O pole dance ganhou muitos adeptos nos últimos dois anos.
Homens e mulheres estão conhecendo os benefícios para a saúde e 🫦 para a autoestima que a prática traz.
Esse maior reconhecimento do pole dance contribui para que pessoas do mundo inteiro desenvolvam 🫦 campeonatos profissionais e, ainda, incluam nesses campeonatos os portadores de necessidades especiais.
O instrutor de pole dance Yagho Panichi, de 21 🫦 anos, está desenvolvendo o "para-pole", um sistema que adapta o pole dance para pessoas com alguma deficiência física baseado numa 🫦 avaliação técnica prévia.
No projeto, o instrutor conta com a ajuda da fisioterapeuta Michele Deud e da educadora física Ketria Sronza, 🫦 além da professora de educação física da PUC-PR e pole dancer, Keith Sato.
Juntos, os quatro estão estudando os aspectos físicos 🫦 e artísticos da modalidade em busca do reconhecimento do pole dance como esporte e da inclusão de pessoas com necessidades 🫦 especiais.
Yagho afirma que esse sistema é um desafio já que muitos dos passos realizados dependem das travas nas articulações dos 🫦 braços e das pernas contra o poste.
No entanto, é a preparação do instrutor que deve compensar essas dificuldades do aluno 🫦 e prepará-lo para competir como qualquer atleta.
"O instrutor precisa estar apto para lidar com essas pessoas, com as dificuldades e 🫦 com as limitações físicas que elas têm", afirma.
O para-pole dance
O sistema pensado por Yagho é dividido em níveis de capacidade, 🫦 muito parecido com o que acontece nos festivais de dança.
O nível inciante compete com passos mais básicos e, conforme o 🫦 atleta avança, os movimentos também vão ficando mais elaborados.
Esse sistema possibilitaria a participação de pessoas com alguma deficiência motora, pois 🫦 seria possível criar uma categoria competitiva apenas para esses atletas.
"Eu me inspiro muito numa pole dancer australiana chamada Debbie.
Ela faz 🫦 movimentos muito difíceis, de coluna e pernas, tendo a amputação de um braço", comenta o instrutor.
A pole dancer e professora 🫦 de educação física Keith Sato acredita que mesmo com limitações motoras, qualquer um consegue praticar o pole dance.
Existe como compensar 🫦 a falta de movimentos em braços e pernas com qualidade artística e um bom trabalho nas áreas não afetadas do 🫦 corpo.
"Internacionalmente, já existem competições especiais de meninas amputadas que fazem o pole e dançam lindamente", afirma a atleta.
Ela explica que 🫦 a modalidade faz muito bem para a saúde e pode inclusive auxiliar pessoas que tenham problemas vertebrais ou dificuldades motoras.
Além 🫦 de possibilitar a maior diversidade de atletas, o desenvolvimento de um sistema de regras também ajudaria a regulamentar o pole 🫦 dance como esporte, o que é o primeiro passo para torná-lo reconhecido junto ao Comitê Olímpico Internacional.
"O objetivo do meu 🫦 projeto é deixar o pole dance mais profissional.
É tirar esse tabu de que é simplesmente uma dança para marido e 🫦 o pessoal começar a vê-lo como esporte, como ele é", diz Yagho.
No que depender do esforço dos praticantes de pole 🫦 dance, logo os Jogos Olímpicos, e os Paralímpicos contarão com uma nova modalidade.