Um dos símbolos de racha no Brasil
Racha, também chamado popularmente de pega, é uma forma de corrida ilícita praticado em ♣️ áreas urbanas, rural ou rodovias com automóveis e/ou motocicletas.
Rachas podem ocorrer de forma espontânea entre os competidores, que eventualmente se ♣️ encontram, ou praticada de forma premeditada com auxílio da internet e celulares para que não chame atenção das autoridades.
Em muitas ♣️ cidades, assim como conduzir alcoolizado, o racha é um dos principais causadores de acidente de trânsito graves.[carece de fontes]
Apesar de ♣️ ilegais, os "rachas" no Brasil são muito bem organizados entre os praticantes, tornando difícil para a polícia prever a ação ♣️ dos infratores.
Nessas corridas clandestinas, há várias "equipes" espalhadas por todo o Brasil.
As mais famosas são as de São Paulo, Rio ♣️ de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto e algumas cidades do Sul de Minas Gerais.
O Brasil é o quarto país onde se ♣️ disputam mais rachas nesse estilo, perdendo apenas para Estados Unidos, Japão e Arábia Saudita - países onde as corridas são ♣️ vistas como válvula de escape da repressão social.
A maioria dos corredores é jovem e mulheres são geralmente a companhia principal ♣️ dos corredores, chamadas por eles de "mascotes".
No Brasil, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Piracicaba, Campinas têm muitas "equipes" ♣️ de rachas e corredores que acabam por se tornar personalidades no meio clandestino e entrar para um suposto "ranking".
São notórios: ♣️ Marcus Point (apelidado de o rei dos rachas em 2007); Rapina, conhecido por ter corrido na Stock Car; Judeu, conhecido ♣️ na Arábia Saudita; e os irmãos Pardal e Molina, considerados precursores da disputa "ponto a ponto" (ver abaixo).
Todos são muito ♣️ conhecidos pela polícia de Campinas e estão foragidos desde o último evento no final de 2008 (uma ação sigilosa da ♣️ polícia e de alguns infiltrados identificou a maioria dos participantes) no chamado Galpão, que se localiza na zona sul de ♣️ Campinas, onde havia corridas ilegais desde 2007 e que hoje está interditado.
Ainda em 2007, uma "equipe" foi flagrada organizando corridas ♣️ ilegais em Piracicaba.
Dos 20 membros identificados apenas 3 foram presos, pois todo o resto do grupo era composto por menores ♣️ de idade, o que é comum nesse tipo de contravenção.
Baseada nas competições de dragsters e nas provas de arrancadas, neste ♣️ tipo de disputa os competidores estipulam um pequeno trecho em linha reta, geralmente menos de um quilômetro, e com os ♣️ carros parados aceleram e avançam após algum sinal, vencendo quem chegar antes na linha predeterminada pelos competidores, que podem ser ♣️ mais de dois.
Em arrancadas, as mudanças de marcha têm função crucial para otimizar o tempo da troca.
Também é comum o ♣️ tuning especializado somente para arrancadas.
Ponto a ponto [ editar | editar código-fonte ]
Os corredores definem um ponto de chegada e ♣️ partem de um mesmo ponto de partida, sendo vencedor quem alcançar primeiro a chegada.
É permitido usar caminhos alternativos como atalhos, ♣️ estradas menos movimentadas e cortes.
Também pode envolver mais de dois corredores.
É um dos tipos de corrida mais comuns no Brasil ♣️ e em outras partes do mundo.
Exige mais técnica e habilidade em manobras, além de um grande senso de navegação.
No Ponto ♣️ a Ponto mais vidas são colocadas em perigo, tendo em vista que cruzam regiões urbanas e não respeitam limites nem ♣️ regras.
Derrapadas ou Drift [ editar | editar código-fonte ]
Mais conhecida pelos corredores como "drift", neste estilo os pilotos induzem o ♣️ carro a perder a aderência nos pneus traseiros, levando o carro deslizar e fazer as curvas de lado.
Para obter este ♣️ efeito, a maioria dos praticantes usa carros de tração traseira e faz manobras arriscadas com o auxílio do freio de ♣️ mão.
É pouco frequente no Brasil, já que a maioria dos carros fabricados no país é de tração dianteira, com exceção ♣️ de alguns importados de alto valor.
Devido a estas restrições a prática é dominada apenas pelos "Monstros do Asfalto", que correm ♣️ na região da Grande São Paulo e, segundo os próprios adeptos, estão entre os 20 melhores do país.
São vários os ♣️ motivos da prática, entre eles, a atração pela velocidade e adrenalina, ostentação de veículos potentes, apostas em dinheiro ou dos ♣️ próprios carros (prática conhecida como "pink slip"), além de envolver mulheres, festas e disputas pessoais.[1][2]
A prática causa diversos danos a ♣️ sociedade e aos praticantes, acidentes envolvem vítimas fatais ou não, ou acidentes com pessoas que acompanham os pilotos, outros carros ♣️ e pedestres.
Outros danos indiretos como consumo de drogas e álcool, roubo e furto de peças automotivas e automóveis, envolvimento de ♣️ menores em práticas ilegais, prostituição, entre outros foram observados pela Evo Street Races.[2]
No Brasil, centenas de acidentes de trânsito envolvendo ♣️ "rachas" são contabilizados anualmente.
Alguns acidentes envolvem veículos de diferentes categorias.
[3] Em muitos dos acidentes as vítimas são pedestres e outros ♣️ condutores de veículos, como a estudante sul matogrossense Mayana Duarte, que em 2010 teve o veículo atingido por dois corredores.
Mayana ♣️ foi levada em estado grave para o hospital e morreu 10 dias depois[4].
Em 2012, os dois corredores foram condenados por ♣️ diversos crimes, incluindo homicídio, prática de "racha" e embriaguez ao volante[5].
Também em Mato Grosso Do sul, desta vez na capital, ♣️ Campo Grande, Seila Maria Oliveira Alfonso, de 55 anos, estava na garupa de uma moto quando foi atingida por dois ♣️ corredores.[6]
Em muitos dos casos os criminosos vão a juri, mas as penalidades são brandas.
Em 20 de julho de 2010, o ♣️ estudante e skatista Rafael Mascarenhas, de 18 anos, foi atropelado em um túnel na Gávea, zona sul do Rio de ♣️ Janeiro.
O túnel estava fechado para manutenção e por isso era usado pelo rapaz e por dois amigos, mas dois carros ♣️ entraram no túnel por um acesso e um deles acabou atropelando Rafael, filho da atriz Cissa Guimarães.
A perícia concluiu que ♣️ os carros estavam em alta velocidade.
[7] Contudo, em 2012 o caso completou dois anos sem julgamento dos acusados.
[8] Em João ♣️ Pessoa, Paraíba, carros de luxo eram preparados para a prática.
[9] Em Minas, um acidente envolveu um carro da polícia.[10]
Os praticantes ♣️ são conhecidos localmente como hashiriya,[11] e a prática se dá em avenidas e rodovias de alta velocidade.
As batalhas são conhecidas ♣️ como kosoku battle ou Roulette-zoku e ocorrem em trajetos circulares, ou seja, começando no ponto onde terminarão[11].
Frequentemente ocorrem na Shuto ♣️ Expressway, em Tóquio.
Os corredores japoneses foram popularizados devido aos "rachas" que aconteciam nas rodovias montanhosas do país, conhecidas como Touge, ♣️ e que foram reproduzidos no mangá Initial D, posteriormente adaptado para anime.
As corridas da expressway foram também reproduzidas em mangá, ♣️ a Wangan Midnight, e através do filme Shuto Kosoku Trial.
Um dos mais notórios grupo de "racha" japonês foi o Mid ♣️ Night Club, que ganhou notoriedade com seus potentes carros antigos que alcançavam os 300 km/h (190 mph).
Formavam uma sociedade com ♣️ alto grau de organização, que desintegrou-se em 1999 após um grave acidente envolvendo um grupo de motociclistas.
Em Portugal, os "rachas" ♣️ são ilegais, mas ainda bastante populares, especialmente entre adolescentes e jovens de 18 a 30 anos.
Os locais preferidos são zonas ♣️ industriais, autoestradas e ruas amplas nas grandes cidades, além das vias expressas que conectam áreas urbanas; são normalmente disputadas à ♣️ noite, quando há menos motoristas nas pistas.
O mais famoso ponto de encontro dos praticantes de "rachas" é a Ponte Vasco ♣️ da Gama, em Lisboa, a mais longa ponte da Europa, com 17,2 km (10,7 milhas), que oferece pistas largas e ♣️ extensas para as corridas de arrancada.
Este e outros pontos de encontro normalmente são controlados pelas autoridades com câmeras automáticas, que ♣️ captam imagens de objetos em alta velocidade.
Apesar dos muitos esforços das autoridades de trânsito portuguesas para combater a ameaça que ♣️ tais corridas ilegais representam, os crimes relacionados à prática do "racha" ainda são constantes, segundo dados da Polícia de Segurança ♣️ Pública (PSP) e da divisão responsável pelo patrulhamento das estradas da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Isso levou à aprovação de uma ♣️ nova lei que permite a condenação de envolvidos em "rachas" que causem acidentes por "homicídio no contexto de corridas de ♣️ rua", em vez do homicídio por negligência.
Como no Brasil, as corridas são quase sempre organizadas através de redes sociais, SMS ♣️ e fóruns na Internet, e por isso as polícias portuguesas mantêm vigilância constante nas páginas e espaços online dedicados aos ♣️ "rachas".
Além disso, os policiais usam os vídeos exibidos em páginas como YouTube para identificar os locais e os envolvidos nessa ♣️ prática.
Recentemente, uma associação de voluntários amantes das corridas de velocidade, autointitulada Superdrivers, reivindicou a realização de eventos de corrida autorizados ♣️ nos fins de semana, como forma de combater os "rachas".
Eles queixam-se de que as corridas legalizadas ocorrem apenas uma ou ♣️ duas vezes por ano, sob controle rígido das autoridades.
Na cultura popular [ editar | editar código-fonte ]
Diversos jogos de videogame ♣️ abordam o tema, como Need for Speed, Road Rash, Midnight Club e algumas seções de Grand Theft Auto.