Entenda quem são os jogadores envolvidos, quem já foi preso e a posição do governo federal sobre a Operação Penalidade 7️⃣ Máxima
A Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, revelou um esquema de apostas esportivas envolvendo jogadores de diversos 7️⃣ times e divisões do futebol brasileiro.
De acordo com a investigação, jogadores cooptados por grupos criminosos recebiam até R$ 100 mil 7️⃣ para provocar cartões amarelos e vermelhos ou realizar outras ações dentro de campo.
A operação do Ministério Público ganhou notoriedade nacional 7️⃣ nas últimas semanas, quando a segunda fase foi deflagrada e três mandados de prisão, 16 de preventiva e 20 de 7️⃣ busca e apreensão foram cumpridos em 16 municípios de 20 Estados brasileiros diferentes, incluindo São Paulo e Rio.
Quais são os 7️⃣ jogadores envolvidos?
De acordo com o Ministério Público de Goiás, cerca de 15 jogadores já tiveram os nomes citados nas conversas 7️⃣ divulgadas pela investigação até o momento.
Dentre eles, Eduardo Bauermann (Santos), Pedrinho (Athletico-PR), Bryan Garcia (Athletico-PR), Alef Manga (Coritiba), Kévin Lomónaco 7️⃣ (Red Bull Bragantino), Nino Paraíba (América-MG), Vitor Mendes (Fluminense) e Victor Ramos (Chapecoense) estão entre os mais conhecidos.
Nesta segunda-feira (15), 7️⃣ a procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pediu a suspensão de 30 dias de oito atletas citados na 7️⃣ Operação Penalidade Máxima.
O pedido será analisado pelo presidente do órgão.
O que aconteceu com os jogadores?
Eduardo Bauermann - afastado das atividades 7️⃣ do Santos
Pedrinho e Bryan Garcia - contrato rescindido com o Athletico-PR
Alef Manga - contrato suspenso pelo Coritiba
Kévin Lomónaco - admitiu 7️⃣ em depoimento que participou e recebeu pelo esquema, fechou acordo com o Ministério Público de Goiás e está afastado do 7️⃣ Red Bull Bragantino
Nino Paraíba - contrato rescindido com o América-MG
Vitor Mendes - teve o nome citado no período em que 7️⃣ esteve no Juventude e está afastado das atividades do Fluminense.
COMO FUNCIONA O ESQUEMA
De acordo com a investigação, a quadrilha analisava 7️⃣ as partidas e eventos que poderiam dar o maior retorno mediante o investimento.
Depois disso, os acusados de chefiar o esquema 7️⃣ de apostas entrava em contato com os atletas e os que topavam recebiam uma parte do valor combinado como sinal.
Os 7️⃣ criminosos acompanhavam a partida e se combinado fosse realizado pagavam o restante para os atletas envolvidos após o jogo.
Posição do 7️⃣ Governo Federal
Na última semana, o governo federal finalizou o texto da Medida Provisória que regulamenta o funcionamento das cassa de 7️⃣ apostas no Brasil.
A nova proposta prevê a proibição de publicidade e propaganda comercial de operadores de apostas de quota fixa 7️⃣ não autorizados.
A MP estabelece que somente as empresas do setor habilitadas poderão receber apostas relacionadas a eventos esportivos oficiais, organizados 7️⃣ por federações, ligas e confederações.
As empresas não habilitadas incorrerão em práticas ilegais e estarão proibidas de realizar qualquer tipo de 7️⃣ publicidade, inclusive em meios digitais.
Na prática, a CBF e outras federações que organizam os campeonatos nacionais são obrigadas a proibir, 7️⃣ nos regulamentos dos torneios, que elas mesmas, clubes e jogadores veiculem nomes e marcas em todas as suas propriedades de 7️⃣ marketing de empresas de apostas que não forem regulamentadas.
O que dizem as casas de aposta?
Representantes das casas de apostas ouvidos 7️⃣ pelos Estadão defendem as investigações do MP e alegam que as empresas são duplamente punidas pelo que está acontecendo.
Elas acabam 7️⃣ tendo de pagar altas quantias a apostadores que manipularam partidas e suas ações e também têm nomes associados a esquemas 7️⃣ fraudulentos, de modo a ter novos apostadores afastados de seus sites.
Como resposta à iminência da regulamentação do setor e aos 7️⃣ eventos de manipulação de jogos e apostas no futebol brasileiro, o Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR) assinou nesta semana 7️⃣ um acordo de proteção da integridade das apostas esportivas com a International Betting Integrity Association (IBIA), voz global sobre integridade 7️⃣ para o setor de apostas licenciadas.
O objetivo principal do acordo, diz a organização, é desenvolver atividades que reforcem o monitoramento 7️⃣ contra a manipulação de ações e confiabilidade em entidades esportivas e nas apostas online no País.
Quem já foi preso?
Bruno Lopez 7️⃣ de Moura, Romário Hugo dos Santos e Thiago Chambó de Andrade são suspeitos de liderar uma quadrilha que cooptava jogadores 7️⃣ para realizar ações deliberadas em campo, como receber cartões amarelos e vermelhos ou cometer faltas e em troca recebiam valores 7️⃣ em dinheiro que poderiam chegar até R$ 100 mil.
Bruno Lopez: Apontado como líder do grupo, Bruno Lopez, identificado na denúncia 7️⃣ também como "BL", já havia sido preso durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro e que 7️⃣ mirava apenas jogos da segunda divisão nacional.
Ele foi solto por meio de habeas corpus e voltou a ser detido na 7️⃣ segunda fase da operação.
Romarinho: Romario Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, é ex-jogador e passou pelas categorias de base do 7️⃣ Palmeiras.
Romarinho teve o nome citado em mensagens enviadas por um dos apostadores para o zagueiro Eduardo Bauermann, que foi aliciado 7️⃣ para receber cartão em dois jogos do Brasileirão de 2022.
Thiago Chambó: Thiago Chambó Andrade, que nos prints de Whatsapp anexados 7️⃣ pelo MP à denúncia aparece como "TH CH".
Apontado como um dos financiadores do esquema, ele possui uma empresa com CNPJ 7️⃣ vinculado ao bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo.
Nas conversas obtidas pela investigação, ele aparece encaminhando comprovantes de 7️⃣ pagamentos feitos para as contas da esposa de Bruno e também de bulldog casa de aposta empresa, a BC Sport.
