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O presente estudo de revisão bibliográfica tem como tema a história do Esporte Moderno, onde discorremos a partir dos primórdios 🌛 do desporto, ainda na vida primitiva do Homem, passando pelos Jogos Olímpicos da antiguidade, a negação das práticas corporais na 🌛 idade média, pelo movimento esportivo inglês, até os Jogos Olímpicos da era moderna e o uso político do desporto, finalizando 🌛 com o Movimento Esporte para Todos (EPT).

Sempre pautados em autores de grande prestígio na área, buscamos entender como estas práticas 🌛 corporais socialmente construídas, vieram a se tornar ao longo da história, este fenômeno de consumo com o qual nos deparamos 🌛 atualmente.

no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais,IntroduçãoSegundo Kunz:

Fica evidente que o esporte é em 🌛 todas as sociedades atuais um fenômeno extremamente importante.

Defrontamo-nos com ele a toda hora e em todos os instantes, mesmo sem 🌛 praticá-lo.[...

] Isso vem gerando uma influencia cada vez maior sobre nossa 'cultura de movimento', e principalmente sobre o conteúdo a 🌛 ser desenvolvido nas aulas de Educação Física (KUNZ, 2006, p.22).

Assim, a partir de observações e vivências como docentes, e o 🌛 estudo de textos que comprovam a dimensão exacerbada que o esporte tomou na sociedade atual, ficamos interessados em pesquisar na 🌛 literatura específica, a origem do esporte moderno a fim de entendermos como esse importante elemento da cultura corporal de movimento, 🌛 portanto, conteúdo da educação física escolar, conforme Coletivo de Autores (1992); veio a se tornar esse fenômeno que Kunz (2006) 🌛 expõe no trecho citado acima.

Buscaremos em nossa pesquisa, as origens primitivas do esporte, o surgimento do esporte moderno, o inicio 🌛 dos jogos olímpicos da era moderna, alguns exemplos da influencia do esporte na política e na sociedade mundial e brasileira 🌛 no decorrer do século XX, como também a perspectiva histórica do movimento "esporte para todos" (EPT) desde bullsbet cupom criação na 🌛 Noruega.

Os primórdios do esporte e dos Jogos Olímpicos

As raízes do desporto têm origem no início da vida primitiva com os 🌛 exercícios para o corpo, necessários para a sobrevivência do ser humano, como as caminhadas, a caça, a natação, a defesa, 🌛 e nos momentos de lazer, com a dança (LYRA FILHO, 1973).

Assim, o esporte nasceu a partir da necessidade do homem 🌛 de se movimentar e seu fascínio pelo jogo, que segundo relatos pode anteceder até mesmo a cultura (PEREIRA, 1980).

Para entender 🌛 a essência do esporte, e necessário vinculá-lo ao jogo, onde o jogo é o elo entre a cultura e o 🌛 esporte (TUBINO, 1993).

Existem duas correntes diferentes no que se diz sobre a origem do esporte: uma relaciona o surgimento do 🌛 esporte com finalidades educacionais desde os primórdios; a segunda vê o esporte como fenômeno biológico, e não histórico (TUBINO, 1993).

Tubino 🌛 (1993) ressalta que o ponto em comum entre essas linhas de pensamento que se tornou a principal bandeira do desporto: 🌛 a competição, onde se houver esporte deve haver disputa.

A competição se origina de uma versão mais agressiva do jogo (PEREIRA, 🌛 1980).

Quando deixou de ser nômade o homem passou a sofrer ataques em suas terras, assim a solução foi o agrupamento, 🌛 que resultaram nas primeiras nações, e idéias de atividade física, onde estavam incluídas as práticas com objetivos higienistas no oriente 🌛 e a ginástica grega com caráter educativo e preparatório para guerra (TUBINO, 1993).

Após ultrapassarem as condições primárias de sobrevivência, as 🌛 civilizações vivenciaram as primeiras experiências do que futuramente se tornariam as atividades esportivas, como por exemplo, os egípcios que já 🌛 praticavam esgrima, arremessos e remo; e vale ressaltar que essas práticas ocorriam desde 4.000 A.C.(PEREIRA, 1980).

Os jogos com bola também 🌛 se mostraram presentes em diversas civilizações primitivas, inclusive nos índios das Américas (LYRA FILHO, 1973).

A Grécia foi à sociedade mais 🌛 voltada à cultura esportiva na história antiga, onde os espartanos eram belicistas e adoradores dos exercícios corporais, e os atenienses 🌛 como intelectuais, interpretavam os jogos esportivos como parte da cultura, da religião, e como meio de educação (PEREIRA, 1980).

Os gregos 🌛 tinham no esporte e na atividade corporal, meio de formação para os jovens, iniciando aos seis anos de idade com 🌛 a ginástica (MARINHO, 1980).

O esporte da antiguidade, observado desde a pré-história teve como principal manifestação os Jogos Gregos que compreendiam 🌛 as Olimpíadas, os Jogos Fúnebres e os Jogos Píticos (TUBINO, 1987).

Esses jogos foram os primeiros registros de uma competição organizada 🌛 e marcaram a história esportiva por representarem a idéia inicial de esporte (TUBINO, 1993).

Os Jogos Olímpicos foram realizados 293 vezes 🌛 em 12 séculos, de quatro em quatro anos, em Olímpia, na Élida, em homenagem a Júpiter, e deveriam elevar a 🌛 Zeus, o Deus supremo (TUBINO, 1993).

Segundo o autor, havia um regulamento rígido, os escravos poderiam somente assistir, enquanto as mulheres 🌛 nem mesmo observar.

Cada cidade do império era representada por atletas, poetas, filósofos e dignitários (PEREIRA, 1980).

Não podiam participavam escravos, bárbaros, 🌛 e condenados pela justiça, onde todos os competidores deveriam se inscrever no prazo determinado, fazer um estágio no ginásio de 🌛 Élida e realizar o juramento Olímpico (MARINHO, 1980).

Segundo Marinho (1980), os esportes em disputa eram, o atletismo, com as corridas, 🌛 o pentatlo, os lançamentos; as lutas de pugilato e pancrácio; o hipismo juntamente com a corrida de carros, dentre outras 🌛 modalidades.

Não raramente as lutas terminavam em espetáculos de crueldade, a ponto de Aristóteles, respeitado filósofo grego, criticar a exagerada violência 🌛 dos atletas e dizer que determinadas atitudes dos esportistas são tão maléficas quanto o sedentarismo (LYRA FILHO, 1973).

Quanto à premiação, 🌛 o vencedor ganhava uma coroa de ramos no templo de Zeus, e também prêmios como escravos, isenção de impostos, pensão 🌛 vitalícia, etc.(TUBINO, 1993).

Após a cerimônia era oferecido um banquete a todos os presentes (MARINHO, 1980).

Nesse momento, o desporto se mostra 🌛 pela primeira vez como fenômeno social, onde durante os Jogos Olímpicos ocorria uma espécie de trégua sagrada no mundo grego, 🌛 proibindo qualquer tipo de guerra (PEREIRA, 1980).

Pereira (1980) afirma que filósofos influentes como Platão, Sócrates e Aristóteles referiam-se ao valor 🌛 do esporte em aspectos educacionais, formadores, morais, estéticos, religiosos, e que somente a força dos jogos era capaz de unificar 🌛 a Grécia, mesmo que de tempos em tempos, fato a poderosa igreja não permitia.

Os últimos Jogos Olímpicos da era antiga 🌛 foram realizados em 393 D.C.

já deteriorados em função da dominação de Roma sobre a Grécia, onde o imperador Teodósio ordenou 🌛 bullsbet cupom extinção na tentativa de abolir as festas pagãs (PEREIRA, 1980).

Contudo, ficou alguma influência cultural grega, com o pentatlo e 🌛 jogos nos moldes das Olimpíadas como os Jogos Augustos e os Jogos Capitólios (PEREIRA, 1980).

Os romanos, por priorizarem a conquista 🌛 de território, davam aos eventos esportivos um caráter de espetáculo popular, com a finalidade de entorpecer a plebe com vinho 🌛 e diverti-los com lutas sangrentas de gladiadores, evitando dessa forma revoltas populares, política essa conhecida como "pão e circo" (PEREIRA, 🌛 1980; TUBINO, 1993).

Segundo Pereira (1980), os exercícios físicos, eram tidos somente como práticas complementares e não base na formação física 🌛 e moral dos jovens como na tradição grega.

A atividade corporal ficou reduzida aos jogos, as tarefas agrícolas e militares (MARINHO, 🌛 1980).

Conforme Marinho (1980), os romanos consideravam os esportes e a ginástica imoral pelo nudismo dos praticantes.

Durante a idade Média, as 🌛 atividades físico-desportivas foram se distanciando cada vez mais da igreja e assim tornaram-se irrelevantes, com os jovens nobres da época 🌛 encaminhados a educação religiosa ou a cavalaria, restavam-lhes apenas exercícios ligados ao adestramento hípico e ao combate, como as Justas, 🌛 a esgrima e as corridas (PEREIRA, 1980; MARINHO, 1980).

Os esportes, como qualquer atividade corporal fora do recomendado pela igreja, eram 🌛 condenados e considerados pecado grave (BRASIL, 2004).

Esse período pós-romano caracteriza-se pela transformação das atividades esportivas em jogos populares, e apresenta 🌛 a primeira distinção entre os esportes da elite e os de massa, tendo origem também duas peculiaridades fundamentais ao esporte: 🌛 a lealdade e o espírito de equipe (PEREIRA, 1980).

Eram muito comuns os torneiros da cavalaria, onde ocorriam disputas de justas, 🌛 que aos poucos foram ganhando regras para diminuir o desgaste físico dos cavaleiros, mas nunca chegaram a perder o status 🌛 de batalha (MARINHO, 1980).

Durante o Renascimento, os esportes foram reavivados, principalmente entre os educadores da época, como o italiano Vittorino 🌛 da Feltre (1378-1446), que reaproximou práticas como a ginástica, a natação, a corrida, a luta, dentre outras, da educação, baseado 🌛 nos princípios gregos de harmonia entre corpo e mente (MARINHO, 1980).

Segundo Marinho (1980), outro pedagogo a defender o esporte como 🌛 meio formador, foi Maffeo Veggio (1407-1458), que publicou em bullsbet cupom obra "Educação da criança" que os jovens deveriam se movimentar 🌛 através de atividades sem violência, acabando assim com a preguiça do corpo; sendo indicados os jogos que não fossem nem 🌛 além nem aquém, das capacidades físicas dos indivíduos, e jamais degradantes.

Neste momento foram determinadas algumas bases que permanecem até hoje, 🌛 como a pedagogia do esporte, originaria da visão do desporto numa face idealística e como pilar para os conhecimentos, inspirado 🌛 na perspectiva grega (PEREIRA, 1980).

O surgimento do esporte moderno

Com o declínio dos jogos populares na Europa do século XVII e 🌛 XVIII em decorrência da industrialização e da urbanização, fato que levou os indivíduos a novos padrões de vida, tornando-se incompatíveis 🌛 essas práticas, os jogos tradicionais foram perdendo suas principais funções, que estavam relacionadas às festas comemorativas ou religiosas (DUNNING, 1979 🌛 apud BRACHT, 2011).

Segundo Da Costa (1988), muitas atividades rurais com cunho de esporte espontâneo e ritualista foram extintas após o 🌛 êxodo da população para as cidades.

Após serem reprimidos pelo poder público, Bracht (2011) afirma que o único lugar onde os 🌛 jogos populares sobreviveram foi no interior das escolas, onde não eram vistos como ameaça a propriedade e a ordem pública.

Dentro 🌛 desse ambiente escolar os jogos tradicionais foram sendo regulamentados e se tornando próximos ao que chamamos atualmente de esporte moderno 🌛 (BRACHT, 2011).

Os estudantes formularam seus próprios jogos, como o futebol e a caça, mesmo reprimidos pelas autoridades escolares por considerá-los 🌛 violentos e perigosos (BETTI, 1991).

O termo "esporte moderno" tem origem segundo Martins e Altmann (2007), em 1986 com Norbert Elias 🌛 e Eric Dunning com o intuito de diferenciá-lo do esporte antigo.

A divisão entre esporte moderno e jogos tradicionais ocorre a 🌛 partir da autonomização do campo esportivo em comparação aos outros campos sociais como o religioso, e essa ruptura se mostra 🌛 na formulação de tempo e locais específicos determinados à prática do esporte, em oposição aos jogos tradicionais, que aconteciam em 🌛 espaços ordinários durante as atividades do dia a dia nos momentos de lazer (MARTINS; ALTMANN, 2007).

Conforme Martins e Altmann (2007), 🌛 as principais características do esporte moderno são:

Vislumbrar a igualdade entre os jogadores, onde durante a prática desconsidera-se a condição social 🌛 do praticante;

A autonomização com a criação de tempo e espaços próprios: estádios, velódromos, pista, quadras, etc.

Sua prática passa a ter 🌛 uma cronologia determinada específica, um calendário próprio.

Código universal das regras e das atividades, a favor de uma prática padronizada onde 🌛 quer que ele aconteça.

A primeira atividade com as características do esporte moderno foi à caça a raposa, na Inglaterra do 🌛 século XVIII e início do século XIX, onde essa prática tornou-se altamente especializada, com organizações e convenções próprias (MARTINS; ALTMANN, 🌛 2007).

Segundo Bracht (2011), o esporte moderno tem como referencia uma atividade corporal de movimento competitiva, que surgiu na Europa no 🌛 século XVIII e expandiu-se para o resto do mundo.

Foi fundamentada em meados do Século XIX nas escolas da Inglaterra e 🌛 pedagogicamente não restringia a competição (TUBINO, 1987).

Pode-se dizer que o desporto moderno, foi resultado de uma mudança dos elementos da 🌛 cultura corporal do movimento das classes populares e burguesas da Inglaterra, como os jogos populares, que contava com diversos jogos 🌛 com bola (BRACHT, 2011).

Conforme Sigoli e De Rose Jr.(2004):

O esporte moderno se desenvolveu paralelamente ao processo de industrialização herdando dele 🌛 a racionalização, sistematização e a orientação ao resultado.

A origem do esporte na Inglaterra está em jogos e recreações populares, assim 🌛 como em algumas atividades lúdicas da nobreza britânica.

As modalidades esportivas foram concebidas pela regulamentação destas práticas (SIGOLI; DE ROSE JR, 🌛 2004, p.114).

Thomas Arnold, pedagogo inglês e diretor do colégio Rúgbi, implementou as atividades físicas da burguesia na educação, deixando que 🌛 os alunos formulassem as regras e os códigos próprios, baseado numa concepção de jogo honesto que tinha como meta a 🌛 formação moral e o prazer dos jogadores (TUBINO, 1987; 1993).

Sua proposta era diminuir o tradicionalismo pedagógico britânico e incentivar a 🌛 prática dos jogos populares nas escolas públicas, dando inicio a chamada "revolução esportiva" (PEREIRA, 1980).

As características determinantes eram; ser um 🌛 jogo; ser uma competição; ser uma atividade formadora (TUBINO, 1987).

Tubino (1993) afirma que mais tarde com a popularização dessas atividades, 🌛 houve a necessidade de algum órgão que coordenasse as disputas, surgindo assim às federações, clubes e também o associacionismo.

A iniciativa 🌛 de Thomas Arnold obteve sucesso, e disseminou rapidamente a prática esportiva pela Europa e por todo Mundo, com a devida 🌛 ajuda da Marinha Inglesa e bullsbet cupom expansão territorial e comercial (PEREIRA, 1980; SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).

Sigoli e De Rose 🌛 Jr.(2004) afirmam que:

O esporte atingiu na Inglaterra todos os segmentos da sociedade e teve a igreja e as escolas estatais 🌛 como agentes propagadores de grande importância.

As igrejas, com o objetivo de atraírem fiéis, construíram ao lado de seus templos campos 🌛 de futebol, onde eram disputadas partidas após as cerimônias nos finais de semana (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004, p.114).

No decorrer 🌛 do século XIX, diversas práticas de lazer que exigiam esforços físicos tomaram para si características do esporte moderno, com suas 🌛 regras, especialmente aquelas pautadas pelas idéias de "justiça" e na igualdade de êxito para todos, passando a serem mais rigorosas, 🌛 explícitas e diferenciadas (MARTINS; ALTMANN, 2007).

Betti (1991) afirma que as classes média e trabalhadora tiveram acesso à prática esportiva a 🌛 partir das conquistam trabalhistas, destacando-se a diminuição da jornada de trabalho, o que acarretou em mais tempo de ócio.

A partir 🌛 de então ocorreu à proliferação em massa dos clubes esportivos e organizações regionais (MCINTOSH, 1975 APUD BETTI, 1991).

Assim, a racionalização 🌛 extremada, característica marcante do esporte atual, teve início a partir da entrada da classe trabalhadora no campo esportivo e nas 🌛 competições (DA COSTA, 1988).

Segundo Da Costa (1988), a burguesia sedentária, instrumentou regras, para competir em igualdade de condições com os 🌛 operários, muito mais aptos e ativos fisicamente.

Conforme o autor foi neste momento que despontaram as primeiras noções da divisão entre 🌛 profissionalismo e amadorismo na prática esportiva, com o objetivo de segregar a classe trabalhadora, que tinha o esporte como meio 🌛 de vida, diferente da burguesia, que tinha no desporto uma oportunidade de convívio social e prazer.Betti (1991, p.45) afirma que:

Em 🌛 meados do século XIX o modelo esportivo predominante era o da classe média, que deu aos vários jogos esportivos, alguns 🌛 descobertos em estado embrionário, organização, regras, técnicas e padrões de conduta para os praticantes, em grande parte vigentes até hoje.

A 🌛 partir de 1857 e até o final do século fundaram-se dezenas de associações esportivas nacionais na Inglaterra.

Para a classe empresarial 🌛 na época, o esporte como alternativa nos momentos de lazer da classe operária, se mostrou uma garantia de mão de 🌛 obra produtiva e alienada, mantendo o físico do empregado apto a suportar as longas jornadas laborais; dando continuidade às idéias 🌛 de produtividade, rendimento, respeito às regras pré-determinadas e tempo, conceitos esses presentes nas fábricas e bases do capitalismo moderno; como 🌛 também, fomentando um "campo livre" para o trabalhador extravasar a tensão do dia a dia, acalmando o sentimento de indignação 🌛 contra as condições de vida e trabalho, evitando assim revoltas populares (BRACHT, 2011).

Segundo Tubino (1993, p.19):

Outra contribuição importante para o 🌛 movimento esportivo moderno, que até o final do século XIX apresentava apenas as modalidades atletismo, o remo, o futebol, e 🌛 timidamente a natação, foi à participação da Associação Cristã de Moços, que apresentou nos Estados Unidos os principais esportes coletivos, 🌛 como o Basquetebol e o Voleibol.

Após discorrermos sobre a origem do movimento esportivo moderno, direcionaremos nossa pesquisa no capítulo seguinte, 🌛 ao inicio dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, por considerarmos o evento como fator culminante para o desenvolvimento do esporte 🌛 quanto "fenômeno social".

Os Jogos Olímpicos da Era Moderna

Segundo Betti (1991), os fatores determinantes para globalização da entidade esportiva foram o 🌛 renascimento dos Jogos Olímpicos e a constituição do Movimento Olímpico Internacional a partir do Comitê Olímpico Internacional (COI), em 1896.

Ao 🌛 Final do século XIX, o Humanista e Aristocrata francês Pierre de Coubertain, percebendo a dificuldade de se preservar a paz 🌛 no mundo, vislumbrou a possibilidade de promover a paz através do esporte, tal qual ocorria na trégua sagrada dos jogos 🌛 Olímpicos da Grécia antiga (BETTI, 1991; TUBINO, 1993).

Assim, pautado na filosofia educativa do esporte disseminada pelo pedagogo inglês Arnold Thomas, 🌛 Coubertain idealizou a realização dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna (BETTI, 1991; TUBINO, 1993).

Conforme Tubino (1993, p.18-19):

Nesse sentido, acreditando 🌛 no poder do esporte para estimular a convivência humana, Coubertain iniciou em 1892, o movimento de restauração dos Jogos Olímpicos, 🌛 com base nas Olimpíadas da antiguidade, que chegaram até mesmo interromper as guerras durante o período de bullsbet cupom realização.

Segundo Sigoli 🌛 e De Rose Jr (2004):

Em 1894, ocorreu na Universidade de Sorbonne um grande congresso esportivo reunindo dois mil delegados de 🌛 12 países.

Sob a organização do Barão de Coubertain, o congresso abordou diversos temas do Esporte, entre os quais tiveram destaque 🌛 o anúncio oficial da restauração dos Jogos Olímpicos, a discussão sobre amadorismo e profissionalismo e a nomeação de um Comitê 🌛 Internacional encarregado da restauração dos Jogos (Comitê Olímpico Internacional) (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004, p.115).

Assim, no ano de 1896 em 🌛 Atenas foram realizados os primeiros Jogos Olímpicos Modernos, com uma participação de 285 competidores representando 13 países, e já constando 🌛 todo o ritual Olímpico (PEREIRA, 1980; TUBINO, 1993).

O projeto de Coubertain almejava instituir um ideal Olímpico, formado por um grupo 🌛 de idéias nobres, que todos os participantes eram obrigados a respeitar (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).

Segundo Betti (1991, p.48):

A ideologia 🌛 Olímpica defendida através dos tempos pelo COI revela a profunda influência do espírito cavalheiresco e nobre do esporte inglês do 🌛 século XIX, que Coubertain tentou universalizar através dos Jogos Olímpicos, e que hoje se traduz no conceito de Fair-Play.[...]

O princípio 🌛 básico do ideal olímpico é o amadorismo, onde se teorizava uma prática descompromissada das atividades esportivas, sendo proibida a remuneração 🌛 aos atletas (CARDOSO, 2000 APUD SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).

Segundo Tubino (1992) não se admitia profissionalismo entre os participantes, e 🌛 os casos descobertos eram punidos severamente.

As principais modalidades eram o atletismo, ciclismo e o remo, e curiosamente, o evento não 🌛 apresentava grande relevância social na época, perdendo em prestigio e público para a "Feira Mundial" (TUBINO, 1992).

O Comitê Olímpico lançou 🌛 a Carta Olímpica, que tinha como prioridades: o aprimoramento físico e moral, que são bases do esporte; educar os jovens 🌛 numa perspectiva de amizade entre os povos no intuito de construir um mundo pacífico; espalhar o espírito olímpico pelo mundo, 🌛 originando a amizade internacional e unir de quatro em quatro anos atletas de todo o mundo (BINDER, 2001 APUD SIGOLI; 🌛 DE ROSE JR, 2004).

Coubertain idealizava que o Comitê Olímpico Internacional e o Movimento Olímpico deveriam ser: "[...

] instituições apolíticas e 🌛 independentes que visavam promover o esporte pelo mundo [...

]" (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004, p.115).

A participação feminina só teve início 🌛 a partir de 1920, mesmo sob a desaprovação do idealizador Pierre de Coubertain que considerava a mulher frágil e responsável 🌛 por cuidar do lar (TUBINO, 1992).

Segundo Tubino (1992) eram disputadas modalidades exclusivas para o gênero, como o nado sincronizado e 🌛 a ginástica rítmica.

Com o aumento da popularidade das Olimpíadas, devido ao espaço conquistado na mídia que noticiava os feitos esportivos 🌛 dos atletas, o evento passou a gerar um sentimento patriótico tanto nos participantes, como na população dos países, enaltecendo símbolos 🌛 nacionais como bandeiras e hinos que eram exibidos a todo o momento nas cerimônias de abertura e premiação (SIGOLI; DE 🌛 ROSE JR, 2004).

Assim, percebendo o potencial político que o esporte tinha de mobilizar o povo, os governos passaram a investir 🌛 na especialização e treinamento de atletas como jamais visto, levando a criação das políticas públicas para o desporto e das 🌛 "Ciências do Esporte" (BETTI, 1991; GONZÁLEZ, 1993 APUD SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).

Dessa forma o esporte foi crescendo, junto com 🌛 o número de modalidades e praticantes, paralelamente à intervenção e controle do estado na maioria das nações (TUBINO, 1993).

Conforme Tubino 🌛 (1993) o desporto passou a ignorar a perspectiva pedagógica idealizada por Coubertain, e foi aos poucos se apropriando do princípio 🌛 do rendimento, que conforme Bracht (2011) associou-se assim cada vez mais o esporte aos pressupostos do capitalismo moderno na busca 🌛 por rendimento.

Segundo Da Costa (1988), o próprio Barão de Coubertain não estava satisfeito com os rumos do esporte, e tentou 🌛 amenizar os exageros em 1930, publicando a "Carta da Reforma Esportiva", onde para o idealizador das Olimpíadas: "[...

] o esporte 🌛 estaria sendo acusado na época, de contribuir para a 'fadiga física', regressão intelectual e difusão do espírito mercantil [...

]" (DA 🌛 COSTA, 1988, p.102).

Na carta, Coubertain culpa os educadores, o poder público, as federações e a mídia pelos rumos do esporte 🌛 e determina que fossem claras as definições de esporte para desenvolver a cultura física e para competição; também incentiva o 🌛 desporto individual para adultos e a ludicidade no esporte da juventude (DA COSTA, 1988).

Com certeza, os Jogos Olímpicos foram os 🌛 principais responsáveis pela universalização da Instituição Esportiva, visto que propagaram um modelo esportivo com padrões de funcionamento, regras e normas 🌛 de conduta, mas também acarretaram conflitos internos entre países (BETTI, 1991).

Durante a evolução esportiva, conforme Sigoli e De Rose Jr.

(2004), 🌛 as nobres idéias de Coubertain foram usadas para objetivos que não aqueles previstos na Carta Olímpica, onde os governos passaram 🌛 a se utilizar do esporte em benefício próprio na luta por prestígio mundial para continuarem com os regimes políticos impostos, 🌛 transformando as Olimpíadas e os Campeonatos Mundiais em uma disputa de interesses políticos e econômicos entre nações e corporações.

É para 🌛 está direção que nosso estudo se voltará no capitulo seguinte, discorrendo sobre essa absurda relação entre esporte e política.

O esporte 🌛 em busca da glória da nação

Citaremos neste capítulo, alguns exemplos históricos no Mundo e no Brasil, de como o estado 🌛 influenciou, ou tentou influenciar a sociedade, direta ou indiretamente, utilizando-se de competições esportivas, como ferramenta de manipulação de massa.

Começaremos abordando 🌛 os Jogos Olímpicos de Berlim, na Alemanha, realizados em 1936, onde Tubino (1993) afirma que foi esta a primeira tentativa 🌛 de um governo utilizar-se das Olimpíadas como elemento de propaganda política, a fim de validar e fundamentar regimes governamentais e 🌛 ideais políticos e/ou anti-semitas perante o povo.

Hitler, ditador alemão, aproveitando que os jogos eram na capital de seu país, Berlim, 🌛 transformou o evento em um espetáculo da propaganda nazista, para demonstrar ao mundo a supremacia da raça ariana (TUBINO, 1992).

Junto 🌛 com o ditador italiano, o fascista Mussolini, Hitler utilizava-se do desporto para formação das juventudes nazista e fascista, numa primeira 🌛 demonstração de uso do esporte como elemento manipulador de massa (TUBINO, 1993).

O ditador Alemão só não contava com o talento 🌛 de um negro americano chamado Jesse Owens, que ganhou as principais provas de corrida de curta distância e saltos do 🌛 programa de atletismo do evento, tirando o brilho dos atletas alemães, e desbancando a teoria da superioridade ariana (TUBINO, 1993; 🌛 SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).

Hitler ao perceber que teria de entregar a medalha a um negro, foi embora sem o 🌛 fazer, e irritado, por ver bullsbet cupom teoria da superioridade ariana cair diante da multidão (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).

Outro momento 🌛 da humanidade em que o esporte foi influenciado pela política, se deu com o fim da segunda grande guerra mundial, 🌛 a partir da década de 1950, em que o mundo se dividiu entre o bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos 🌛 e o bloco socialista, representado pela União Soviética, período esse denominado Guerra Fria (TUBINO, 1993).

Segundo Sigoli e De Rose Jr 🌛 (2004), as potências brigavam pelo domínio mundial, onde o esporte tinha papel fundamental como instrumento ideológico e de propaganda em 🌛 competições internacionais, transformando assim as arenas esportivas em campos de batalha.

As vitórias serviam como prova de prestígio e respeito aos 🌛 regimes, tornando grande a rivalidade entre os atletas e os países de blocos diferentes (SIGOLI; DE ROSE JR; 2004).

Conforme Tubino 🌛 (1992, p.47); "[...

] o numero de medalhas passou a ser entendido como um indicador de supremacia do regime [...]".

Tubino (1993), 🌛 afirma que neste momento surge o "chauvinismo da vitória", que significa vencer a qualquer preço, desconsiderando o jogo limpo.

O autor 🌛 expõe que esse chauvinismo, pode servir como explicação para os vícios do esporte como o doping e o suborno.

A Guerra 🌛 Fria se estendeu até o fim da década de 80 e teve como ícone no campo esportivo os boicotes aos 🌛 Jogos Olímpicos de 1980 em Moscou, que contou com a participação de 61 países do bloco capitalista e foi arquitetado 🌛 pelos Estados Unidos, esvaziando assim consideravelmente a competição, e aos jogos de Los Angeles em 1984, que só tiveram a 🌛 adesão das republicas soviéticas (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).

Discorreremos agora finalizando o capítulo sobre um exemplo doméstico do uso do 🌛 esporte para manutenção do poder e manipulação das massas, a relação entre a Ditadura Militar Brasileira, o futebol e a 🌛 Seleção nacional, mais precisamente no período pré e pós-copa do mundo de 1970 realizada no México, que segundo Kolyniak Filho 🌛 (1996) foi um evento de grande importância para o regime ditatorial da época.

A ideologia do governo estava voltada a passar 🌛 a imagem de um país que almejava ser uma grande potência, tornando importante iniciar um ambiente de desenvolvimento social e 🌛 esportivo aos olhos externos, e paralelamente acobertar os problemas internos (DARIDO, 2003).

O grande slogan desta época era o projeto "Brasil 🌛 Grande" (BRACHT, 1989).

Neste momento o regime enrijece seus métodos de dominação e carece de propaganda positiva no ambiente interno na 🌛 tentativa de acalmar o povo (DE CASTRO, 2012; FERREIRA, 2011).

Já na preparação para Copa do Mundo de Futebol em 1966 🌛 na Inglaterra, o regime ditatorial recém-empossado, já tentava utilizar-se do esporte para conquistar o apoio da população, tornando a seleção 🌛 nacional um verdadeiro "circo", que internamente o governo utilizava como meio de propaganda (DE CASTRO, 2012).

Foram convocadas quatro equipes diferenciadas 🌛 pelas cores nacionais e realizados jogos em diversas cidades do país consideradas estratégicas aos interesses da ditadura e com o 🌛 aval da Confederação Brasileira de Desportos (CBD).

Como não poderia ser diferente, diante deste 'caos' na preparação, a seleção fracassou na 🌛 competição sendo eliminada ainda na primeira fase (DE CASTRO, 2012).

A partir deste momento, o futebol se mostrou muito útil como 🌛 instrumento de manipulação das massas (PEREIRA, 1980).

Em 1969, o governo inclui na forma de decreto, os jogos de todo país 🌛 na loteria esportiva, obrigando o espectador a acompanhar os resultados de todos os estados (GUTERMAN, 2006).

Ferreira (2011) acredita que o 🌛 futebol, a sociedade e a política tiveram o auge de bullsbet cupom relação na década de 70 durante a copa do 🌛 mundo de futebol.

Segundo Kolyniak Filho:[...

] O governo investiu maciçamente na preparação da seleção brasileira de futebol e divulgou amplamente o 🌛 evento, através de forte campanha publicitária.

'90 milhões em ação, pra frente Brasil, salve a seleção!'- com esse slogan, divulgado varias 🌛 horas por dia pelo rádio e pela TV...

(KOLYNIAK FILHO, 1996, p.46).

A copa de 1970 demonstrou como o futebol entorpecia a 🌛 população brasileira, onde os jogos eram o principal assunto de discussão no país, ficando em segundo plano a tortura e 🌛 outras atrocidades do regime, reforçando assim os objetivos patrióticos da ditadura (KOLYNIAK FILHO, 1996; GUTERMAN, 2006).

O presidente, General Médici, representava 🌛 a figura do torcedor fanático e patriota, digno do slogan do governo, "a seleção é a pátria de chuteiras" (FERREIRA, 🌛 2011; MARQUES; 2011).

Segundo Ferreira (2011, p.3):

Para os militares, o sucesso da seleção refletiria o período do milagre econômico no qual 🌛 vivia a economia brasileira.

Nos filmetes produzidos pelo governo fica nítida a relação entre o sucesso do futebol e da economia 🌛 do país.

A maior demonstração da influência e do poder dos militares sobre a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), órgão esportivo 🌛 de maior relevância naquele momento, foi à ordem para demitir o treinador da seleção de futebol e comunista declarado João 🌛 Saldanha, praticamente as vésperas da copa, treinador esse que contava com grande apoio popular, e foi substituído por Mario Jorge 🌛 Lobo Zagalo, que levou a equipe ao triunfo na competição com um time que ficaria para a história pela qualidade 🌛 do futebol que apresentou (DE CASTRO, 2012; FERREIRA, 2011; GUTERMAN, 2006).

Após muitos anos, o próprio filho de João Saldanha admitiu 🌛 em entrevista que o pai aproveitava as viagens internacionais da seleção de futebol para levar em sigilo para autoridades de 🌛 fora do país, documentos que comprovavam as atrocidades que aconteciam durante a ditadura militar, e também dinheiro para ajudar exilados 🌛 políticos do regime (DE CASTRO, 2012).

Com a demissão de João Saldanha, a ditadura impôs a CBD a presença de um 🌛 agente infiltrado na forma de dirigente na seleção de futebol durante a copa de 70, a fim de informar possíveis 🌛 fontes de comunismo e descontentamento com o regime entre os jogadores e a comissão técnica, evitando situações como a de 🌛 João Saldanha, individuo este que tinha o nome de Major Roberto Guaranys, temido torturador e homem de confiança do governo 🌛 (DE CASTRO, 2012).

Com a conquista do mundial de 70 e percebendo a festa nas ruas, o governo militar vislumbrou a 🌛 possibilidade de popularizar o regime no país através do futebol, e com o apoio da CBD, pautados no plano de 🌛 unidade nacional e nos interesses estratégicos da ditadura, criaram o campeonato brasileiro de clubes (GUTERMAN, 2006).

Segundo Guterman (2006) os times 🌛 eram classificados para a competição obedecendo ao interesse dos militares, criando até um bordão na época que dizia "onde a 🌛 ARENA (partido do governo) vai mal, mais um time no nacional", assim participavam do certame, equipes sem a menor expressão 🌛 no cenário nacional, por mero interesse político, de estados como Amazonas e Roraima.

Felizmente, essa estreita relação ditadura-futebol no Brasil, encerra-se 🌛 junto com o regime militar na década de 80, inclusive com vários jogadores de futebol e atletas famosos como o 🌛 saudoso Sócrates, ídolo da seleção brasileira na época, indo aos palanques clamar pela Democracia no país.(FERREIRA, 2011).

O Esporte Para Todos 🌛 (EPT)

Finalizaremos nosso estudo, citando brevemente a iniciativa esportiva tida como antagonista ao esporte competitivo, o Esporte Para Todos (EPT), movimento 🌛 de inclusão que objetivava democratizar a prática esportiva e denunciar a elitização e os exageros do esporte mundial (TUBINO, 2003).

Segundo 🌛 Tubino (2003), a iniciativa surgiu na Noruega, durante a década de 1960, e vislumbrava uma prática democrática e antropológica do 🌛 esporte, colocando o ser humano no centro do processo.

O EPT tinha como palavra de ordem adaptar, modificar e cria novas 🌛 formas para o esporte e rapidamente espalhou-se pelo mundo (BRACHT, 1989; TUBINO, 2003).

Segundo Coletivo de Autores, a filosofia do EPT 🌛 era:

Não é o esporte que faz o homem, mas o homem que faz o esporte, ele determina o que, como, 🌛 onde, quando, por quanto tempo, com quem, sob que regras, com que objetivos, sob que condições o pratica (COLETIVO DE 🌛 AUTORES, 1992, p.56).

O movimento EPT consumou seus objetivos com a publicação da Carta Internacional de Educação Física e Esportes da 🌛 UNESCO em 1979, que tornava o esporte direito de todos, incorporando-se também a manifestação Esporte-lazer, pelas características semelhante s de 🌛 espontaneidade (TUBINO, 2003).

Segundo o autor: "[...

] depois de concebido na perspectiva da democratização das práticas esportivas, o Movimento Esporte para 🌛 Todos tornou-se o meio mais efetivo de Esporte-Lazer [...

]" (TUBINO, 2003, p.28).

A partir dos anos 80, paralelo a Pedagogia Humanista, 🌛 surge no Brasil uma nova linha de pensamento ligada ao movimento esportivo Esporte Para Todos (EPT), que coloca a autonomia 🌛 e a qualidade de vida como objetivo, da prática esportiva (BRACHT, 1989; COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Mesmo obtendo sucesso com ricas 🌛 experiências desenvolvidas, o movimento não se fez presente em todas as esferas no âmbito nacional, principalmente no setor público responsável 🌛 naquele momento, desconhecedor de outra forma de esporte que não o competitivo (BRACHT, 1989; COLETIVO DE AUTORES, 1992).

No decorrer do 🌛 processo de implantação do EPT no mundo, o movimento sofreu diversas críticas, sendo que a maioria delas estavam relacionadas com 🌛 a promoção de políticos através de iniciativas populares, e a falsa idéia de igualdade social que o programa gerava (KOLYNIAK 🌛 FILHO, 1996).

Segundo o autor: "[...

] todos podem jogar juntos – os políticos, os eleitores, os patrões, os empregados – mas 🌛 a confraternização só ocorre no jogo; na vida real, continuam as relações de exploração [...

]" (KOLYNIAK FILHO, 1996, p.47).

Na década 🌛 de 90, já incorporado a vertente do lazer, o movimento EPT recebeu uma recriação de conceitos, passando a englobar a 🌛 idéia de promoção da saúde, que teve início com o Programa Vida Ativa da Organização Mundial da Saúde, sendo que 🌛 do Brasil saiu uma das iniciativas mais bem sucedidas nesta nova perspectiva, o Programa Agita São Paulo, que a partir 🌛 de dados sobre fisiologia, recomendaram a população trinta minutos diário de atividade física para manutenção da saúde (TUBINO, 2003).

Considerações finais

Observamos 🌛 que o esporte assumiu varias posturas durante a história da humanidade, seja como meio de sobrevivência, lazer, formação humana, alienação 🌛 de massa, ferramenta de propaganda governamental, promoção da saúde e atividade profissional.

Acreditamos que todas essas manifestações esportivas ainda estejam presentes 🌛 de alguma forma em nossa sociedade.

Pensamos que ao longo do tempo, o esporte tornou-se o fenômeno atual ao qual se 🌛 refere Kunz (2006), devido a fatores variados, como a superexposição na mídia, ao apoio do estado, aos investimentos das grandes 🌛 marcas de material esportivo e empresas privadas ou simplesmente por possibilitar aos praticantes das classes menos favorecidas uma chance de 🌛 ascensão social e financeira.

Não temos a pretensão de achar que a partir deste estudo, o tema está esgotado e todas 🌛 as fontes existentes foram revisadas.

Porém, esperamos ter contribuído com este artigo, no intuito de sanar algumas dúvidas sobre a linha 🌛 cronológica da história do esporte, desde seus primórdios, como também, ter esclarecido alguns pontos polêmicos que circundam o tema, e 🌛 que consideramos ser de suma importância seu conhecimento, por parte daqueles professores de Educação Física que estão em contato de 🌛 alguma forma com o conteúdo esporte em seu dia a dia docente.

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