Em 1991, a Fifa organizou a benzema 2024 primeira Copa do Mundo Feminina da história.
Os Estados Unidos ficaram com a taça💶 ao vencer, na final, a seleão norueguesa por 2 a 1.
O torneio inaugural foi disputado na China
Na Copa do Mundo💶 de 2003, a Alemanha conquistou o seu primeiro título mundial.
A competição, organizada nos Estados Unidos, viu as alemãs vencerem as💶 suecas na decisão
No Mundial de 2011, disputado na Alemanha, o Japão se consagrou campeão ao vencer os Estados Unidos na💶 final, nos pênaltis.
É até hoje o único título de uma seleção asiática nas Copas do Mundo, sejam masculinas ou femininas
Os💶 Estados Unidos, liderados por Megan Rapinoe, conquistaram o título em 2019, o quarto do país na história dos Mundiais.
As norte-americanas💶 superaram a Holanda na decisão do torneio, disputado na França
Mulheres ainda lutam por reconhecimento, mais visibilidade e igualdade salarial no💶 futebol.
Copa do Mundo de Futebol Feminino começou nesta quinta (20) na Austrália e Nova Zelândia.
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Imagine você: um homem e💶 uma mulher que exercem a mesma função deveriam ganhar o mesmo salário e ter a mesma visibilidade, não é? A💶 resposta mais óbvia seria sim.
Afinal, na teoria, a regra é clara: a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) proíbe essa💶 diferença salarial se a atividade exercida é a mesma.
Mas nem tudo que é teoria se aplica na prática.
Ainda tem muita💶 gente "jogando" fora dessas quatro linhas.
E pode isso?!
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres💶 ainda recebem 22% menos do que os homens! Uma mulher ganha em média 78% do salário de um homem no💶 país.
E esse "chocolate" na desigualdade de gênero acontece também dentro e fora de campo.
Uma realidade que atinge também a nossa💶 maior paixão nacional: o futebol.
A Copa do Mundo de Futebol Feminino, que começou na sexta-feira (20) na Austrália e Nova💶 Zelândia, acende uma velha discussão: a desigualdade no esporte.
Ser hoje uma jogadora de futebol no Brasil não é uma tarefa💶 fácil.
Para conseguirem reconhecimento, as jogadoras seguem dando muito "chapéu" no preconceito, na discriminação e na desvalorização salarial.
Um exemplo claro disso💶 é que as jogadoras ainda não são remuneradas e patrocinadas da mesma forma que os jogadores.
A nossa craque Marta, por💶 exemplo, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, chega a ter ganhos anuais de US$ 400 mil💶 - de acordo com um levantamento do jornal espanhol "Marca".
Já Neymar, outro craque do futebol brasileiro, mas que nunca foi💶 eleito melhor jogador do mundo, teve ganhos anuais apontados por um levantamento da "Forbes" que beiram US$ 50 milhões de💶 dólares por ano.
Até mesmo, as premiações entre as seleções masculina e feminina ainda não estão em pé de igualdade.
No Mundial💶 Feminino deste ano, a FIFA vai distribuir US$ 150 milhões entre as equipes – um valor que já é maior💶 do que foi pago em 2019 – mas ainda bem menor o que os US$ 440 milhões pagos no Mundial💶 Masculino no Qatar.
Em terras tupiniquins, um dos motivos para essa desigualdade entre homens e mulheres no futebol, tem explicação na💶 lei.
Isso porque, na década de 40, o futebol feminino foi proibido no Brasil.
Um decreto do governo Getúlio Vargas dizia que💶 a prática não condizia com a "natureza" da mulheres! E, somente em 1983, 40 anos atrás, a prática entre mulheres💶 foi regulamentada e a primeira Copa do Mundo Feminina só veio ocorrer em 1991, enquanto a masculina já ocorria há💶 60 anos (primeiro torneio aconteceu em 1930).
Parece até coisa de jogador "catimbeiro" né?
E, como frágil não é sinônimo de mulher💶 e guerreiras brasileiras não fogem à luta, nesses últimos anos, as jogadoras tiveram e ainda seguem "fintando" muito o adversário💶 em busca de igualdade, reconhecimento e do seu merecido lugar ao sol.
Importante lembrar que, até 2015, a seleção feminina não💶 tinha uniforme próprio e jogava com modelos adaptados do time masculino.
E, parece que finalmente, não será mais preciso chamar tanto💶 o VAR (árbitro de vídeo) para mostrar que o adversário está "cavando uma falta".
As maiores artilheiras da Copa do Mundo💶 Feminina
1 de 10 A brasileira Marta é não só a maior artilheira das Copas do Mundo Femininas, mas de todos💶 os Mundiais, incluindo os masculinos.
Com 17 gols, ela ultrapassou o alemão Miroslav Klose, que era até então o maior goleador💶 da história do torneio Crédito: Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images
2 de 10 A alemã Birgit Prinz é a segunda maior goleadora da💶 história das Copas femininas.
Com 14 gols, está empatada com a norte-americana Abby Wambach.
Prinz é bicampeã do mundo, tendo conquistado as💶 taças de 2003 e 2007 Crédito: Boris Streubel/Getty Images
3 de 10 Campeã mundial em 2015, Abby Wambach compartilha com Birgit💶 Prinz o posto de segunda maior goleadora das Copas do Mundo Femininas, atrás apenas de Marta.
Ela também tem um vice-campeonato💶 mundial e duas medalhas de ouro olímpicas Crédito: Lars Baron - FIFA/FIFA via Getty Images
4 de 10 A norte-americana Michelle💶 Akers, com 12 gols em Copas, é a terceira maior goleadora da história da competição.
Ela tem dois títulos mundiais, em💶 1991 e 1999 Crédito: Doug Pensinger /Allsport
5 de 10 Bettina Wiegmann, camisa 10 da Alemanha, marcou 11 gols em Mundiais💶 e conquistou o título mundial em 2003 Crédito: Stephen Dunn/Getty Image
6 de 10 A brasileira Cristiane também marcou 11 gols💶 em Copas do Mundo.
A atacante, que não disputará o torneio na Austrália e Nova Zelândia, foi vice-campeã em 2007 Crédito:💶 Zhizhao Wu/Getty Images
7 de 10 A chinesa Sun Wen fecha a lista das atletas empatadas em quarto lugar no ranking.
Com💶 11 gols no total, ela foi a goleadora do Mundial em 1999, quando a China terminou com o vice-campeonato Crédito:💶 Stephen Dunn/Getty Images
8 de 10 A canadense Christine Sinclair é uma das três jogadoras empatadas em quinto lugar no ranking💶 de artilheiras das Copas, com 10 gols Crédito: Naomi Baker - FIFA/FIFA via Getty Images
9 de 10 Heidi Mohr, da💶 Alemanha (esq.
), também marcou 10 gols em Mundiais.
Ela faleceu em 2019, aos 51 anos, vítima de câncer Crédito: Bongarts/Getty Images
10💶 de 10 Ann Kristin Aarones, jogadora da Noruega, foi campeã do mundo em 1995 com a seleção norueguesa.
Empatada com Mohr💶 e Sinclair, anotou 10 gols em Copas Crédito:
Para tentar driblar essas desigualdades, algumas ações começaram a ser feitas.
A FIFA prometeu💶 igualar os valores pagos para as seleções feminina e masculina nos próximos mundiais.
Em 2020, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF)💶 equiparou as diárias e premiações pagas a homens e mulheres nas convocações.
No ano passado, a Federação de Futebol dos Estados💶 Unidos anunciou uma decisão história, pagando de forma igualitária as duas seleções masculina e feminina e compensando financeiramente até ex-atletas💶 pelos anos de desigualdade de gênero.
O atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse que valorizar o futebol feminino é uma💶 das prioridades da benzema 2024 gestão.
Aqui, fora de campo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma lei, em💶 julho deste ano, que prevê a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre ambos os sexos.
Reforçando, mais uma vez, o💶 que já diz a CLT: homens e mulheres não podem ter salários diferentes se exercem a mesma função.
Enquanto isso, nós💶 - os jogadores e jogadoras número 12 - seguimos aqui da arquibancada torcendo pelas nossas craques para que consigam os💶 mesmos salários, os mesmos patrocínios, a mesma visibilidade e reconhecimento que os jogadores homens.
Aguardamos muito gol de placa no futebol💶 feminino – dentro e fora de campo.