O segmento de apostas esportivas no Brasil passa por um momento insólito.
Não bastasse a dura negociação com o governo federal, ❤️ que vê no setor um mercado estratégico para o aumento de receita (uma iniciativa legítima, que visa a coibir a ❤️ evasão de divisas do país), agora tem de lidar com a perda de reputação diante de um escândalo sem proporções ❤️ de manipulação de jogos na principal divisão do Campeonato Brasileiro de futebol.
Em entrevista a VEJA, Andre Gelfi, diretor-presidente do Instituto ❤️ Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), diz que as casas de apostas são "vítimas" no caso e que a imagem do ❤️ mercado e do esporte ficaram "impactadas" com a operação, mas que o caminho para que esse tipo de escândalo não ❤️ se repita passa pela educação, sobretudo dos desportistas.
Gelfi, que também é CEO da operação brasileira da Betsson, grupo de jogos ❤️ de azar sueco, está em Brasília para tratar do assunto com membros do Ministério da Fazenda e integrantes da The ❤️ International Betting Integrity Association (IBIA), entidade internacional do segmento - os dois órgãos acabaram de fechar uma parceria para que ❤️ possam trabalhar em conjunto para a promoção da integridade do esporte no Brasil.
"Estamos tratando dessa questão com a Fazenda em ❤️ Brasília.
A indústria de apostas, nesse caso, é a principal vítima.
A gente está de olho nesse assunto e temos todo o ❤️ interesse de trazer essa discussão para um nível mais profundo, até porque a regulamentação do mercado vai tratar desse assunto", ❤️ diz Gelfi.
Uma lei, aprovada durante o governo de Michel Temer, em 2018, estabeleceu regras e tributos para o mercado de ❤️ jogos eletrônicos no Brasil, mas casa de apostas 2024 regulamentação não foi implementada por falta de interesse na pauta pelo governo de Jair ❤️ Bolsonaro.
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Mais de dez jogadores de clubes da elite do futebol brasileiro estão sendo investigados pela operação Penalidade ❤️ Máxima II, do Ministério Público de Goiás, por estarem envolvidos no escândalo que apura a manipulação de resultados no país ❤️ - reportagem de VEJA mostrou que Eduardo Bauermann, do Santos, chegou a ser ameaçado de morte por uma quadrilha que ❤️ manipulava jogos.
A pena por obter vantagem patrimonial indevida pode ser reclusão, multa e até o banimento do atleta envolvido no ❤️ esporte.
Vários jogadores já foram afastados de seus clubes.
"A imagem está sendo impactada.
Tem perda de credibilidade para o esporte e para ❤️ o mercado de apostas.
Essa situação não é legal para ninguém.
A gente tem uma atividade criminosa acontecendo dentro do nosso ecossistema ❤️ e precisamos tratar disso de forma coordenada, responsável, com treinamento, prevenção e monitoramento.
Isso tem de ser trabalhado com reguladores, operadores ❤️ e o próprio esporte nacional", afirma Gelfi.
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Por meio da parceria com a IBIA, Gelfi prevê levar treinamento ❤️ e informação para os jogadores de futebol no país.
A última vez que a elite do futebol brasileiro esteve envolvida em ❤️ um escândalo de grandes proporções foi em 2005.
"Tem uma parte que é de promover informação e treinamento para que os ❤️ clubes e os jogadores estejam absolutamente conscientes da gravidade do caso, para saber como identificar, como reagir e para quem ❤️ reportar a denúncia.
Com a investigação do MP, ficou claro que isso deixou de ser um problema secundário", complementa ele.