Castor Gonçalves de Andrade e Silva (Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 1926 - Rio de Janeiro, 11 de💴 abril de 1997) foi um mafioso, criminoso[1] e cartola brasileiro.
Durante a vida, Castor de Andrade era conhecido como o maior💴 bicheiro brasileiro.
[2] Autoproclamava-se um "bicheiro romântico", já que não permitiria que outros negócios ilícitos, como o tráfico de drogas, fossem💴 explorados junto com o jogo do bicho.
No entanto, em 1994 descobriu-se 17 livros-caixa de Castor de Andrade mostrando jogos da caixa resultados ligação💴 com o tráfico de drogas, assassinatos, contrabando de armas e lavagem de dinheiro.
O bicho era só fachada para negócios ilícitos💴 desses grupos criminosos.
"O bicho não tem a menor importância.
Por trás da inocente aparência da contravenção passa uma montanha de dinheiro.
O💴 bicho é a forma verde-e-amarela de se lavar dinheiro sujo", descreveu Denise Frossard em 2003.[3]
No auge de seus negócios, Castor💴 de Andrade contou com mais de 100 policiais e vários servidores públicos, políticos proeminentes e juízes trabalhando para ele.
Em meados💴 dos anos de 1980, foi listado como segundo Homem mais rico do Brasil.
[4][5] Castor tinha o costume de andar escoltado💴 até por 23 seguranças.
[6] Formalmente, 53 mortes foram atribuídas ao grupo de Castor em 1994.[7]
Como cartola, Castor esteve muito envolvido💴 no Carnaval brasileiro e com o futebol.
Foi o maior patrocinador do Bangu Atlético Clube.
Nà época, o time do Bangu ficou💴 conhecido como "o esquadrão da malandragem".
Em 1986 financiou a vitória de Octávio Pinto Guimarães à presidência da CBF.[8]
Foi patrono da💴 escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.
Também ajudou a fundar em 1984 a Liga Independente das Escolas de Samba💴 do Rio de Janeiro, que comanda o Carnaval do Rio de Janeiro desde então.
Em 1993, Castor de Andrade e outros💴 13 grandes mafiosos cariocas foram presos.
Cada um deles foi condenado a seis anos de prisão, mas Castor obteve um habeas💴 corpus e foi solto no mesmo ano.
Em março de 1994, uma operação subsequente conseguiu quebrar o reduto de Castor.
Documentos revelaram💴 os nomes de muitos policiais, políticos, juízes, servidores públicos e outras pessoas proeminentes que estavam lucrando com suas atividades ilegais.
Após💴 jogos da caixa resultados morte, em abril de 1997, os herdeiros de jogos da caixa resultados fortuna começaram a brigar entre si pela herança, o que💴 levou ao assassinato de seu filho, Paulo de Andrade, em outubro de 1998.[5]
Castor era filho de Eusébio de Andrade, que💴 foi presidente do Bangu Atlético Clube entre os anos de 1963 a 1969, e Dona Carmem.
Seu pai, Eusébio de Andrade,💴 já fizera fortuna explorando o jogo do bicho, e Castor teve uma infância despreocupada.
Estudou no tradicional Colégio Pedro II, mas💴 era um aluno relapso, que matava aulas para nadar na praia do Flamengo.
Isso não o impediu de se formar em💴 Direito pela Faculdade Nacional de Direito da UFRJ.
Castor herdou a banca de bicho de seu pai e a transformou num💴 império.A Folha de S.
Paulo descreveu a apreensão de um livro de registro em 1994:
[ 9 ] No material apreendido, cerca💴 de 50 livros contábeis relacionam o custo do relaxamento de prisões em flagrante, conserto de carros da Polícia Civil e💴 até a compra de material ortopédico para a filha de um detetive.
Os livros também revelam o pagamento e almoços e💴 jantares a delegados e oficiais da Polícia Militar.
Os registros de relaxamento de flagrante são os mais detalhados.
Eles indicam o nome💴 do preso, a data da prisão, o motivo da prisão, a delegacia e o policial que recebeu a propina.
Todos os💴 dados são manuscritos em folhas numeradas e relativos ao período que vai de 1987 a fevereiro de 1994.
Castor transitou com💴 prestígio e desembaraço pelo poder.
No governo militar, diversos generais lhe dedicaram atenção especial, a ponto de um secretário de Segurança💴 do Rio de Janeiro, o general Waldir Alves Muniz, ter recebido instrução para "evitar problemas com Castor de Andrade".
E o💴 ex-presidente João Figueiredo quebrou o cerimonial certa vez, afastando-se do grupo de autoridades que o cercava e indo pessoalmente cumprimentar💴 o bicheiro.[10]
Em 1994 foi aprendido um livro de registro indicando que a quadrilha financiou a campanha de diversos políticos como💴 Fernando Collor de Mello, Paulo Maluf, Nilo Batista, Marcello Alencar, Alberto Brizola e José Vicente Brizola.
A quadrilha também financiou juízes,💴 policiais, dirigentes esportivos como João Havelange e Eurico Miranda.[11]
Futebol e carnaval [ editar | editar código-fonte ]
Castor foi presidente de💴 honra e grande financiador do Bangu Atlético Clube.
Desde a década de 1970, a maioria das grandes escolas de samba tinha💴 um "patrono" relacionado ao jogo do bicho.
Por conta disso, foi também patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, escola de💴 samba à qual ajudou a conquistar os títulos dos carnavais de 1979, 1985, 1990, 1991 e 1996.
Mas jogos da caixa resultados participação no💴 Carnaval não se limitava a esta escola de samba.
Durante décadas colocou dinheiro na organização dos desfiles, numa época em que💴 os demais contraventores não ousavam aparecer.
Deve-se ainda a Castor a fundação da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio💴 de Janeiro, que surgiu de uma dissidência da Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro.
Sob a💴 liderança de Castor e de Capitão Guimarães, dez escolas de samba, financiadas por bicheiros, que eram minoria e sempre derrotadas💴 nas deliberações da Associação, criaram a LIESA, que passou a dominar o Carnaval carioca.
Se não temos torcida, eu mando comprar💴 [ 12 ]
Castor de Andrade, em uma entrevista dada à revista Placar, de 9 de dezembro de 1983.
Castor herdou a💴 paixão pelo Bangu Atlético Clube de seu pai, Euzébio de Andrade (mais conhecido como Seu Zizinho), que foi presidente do💴 clube entre 1963 e 1969, período em que Castor comandou o Departamento de Futebol Profissional do clube.
Neste período, o Bangu💴 sagrou-se vice-campeão carioca nas edições de 1964, 1965 e 1967, além de campeão de 1966, o ponto alto da administração💴 dos "Andrade e Silva".[12]
Nos anos 80, com Castor como "padrinho", os grandes investimentos voltaram ao Bangu.
Quando colocava na cabeça que💴 queria um jogador não media esforços para fechar o negócio: "Craques são como cavalos de exposição; cada um tem o💴 seu preço".[12]
Neste período, o clube alcançou a terceira colocação no campeonato carioca de 1983, e viveu seu melhor ano em💴 1985, com o segundo lugar no campeonato carioca e no Campeonato Brasileiro.[12]
Seu último grande feito como dirigente foi a conquista💴 da Taça Rio em 1987.
No ano seguinte, Castor deixou o futebol com os dedos da Justiça em seu encalço.
Em 1981,💴 ao lado do brasão desenhado por José Vilas Boas em 1904, a camisa da equipe banguense passaria a ostentar o💴 novo mascote do time: um castor, que simbolizava, de maneira bastante óbvia, uma homenagem ao seu grande benemérito.
Invasão de campo💴 [ editar | editar código-fonte ]
Em 26 de novembro de 1966, Bangu e América jogavam no Maracanã.
Aos 27′ do segundo💴 tempo, o árbitro Idovan Silva marcou um pênalti duvidoso em favor do América.
Na cobrança, o ponteiro esquerdo Eduardo do América💴 estabeleceu 2×2.
Revoltado, Castor invadiu o campo e com um revólver nas mãos partiu em direção ao homem do apito.
A confusão💴 foi contida pelo Major Hélio Vieira, chefe da segurança do Maracanã, que retirou Castor da roda formada por um montão💴 de gente.
Porém, Castor permaneceu firme na beira do gramado, armado, assistindo o jogo ao lado do técnico Alfredo Gonzalez.
Invasão a💴 um estúdio de TV [ editar | editar código-fonte ]
Em dezembro de 1967, Castor entrou armado em um estúdio de💴 TV.
Tudo começou depois das declarações de João Saldanha sobre um possível suborno junto ao goleiro Manga do Botafogo.[13]
Uma reportagem publicada💴 na revista Placar pelo repórter Marcelo Rezende dá para se ter uma noção do que aconteceu:
O Saldanha pode se considerar💴 meu inimigo, mas eu o tenho como amigo.
Naquela decisão de 1967 entre Bangu e Botafogo, o Saldanha me acusou de💴 bicheiro, contraventor e de ter comprado o goleiro Manga.Nem discuti.
Peguei meus seguranças e invadimos o estúdio.
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Eu, com duas "máquinas"💴 na mão.
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Foi um corre-corre danado.
Pois bem, o Saldanha era macho mesmo e me enfrentou! Anos depois foram em cima💴 do Saldanha.
Queriam provas contra mim.
Ele disse: "Castor é um homem importante no nosso futebol.
Nada sei sobre jogos da caixa resultados vida particular e💴 nada mais falarei".
Isso é o que eu chamo de dignidade!
Coação do juiz da partida [ editar | editar código-fonte ]
Certa💴 vez, Castor fez a seguinte declararação a Revista Placar: "Eu não compro juiz.
Ligo pra ele e digo: você não pode💴 errar.Nada de coação.
Só um jeitinho especial".[14]
Prisão na Ditadura Militar [ editar | editar código-fonte ]
Castor de Andrade foi preso no💴 Instituto Penal Cândido Mendes, aos 42 anos, em Ilha Grande, no dia 16 de dezembro de 1968.
O então secretário de💴 Segurança Pública da Guanabara, general Luís de França Oliveira, iniciou uma das maiores investidas contra a máfia carioca.
Porém esta investida,💴 que fora prometida como implacável, não passaria de encenação de combate de combate ao crime.[15]
Castor de Andrade fora preso junto💴 a outros mafiosos, acusados de enriquecimento ilícito através de jogos ilegais, sendo transferido para Ilha Grande, chegando à Penitenciária Cândido💴 Mendes no dia 27 de dezembro de 1968, onde ficou preso por quatro meses.
Na época o secretário de Segurança Pública💴 da Guanabara, general Luís de França Oliveira afirmara que Castor "praticou a corrupção e a deturpação dos costumes - corrupção💴 esta que alcançou vários campos da administração pública, inclusive a própria polícia, formando um cinto de impunidade em torno dos💴 distribuidores da propina".[16].
Apesar da investida, Castor não teria ficado preocupado, pois por causa da obtenção do diploma de advogado tinha💴 direito a ter uma prisão especial.
O caso é que não ficara em cela, fora abrigado em uma casa distante dos💴 muros da penitenciária, enquanto outros mafiosos ficaram em cela.
A "cela" de Castor na Ilha Grande era mobiliada, tinha oito quartos,💴 empregados e quintal, o mesmo relata:
[ 17 ] Estava confinado na Ilha, mas me deram uma casa enorme, de oito💴 quartos, que reformei toda.
Contratei quatro empregados, além de um mordomo, e promovia apresentações de escolas de samba, tinha salão de💴 jogos, telefone, cinema, ficou tão bacana que passou a ser chamada de 'Casa de Visitas'.
Quando tinha uma visita importante na💴 Ilha, como não havia lugar para hospedá-lo, o diretor levava-o para a minha casa"
Na Ilha recebia tratamento diferenciado: a comida💴 era diferente dos demais presos, recebia inúmeras visitas a qualquer hora que vinham de lancha, passeava com os inspetores da💴 penitenciária, não era obrigado a usar uniforme e não tinha contato com outros presos.
Castor tinha a certeza da impunidade, e💴 fez de jogos da caixa resultados passagem em Ilha Grande de férias, se ocupando em jogos e outras atividades, recebendo ocasionalmente a visita💴 da esposa, Vilma, e dos dois filhos, Paulo e Carmén Lúcia.
Chegaria até a compor a música "A Ilha" junto a💴 Carlos Imperial, preso pela a acusação de atentado ao pudor e desrespeito às autoridades.
Enquanto Castor aproveitava jogos da caixa resultados estadia em Ilha💴 Grande, seu advogado, Wilson Lopes dos Santos, corria atrás do processo de pedido de habeas corpus na Justiça, que alcançara💴 no dia 10 de abril de 1969 pela 2ª Câmara Criminal.
Castor deixou a Ilha Grande em 16 de abril de💴 1969, levado de helicóptero ao aeroporto de Manguinhos, onde foi preso novamente por agentes do Cenimar que investigavam Castor e💴 seus investimentos em Porto Seguro em meados de 1968.Castor relata:
[ 17 ] "Tô preso na Ilha Grande, quando ganhei um💴 habeas corpus por unanimidade, e fiquei esperando ser posto em liberdade, mas vi um helicóptero chegando ali pra me levar,💴 e já fiquei meio desconfiado: 'Vim preso de lancha, vão me botar em liberdade de helicóptero?' Simularam a minha liberdade,💴 filmando tudo através da televisão, com todo o mise-en-scène, mas na realidade eu tava sendo transferido pra outra prisão, na💴 Ilha das Flores.
Lá eu fiquei preso incomunicável, por ordem expressa da Marinha."
A nova prisão era totalmente fora dos padrões da💴 anterior, conheceu o isolamento total na Ilha das Flores, na Baía de Guanabara, até novo pedido de habeas corpus pelos💴 seus advogados, no Superior Tribunal Militar.
Castor de Andrade foi solto no início do mês de Maio de 1969, ficando detido💴 por menos de um mês em Ilha das Flores, desta forma marcando a última vez que fora detido pelo regime💴 militar e a evidente falta de esforços para o combate ao crime e ao poder paralelo que se tinha instalado💴 no país
Prisão na Nova República [ editar | editar código-fonte ]
Aproveitando a atenção da mídia e da opinião pública durante💴 o Carnaval de 1993, Castor fez um discurso de 5 minutos condenando com raiva a perseguição aos bicheiros em pleno💴 Sambódromo.
[18] Três meses depois, a juíza Denise Frossard condenou Castor e outros 13 grandes mafiosos (entre eles Capitão Guimarães, Luizinho💴 Drummond, Antonio Petrus Kalil, vulgo Turcão, e Anísio Abraão David) a seis anos de prisão por associação criminosa.
Formalmente, 53 mortes💴 foram atribuídas ao grupo.
[7] No entanto, no mesmo ano, Castor obteve um habeas corpus e foi solto, e em dezembro💴 de 1996 o resto dos bicheiros estavam todos de volta às ruas, após concessão de liberdade condicional ou clemência.[19]
Em 30💴 de março de 1994, Castor sofreu um novo acidente.
A Promotoria Biscaia lançou uma nova ação contra o jogo do bicho💴 no Rio de Janeiro, estourando o reduto da Castor em Bangu e apreendendo 17 livros em dinheiro, 140 livros-caixa,[20] e💴 166 HDs.
[21] Castor de Andrade subornava policiais por isso uma unidade especial do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), das💴 forças especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, foi utilizada durante a operação contra Castor.[22]
As investigações policiais💴 revelaram que grandes nomes estavam lucrando com as atividades ilegais da Máfia.
Entre eles, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, o💴 governador do Rio Nilo Batista, o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, o prefeito do Rio Cesar Maia, empresários, juízes,💴 deputados federais, deputados estaduais e 100 policiais.
De acordo com o promotor Antônio Carlos Biscaia:
o Ministério Público do Rio de Janeiro💴 investigou seu envolvimento em mais de 130 homicídios e verificou o esquema de corrupção centralizado e liderado por Castor de💴 Andrade [...
], que registrou propinas para policiais militares e civis, servidores públicos, incluindo os do Ministério Público e do Judiciário,💴 e até mesmo políticos conhecidos que receberam ajuda financeira para suas campanhas políticas comprometidas".[ 23 ] ".
Havia também suspeitas de💴 que Castor e seu povo tinham uma parceria com o Cartel de Cali colombiano.
Os resultados preliminares ligavam os bicheiros do💴 Rio ao transporte de cocaína no Brasil e também para o exterior.
Em Porto Seguro, Castor montou uma empresa de pesca💴 que era usada para o tráfico de cocaína.
Ele supostamente ajudou o mafioso siciliano Antonio Salamone a se estabelecer no Brasil.
Castor💴 lhe deu um trabalho de disfarce na Bangu Textiles, que ele possuía.
Salamone tornou-se um brasileiro naturalizado por causa da influência💴 de De Andrade.
Recolhido à carceragem da Polinter, fez ali uma verdadeira revolução.
As celas se tornaram suítes de luxo, com ar-condicionado,💴 lavadora de roupa, frigobar, televisão e videocassete.
As festas na prisão eram constantes e movidas à champanhe e caviar.
Além de comprar💴 mordomias, o contraventor financiou a reforma das instalações e o conserto de carros de polícia.
Por problemas cardíacos, obteve da Justiça💴 o direito de cumprir jogos da caixa resultados pena em prisão domiciliar, em seu luxuoso apartamento na Avenida Atlântica.
Mas saía às ruas com💴 frequência, sem ser incomodado.
No fim da tarde de 11 de abril de 1997, jogava cartas na casa de um amigo,💴 no Leblon, quando sofreu um ataque cardíaco fulminante, que o matou.
Seu corpo foi velado na quadra da Mocidade.
No carnaval de💴 1998, público e foliões presentes ao sambódromo fizeram um minuto de silêncio em jogos da caixa resultados homenagem.
Pouco antes de morrer, o chefão💴 da máfia carioca dividiu seu espólio em duas partes: o sobrinho Rogerio de Andrade tomaria conta do jogo do bicho,💴 enquanto o genro Fernando Ignácio ficaria com os caça-níqueis e o videopôquer.
[24] A decisao de Castor causou revolta em seu💴 filho , Paulo de Andrade, que inciou uma disputa pelo controle dos pontos culminando na morte deste em 1998.[25]
O documentário💴 "Doutor Castor" foi ao ar em 2021.[26]Referências
Castor na mídia [ editar | editar código-fonte ]
Castor e o Bangu [ editar💴 | editar código-fonte ]