desfecho intenso, mas principalmente porque logo é evidente a utilização consciente de engrenagens, cenários e caminhos facilmente identificáveis. Do lettering que traz o título autoexplicativo, Um Clássico Filme de Terror, à apresentação dos personagens, tudo atende ao desejo escancarado de homenagear o gênero. Boa parte do interesse gerado está na maneira como os diretores Roberto De Feo e Paolo Strippoli utilizam essa compreensão prévia de regras e elementos consolidados historicamente ao seu favor. Poderia ser uma simples cópia respeitosa, uma demonstração exibicionista de conhecimento do cânone (conjunto de padrões que rege um modelo). Felizmente, se vai além. Os famigerados clichês são trabalhados como peças essenciais de um processo afetivo que tem como objetivo o deleite dos apreciadores das narrativas repletas de suspense, pavor e sanguinolência. Depois do plano sintomático da mulher sendo massacrada pela criatura agressiva de natureza indefinida, corta-se para o grupo de desconhecidos que viajam juntos por conta de um aplicativo de carona. Essa simples sucessão de tomadas acende um alerta: talvez a excursão não acabe bem. O diagnóstico é potencializado pela reunião de estranhos. O efeito é calculado como consequência da bagagem do público.
O que vemos nos primeiro e segundo terços de Um Clássico Filme de Terror é um acúmulo intencional de lugares-comuns abundantes nas histórias de terror. Além do casarão amedrontador situado no meio do nada (ponto para a cenografia), o nerd que revela os companheiros de jornada; o casal do exterior, quase alheio ao ambiente no qual tudo acontece; o sujeito de poucas palavras que provavelmente guarda segredos; e, por fim, a personagem principal atravessada por um dilema moral de proporções angustiantes. A câmera faz questão de sublinhar bastante cada uma dessas características, assim ressaltando que aquela gente é parecida com a de tantos e famosos filmes anteriores. É evidente o tributo prestado especialmente aos exemplares norte-americanos dos anos 1980. Os cineastas brincam com os códigos do slasher, adiante incluindo no molho saboroso os tipificados white trash – forma pejorativa de se referir a pessoas brancas de baixo estatuto social, sobretudo camponeses e lavradores –, lendas pagãs que alimentam fanatismo, vilões improváveis, sacrifícios de “inocentes” e cabeças de animais anunciando que há algo de muito bizarro naquele fim de mundo. E a protagonista, Elisa (Matilda Anna Ingrid Lutz), precisa tomar uma decisão que coloca em go gold slot crise seus valores cristãos. O ameaçador plano zoon in da imagem do santo que parece julgá-la é suficiente para entender a ideia.
Para consolidar esse louvor às obras de terror, Um Clássico Filme de Terror não torna tudo necessariamente previsível, investindo paralelamente no desenho de uma atmosfera também convidativa ao enigma. Por um lado, o filme respeita e celebra as convenções, como ao emprestar de inúmeras realizações pregressas a evolução da inquietação que toma conta dos personagens deparados com o inexplicável. Por outro, ele estrategicamente deixa algumas pontas soltas, cuja função é evitar que o espectador consiga ter uma imagem clara do panorama geral. Dessa forma, são estimuladas simultaneamente sensações de conforto e desconforto. Indício disso, o fato de percebemos desde o começo que a protagonista provavelmente será a única dos companheiros a sobreviver ao banho de sangue. Mas, é preservada durante um bom tempo a dúvida a respeito de quem está provocando a situação tétrica. Mesmo quando enxergamos os homens grotescos com máscaras feitas de casca de árvore, persiste a ignorância quanto a origem deles. Seres sobrenaturais? Sujeitos comuns utilizando vestimentas ritualísticas para adorar entidades imaginárias? Consequência da veneração exacerbada que não encontra limites nas estruturas éticas e morais da sociedade convencional? Aos poucos surgem indícios do que seria a tal verdade. Quando ela se revela completamente, o resultado é vacilante.
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Comentários antigos
“De janeiro a janeiro” é uma canção antiga, a fiz em go gold slot 1999. A gravei no meu disco "Varrendo a Lua", que lancei em go gold slot 2010. Foi uma surpresa maravilhosa ter esta canção na trilha sonora de Sangue Bom.
Como nasceu a parceria com Nando Reis? Conte como foi soltar a voz ao lado dele e que contribuição go gold slot interpretação deu à música.
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A canção fala sobre amor verdadeiro, infinito, mas que nem sempre é correspondido. Você acha que as pessoas atualmente ainda conseguem amar alguém por um longo período de tempo sem serem correspondidas? Crê nessa força?
Por último, como se sente em go gold slot ter go gold slot voz embalando dois personagens de uma novela da Globo?