DE SÃO PAULOÉ cultural.
No Irã, homens fortes são valorizados.
Em vilas longe das grandes cidades, mais ainda.
São exemplo para os mais 🫰 jovens e defensores das comunidades.
Tem sido assim há séculos.
Na Olimpíada, a força é essencial em alguns esportes.
E é exatamente com 🫰 essa habilidade que o país construiu casas de apostas para profissionais tradição olímpica.
O levantamento de peso é uma das modalidades mais populares do Irã.
E 🫰 se tornou fonte de medalhas em eventos esportivos.
Foram 16 pódios (cinco ouros) em 16 edições dos Jogos Olímpicos das quais 🫰 o país de 70 milhões de habitantes -menos da metade do Brasil- participou.
Só perde em eficiência para a luta livre, 🫰 que já rendeu 38 medalhas, oito delas douradas, para os iranianos.
"O levantamento de peso é parte dos iranianos, está em 🫰 seus sangue e corpos há muito tempo, desde que era praticado de uma forma mais primitiva.
Os iranianos são fortes e 🫰 tem características genéticas que ajudam no esporte", diz Ali Moradi, presidente da federação de levantamento de peso do país.
A paixão 🫰 da população pelo esporte, no entanto, não tem relação nenhuma com a Olimpíada.
Acredita-se que nasceu da prática de um antigo 🫰 esporte persa chamado "Varzesh-e-Bastani", uma mistura de luta com treinos de força e meditação.
Além de moldar corpos e desenvolver habilidades 🫰 físicas, a prática era importante elo de união das comunidades, um símbolo cultural.
O esporte é praticado nas "zurkhaneh", ou "casa 🫰 da força".
É difícil passear pelas cidades do país e não encontrar ao menos uma delas.
Mas só a tradição não explica 🫰 porque o Irã conseguiu se transformar em potência da modalidade.
É preciso mais do que praticantes para chegar ao topo do 🫰 pódio.
O país criou um sistema de treinamentos e competições que tem moldado novos atletas e novos campeões a cada ano.
Além 🫰 de incentivar torneios locais, também participa de eventos na região.
Os interessados podem começar a praticar já nas escolas e o 🫰 governo tem um programa de detecção de talentos.
O projeto é supervisionado pelo Ministério da Educação.
"Os atletas têm suporte dos pais, 🫰 de organizações esportivas e do governo.
Também da federação iraniana, que provém a infraestrutura essencial, desenvolve projetos e planeja as atividades 🫰 essenciais para os jovens se desenvolverem", diz Moradi.
Os jovens que decidem se dedicar ao levantamento de peso ainda têm em 🫰 quem se espelhar.
O principal exemplo de herói olímpico local da modalidade é Hossein Rezazadeh, 37.
Mesmo após seis anos de aposentadoria, 🫰 ele ainda é uma referência.
Sua estante está repleta de títulos.
Ganhou o ouro nos Jogos de Sydney-2000 e Atenas-2004 e soma 🫰 ainda quatro títulos mundiais.
Na Austrália, pôs fim à supremacia da Rússia e das ex-repúblicas soviéticas na categoria dos atletas mais 🫰 pesados (+ 105 kg), estabelecendo o recorde mundial de 472,5 kg, somados os pesos levantados nas provas de arranque [erguer 🫰 a barra em um só movimento] e arremesso [erguer a barra até o peito e, depois, acima da cabeça].
Seu recorde 🫰 só foi quebrado em 2015, por um russo.
Mas a inspiração de Aleksey Louvchev para erguer 475 kg veio de longe 🫰 de casa.
"Quando era criança, cresci vendo Rezazadeh na TV, levantando muito peso.
Ele é um exemplo para mim.
Nunca imaginei que poderia 🫰 quebrar seu recorde", afirmou o russo após a conquista.
Se é popular fora do Irã, dá para imaginar o sucesso de 🫰 Reza em casa.
Mais do que um ex-atleta vitorioso, ele é uma celebridade.
Seu casamento passou na TV e um estádio foi 🫰 batizado com seu nome em casas de apostas para profissionais cidade natal, Ardabil.
Com a prática disseminada e ídolos como espelho, o Irã investe também 🫰 no treinamento dos atletas de elite.
Em Teerã, capital do país, foi erguido o Complexo Aryamehr Sport, um centro de treinamento 🫰 com 18 instalações para, além do levantamento de peso, modalidades como futebol, natação, lutas, beisebol, entre outras.
Os iranianos estão enfrentando 🫰 problemas com treinadores da seleção desde Londres-2012, quando conquistaram um ouro, duas pratas e um bronze.
Os Jogos Olímpicos de 2016 🫰 serão a chance de reerguer o time e manter a tradição.
No Rio de Janeiro, o Irã quer voltar mostrar o 🫰 tamanho de casas de apostas para profissionais força.