A Operação Penalidade Máxima II segue avançando na investigação de manipulação de resultados em razão de apostas esportivas em jogos 🌧️ do Campeonato Brasileiro das Série A, B e campeonatos estaduais.
Na última terça-feira, 9, a Justiça de Goiás acatou a denúncia 🌧️ do Ministério Público do estado (MP-GO) e os acusados se tornaram réus no caso.
Entre os 16 réus desta fase, sete 🌧️ são jogadores e nove são apostadores e membros da organização.
Segundo o divulgado pelo MP-GO, as propostas atingiam até 100.
000 reais 🌧️ para que os atletas cumprissem acordos e tomassem cartões, colaborassem com escanteios e até cometessem pênaltis.
Jogadores denunciados
Eduardo Bauermann (Santos)
Gabriel Tota 🌧️ (ex-Juventude, atualmente no Ypiranga)
Victor Ramos (ex-Portuguesa, atualmente na Chapecoense)
Igor Cárius (ex-Cuiabá, atualmente no Sport)
Paulo Miranda (ex-Juventude, atualmente no Náutico)
Fernando Neto 🌧️ (ex-Operário, atualmente no São Bernardo)
Matheus Gomes (Sergipe)
Apostadores e organizadores denunciados
Bruno Lopez de Moura
Ícaro Fernando Calixto dos Santos
Luís Felipe Rodrigues de 🌧️ Castro
Victor Yamasaki FernandesZildo Peixoto Neto
Thiago Chambó Andrade
Romário Hugo dos Santos
William de Oliveira Souza
As denúncias contra os atletas
Afastado do Santos pela 🌧️ investigação, o zagueiro Bauermann é acusado de ter aceitado receber pelo menos 50.
000 reais para que fosse punido com um 🌧️ cartão amarelo em jogo contra o Avaí, dia 5 de novembro de 2022, pelo Brasileirão.
Depois de não cumprir o acordo, 🌧️ no dia 10 de novembro, aceitou proposta dos mesmos apostadores para ser expulso.
O defensor, no entanto, recebeu o cartão vermelho 🌧️ apenas ao fim do jogo, o que invalidou o trato, conforme comprovaram mensagens de texto com ameaças ao atleta.
Atualmente no 🌧️ Ypiranga, o meio-campista Gabriel Tota é outro investigado.
O jogador, que à época atuava pelo Juventude, é acusado de repassar 110.000 🌧️ reais (15.
000 reais antes mesmo dos jogos) para o zagueiro Paulo Miranda, hoje no Náutico, receber cartões amarelos contra Fortaleza 🌧️ e Goiás, dias 17 de setembro e cinco de novembro de 2022.
Igor Cárius, lateral do Sport, tornou-se réu por denúncias 🌧️ enquanto atuava pelo Cuiabá.
O defensor aceitou uma proposta de 5.
000 reais pagos antes de jogo contra o Ceará, dia 16 🌧️ de outubro de 2022, para receber cartão amarelo.
Também foi denunciado por ter repetido a ação, desta vez com a promessa 🌧️ de pagamento de 60.
000 reais, dia 6 de novembro, contra o Palmeiras.
Fernando Neto, meio-campista que pertence ao São Bernardo, se 🌧️ tornou réu por acusações de quando atuava pelo Operário, do Paraná.
O jogador recebeu a proposta de ser recompensado em R$ 🌧️ 500.000 (R$ 40.
000 antes do jogo) para ser advertido com cartão vermelho, contra o Sport, dia 28 de outubro de 🌧️ 2022, pela Série B.
Matheus Gomes, goleiro do Sergipe, se tornou réu por iniciar a manipulação.
O zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, 🌧️ se tornou réu por ter acordado o recebimento de R$ 100.
000 para cometer um pênalti, enquanto jogador da Portuguesa.
A investigação 🌧️ acusa o defensor de ter combinado o ato para jogo contra o Guarani, dia 8 de fevereiro de 2023, pelo 🌧️ Campeonato Paulista.
Os apostadores desistiram dias antes.
Outros quatro jogadores foram citados pelo MP, mas colaboraram com as investigações e não foram 🌧️ denunciados.
São eles: Onitlasi Moraes Rodrigues Júnior (à época no Juventude), Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino), Nikolas Santos de Farias (Novo 🌧️ Hamburgo) e Emilton Pedroso Domingues (Inter de Santa Maria).
Risco de banimento: quais as possíveis punições?
De acordo com o Código Brasileiro 🌧️ de Justiça Desportiva, caso o envolvimento do atleta em manipulações de resultado seja comprovado, ele deve pagar uma cláusula indenizatória 🌧️ a seu clube, além de multa que pode chegar 100.
000 reais, e pode encarar uma suspensão de 360 a 720 🌧️ dias (um a dois anos).
Há ainda o risco de os envolvidos receberam punições no âmbito penal, conforme explica a PLACAR 🌧️ Mariana Chamelette, advogada e procuradora do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de São Paulo.
"Os atletas podem ser penalizados pela 🌧️ Justiça Penal, tendo em vista os artigos previstos no Estatuto do Torcedor, que criminalizam as condutas relacionadas à manipulação de 🌧️ resultados, previstas nos artigos 41 c, 41 d, 41 e", afirma Mariana Chamelette.
As punições vão de dois a seis anos 🌧️ de reclusão, além de multa.
Os envolvidos ainda podem ser penalizados no âmbito das entidades estaduai, nacionais e até mesmo da 🌧️ Fifa, o que pode levar até à exclusão geral do futebol.
"O próprio Código de Ética da Fifa traz previsões de 🌧️ penalidades que chegam no limite ao banimento do esporte.
O artigo 30 do Código de Ética da Fifa traz expressamente a 🌧️ possibilidade de o órgão máximo do futebol adjudicar para seu comitê disciplinar a possibilidade de penalizar caso de manipulação de 🌧️ resultados", completa Mariana Chamelette, que também é vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo.
A primeira fase da Operação Penalidade Máxima, 🌧️ realizada no início deste ano, também colocou oito jogadores em posição de réus.
Foram eles, Ygor Catatau, Allan Godói, André Queixo, 🌧️ Mateusinho e Paulo Sergio, à época no Sampaio Corrêa, Gabriel Domingos e Romário, à época Vila Nova, e Joseph, à 🌧️ época no Tombense.
Assim, ao todo, são 15 jogadores réus, com cinco deles seguindo em ação.
São eles: Ygor Catatau, que atualmente 🌧️ defende o iraniano Sepahan, Igor Cárius, titular do Sport na última quarta-feira, 10, contra o Tombense, Mateusinho, relacionado pelo Cuiabá 🌧️ para o último jogo contra o Atlético Mineiro, Gabriel Tota, meia emprestado ao Ypiranga que ainda não foi afastado, e 🌧️ Victor Ramos, zagueiro atualmente na Chapecoense, clube em que é capitão.