Nota: Para outros significados, veja Para outros significados, veja Marília (desambiguação)
Marília é um município brasileiro do estado de São Paulo.
Situa-se na região Centro-Oeste Paulista.
Fica distante da capital do estado 443 quilômetros por rodovia; 529 quilômetros por ferrovia e 376 quilômetrosmelhorcasa de apostalinha reta.
Localiza-se à latitude de -22° 12' 50" S e longitude -49º 56' 45" W, estando a uma altitude de 679 metros.
Possui uma área de 1.
170,054 quilômetros quadrados, dos quais 23.
040 estãomelhorcasa de apostazona urbana.
Tem seu nome tirado da obra "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga.
O município é formado pela sede e pelos distritos de Amadeu Amaral, Avencas, Dirceu, Lácio, Padre Nóbrega e Rosália.[6][7]
Em 2016 a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) classificou a cidade como a 23ª melhor do país para se viver;[8]melhorcasa de aposta2017 Marília figuroumelhorcasa de apostaestudo do Ipea entre as 15 cidades mais pacíficas do Brasil,melhorcasa de apostaum índice que considera municípios com população superior aos 100 mil habitantes;[9] figurando também no mesmo anomelhorcasa de apostaestudo produzido pela Urban Systems como a 50ª dentre as cem cidades mais conectadas e inteligentes do Brasil.[10]
O município desponta como pólo educacional paulista, contando com quatro instituições públicas de nível técnico e superior (Unesp, Famema, Univesp e Fatec) e instituições privadas como Unimar, Faef, Univem e Anhanguera.
Em 2017 foram contabilizados 74 cursos de graduação, sendo administração e pedagogia os mais ofertados.
Marília tem uma média de um estudante universitário para cada 18 habitantes.[11]
Por conta de seu parque fabril no setor de alimentos, é comum que alguns bairros do município recebam o aroma de doces, biscoitos e chocolates por diversas vezes ao dia e a noite, já que empresas como a Marilan, funcionam ininterruptamente.
Diversas empresas de projeção nacional e internacional foram fundadasmelhorcasa de apostaMarília, como o Banco Bradesco, a Tam Linhas Aéreas, a Sasazaki, a Marilan e a Dori.
Marília possui uma expressiva comunidade nipônica, colocando-se junto a Londrina, como as maiores colônias japonesas do interior do país.
A Shindo Renmei, atuantemelhorcasa de apostaterritório brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial, foi fundada por ex-militares japonesesmelhorcasa de apostaMarília no ano de 1942,melhorcasa de apostaatuação marcou a história da colônia japonesa no Brasil.
[12] A colônia japonesa realiza anualmente uma das maiores atrações do município, o "Japan Fest", ocasiãomelhorcasa de apostaque é eleita a Miss Nikkey da região de Marília, que é encaminhada para o concurso estadual e posteriormente nacional.
A importância do município no âmbito da colonização japonesa no Brasil, levou-o a receber duas visitas de representantes da Casa Imperial do Japão, sendo umamelhorcasa de aposta1958 (príncipe Mikasa) e umamelhorcasa de aposta2018 (princesa Mako), por ocasião dos 50 e dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil, respectivamente; ambos fizeram o plantio simbólico de um Ipê no Paço Municipal.
O artigo 18 da lei 4468 de 1998 institui a Tabebuia Araliacea (Ipê Amarelo), como árvore símbolo de Marília, coincidindo a data da comemoração com o Dia da Árvore (21 de Setembro).
Marília possui duas cidades-irmãs japonesas: Higashihiroshima, desde 1980; e Izumisano, desde 2019.[13]
Dados do Conselho Regional de Corretores Imobiliários apontam que, Marília é o segundo município do interior do estado de São Paulomelhorcasa de apostanúmero de condomínios fechados, com um total de 27 registros, ficando abaixo somente de São José do Rio Preto.[14]
Dentre as tipicidades gastronômicas de Marília destacam-se o pastel de ovo e a parmegiana de pastel, das lanchonetes Hirata e Taroco, respectivamente; os cafés América e Dona Santina; e o "chinelão", lanche de grandes proporções, que serve várias pessoas e pode ser encontradomelhorcasa de apostadiversos estabelecimentos, como Lanchonete do Zé, Ipiranga Lanches, Casa do Chinelão, Daniel´s Sport Bar, Casa Nossa Pizzas, Pastel do Paçoca M´s Marcelos e outros.
No dia 5 de fevereiro de 2019,melhorcasa de apostavotação na Alesp, Marília foi oficialmente reconhecida como município de interesse turístico, inaugurando uma nova fase emmelhorcasa de apostatrajetória de desenvolvimento.
[15] Um dos grandes potenciais de Marília é o seu patrimônio paleontológico, com importantes achados de fósseis de dinossauros datados de cerca de 70 milhões de anos, contudo, o município enfrenta dificuldadesmelhorcasa de apostadesenvolver de modo sustentável tal atrativo.
Sítio paleontológico descobertomelhorcasa de apostaMarília pelo pesquisador William Navamelhorcasa de aposta2009.
Reprodução digital do Mariliasuchus amarili (Crocodilo de Marília).
Pré-história
Há cerca de 70 milhões de anos, a região onde hoje fica Marília e o oeste paulista foi habitada por dinossauros e outros animais pré-históricos.
Esses animais tiveram seus restos ósseos petrificadosmelhorcasa de apostasedimentos arenosos de primitivos rios e lagos.
Com as transformações geológicas ocorridas ao longo do tempo, esses ambientes primitivos se modificaram, e os sedimentos se transformarammelhorcasa de apostarochas, conhecidas principalmente como arenitos, e os ossos se tornaram fósseis.
Essas rochas são as mesmas que hoje constituem as serras e escarpas que rodeiam a cidade, como os paredões de arenito do vale do Barbosa na Via Expressa, a Serra de Avencas, o vale do Pombo, a Serra de Dirceu (adiante do aeroporto) e muitas outras.
O registro inicial da presença de dinossauros na região de Marília ocorreumelhorcasa de aposta1993, com a descoberta, pelo pesquisador William Nava, dos primeiros fósseis comprovadamente pertencentes a dinossauros (titanossauros) achados numa estrada municipal, 16 km a norte da cidade.
Essa descoberta colocou Marília na rota dos dinossauros, revelando mais uma região fossilífera para a paleontologia brasileira.
Outro achado importante para a paleontologia foi a descoberta (a partir de 1995) de fósseis de um pequeno crocodilo da era dos dinossauros,melhorcasa de apostarochas da formação Adamantina, próximas ao Rio do Peixe, sul de Marília.
Esse crocodilo recebeu, inclusive, o nome da cidade, sendo batizadomelhorcasa de aposta1997 como Mariliasuchus amarali.
Seus restos fossilizados têm permitido uma melhor compreensão acerca dos ecossistemas do passado.
Outro pequeno crocodilo fóssil achado na região é o Adamantinasuchus navae.
A cidade ganhou mais projeção ainda com a descoberta (também pelo paleontólogo William Navamelhorcasa de aposta2009) e escavações (entre 2011 e 2012) de um esqueleto semiarticulado de um grande dinossauro herbívoro (outro titanossauro) que viveu na região entre 70 e 80 milhões de anos atrás e que ficou conhecido como "Dino Titã de Marília".
[16] Por apresentar cerca de 60 a 70% dos ossos preservados, como boa parte da coluna vertebral, é considerado, até o momento, um dos mais completos titanossauros já encontrado no Brasil,[17] tornando Marília um importante centro para estudos paleontológicos de projeção nacional, e fazendo com que a cidade seja também conhecida como "Terra de Dinossauros".
Parte dos fósseis encontrados pela região é hoje objeto de estudomelhorcasa de apostaparceria com instituições científicas, como também uma parte se encontra exposta no Museu de Paleontologia de Marília, reinauguradomelhorcasa de apostaoutubro de 2022 sendo hoje também referência nacional na área de paleontologia.
Recentemente, o Museu de Paleontologia de Marília anunciou a descoberta de novos fragmentos de titanossauros nas imediações da cidade; esses materiais fossilizados estão sob análises e estudos restritos à equipe técnico-científica liderada pelo paleontólogo William Nava.[17]
A primeira ocupação humana: os caingangues
Quando da chegada do "homem branco", o estado de São Paulo era habitado por inúmeras tribos de índios.
Quando a ocupação do território avançou a oeste, uma das etnias que aqui estavam eram os caingangues.
Suas aldeias podiam ser encontradas numa vasta área que se situava entre as elevações da Cuesta de Botucatu e a margem esquerda do Tietê, ou na outra margem, até a região atual de Dois Córregos.
Essas aldeias caingangues agrupavam-se por identidade da língua que falavam, estando o povo caingangue dividido em: Kaingán, Weyana e Aweikoma; os três grupos referiam-se a si mesmos como caingangue, ou seja, "Gente do Mato".
Além dos termos Caingangue e Kaingang, a etnia também pode ser conhecida como Kanhgág, Guayanás, Guaianás, Coroados, Bugres, Botocudos, Camés e Xoclengues, a depender da região.
Embora os Aweikoma pertençam a mesma família lingüística, possuem diferenças culturais palpáveis, o que os fez, por muito tempo, serem registrados, como grupo não-caingangue.
Estes são também conhecido como Xocrés, Xoclengues e Botocudos, este último, pelo hábito que tinham de inserir pedaços de madeira no lábio inferior da boca, até que, adulto, cada indivíduo ostentasse um adorno circular enorme, o botoque.
Os kaigán e os weyanas não furavam o lábio, no entanto, havia um procedimento comum a toda essa nação indígena: a singular forma de cortar os cabelos, que lhes rendeu o apelido de coroados, por parte dos brancos.
Os grupos diferenciavam-se quanto à forma de produzir seu sustento.
Os caingangues eram agricultores sedentários, mudavam menos e faziam roças ao lado das aldeias.
Os aweikomas, ao contrário, eram nômades e reuniam-semelhorcasa de apostapequenos grupos de caçadores e coletores.
Tanto os nômades, quanto os sedentários resistiam à ocupação como podiam, muitos inseriam-se nas novas sociedades que multiplicavam-se, outros embrenhavam-se nas matas circunvizinhas e outros iam para muito longe.
Os aweikomas, por exemplo, trasladaram-semelhorcasa de apostagrande número para terras hoje pertencentes ao estado de Santa Catarina.
Os Kaingán e os Weyana que evitavam o contato, foram dispersando-se a oeste, de Bauru até a região dos vales do rio do Peixe e e do rio Feio (Aguapeí), região onde insere-se atualmente o município de Marília.
Contudo, adentrando o século XX, ávidos por terras, os brancos avançavam e os povoados se multiplicavam nas frentes de expansão, de modo que, os caingangues internaram-se ainda mais para o oeste, descendo abaixo as quedas d'água, das corredeiras e grandes cachoeiras desses dois rios.
O massacre e a espoliação das terras caingangues
Família caingangue aculturada fotografada por membros da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulomelhorcasa de apostaexpedição exploratória no Rio do Peixe,melhorcasa de aposta1906
No ano de 1905, Jorge Tibiriçá (1855-1928), então presidente do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Agricultura, determinou que a então Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo fizesse o reconhecimento dos vales dos rios Peixe e Feio, uma vez que, os trilhos das Companhias de Estradas de Ferro Sorocabana ao Sul e Noroeste ao Norte da região, avançavam rapidamente rumo ao sertão paulista.[18]
A referida expedição encontrou cinco tribos caingangues habitando o território, sendo elas: a do Cacique Vauhin, que habitava os campos de Avanhandava e Fazenda Patos; a do Cacique Ary Krim-Krim, que também habitava a região do Ribeirão dos Patos; a do Cacique Bri, que habitava parte da região do Córrego do Veado e do Rio Iacri; a do Cacique Rerig (Rerin), que vivia na cabeceira do Córrego do Veado; e a do Cacique Iakri (Iacri), que vivia na região do Córrego Jurema e afluentes do Rio Feio (Aguapeí).[19]
O Estado brasileiro apoiava a ocupação do território pelo "homem branco", ignorando a população indígena pré-existente, oferecendo subsídios para a ocupação, construindo estradas e fazendo vista grossa às chacinas cometidas contra os indígenas pelos chamados "bugreiros".
Marechal Cândido Rondonmelhorcasa de aposta1930.
No referido território caingangue, a construção da estrada de ferro Noroeste do Brasil, iniciadamelhorcasa de aposta1905, foi extremamente sangrenta e fatal para os indígenas, de modo que, os sobreviventes não mais teriam a oportunidade de viver do modo como viveram seus ancestrais.
Após insistente pressão de um grupo liderado por intelectuais, políticos e militares, o governo federal, sob presidência de Hermes da Fonseca, crioumelhorcasa de aposta1910] o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que tinha a missão de evitar mais chacinas confinando e controlando os índios como patrimônio federal; deste modo os indígenas foram induzidos a deixarmelhorcasa de apostaorganização social associativa e adotar o modelo de núcleo familiar.
[20] Paralela à política de aldeamento, o SPI também buscou afastar a Igreja Católica da catequese e transformar o índio num trabalhador nacional.
Sob o comando de marechal Cândido Rondon, o posto do SPI foi instalado na região da Noroeste, nas cercanias dos atuais municípios de Promissão e Avanhandava, onde encontravam-se acuados pequenos grupos de índios caingangues remanescentes do extermínio promovido pelo e com o aval do Estado.
Índia Vanuíre
Um grupo Caingangue mantinha-se irresoluto nas matas da região; não aceitavam o contato e impediam tanto quanto podiam a colonização, o que levou Rondon a identificar que, na Fazenda Campos Novos do Paranapanema, na zona da Sorocabana, próximo da divisa com o estado do Paraná, havia um grupo de cainganguesmelhorcasa de apostaprocesso de assimilação, trabalhandomelhorcasa de apostaregime de escravidão; tais indígenas poderiam intermediar o contato com o grupo de Iacri.
É assim que,melhorcasa de aposta19 de março de 1912, através do intermédio da índia Vanuire, Rondon consegue a rendição do grupo, após meses de esforços da velha índia, que por estar cansada de ver os conflitos sangrentos, sempre desfavoráveis ao seu povo, preferia aceitar os termos propostos pelos brancos e vivermelhorcasa de apostapaz confinada com os seus.
Vanuíre faleceumelhorcasa de aposta1918 na então Fazenda Icatu (atual município de Braúna), de posse do Governo Federal.
[19] Do contingente estimado de 4 mil índios no estado de São Paulo no início dos contatos, restaram cerca 700 na década de 1910.
Cincinato César da Silva Braga
1913: marco da ocupação latifundiária das terras caingangues
Em 1913 o governo de São Paulo, sob figura de Rodrigues Alves, iniciou obras de abertura de uma estrada de rodagem de 147 km ligando as linhas ferroviárias da Noroeste, na altura de Presidente Pena (atual Cafelândia), com a Sorocabana, na altura de Platina.
Tal estrada passava pelas regiões de planalto já espoliadas dos caingangues, sendo o marco inicial da entrega das terras à colonização por parte do Estado.
Aberta a estrada, o deputado abolicionista Cincinato César da Silva Braga (1864-1895), originário de Piracicaba, adquiriu terras que margeavam o espigão divisor das Bacias Peixe e Tibiriçá, e abriu uma fazenda nomeada Cincinatina, emmelhorcasa de apostahomenagem, determinando que nelas fossem plantados 10.000 pés de café.
A fazenda era administrada pelo português Antônio Pereira da Silva, que havia chegado à região com seu filho José Pereira da Silva (Pereirinha), no ano de 1919 advindos do Rio de Janeiro, onde vivia Cincinato Braga.
Rodolfo Nogueira da Rocha Miranda
Além da morte, a assimilação via miscigenação foi a maior responsável pela retirada dos indígenas da linha de frente do combate ao avanço da ocupação das terras do Oeste Paulista, de modo que,melhorcasa de aposta1921, o Estado brasileiro criou dois aldeamentosmelhorcasa de apostafazendas da União, nos atuais municípios de Tupã e Braúna (na época áreas do município de Penápolis), onde os indígenas foram confinados indistintamente.
Para suas tradições nômades, essas reservas eram uma afronta.[21]
Após o de Cincinato Braga, outros latifúndios foram abertos na região, como a fazenda Guataporanga, que pertencia aos irmãos Lélio e Marcelo Piza e a fazenda do Rio do Peixe, pertencente à Companhia Pecuária e Agrícola de Campos Novos, que foi presidida pelo senador Rodolfo Nogueira da Rocha Miranda (1862-1941), proveniente de Bananal e que, também adquiriu terras na região.[22]
1923-1929: Fundação dos patrimônios e a origem de Marília
Sabendo das pretensões da Companhia Paulista da expansão dos trilhos dos trens de Piratininga às barrancas do rio Paraná, passando pela região onde viviam, os Pereiras, funcionários de Cincinato Braga, adquiriram terras da Companhia Pecuária e Agrícola de Campos Novos na região, dando início a plantações de café e fundandomelhorcasa de aposta1923 um patrimônio batizado de Alto Cafezalmelhorcasa de apostaparte loteada das terras
O patrimônio de Alto Cafezal, pertencente ao município de Campos Novos do Paranapanema, (atual Campos Novos Paulista), na Sorocabana, foi a origem primeira do futuro município de Marília.
No ano seguinte, a Fazenda Cincinatina, com extensão de 21 km pelo espigão Peixe - Feio, foi vendida ao então deputado estadual Bento de Abreu Sampaio Vidal (1872-1948), originário de São Carlos e Araraquara.
Bento de Abreu além de político, era ligado à aristocracia terratenente;melhorcasa de apostaesposa Maria Isabel, com quem teve treze filhos, pertencia ao clã Arruda Botelho, família do Conde do Pinhal, com quem Sampaio Vidal firmaria acordos políticos por toda a vida.
Bento de Abreu Sampaio Vidal
Antes da Cincinatina, Bento de Abreu havia comprado terras onde hoje se encontram os municípios vizinhos de Álvaro de Carvalho e Garça, tornando-se um dos maiores latifundiários da região.
Dividindo as terrasmelhorcasa de apostadiversas fazendas, o político destinou-as aos seus filhos, como vinha fazendomelhorcasa de apostadiversas regiões do estado onde adquiriu terras.
No território atualmente compreendido por Marília, Bento de Abreu destinou a fazenda Santa Antonieta à filha Maria Antonieta.
Às filhas, Helena e Olga coube a fazenda Cascata.
À Bento Filho coube a fazenda São Paulo, localizada no distrito de Padre Nóbrega, e a Palmital ficou com o próprio Bento de Abreu.[18]
Casa na rua de entrada da Fazenda Bomfim
Em 1926, José Vasques Carrión fundou um patrimôniomelhorcasa de apostaparte loteada de suas terras, denominando-o de Vila Prado.
No mesmo ano, Bento de Abreu , fundou um terceiro patrimônio próximo aos anteriores.
Em 1927 os coronéis Galdino Alfredo de Almeida e José Brás (José da Silva Nogueira) adquiriram terras de Carrión (fazenda Bomfim), e rebatizaram o patrimônio com o nome de Vila Barbosa, sendo esta, também distrito de Campos Novos, na Sorocabana.
A Companhia Paulista de Estradas de Ferro vinha desde 1924 avançando seus trilhos de Piratininga até chegar a Lácio (terras do deputado Sampaio Vidal),[23] sendo que a próxima estação passaria próximo dos patrimônios já existentes, o que causaria disputas entre os fundadores, principalmente entre Antônio Pereira da Silva, já que era o fundador do primeiro patrimônio e Sampaio Vidal.
Bento de Abreu ignorou o Alto Cafezal e tudo fez para impulsionar o desenvolvimento de seu próprio patrimônio, estabelecido justamente ao lado do povoado já existente.
Investiumelhorcasa de apostainfraestrutura emelhorcasa de apostarecursos humanos, recrutando profissionais liberaismelhorcasa de apostadiversas áreas, que para lá se dirigiram.
Para demarcar as terras do novo patrimônio contratou o engenheiro Dr.
Durval de Menezes e compôs aliança política com o grupo de Rodolfo Miranda[18]
Selo postal de 1967melhorcasa de apostahomenagem à obra Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga
O poder político venceu e a estação foi construída nas terras do deputado, que deveria escolher um nome para a estação com a letra "M", já que, de acordo com o esquema dessa companhia, as estradas que iam sendo inauguradas no ramal, haveriam de ser nomeadas por ordem alfabética.
Foram propostos vários nomes, como "Marathona", "Mogúncia" e "Macau", mas Bento de Abreu não ficou satisfeito com nenhuma das sugestões.
Em uma demelhorcasa de apostaviagens de navio à Europa, leu o livro de Tomás Antônio Gonzaga, "Marília de Dirceu", de onde teve a ideia de sugerir o nome de "Marília".
Antes mesmo da inauguração da estação, a força política de Sampaio Vidal fez surgir na região o distrito de Marília a partir da Lei Estadual 2.
161 de 22 de dezembro de 1926, tendo incorporado os patrimônios existentes e sendo subordinado ao município de Cafelândia.
Pela Lei Estadual 2.
320, de 24 de dezembro de 1928 o distrito foi elevado à categoria de município emelhorcasa de aposta30 de dezembro do mesmo ano a estação de Marília foi inaugurada.
A instalação oficial do município deu-se 4 de abril de 1929, datamelhorcasa de apostaque é comemorado seu aniversário.
População esperando o primeiro trem da Cia.
Paulistamelhorcasa de apostaMarília no ano de 1928.
O portão principal da estação ferroviária ficou de costas para o antigo patrimônio do Alto Cafezal, de frente para o largo, ao lado da praça da igreja de São Bento, cuja porta principal também está localizada na face norte, ou seja, de costas para o Alto Cafezal.
A disposiçãomelhorcasa de apostaque se encontrava a estação ferroviária e as disputas entre os patrimônios deu à cidade uma feição diferente da maioria das cidades do interior do Estado.
Marília não possui uma praça central com igreja, jardim e coreto; o que há são duas igrejas com suas respectivas praças, umamelhorcasa de apostacada vertente da atual Avenida Sampaio Vidal, aberta exatamente na divisa dos dois antigos patrimônios.
Bento de Abreu pode não ter sido o primeiro a chegar àquelas terras, mas o núcleo urbano não poderia ter tido melhor "padrinho" pois, sem seu impulso, aquele nascente município certamente não teria se desenvolvido de forma tão rápida.
Sobmelhorcasa de apostatutela,melhorcasa de apostacurto espaço de tempo, Marília apresentou vertiginoso crescimento.
Instalado no mesmo ano do crash da bolsa de Nova Iorque, o município de Marília parece ter conseguido viabilizar-se sem maiores entraves políticos ou econômicos.
A rapidez com que Bento de Abreu procurou instalar o cartório, sem nem mesmo possuir prédio próprio, no improvisado Hotel Brasil, localizado no antigo Patrimônio de Alto Cafezal, demonstra a urgência para viabilizar o empreendimento urbano.
Se a agricultura não possibilitava mais os ganhos obtidos até então, passava a ser de vital importância assegurar o rendimento através da valorização das terras.
Tão ou mais difícil que a abertura de uma fazendamelhorcasa de apostapleno sertão, era construir uma cidade, o que impunha aos pioneiros uma série infindável de obstáculos a serem vencidos.
Ao adentrar e derrubar a densa vegetação do sertão a população defrontava-se com incontáveis moléstias decorrentes do desmatamento indiscriminado.O Dr.
Carlos de Moraes Barros, neto do ex-presidente Prudente de Moraes, é exemplo de como o nome de Bento de Abreu era conhecido e respeitado, pois através demelhorcasa de apostainfluência, deixou Itaquerê, onde trabalhava, e aceitou o convite para dirigir a futura Santa Casa de Misericórdia de Marília, cuja construção estava nos planos de Bento de Abreu.[18]
A ocupação minifundiária da Alta Paulista e Marília como capital regional
Como mencionado, a região de passagem dos trilhos da Companhia Paulista à oeste de Bauru, que ficou conhecida como Alta Paulista, teve suas estações ferroviárias (que na maioria dos casos deram nome à cidades) por ordem alfabética; sendo assim, as nomenclaturas dadas de A à Y foram: Alba, Brasília (distritos do município de Piratininga), Cabrália Paulista, Duartina, Esmeralda (estação dentro da fazenda pertencente ao coronel Lima, localizadamelhorcasa de apostaDuartina), Fernão Dias (atual município de Fernão), Gália, Hispéria (estação dentro da Fazenda Igurê, localizadamelhorcasa de apostaGarça), Incas (Italina e depois, Garça), Jafa (distrito de Garça), Kentuckia (atual Vera Cruz), Lácio (distrito de Marília), Marília, Padre Nóbrega (distrito de Marília), Oriente, Pompeia, Quintana, Rinópolis, Santana (Herculândia), Tupã, Universo, Yacri (Iacri).
A ocupação inicial da Alta Paulista deu-se a partir de latifúndios pertencentes a políticos de renome ligados à oligarquia cafeeira de regiões mais antigas, como o senador Rodolfo de Miranda, oriundo do Vale do Paraíba, o deputado Cincinato Braga, de Piracicaba e o também deputado Sampaio Vidal, de São Carlos e Araraquara.
Contudo, esta nova região nascia sob novas configurações sociais, já no pós-abolição e sob a égide do trabalho livre e assalariado.
A criação de uma grande massa de assalariados rurais, fez da terra um bem comercializável e não mais patrimônio hereditário, de modo que, num país ainda essencialmente agrícola, como era o Brasil de então, a terra passou a ser elemento central no processo de ascensão econômico-social dos indivíduos (ainda muito pautada na família).
O cenário internacional, não era favorável para apostas exclusivasmelhorcasa de apostagrandes extensões de café, haja vista a grande depressão causada após a quebra da bolsa de Nova Iorque.
Deste modo, o momento era o da diversificação da produção e da busca por novas fontes de renda, o que levou os grandes proprietários da Alta Paulista a lotearem seus latifúndios e comercializarem suas terras, fomentando o surgimento de núcleos habitacionais como fator de atração para compradores advindos de outras regiões.
Assim, a partir da oferta da possibilidade do assalariado do latifúndio das antigas zonas cafeeiras tornar-se proprietário rural independente, a Alta Paulista tornou-se polo de atração migratória, tendo Marília adquirido tamanha importância, que passou a ser denominada como "Capital da Alta Paulista".
Neste contexto, a região então escassamente habitada, é povoada através da migração de brasileiros e estrangeiros, fazendo da Alta Paulista uma região de convivência multicultural.
A diversificação da produção e a industrialização
Cartaz convocando jovens paulistas para a revolução de 1932.
No início do século XX, a economia de Marília era baseada no cultivo de café, que, com o tempo, foi sendo substituído pelo algodão.
Neste aspecto destaca-se o imigrante japonês, haja vista terem sido os primeiros a plantarem o algodão na região (já entre 1928 e 1929).
Pela Lei Estadual n.º 2.
388, de 13 de dezembro de 1929 foi criado o distrito de Vera Cruz e anexado ao município de Marília.[24]
Pode-se dizer que houve uma relação simbiótica entre o desenvolvimento inicial de Marília e a carreira política de Bento de Abreu na década de 1930.
Talvez se possa creditar ao episódio do desenvolvimento acelerado do município parte da sobrevivência política de Bento de Abreu após a Revolução de 1930.
Pode-se dizer quemelhorcasa de apostaatuação decisiva doando terrenos para diversos prédios públicos e privados, além de lotear parte de suas terras ajudou a impulsionar o desenvolvimento do município naquele período.[18]
Após a Revolução Constitucionalista de 1932, houve um movimento encabeçado pelos jovens voluntários retornados, no sentido de unir a população de Marília, que ainda se via dividida político e geograficamente entre os antigos patrimônios de Antônio Pereira da Silva e de Sampaio Vidal.
Deste modo, o então prefeito João Neves Camargo, através do Ato Municipal nº 223 , estabeleceu a junção nominativa da rua que ligava ambos os patrimônios, considerando injustificada a distinção entre ruas do patrimônio do Alto Cafezal e ruas do patrimônio de Marília quando estas são por vezes prolongamentos umas das outras.
Deste modo, o Artigo 1º do ato resolve: Ligar os patrimônios de Alto Cafezal e Marília, denominando Rua 9 de Julho a atual via pública formada pelas ruas Tamandaré, Ceará e Minas-Gerais.[25]
Pelo Decreto Estadual n.º 6.
204, de 11 de dezembro de 1933, Marília adquiriu do município de Campos Novos o distrito de Varpa, onde,melhorcasa de apostavirtude da guerra, haviam sido assentados imigrantes provenientes da Letônia na década anterior.
Já no dia 2 de outubro de 1934, através dos Decretos-lei Estaduais n.º 6.721 e 6.
722 foram criados respectivamente os distritos de Oriente, e Avencas, sendo anexados ao município de Marília.
[24] Em dezembro de 1934, após cinco anos de criação, o distrito de Vera Cruz foi desmembrado de Marília pelo Decreto-lei Estadual n.º 6.
855, sendo elevado à categoria de município.
Graças ao algodão,melhorcasa de aposta1934 e 1935 foram instaladas as duas primeiras indústrias no município (duas fábricas de óleo).
Ao longo da década de 1930 Marília rapidamente tornou-se uma "capital regional", por conta de fatores como o grande entroncamento rodoferroviário, com estradas de rodagem que cortavam perpendicularmente as linhas férreas da Companhia Paulista e Noroeste, que faria o município desenvolver uma enorme capacidade produtiva nos setores de serviços e comércio.
Cada vez mais aumentavam as estradas que ligavam a cidade de Marília às fazendas produtoras, aos vilarejos e cidades vizinhas.
Surgiam também as "jardineiras" intermunicipais, como importante meio de transporte que supria a demanda onde a ferrovia não abrangia.[26]
Entre os dias 14 e 15 de janeiro de 1936 foram criados e anexados à Marília quatro novos distritos: Bastos (Lei Municipal n.º 2.
620), Novo Cravinhos (Lei Municipal n.º 2.
621), Dirceu (Lei Municipal n.º 2.
622), e Padre Nóbrega (Lei Municipal n.º 2.643).
Em 26 de dezembro de 1936 mais um distrito foi criado através da Lei Municipal n.º 2.795: Lácio.[24]
O ano de 1937 brindou mais três distritos à Marília: Paulópolis (Lei n.º 2.
999, de 24 de junho de 1937), Primavera (Lei n.º 3.
127, de 10 de novembro de 1937) e Amadeu Amaral (Lei n.º 3.
128, de 10 de novembro de 1937), emelhorcasa de aposta1938 o distrito de Quintana foi adquirido do município de Glicério através do Decreto-lei Estadual n.º 9.
073[24] Marília passou a ser composta de treze distritos, mais a sede.
O fator "rodoviário" trouxe um aspecto especial para o desenvolvimento de Marília.
Um fluxo grande de pessoas que percorrendo toda a região da alta paulista trouxe novas perspectivas de negócios e investimentos ao município.
Tal afluxo e circulação de pessoas, fez premente a necessidade da construção de um prédio destinado ao embarque e desembarque ordenado das jardineiras que chegavam e partiam da cidade; é deste modo que,melhorcasa de aposta1938 é inauguradamelhorcasa de apostaMarília a "primeira rodoviária do Brasil", com influências do Art Déco,melhorcasa de apostaprojeto assinado por José Ferreira Dias.[25]
Outra marca importante desse período de crescimento agroindustrial no município de Marília, foi a realização da 1ª Exposição Agrícola, Industrial e Comercial de Marília,melhorcasa de aposta1938.
Evidencia-se um certo investimento estadual e preocupação com o evento através da construção de edifícios e stands, bem como, através da inauguração do aeroporto estadual Frank Miloye Milenkovich no município visando receber investidores, empresários e autoridades políticas.[25]
Ao final de 1938, através do Decreto-lei Estadual n.º 9.
775, o distrito de Bastos foi transferido do município de Marília para Tupã, e os distritos de Novo Cravinhos, Paulópolis, Quintana e Varpa de Marília para o novo município de Pompéia.[24]
Na década de 1940, o município firmou-se como polo de desenvolvimento do Oeste Paulista, apresentando um grande crescimento urbano e populacional.
É neste período que as Indústrias Reunidas Matarazzo instalarammelhorcasa de apostaplanta fabril no município.
Com a expansão da industrialização no interior paulista, houve um aumento da malha ferroviária e rodoviária, com isso Marília ligou-se a várias regiões do estado de São Paulo e ao norte do Paraná.
Em Marília, a "frota de veículosmelhorcasa de aposta1940 era superada apenas pela da capital, Santos e Campinas, com um deslocamento diário de 1500 passageiros na estação rodoviária,melhorcasa de apostalinhas que atendiam 88 localidades".[27]
Em 1940, havia oito casas bancárias na cidade de Marília: Banco Comercial do Estado de São Paulo, Banco do Comércio e Indústria de São Paulo, Banco do Estado de São Paulo, Banco de São Paulo, Banco Noroeste, Casa Bancária Bratac, Casa Bancária Tozan e Casa Bancária Almeida.
Esta últimamelhorcasa de aposta1943 iria se transformar no Bradesco.
A maioria viria financiar o pequeno produtor que não encontrava oportunidades de investimento pelos grandes bancos brasileiros.[25]
O Decreto-lei Estadual n.º 14.
334, de 30 de novembro de 1944, renomeou o distrito de Primavera, que passou a chamar-se Rosália, emancipou de Marília o distrito de Oriente, e transferiu o distrito de Ocauçú de Echaporã para Marília.[24]
Força Expedicionária Brasileira
27 marilienses se juntaram à Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Partirammelhorcasa de aposta2 de julho de 1944, regressando todosmelhorcasa de aposta16 de julho de 1945.
Os marilienses mostraram bravura, mas um deles se destacou: o cabo Marcílio Luís Pinto, que recebeu a medalha Silver Star por ato de bravura, concedida pelo Exército Americano através do general Mark Clark.
Os demais foram agraciados com medalha da Cruz de Combate de Segunda Classe.
Na Praça Saturnino de Brito existe um monumentomelhorcasa de apostahomenagem aos pracinhas, representado por um soldado do exército brasileiro.
A placa contém os seguintes dizeres: "Aos pracinhas Ttes.
Eduardo Cerqueira Cesar e João João Mendes Pinto, Sargentos Ananias de Oliveira e Félix Mansur.
Cabos Marcílio Luiz Pinto, José Padilha Bravos, Pedro Garcia Fernandes e Hugo Casagrande.
Soldados Moacir Augusto de Oliveira, José Esteves Diniz, Emílio Palma, Ângelo Tristão de Fada, Otaviano dos Santos, Felisberto Trajeiro Baiol, Laurindo Francisco da Silva, José ferreira Sobrinho, José Pinto, José Biudes, Flávio Vilaça Guimarães, Pedro Belizário Pereira, Pedro Mateus e José Manuel de Jesus [...
] moços que representaram Marília nas fileiras da gloriosa F.E.B.
ajudando a vitória da Democracia, na luta contra o Nazifascismo, o povo de Marília agradecido".[28]
Industrialização e urbanização na segunda metade do século XX
Marília tevemelhorcasa de apostaeconomia transformada no pós-guerra e rearranjada de forma a se adequar as novas possibilidades que surgiram com a industrialização, iniciada no Governo de Getúlio Vargas, tendo seu ápice no Governo de Juscelino Kubitschek.
[29] Com o fim da Segunda Guerra, a região passa por mais uma diversificação da produção, com a introdução do cultivo do amendoim.
Deste modo, no perímetro urbano de Marília passam a surgir beneficiadoras de amendoim que produziam óleos-base para a indústria alimentícia, o que impulsionaria toda uma cadeia de produção que não mais deixaria de se desenvolver.
A indústria beneficiadora de amendoim, diferentemente do setor têxtil ou algodoeiro com base exportadora, atendia a um mercado regional e nacionalmelhorcasa de apostaformação.
Sua produtividade era consideravelmente alta e substituiu a exploração agrícola do algodão de maneira acentuada.[29]
Marília (década de 1960).
A partir da segunda metade do século XX, a população brasileira, majoritariamente camponesa, tenderia a urbanizar-se.
Marília, quemelhorcasa de apostaperíodo anterior havia se firmado como polo de apoio às atividades agrícolas da Alta Paulista, passou pela nova fase de urbanização observadamelhorcasa de apostatodo o país, recebendo indústrias variadas, com especial vocação para os setores metalúrgicos e alimentícios.
Paulo Fernando Cirino Mourão, emmelhorcasa de apostadissertação de mestrado defendida na Unesp de Presidente Prudente,melhorcasa de aposta1994, destaca o papel dos imigrantes italianos, japoneses e seus descendentes na industrialização mariliense.[27]
A urbanização levou muitas a buscarem uma reestruturação a fim de garantirem a inserção familiar no ambiente urbano, sendo assim, garantir o estudo dos filhos, passou a ser um meio para tal.
Marília contava com uma boa rede de educação primária e secundária, contudo, aos jovens cujas famílias decidiam investirmelhorcasa de apostauma formação de nível superior, a saída era a busca pelos grandes centros.
A formação superior dos estudantes marilienses no estado do Paraná, era comum na época; muitos médicos e engenheiros formaram-se na Universidade Federal do Paraná nos anos 1950.[25]
O primeiro edifício construídomelhorcasa de apostaMarília foi o Edifício Ouro Verde,melhorcasa de aposta1951.
Ele foi totalmente comercializadomelhorcasa de apostaum único dia, seria o advento de um novo ciclo de desenvolvimento urbano que seria experimentado pelo município.
Pela Lei Estadual n.º 5.
285, de 18 de fevereiro de 1959, foi desmembrado do município de Marília o distrito de Ocauçú; elevado à categoria de município.
Marília passa a ser constituída, deste modo, por sete distritos: Marília, Amadeu Amaral, Avencas, Dirceu, Lácio, Padre Nóbrega e Rosália.[24]
As possibilidades cada vez mais escassas de ascensão social e econômicas no campo, associadas à criação de postos industriais nas cidades, levou a um rápido crescimento das mesmas.
A década de 1970 apresentou a saturação dos postos de trabalho urbanosmelhorcasa de apostaMarília, quando as primeiras favelas começaram a surgir a partir da necessidade de habitação das pessoas no espaço urbanomelhorcasa de apostaface às dificuldades de inserção formal no mesmo.
O grande déficit habitacional urbano era um problema que já vinha sendo observadomelhorcasa de apostaoutras regiões do estado de São Paulo, o que levou o governo à criar programas de construção de moradias populares.
Em Marília foram construídas 4 mil casas (Nova Marília) na gestão do prefeito Theobaldo de Oliveira Lyrio, além da construção do CECAP (Caixa Estadual de Casas para o Povo) Maria Izabel, projetado pelo renomado arquiteto Vilanova Artigas.[30]
Polo educacional e "Capital Nacional do Alimento"
Com a posterior instalação de diversos cursos universitários, Marília pôde atrair vários jovens à região, o que ajudou no desenvolvimento e diversificação do setor de comércio, serviços e entretenimento, bem como na expansão das atividades imobiliárias.
Hoje, Marília conta com aproximadamente 50 indústrias na área alimentícia sendo conhecida como "Capital Nacional do Alimento".
Panorama de zona rural a sudeste de Marília
O município de Marília e algumas cidades ao redor situam-se no hoje denominado Planalto de Marília (antiga serra dos Agudos) que compreende 3 espigões ou serras alongadas no sentido leste-oeste - também conhecidos como **itambés** (despenhadeiro, na língua Tupi) - a conhecer:
Primeiro planalto: onde situam-se as cidades de Garça, Vera Cruz, Marília, Pompéia e Quintana, onde os itambés expõem paredões e escarpas de rocha arenítica (conhecidas na geologia como "Formação Marília"),alguns com quase 100 metros de profundidade, contendo belas cachoeiras, dando à paisagem uma beleza única, como a Serra de Avencas, onde se pode observar as camadas rochosas formadas há milhões de anos.
Este primeiro planalto ainda segue rumo oeste, terminandomelhorcasa de apostasuaves colinas um pouco adiante da cidade de Tupã;
Segundo planalto: compreende os municípios de Alvinlândia, Lupércio, Ocauçu e Echaporã, onde também apresenta paredões escarpados - principalmente entre Lupércio e Echaporã, com inúmeras cachoeiras e farta vegetação, que muitas vezes esconde os paredões - e tem seu relevo suavizado nas proximidade do município de Lutécia.
Na estrada municipal Marília a Ocauçu, após o vale do Rio do Peixe, proximidades do distrito de Nova Columbia existe interessante formação rochosamelhorcasa de apostaforma de torre, resultado da erosão de milhões de anos
Terceiro planalto: com relevo menos escarpado, abrange as cidades de Álvaro de Carvalho e Julio Mesquita, indo até proximidades de Guaimbê, onde se torna relativamente plano.
O desenvolvimento que acompanhou a linha férrea e seu desenho linear, se impôs, oriundo da geografia, limitada pelos magníficos Itambés, caracterizados pelos imensos paredões de mais de cem metros de altura que cortam o planalto repentinamente, obrigando o crescimento urbano, a se configurar conformemelhorcasa de apostadisposição física-geográfica.[31]
Marília possui um Horto Florestal de 554 hectares; um Bosque Municipal de 17,36 hectares; uma área reservada ao reflorestamento de 2 000 hectares e uma área de 7 400 hectares de vegetação natural.
Em 2020, após décadas de impasse jurídico-administrativo, Marília passa a tratar a totalidade de seus rejeitos de esgoto a partir da inauguração de três estações de tratamento.
Chamada de "obra do século", as estações de tratamento colocam um fim à prática do despejo diário de 13 toneladas de dejetos nos córregos do Pombo, do Barbosa e do Palmital, que poluíam as principais bacias hidrográficas da Alta Paulista com o desague nos rios do Peixe e Aguapeí.[32]
Segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO), desde 1993 a menor temperatura registradamelhorcasa de apostaMarília foi de 0 °C nos dias 25 de junho de 1994 e 17 de julho de 2000, enquanto a maior atingiu 42,3 °Cmelhorcasa de aposta4 de outubro de 2020.
O maior acumulado de chuvamelhorcasa de aposta24 horas chegou a 155,4 mmmelhorcasa de aposta4 de janeiro de 1999.
Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 142,8 mmmelhorcasa de aposta18 de novembro de 2000, 132 mmmelhorcasa de aposta9 de janeiro de 1997, 123,4 mmmelhorcasa de aposta15 de janeiro de 1999, 122,9 mmmelhorcasa de aposta18 de fevereiro de 2017 e 115,6 mmmelhorcasa de aposta13 de dezembro de 1995.[33]
Dados climatológicos para Marília Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano Temperatura máxima recorde (°C) 37,6 37,8 37 36 34 32 34 36,8 39 42,3 38,4 37,2 42,3 Temperatura máxima média (°C) 29,9 30,8 30,5 29,6 26,3 26 26,6 28,5 29,4 30,3 30,2 30,7 29,1 Temperatura média (°C) 24,7 25,3 25 23,9 20,8 20,3 20,6 22,1 23 24,1 24,3 25,1 23,3 Temperatura mínima média (°C) 19,5 19,8 19,5 18,2 15,2 14,5 14,5 15,7 16,6 17,9 18,5 19,4 17,4 Temperatura mínima recorde (°C) 12 13 14 6 6 0 0 3 5 8 11 12 0 Precipitação (mm) 299,3 191,3 141,8 87,9 70,4 55,3 36,7 37,4 72,2 111 126,5 212 1 441,8 Fonte: CIIAGRO - Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (climatologia: 1993-2013; [ 34 ] [ 35 ] [ 36 ] recordes de temperatura: 1993-presente) [ 33 ]
Lago de preservação de nascentemelhorcasa de apostaMarília
A população do município de Marília, de acordo com o último censo realizado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgadomelhorcasa de aposta1 de dezembro de 2010, apresenta os seguintes dados:
Censo de 2010 (IBGE).
População total (%) População total 216 745 hab.100% Pop.urbana 207.727 hab.95,84% Pop.rural 8.974 hab.4,16% Mulheres 112.019 hab.51,68% Homens 104.726 hab.48,32%
População dos distritos de Marília Padre Nóbrega 4 004 hab.Rosália 2 200 hab.Lácio 959 hab.Avencas 635 hab.
Amadeu Amaral 147 hab.
Dirceu 122 hab.
Fonte: (IPEADATA).
Indicadores Sociaismelhorcasa de apostaPerspectiva Índices (2010) Marília Brasil IDH-M - Humano 0,792 0,727 IDH-R - Renda: 0,768 0,739 IDH-L - Longevidade: 0,854 0,816 IDH-E - Educação 0,776 0,637Fonte: (IPEADATA).
Dados da Fundação Seade de 2016 apontaram que Marília possui o segundo maior índice de suicídios do estado de São Paulo, com uma taxa de 8,6 casos por 100 mil habitantes.
Atualmente está sendo discutida a instalação de uma unidade do Centro de Valorização da Vida na cidade, haja vista que,melhorcasa de aposta2019 o quadro é ainda considerado grave, com a evolução do número de casos.[37]
Segundo estimativas do ano de 2017, ummelhorcasa de apostacada quatorze moradores de Marília recebem o auxílio do Bolsa Família.
O benefício, com valor médio de R$ 161,51, é distribuído à 6.
048 famílias, uma média de 17.236 pessoas.
Têm direito famílias com renda por pessoa de até R$ 85,00 mensais; ou famílias com R$ 170,00 mensais, desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos.Das 17.
536 famílias de Marília cadastradas no CadÚnico, 5.
013 possuem renda per capita familiar de até R$ 85; 2.
440 possuem renda entre R$ 85,01 e R$ 170,00; 5.
124 entre R$ 170,01 e meio salário mínimo; e 4.
959 acima de meio salário mínimo.[38]
Em seus primeiros anos, Marília apresentou um crescimento rápido, atraindo um relevante fluxo migratório para o município.
No recenseamento geral do Brasil de 1940, Marília despontava como o sexto município mais populoso do Estado de São Paulo, superando importantes centros como Ribeirão Preto e Piracicaba.
[39] Atualmente, Marília é o trigésimo segundo município mais populoso de São Paulo, com 242.
249 habitantes (2021).[3]
Crescimento populacional Censo Pop.
%± 1940 81 064 - 1950 86 844 7,1% 1960 90 884 4,7% 1970 98 176 8,0% 1980 121 774 24,0% 1991 161 149 32,3% 2000 197 342 22,5% 2010 216 745 9,8% Est.2020 240 590 [ 40 ]
Os migrantes internos sempre tiveram importante papel no povoamento e desenvolvimento de Marília.
Dentre os pioneiros do período fundacional encontravam-se sobretudo paulistas de regiões mais antigas, fluminenses, mineiros e nordestinos, notadamente baianos da região de Caetité.
Com o declínio da lavoura cafeeira, já nos anos 1930, Marília recebeu mais levas de nordestinos, sobretudo baianos e pernambucanos que vinham para o trabalho na cultura do algodão], uma vez que, o nordeste até então era o maior produtor nacional da fibra.
Além dos trabalhadores rurais, Marília também recebeu muitos profissionais liberais formadosmelhorcasa de apostaSão Paulo, Rio de Janeiro e grandes centros.
Dentre esses migrantes pode-se citar a figura do médico baiano Aristóteles Ananias Maurício Garcia, que além de exercer a medicina, foi político, chegou a ser prefeito de Marília e foi proprietário da primeira casamelhorcasa de apostaestilo modernista da cidade, com projeto assinado pelo renomado Gregori Warchavchik.[25]
Além dos migrantes nordestinos, chegaram muitos mineiros, que também trabalhavam nos canaviais da Fazenda Paredão e da Fazenda Flor Roxa.
Na zona urbana, os migrantes que possuíam baixo nível de escolarização usualmente trabalhavam como saqueiros nas máquinas de benefício de arroz, café e algodão.
[41] Posteriormente passaram a trabalhar e empreender no ramo de bares, mercearias e restaurantes.
De acordo com o último censo realizado pelo IBGE, divulgadomelhorcasa de aposta1 de dezembro de 2010, dentre os migrantes residentesmelhorcasa de apostaMarília, os nordestinos ocupam o segundo lugar, ficando atrás apenas dos migrantes do Sudeste, região onde Marília está inserida.
[42] Muitos migrantes nordestinos de levas recentes ocupam postos de trabalho na construção civil, resultantes do boom imobiliário dos últimos dez anos.
Afro-brasileiros
A presença afro-brasileira constamelhorcasa de apostaMarília desdemelhorcasa de apostafundação, nos anos 1920.
Os afro-brasileiros, provieram de regiões de ocupação mais antiga, tanto do estado de São Paulo, como de outros estados do país.
A ocupação tardia da região da Alta Paulista representava no imaginário social a possibilidade de formação de uma nova sociedade, livre dos antigos ranços e vícios das zonas de ocupação antiga, como o sistema escravocrata, por exemplo, que apesar da abolição,melhorcasa de aposta1888, continuou a afetar a vida dos afro-brasileiros.
O lema estampado na bandeira municipal de Marília "Símbolo de Amor e Liberdade", sintetiza o espírito de colonização desta nova região.
Atualmente, segundo recenseamento promovido pelo IBGE]melhorcasa de aposta2010, mais de 35 mil pessoas identificaram-se como pretos ou pardosmelhorcasa de apostaMarília.
[43] Atualmente o município conta com diversas organizações e coletivos afro-brasileiros, destacando-se: Afro Fest Marília, Negras Ginga, Trançadeira Marília, Rainhas Negras, Afroo Mania e Capoeira Brasil.[44]
A religiosidade também mostra-se como forte legado cultural afro-brasileiromelhorcasa de apostaMarília.
Atualmente o município conta com mais de cem terreiros de umbanda e candomblé registrados,[45] destacando-se o Terreiro de Candomblé Abassá Nkassuté Lemba Nzambi Keamazi, localizado no distrito de Padre Nóbrega (objeto de estudos acadêmicos por destacar-se entre os terreiros pioneiros no resgate dos conhecimentos bantu)[46] e os templos de Umbanda Águas de Iemanjá,[47] Filhos do Caboclo Cobra Coral, e Vovó Maria Conga,[48] no perímetro urbano de Marília.
A lei número 8232, de 9 de maio de 2018 reconheceu o "Toque de Senzala", realizado pelo Templo de Umbanda Filhos do Caboclo Cobra Coral, como pertencendo a data comemorativa/evento do município de Marrília; ocorrendo anualmente na semana que compreende o dia 13 de maio.[49]Portuguesa
Desde a fundação, os portugueses marcaram presença na cidade de Marília.
[50] Organizando-se comunitariamente, os portugueses de Marília criaram a Casa de Portugal, presentemelhorcasa de apostadiversas regiões brasileiras onde há representatividade portuguesa.
A Casa de Portugal visa estreitar os laços históricos, culturais, econômicos e comerciais entre o Brasil e Portugal.
Em 2009 o então Prefeito municipal, de origem portuguesa, Abelardo Camarinha, inaugurou a "Praça Casa de Portugal" no centro da cidade; na praça foi erigido um monumento com a Cruz da Ordem de Cristomelhorcasa de apostacuja pilastra encontra-se uma placa com o poema Mar Português, de Fernando Pessoa, além de uma homenagem à Comunidade Portuguesa radicadamelhorcasa de apostaMarília.
Tradicionalmente, no dia 6 de junho, a Casa de Portugal de Marília realiza o jantarmelhorcasa de apostacomemoração ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.[51]Espanhola
Igreja de Nossa Senhora da Glória (Opus Dei).
A presença espanhola também foi pioneira na região, segundo Rosalina Tanuri o primeiro espanhol a adquirir terras do senador Rodolfo Mirandamelhorcasa de apostaMarília foi António Hernández, no ano de 1921.
Contudo, por volta dos anos 1930 é que começou a formar-se de fato uma comunidade espanholamelhorcasa de apostaMarília.
[52] Com o crescimento da colônia espanhola na região,melhorcasa de aposta25 de junho de 1932 foi fundada a Sociedad Española de Marília, que funcionava como centro de ajuda mútua e fraternidade entre seus membros.
Dom Hugo Bressane de Araújo, primeiro bispo de Marília
Em 1934, procedente de Cabrália Paulista, chegou a Marília os irmãos Hilário e Manoel Lopes Saes.
Espanhóis de Pueblonuevo del Terrible, chegaram ao Brasilmelhorcasa de aposta1911 com os pais, fixando residênciamelhorcasa de apostaAgudos.
Em Marília, os irmãos firmaram sociedade com os cunhados e fundaram a indústria de carroças e carrocerias "Hispano-brasileira".
A oficina passou então a produzir a carroceria de ônibus "Saes", equipando as empresas de transporte de passageiros da Alta Paulista, Sorocabana e Norte do Paraná, Mato Grosso e rincões pioneiros.
A organização católica Opus Dei, fundadamelhorcasa de aposta1928 na Espanha, chega ao Brasil através de Marília no ano de 1957, o que se deu devido aos contatos de Dom Hugo Bressane de Araújo (então bispo da diocese de Marília), com São Josemaría Escrivá de Balaguer, bispo espanhol fundador da Opus Dei (canonizado por João Paulo IImelhorcasa de aposta2012).
O fato de ter recebido o primeiro centro da Opus Dei no Brasil, estabeleceu uma ponte entre a Espanha e Marília, que passou a receber diversos membros da obra, dentre eles o Padre Jaime Espinosa Anta, médico e doutormelhorcasa de apostadireito canônico, o também médico recém-formado José Luís Alonso Nieto e o jovem advogado Félix Ruiz Alonso.
Abriu-se tambémmelhorcasa de apostaMarília no mesmo ano de 1957 o primeiro Centro feminino da Opus Dei, recebendo dentre tantas colaboradoras espanholas as professoras Maria Clara Constantino e Gabriela Malvar Fonseca e a nutricionista Rosário Alonso.[53]
Os Padres do Opus Dei] utilizavam a então capela de Nossa Senhora da Glória para as missas, retiros e reflexões.
Em gratidão a primeira cidade do Brasil que os acolheu, Dom Hugo recebeu de Roma o painel de Nossa Senhora da Glória, pintura artística de 1958 presente no atual Santuário de Nossa Senhora da Glória, no centro da cidade.[54]Sírio-libanesa
Os Sírio-Libaneses que chegaram ao Brasil no século XIX e início do século XX estabeleceram-se inicialmente nos grandes centros do país, contudo, a prática do mascateio, muito difundida entre os pioneiros, levou-os a desbravar o interior do Brasilmelhorcasa de apostabusca de novas clientelas.
Deste modo, passaram a estabelecer-se nas urbes interioranasmelhorcasa de apostadesenvolvimento e a criar suas colônias, para onde passaram a rumar diretamente posteriores compatriotas "os chamados primos".
Os mascates já percorriam as fazendas da região de Marília antes mesmo demelhorcasa de apostafundação, sendo que, passaram a estabelecer-se na cidade com maior expressão após a chegada dos trilhos do trem, revolucionando as práticas comerciais, como faziam por onde chegavam.
Dentre os primeiros sírio-libaneses a que se tem notícia terem chegado a Marília, está o libanês Saad Baclini Chueiri, que chegadomelhorcasa de aposta1928, fez sociedade com o também libanês Amélio Elias Sabag.
Saad Chueiri foi um grande empreendedor, construiumelhorcasa de aposta1934 o posto de gasolina "Sete de Setembro" e, como proprietário de terreno na Avenida Sampaio Vidal, fez composição com a Construtora Irmãos Ferraz para a construção do Edifício Ouro Verde, o primeiro da cidade.[55]
Em Marília os libaneses mantém o Clube Monte Líbano, que funciona nas imediações do Bosque Municipal desde 1985.
[56] Dentre os descendentes de sírio-libaneses ilustres nascidosmelhorcasa de apostaMarília pode-se destacar o político e escritor Antônio Rezk, nascidomelhorcasa de aposta1933, o compositor Sérgio Ricardo e o cinegrafista e diretor de fotografia Dib Lutfi, nascidomelhorcasa de aposta1936.
Dentre os imigrantes sírio-libaneses que radicaram-semelhorcasa de apostaMarília, destaca-se o filantropo libanês Carim Daher El Haber, fundador do restaurante infantil.
Assim comomelhorcasa de apostamuitas outras regiões do Brasil, os sírio-libaneses erradicadosmelhorcasa de apostaMarília também obtiveram destaque na política, dentre alguns nomes, pode-se citar Jamil Dualibi, eleito por quatro vezes deputado estadual entre os anos de 1959 e 1975, tendo sido homenageado com um Núcleo Habitacional que leva seu nomemelhorcasa de apostaMarília.
Joseph Zuza Somaan Abdul Massih também ocupou o cargo por dois mandatos, de 1998 a 2006.
Em 2016 o nome de Abdul Massih tornou-se nacionalmente conhecido por escândalos ligado a sonegação de impostos envolvendo valores milionários.[57]Judaica
A comunidade judaica que se formoumelhorcasa de apostaMarília é basicamente advinda do Leste Europeu, sendo portando composta essencialmente de judeus asquenazes.
Os gérmens do antissemitismo sempre estiveram presentes na Europa, vide a perseguição promovida aos Judeus sefarditas pela Inquisição já no século XV.
No final dos anos 1920, quando Marília tornou-se município, o nazismo já encontrava-semelhorcasa de apostaebulição na Europa; o primeiro volume de "Mein Kempf", de Adolf Hitler, foi escritomelhorcasa de aposta1925.
Antes disso, a ebulição política no Leste Europeumelhorcasa de apostavirtude da Revolução Russa e dos pogroms da Rússia tsarista, que vitimava comunidades minoritárias, como os judeus, impulsionavam a emigraçãomelhorcasa de apostamassa de judeus, sobretudo para a América.[58]
O referido contexto de perseguições levou a vinda de levas migratórias judaicas do Leste Europeu para o Brasil desde o início do século XX.
Os judeus, assim como os Sírio-Libaneses, dedicavam-se sobretudo ao comércio e igualmente ao mascateio, dividindo tal nicho econômico na nascente Marília.
Os Knobel chegaram a Marília nos anos 1930 devido ao forte antissemitismo que assolava a Polônia, que seria definitivamente ocupada pelas tropas alemãsmelhorcasa de aposta1940 Atualmente existemelhorcasa de apostaMarília, entre as avenidas 9 de Julho e Sampaio Vidal um edifício chamado Benjamin Knobel; Benjamin (Bencjon) era um dos jovens judeus polacos que chegou à cidade com seu irmão Abraanmelhorcasa de aposta1936.
Os Knobel participavam das cerimônias religiosas na sinagoga do Rabino Singal, que atraía os judeus de toda a região.
Além dos Knobel, famílias como os Fridman, os Kopelman, os Oksman, os Speiter, os Zatyrco, os Zaterca, os Beznos, os Tigel, os Klepacz e os Singal, faziam parte da comunidade judaica estabelecidamelhorcasa de apostaMarília.
A primeira geração, marcada pelas perseguições europeias, encontrarammelhorcasa de apostaMarília o "Símbolo de Amor e Liberdade", de seu lema; trabalhando arduamente e esmerando-se na educação das gerações posteriores.
Dentre os marilienses frutos dessa história, pode-se citar o Dr.
Elias Knobel, professor e vice-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein,melhorcasa de apostaSão Paulo.
Filho do senhor Abraham e sobrinho de Benjamin Knobel, Elias nasceumelhorcasa de apostaMaríliamelhorcasa de aposta1943, sete anos após a chegada de seu paimelhorcasa de apostaMarília.[59]Italiana
Os italianos também fazem parte história de Marília, o que pode-se perceber de imediato a partir dos nomes de diversos logradouros e bairros da cidade, que homenageiam imigrantes italianos e seus descendentes; como exemplo podem ser citados os bairros Bassan, Banzato, Cavalieri, Lorenzetti, Osvaldo Fanceli, Saliola, Somenzari, Thomaz Mascaro e Jardins Casadei, Cavallari e Fontanelli.
Conforme a lei nº 4017, de 1994, Marília comemora anualmente a instituição da República da Itália.
O hasteamento da bandeira italiana faz parte da comemoração e é anualmente realizado, pela manhã, no Paço Municipal.
Trata-se de uma homenagem aos imigrantes italianos e ítalo-descendentes que contribuíram com a história de Marília e do Brasil.[60]
O italiano Salvatore Scarpetti e seu filho Jaime, oriundos de Limeira, foram um dos pioneiros dessa nacionalidade a chegar à região da atual Marília por volta do ano de 1924.
Ambos instalaram uma serraria, nicho econômico que teve grande impulso, haja vista o rápido desenvolvimento pelo qual a região passou e a necessidade da derrubada das matas para a formação dos primeiros cafezais.[61]
Igreja de Santo Antônio.
Outro italiano que chegou à Maríliamelhorcasa de aposta1927 foi Sperendio Cabrini.
Nascidomelhorcasa de aposta1884, Sperendio chegou ao Brasil com seus pais com um ano de idade.
Em Marília tornou-se pioneiro, abrindo lavoura no Bairro Tiveron,melhorcasa de apostaPadre Nóbrega.
Posteriormente fundou com o sócio, José de Grande, o primeiro Laticínio da Cidade.[62]
Em 1928 chega à Marília Santo Bassan, outro italiano que abriu terras nas adjacências da cidade.
Nascidomelhorcasa de aposta1877, residiumelhorcasa de apostaItapuí, tendomelhorcasa de aposta1923 adquirido do Major Elisiário de Camargo Barbosa as terras, quando se abria o Patrimônio de Alto Cafezal.
Bassan doou a Antonio Pereira da Silva a imagem de Santo Antônio para a capela erguida por este, bem como depois a imagem do Espírito Santo para a capela da Vila São Miguel, quando esta vila foi aberta.[63]
Outro italiano também chegado à Maríliamelhorcasa de aposta1928 foi o calabrês Salvatore Basta.
Nascidomelhorcasa de aposta1890, Basta chegou ao Brasil aos oito anos de idade, tendo antes resididomelhorcasa de apostaSão José do Rio Preto e Cravinhos.
Fundoumelhorcasa de apostaMarília uma fábrica de bebidas e destilaria, que nas mãos dos filhos passou a produzir cerveja.
Dado o sucesso regional, a cervejaria dos Basta foi vendida posteriormente à Companhia Antárctica Paulista.[64]
Tambémmelhorcasa de aposta1928 chegam Carmelo Calaresi e a esposa Caterina Politano.
Calaresi nasceumelhorcasa de aposta1883 na Sicília, chegando ao Brasil aos dois anos de idade para vivermelhorcasa de apostaTaquaritinga com os pais.
Em Marília Carmello estabeleceu uma alfaiataria na rua São Luís, sendo membro ativo da Loja Maçônica local.
Em 1929 foi a vez de Guinetti Grassi, nascido na Itáliamelhorcasa de aposta1888.
Grassi chegou ao Brasil com os pais aos cinco anos de idade, residindomelhorcasa de apostaSão Simão, Jardinópolis, Viradouro, São José do Rio Preto e Potirendaba.
Casado com Emília Bandiera, deixou 14 filhos, 25 netos, 24 bisnetos e 4 tetranetos.
Em Marília ajudou a abrir o picadão que deu origem à rua Coronel Galdino de Almeida, onde construiu o prédio da casa comercial emelhorcasa de apostaresidência, onde permaneceu até o seu falecimento,melhorcasa de aposta1988.[65]
A comunidade italiana realiza anualmente festas com comidas e danças típicas, trata-se da "Festa de Santo Antônio" e da "Festa Italiana", realizadas nas adjacências da Paróquia de Santo Antônio.
A região tornou-se referência cultural italianamelhorcasa de apostaMarília, abrigando cantinas e restaurantes italianos.
Além do cristianismo católico, a comunidade italiana também é representada pela igreja evangélica Congregação Cristã no Brasil, fundada no Paraná na primeira década do século XX por Luigi Francescon, italiano radicado nos Estados Unidos, que veio ao Brasil para trazermelhorcasa de apostafé à grande colônia italiana estabelecida no país de então.
Inicialmente difundida entre a comunidade italiana, é por ocasião da Segunda Guerra Mundial que os cultos passaram a ser ministradosmelhorcasa de apostaportuguês e a igreja começou a atrair maciçamente fiéis de outras origens étnicas.
O estatuto do ano de 1936 da igreja dá conta que até então já havia duas casas de oraçãomelhorcasa de apostaMarília: na Rua Piratininga, encarregada à Francisco Paschoal e no então distrito de Pompeia, encarregada à Orlando Pierini.
[66] Atualmente a Congregação Cristã no Brasil possui vinte casas de oraçãomelhorcasa de apostaMarília.[67]
Parte importante da industrialização paulista e mariliense se deve à imigração italiana, o que evidencia-se a partir do volume de indústrias criadas por italianos e ítalo-descendentes.
[68] Para além da já citada cervejaria da família Basta, pode-se citar as indústrias do ramo alimentício que dariam vocação ao município de Marília, como a Ailiram, a Marilan, a Bel, a Dori e a Macarrões Irmãos Raineri.
Entre as décadas de 1930 e 1940 Marília recebeu uma planta fabril das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, uma das maiores representações do empreendedorismo ítalo-brasileiro da América Latina.
Localizada no bairro Somenzari, a planta dedicava-se ao beneficiamento de arroz e algodão, chegando a empregar 400 operários.
Em 1975 o complexo foi desativado emelhorcasa de aposta1992 o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), tombou partes do mesmo como patrimônio histórico-material de interesse do Estado de São Paulo.
[69] Marília também possui uma Agência Consular Honorária da Itália.[70]Japonesa
Marília possui entre 1500 e 2000 famílias nikkeis,[52][71] colocando-se junto à Londrina, como uma das maiores concentrações de nipodescendentes do interior do Brasil.
Segundo Rosalina Tanuri, referindo-se à colônia japonesa de Marília: "Eles revolucionaram o conceito de trabalhar a terra [...].
Tanto na cidade, quanto nos sítios e fazendas, o japonês estavamelhorcasa de apostagrande número.
Os que viviam na cidade preferiam o ramo de bares, armazéns, tinturarias e farmácias".[52]
Os primeiros japoneses chegaram à região de Maríliamelhorcasa de aposta1926, antes mesmo da emancipação político-administrativa do município, que só ocorreriamelhorcasa de aposta1929.
Jámelhorcasa de aposta1930 fundaram a primeira associação japonesa, a Associação Cultural Nipo Brasileira de Marília.
Em 1945, outra associação foi fundada, a Sociedade Esportiva e Cultural Okinawa de Marília (AECOM).
[72] Em 1991, a partir da união de ambas associações com o Esporte Clube Mariliense, surgiu o Nikkey Clube de Marília, cujo objetivo é divulgar e preservar a cultura japonesa junto a comunidade, e promover o intercâmbio cultural entre o Brasil e o Japão.
Templo Honpa Hongwanji de Marília.
Igreja Metodista Livre do Concílio Nikkei de Marília
A Shindo Renmei, atuantemelhorcasa de apostaterritório brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial, foi fundada por ex-militares japonesesmelhorcasa de apostaMarília no ano de 1942.
A seita foi uma organização terrorista de cunho nacionalista que pregava a vitória do Japão na Guerra.
Seus membros eram chamados de Kachigumi, enquanto que, os japoneses que acreditavam na fatídica derrota do Japão, eram chamados de Makegumi, ou "corações sujos".
Os Makegumi, passaram a ser alvo dos Kachigumi, que os tomavam por desleais ao imperador e à pátria japonesa.
O episódio foi base para a produção do livro e filme "Corações Sujos", de Fernando de Morais e "Yami no Ichinichi - O crime que abalou a colônia japonesa no Brasil", de Mario Jun Okuhara.
[12] A comunidade nipo-brasileira de Marília legou à cidade um importante patrimônio cultural, disseminado, por exemplo, através da culinária, da religião, dos esportes e das artes marciais.
O município possui comunidades religiosas orientais de diversas crenças e linhagens, dentre elas, a Soka Gakkai, Perfect Liberty, Seicho-no-ie, Igreja Tenrikyo, Igreja Messiânica (Johrei), Assembleia de Deus Nipo-Brasileira, Igreja Metodista Livre Concílio Nikkei[73] e os templos budistas Mahayanas Shinshu Honganji e Honpa Honganji.
[74] Existem diversas academias de treinamento de artes marciais japonesas, como Judô, Kendô, Aikidô e Karatê, sendo algumas destas, células-mãe de academias que se expandiram para outras regiões do país.
Marília possui equipes de Beisebol, Softbol e Gateball, sendo os times de Marília muito bem posicionadosmelhorcasa de apostatais modalidadesmelhorcasa de apostanível nacional.
A culinária nipônica pode ser degustada nos mais de quinze restaurantes espalhados pela cidade, além disso, é possível encontrar diversas mercearias especializadasmelhorcasa de apostaprodutos japoneses.
Ligado Nikkey Clube encontra-se o grupo de Taikô Hibiki Wadaiko, que apresenta constantementemelhorcasa de apostaarte nos eventos da cidade e da região.
Templo da Igreja Tenrikyo de Marília.
Hideraru Okagawa, foi um dos primeiros políticos de ascendência japonesamelhorcasa de apostaMarília; exerceu o cargo de vereador durante 23 anos.
Depois dele apareceu a maior expressão política da colônia, na década de 70 e 80, Diogo Nomura, que se tornou vereador por um mandato, deputado estadual por dois mandatos e deputado federal por outros dois.
No legislativo mariliense houve outras expressões, como Luiz Okuda, Massatoshi Hoshida, Shiguetoshi Nakagawa e Teruaki Kushikawa.[75]
Os nipodescendentes estão altamente integrados à sociedade mariliense, destacando-se como profissionais liberais e empreendedoresmelhorcasa de apostadiversos segmentos, com destaque para os ramos de farmácia e cosméticos, bazar e papelaria, estúdio fotográfico, relojoaria, floricultura, mecânica e peças de autos, motos e bicicletas, pastelarias, quitandas, supermercados e restaurantes.
Nas feiras livres os japoneses e nipodescendentes ligados à produção agrícola e pastelaria são representativos.
A maior expressão do empreendedorismo nipônico mariliense da atualidade é a Sasazaki, indústria de portas e esquadrias de metal.
Em virtude da notável presença nipônicamelhorcasa de apostaMarília, o município recebeu duas visitas da Casa Imperial do Japão, uma do então príncipe Mikasa,melhorcasa de aposta1958, por ocasião dos 50 anos da imigração japonesa no Brasil e a mais recente,melhorcasa de aposta2018, da princesa Mako, por ocasião dos festejos dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil.
Ambos foram recepcionados pelo poder público municipal e pela colônia nipônica, fazendo o plantio simbólico de um ipêmelhorcasa de apostafrente ao Paço Municipal da cidade.
Chinesa e taiwanesa
Os laços iniciais entre a China e o Brasil foram fomentados por Portugal, uma vez que, assim como o Brasil, a região chinesa de Macau, também era colônia portuguesa.
A primeira leva de imigrantes chineses a chegar ao Brasil remonta os anos de 1860, quando Portugal organizou a vinda de imigrantes da colônia de Macau.
A imigração chinesa para o Brasil foi estrategicamente pensada por Portugal visando a construção de ferrovias no Rio de Janeiro, a introdução e desenvolvimento da cultura do chámelhorcasa de apostaSão Paulo e para o trabalho na mineraçãomelhorcasa de apostaMinas Gerais.
Este tipo de migração fomentada trouxe ao Brasil aproximadamente 5 mil imigrantes.
A partir dos anos 1950 um novo e mais vigoroso fluxo migratório teve início, desta vez de forma espontânea, motivado principalmente por guerras e escassez de alimentos.
A implantação do comunismo na China continental levou uma expressiva quantidade de chineses a emigrarem para Taiwan.
De Taiwan partiram muitos para outros países, dentre eles o Brasil.
Após um período de estagnação, a imigração chinesa para o Brasil retomou impulso no fim dos anos 1990, quando uma nova leva de imigrantes passaram a chegar ao país para dedicar-se a atividades comerciais.
Tal fluxo migratório, dentre outros fatores, tem a ver com a abertura da economia brasileira nos anos 1990 e a intensificação das relações comerciais entre China e Brasil.[76]
Atualmente é possível notar a presença chinesa por todo o Brasil.
Se a leva migratória anterior concentrou-se sobretudo nas capitais e grandes cidades, este novo fluxo ganhou maior capilaridade, o que tem a ver também com a interiorização da urbanização no Brasil.
Deste modo, tanto nas grandes cidades, comomelhorcasa de apostacidades de médio porte, como é o caso de Marília, a imigração chinesa não passa desapercebida.
Estes novos imigrantes, chegam ao Brasil para a realização do sonho de possuir seu próprio negócio.
Tradicionalmente os chineses dedicavam-se ao ramo alimentício (em geral pastelarias, devido ao baixo investimento inicial e o rápido retorno financeiro), contudo, atualmente diversificaram o rol de atuação, dedicando-se maciçamente à venda de artigos importados de seu país natal, sejam eles utilidades domésticas, utensílios de beleza, relógios e eletrônicos.
Em Marília, os imigrantes da nova leva imigratória localizam-se essencialmente na região central da cidade, onde vivem e trabalhammelhorcasa de apostaatividades comerciais que vão de lojas de importados a restaurantes e pastelarias (que atualmente não vendem apenas pastéis, mas também refeições e salgadosmelhorcasa de apostageral, inclusive a tradicionalmente brasileira coxinha).
Especializadosmelhorcasa de apostaculinária chinesa são sete restaurantes, os locais San Jhou, Disk Lin, Casa do Yakissoba, Mr.
Chang, Muralha e Dragão Dourado e o franqueado China In Box.
A culinária taiwanesa é representada emmelhorcasa de apostaversão vegetariana pelo restaurante Tshu Shin.
Estima-se que a cidade abrigue uma comunidade de mais de 900 membros.[77]
Atualmente o campus de Marília da Unesp é um dos polos do Instituto Confúcio, fruto de um convênio entre a universidade e o governo da República Popular da China,melhorcasa de apostaparceria coma Universidade de Hubei.
O Instituto visa o ensino da língua chinesa, a divulgação da cultura e da história da China e o fortalecimento do intercâmbio cultural e acadêmico entre o Brasil e a China.
Todos os profissionais são chineses, selecionados e aprovados pela matriz do Instituto Confúcio na China para vir ao Brasil.[78]
Em 2018 foi sancionada a Lei 13.
686, que institui a data de 15 de agosto como Dia Nacional da Imigração Chinesa no Brasil.
A data escolhida rememora a chegada dos primeiros imigrantes chineses ao país, que segundo registros oficiais deu-semelhorcasa de aposta15 de agosto de 1900melhorcasa de apostaSão Paulo.
Segundo dados da Polícia Federal, os chineses representam aproximadamente 5% do número de imigrantes registrados no país.
A comunidade chinesa no Brasil só é menor as estabelecidas na Bolívia, nos Estados Unidos e na Argentina.[79]Alemã
Em menor quantidade que os demais, mas não menos importantes, os alemães também chegaram a Marília e fizeram parte demelhorcasa de apostahistória, contribuindo para seu desenvolvimento.
Dentre estes, um nome que figura dentre o rol de heróis marilienses é o de Nelson Spielmann, mariliense descendente de alemães mortomelhorcasa de apostacombate na Revolução Constitucionalista de 1932.
Em 1959 tiveram início as pregações da Igreja da Confissão Luterana,melhorcasa de apostaMarília, a partir de missionários estadunidenses de origem alemã.
Os trabalhos de pregação inicial se deram entre as famílias residentes no município, expandindo posteriormente para toda a comunidade.
Em 2010, segundo dados do censo IBGE daquele ano, a população mariliense era composta por 140 695 brancos (64,91%); 59 929 pardos (27,65%); 10 071 pretos (4,65%); 5 808 amarelos (2,68%); e 240 indígenas (0,11%).[80]
Ver Marilienses notórios
Devido à grande variedade cultural e étnica de Marília, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade.
Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica romana, tanto devido à colonização quanto à imigração - e ainda hoje a maioria dos marilienses se declarem católicos romanos - é possível encontrar atualmente no município diversas denominações protestantes, assim como a prática do budismo, do espiritismo, da umbanda, do candomblé, do catolicismo ortodoxo, dentre outras.
Segundo o censo de 2000 realizado pelo IBGE, a população mariliense se compunha de 73,1% católicos; 16,7% evangélicos; 5,7% outras religiões e 4,5% agnósticos e ateus.
Já o censo de 2010 apresenta uma queda no percentual da população autodeclarada católica, e o aumento do número de evangélicos e pessoas sem religião, evidenciando no município o fenômeno da transição religiosa, também observado a nível nacional.
[81] Os dados detalhados do censo de 2010melhorcasa de apostaMarília no que se refere a religião são os seguintes: 135 373 católicos (62,46%); 54 985 evangélicos (25,37%); 11 428 pessoas sem religião (5,27%); 7 176 espíritas (3,31%); 2 296 Testemunhas de Jeová (1,06%); 1 092 budistas (0,50%) e os demais divididos entre outras religiões.[82]
A igreja católica romana, por meio da diocese de Marília, mantém uma instituição de nível superior (Faculdade João Paulo II - FAJOPA),melhorcasa de apostaMarília, e três colégios administrados pela Congregação do Sagrado Coração, sendo eles: Colégio Cristo Rei (Marília), Escola Irmão Policarpo (Marília), Colégio Sagrado Coração de Jesus (Marília), Educandário e Colégio Madre Clélia Merloni (Adamantina).[83]
Em outubro de 2018 a Rede Adventista de Ensino inauguroumelhorcasa de apostaMaríliamelhorcasa de apostaprimeira escola de ensino infantil e fundamental.[84]
As instituições espíritas mantém no município o tradicional colégio Bezerra de Menezes e o Centro Universitário Eurípides de Ensino (UNIVEM).
Catedral Basílica de São Bento.
Catolicismo Apostólico Romano
Capela Nossa Senhora de Lourdes.
Marília é sede da diocese da região da Alta Paulista, pesiástica de Botucatu e ao Conselho Episcopal Regional Sul I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
No dia 8 de maio de 2013, o então padre Luiz Antônio Cipolini foi nomeado bispo diocesano de Marília pelo Papa Francisco, recebendo automaticamente o título de Monsenhor.
A diocese de Marília é responsável por uma população de mais de 600.
000 fiéis, compreende 60 paróquias, divididas entre 37 municípios, sendo a sede, a Basílica Menor de São Bento,melhorcasa de apostaMarília e possuindo São Pedro como santo padroeiro.
Brasão da Diocese de Marília
A diocese subdivide-se entre três regiões pastorais, sendo elas:Região Pastoral IRegião Pastoral IIRegião Pastoral IIIOrtodoxoProtestantismo
Diversas são as ramificações cristãs surgidas pós-reforma protestante.
Dentre estas, as seguintes estão presentesmelhorcasa de apostaMarília:
Protestantismo histórico
Protestantismo reformado
Igreja Presbiteriana Independente, Igreja Presbiteriana Filadélfia, Igreja Batista da Paz, Igreja Metodista Concílio Nikkei, Igreja Metodista Livre, Igreja Batista Renovada Rio de Unção, Igreja Batista Manancial, Igreja Batista da Fé, Morada Igreja Batista, Igreja Batista Independente, Igreja Batista leão de Judá.
Restauracionismo/Primitivismo CristãoPentecostalismo
DeuteropentecostalismoNeopentecostalismoEcumenismoEspiritismo
Desde a fundação de Marília, o espiritismo vem desempenhando importante papel junto à comunidade, sendo que importantes instituições operantes no município foram fundadas e administradas por beneméritos espíritas e suas comunidades, como o Hospital Espírita, o Restaurante Infantil, o Lar de meninas Amélie Boudet, o Colégio Bezerra de Menezes e o Centro Universitário Eurípides de Marília (Univem).
Alguns dos centros do município são: Núcleo Espírita Amor e Paz (Neap), Centro Espírita Luz, Fé e Caridade, Associação Espírita Fonte de Luz, Centro Espírita Luz e Verdade, Sociedade Espírita Vicente de Paula, Centro Espírita Semeadores de Luz, Comunhão Espírita de Marília, Centro Espírita Caminho Luz e Verdade, Centro Espírita Jesus de Nazaré, Centro Espírita e Comunidade Assistencial, Centro Espírita Mensageiros da Luz Pedro de Alcântara.
Matriz Afro-brasileiraCandomblé
Terreiro Abassá Nkassuté Lemba Nzambi Keamazi, [ 86 ] Terreiro Ilê Asé Omin D'Eruya.[ 87 ]Umbanda
Templo das Águas de Yemanjá,[88] Templo Filhos do Caboclo Cobra Coral,[89] Templo Vovó Maria Conga,[48] Templo Cacique Lirio,[90] Templo Cacique Arranca Toco.[91]
Política e administração [ editar | editar código-fonte ]
Ver também: Lista de prefeitos de Marília
O poder executivo do município de Marília é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal.
Atualmente, o prefeito municipal é Daniel Alonso - PSDB, que foi reeleito prefeito para a gestão 2021/2024, ao lado do vice-prefeito Cícero do Ceasa - PL, com 50,43% dos votos válidos.
O poder legislativo é representado pela Câmara Municipal, composta por 13 vereadores.
Cabe à Câmara elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei Orçamentária Anual).
Devido ao poder de veto do prefeito,melhorcasa de apostaperíodos de conflito entre o executivo e o legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar bastante polêmica.
Cidades-irmãs
O irmanamento de cidades é a promoção da cooperação entre municípios, que pode acontecermelhorcasa de apostadiversas áreas como cultura, educação, saúde, transportes, meio ambiente e desenvolvimento econômico.
Se dois municípios possuem características semelhantes como, número de habitantes, tamanho e setor econômico preponderante, é possível que possam trocar conhecimentos sobre a resolução de problemas comuns; diversos protocolos podem ser firmados visando investimentosmelhorcasa de apostaprojetos, intercâmbio de estudantes, especialistas e empresários, dentre outras possibilidades[92]
Em novembro de 1980 Marília e Higashihiroshima tornaram-se cidades-irmãs.
Em homenagem à parceria, Marília tem uma praça com o nome da cidade-irmã japonesa.
Outros três monumentos que homenageiam a relação da cidade com o Japão podem ser encontrados no jardim do paço municipal, tendo sido um deles inaugurado pelo Príncipe Mikasamelhorcasa de aposta1958, no cinquentenário da imigração japonesa para o Brasil.[92]
Em abril de 2003 o decreto municipal de Nº 8610 considerou irmãs as cidades de Marília e Buffalo, localizada no Estado de Nova York, nos Estados Unidos.
A iniciativa partiu de Buffalo, que no âmbito do Sister Cities International, manifestou interessemelhorcasa de apostaestabelecer parcerias com Marília, sendo atendida pela gestão de Abelardo Camarinha.[93]
Bandeira municipal de Marília
Em 22 de março de 2005, o prefeito Mário Bulgarelli sancionou a lei 6 230,[94] que instituiu que a bandeira municipal teria de ser terciadamelhorcasa de apostavertical com partes idênticas: duas lateraismelhorcasa de apostaazul (não maismelhorcasa de apostavermelho), com a tira central na cor branca, onde seria aplicado o brasão de armas do município no seu exato meio.
A antiga bandeira era de 1978.
A bandeira vermelha (cor original) simbolizava o café, sempre presente na história do município; já a cor azul tem origem incerta (especuladores dizem ter mudado a cor de vermelho para azul para parecer com a bandeira do Marília Atlético Clube.
Outros dizem que o azul é a cor do logotipo da administração do ex-prefeito Abelardo Camarinha.[carece de fontes]
Em 2010, por imposição da justiça, a bandeira da cidade retornou àmelhorcasa de apostaaparência original.
Saiu o azul das faixas laterais para o retorno do vermelho.[95]
Marília (década de 1960).
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973,[96] quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais.
Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a espanhola Telefônica,[97] sendo quemelhorcasa de aposta2012 a empresa adotou a marca Vivo[98] para suas operações de telefonia fixa.
Tarde de outono no campus da Unesp de Marília.
O município conta com uma privilegiada estrutura de ensino, possuindo sistemas de educação desde o ensino básico até o superior e a pós-graduação.
A Rede Municipal de Educação conta hoje com 50 unidades, sendo 5 berçários, 26 Emeis (Escolas Municipal de Educação Infantil) e Ceis-Creche; 3 Emefeis (Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Educação Infantil) e 16 Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental), atendendo a um público de aproximadamente 21 mil alunos.
Além disso, o município dispõe do CAP (Centro de Apoio Psicopedagógico), para atender estudantes com dificuldades de aprendizagem.
O sistema escolar instalado conta ainda com 46 escolas estaduais e 16 escolas privadas.
Japonês, mandarim, francês, alemão, italiano, espanhol e inglês são alguns dos cursos oferecidos, gratuitamente, a estudantes de Marília através do Centro de Ensino de Línguas (CEL) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
O (CEL) localiza-se na Escola Estadual Monsenhor Bicudo e atende 460 alunos de escolas da rede pública nos turnos matutino, vespertino e noturno.[99]
Além da rede pública de ensino, o município dispõe do ensino básico, fundamental, médio, técnico e Educação de Jovens e Adultos (EJA) oferecido pela Fundação Bradesco, bem como pelo "Sistema S", que aglomera aprendizado e administração no setor comercial e industrial, através do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do Sesi (Serviço Social da Indústria).
Dentre os centros de educação profissionalizantes públicos instalados no município estão o Ceprom (Centro Profissionalizante de Marília), a Fatec Estudante Rafael Almeida Camarinha (Faculdade de Tecnologia) e a Etec Antonio Devisate (Escola Técnica Estadual - Centro Paula Souza).
Marília é um centro regional de ensino superior.Em 2017, 12.
585 era o número total de estudantes matriculadosmelhorcasa de apostacursos de graduação no município, levando a uma média de um estudante universitário para cada 18 habitantes.
A cidade conta com 74 cursos de graduação, sendo Administração e Pedagogia os mais ofertados nas instituições (cada um com cinco opções).
Ciências Contábeis, Educação Física, Engenharia Civil, Filosofia e Fisioterapia possuem três cursos cada.
A maioria dos cursos são ofertados por instituições privadas de ensino (56 particulares e 16 públicos), sendo que, boa parte dos cursos pode ser considerada tradicional (32 foram criados antes de 1990).
Os cursos mais antigosmelhorcasa de apostaoperação datam de 1959 e 1963 (respectivamente Pedagogia e Ciências Sociais); ambos fazem parte da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Marília (Famema) também figura entre os mais antigos da cidade, iniciadomelhorcasa de aposta1967, mesmo ano do curso de Filosofia da Unesp.[11]
Primeira imunizadamelhorcasa de apostaMarília junto ao governador João Dória e autoridades locais
O primeiro caso confirmado da pandemia da Covid-19melhorcasa de apostaMarília ocorreumelhorcasa de aposta31 de março de 2019; tratava-se de um homem de 53 anos que residiamelhorcasa de apostaMarília, mas trabalhavamelhorcasa de apostaSão Paulo.
[100] Aproximadamente um mês após,melhorcasa de aposta30 de abril, o primeiro óbito foi constatado; o paciente possuía 83 anos e segundo a família passou a apresentar sintomas no dia 24 de abril, após ter tido contato com uma pessoa vinda de São Paulo.[101]
Na madrugada do dia 9 para o dia 10 de janeiro de 2021 a Prefeitura Municipal de Marília interditou uma festa clandestina que contava com a participação de duzentas pessoas, a maioria jovens.
A organização do vento, que esperava quatrocentos participantes, havia divulgado o cancelamento da festa nas redes sociais como forma de driblar a fiscalização.
No mesmo dia,melhorcasa de apostavirtude da lotação máxima dos leitos de UTI, o município necessitou pela primeira vez transferir um paciente para outro município; até então Marília recebia pacientes da região.[102]
Na manhã do dia 18 de janeiro de 2021, quando o município contava com 100% de taxa de ocupação de leitos e registrava seu 139º óbitomelhorcasa de apostavirtude da Covid-19[103] o Estado de São Paulo iniciou a distribuição da primeira vacina a ser aprovada pela ANVISA no Brasil, a Coronavac, produzidamelhorcasa de apostaparceria entre a empresa biofarmaceutica Sinovac Biontech e o Instituto Butantan,[104] sediado na capital paulista.
Um grande impasse político-institucional resultou que a vacinação começasse no estado de São Paulo antes do que nos demais estados da federação, sendo que as primeiras imunizações contaram com a participação simbólica do governador João Dória, entusiasta da Coronavac,melhorcasa de apostalugar do presidente Jair Bolsonaro, que alimentava discordânciasmelhorcasa de apostarelação à vacina.[105]
Marília recebeu 2680 doses da vacina na noite do dia 18 de janeiro, emelhorcasa de apostasolenidade que contou com a participação do prefeito municipal Daniel Alonso, do governador do estado João Dória, e do deputado estadual Vinícius Camarinha, a primeira servidora do Hospital das Clínicas da Famema foi imunizada; trata-se da técnica de enfermagem Francine Rita de Cassia Domingues Viana, de 32 anos, moradora de Marília, que embora não possua comorbidades, contraiu a doença e vive com os pais idosos.
[106] Na noite do dia 19 de janeiro Marília recebeu mais 5 mil doses da vacina, de modo que o programa de vacinação municipal, que teria início no dia 25 de janeiro, foi adiantado para o dia 22 do mesmo mês.
O município, que é referência para 62 municípios da região, além de imunizar os seus pacientes do primeiro grupo, procedeu a redistribuição às demais cidades da região.[107]
Em 26 de janeiro de 2021 o município recebeu a terceira remessa de vacinas, dessa vez das produzidas pela farmacêutica AstraZenecamelhorcasa de apostaparceria com a Universidade de Oxford e importada pelo Ministério da Saúde e pela Fiocruz.Marília recebeu 3.
920 doses da vacina, e segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a cidade continuará dando sequência à vacinação dos profissionais da saúde e sequencialmente dos idosos abrigadosmelhorcasa de apostainstituições de longa permanência.[108]
O informe epidemiológico disponibilizado segunda-feira dia 14 de junho de 2021 referente ao final de semana imediatamente anterior, apresentou vinte e um óbitos por Covid-19melhorcasa de apostaMarília, o maior número já notificado desde o início da pandemia; o município somava na data 733 vidas perdidas para a doença.
[109] Finalizada a imunização de todas as faixas etárias dos grupos-alvo com comorbidades, a prefeitura antecipou o calendário estadual de vacinação, dando início à imunização da faixa etária de 45 anos ou mais sem comorbidades no dia 15 de junho de 2021.
Marília desponta na ocasião como o município de 200 a 400 mil habitantes que mais vacinou no país.[110]
No dia 28 de junho de 2021, Marília recebeu o primeiro lote composto de 1.
130 doses da vacina Janssen, produzida pela Johnson & Johnson, três dias após a chegada ao Brasil da doação de 2,05 milhões de doses doadas pelos Estados Unidos.
A chegada do novo imunizante possibilitou o município a mais uma vez antecipar o calendário de imunização, anunciando o início da vacinação da faixa etária da população de 35 anos ou mais a partir do dia 30 de junho de 2021.
Até o dia 29 de junho de 2021 Marília vacinou 111.
518 moradores (46,3% da população) com a primeira dose, e 38.
062 moradores (15,8% da população) com a segunda dose.[111][112][113]
O índice de ocupação de leitos para a Covid alcançou no dia 19 de julho de 2021 o menor nível do ano (73,17%), possibilitando a saída do município da faixa vermelha de classificação estadual.
[114] No dia 20 de julho de 2021 Marília antecipou-se novamente ao calendário estadual, anunciando para o dia 22 de julho o início da imunização para a faixa etária acima dos 25 anos.[115]
No dia 4 de agosto de 2021 Marília anunciou a imunização da faixa etária acima dos 18 anos.
[116] Na sexta feira 13 de agosto de 2021 o Instituto Adolfo Lutz confirmou o primeiro caso de infecção pela variante Deltamelhorcasa de apostaMarília, que torna-se, após Ibirarema, o segundo município do Centro-Oeste Paulista a registrar caso da variante.[117]
Marília enfrenta algumas dificuldades relacionadas à infraestrutura logística de acesso à cidade; a malha ferroviária encontra-se desativada tanto para passageiros como para cargas, existe uma demanda regional reprimida no setor aéreo, pois o aeroporto de Marília não oferece estrutura para o recebimento de grandes aeronaves, operando com uma única empresa (Azul) e para um único destino (Campinas), não há uma ligação rodoviária rápida oferecida por empresas rodoviárias a grandes centros e especialmente à capital do estado, de modo que, os 438Km que separam Marília de São Paulo, não podem ser vencidosmelhorcasa de apostamenos de 6 horas de viagem pela empresa que detém o monopólio do trecho.
Ferroviário
Marília é servida pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, localizando-se na chamada Linha Tronco Oeste, também denominada como Alta Paulista, do qual foi reconhecida como a capital.
Atualmente tanto o transporte de cargas, como de passageiros encontram-se desativados, estando grande parte do patrimônio ferroviáriomelhorcasa de apostaestado de sucateamento.
Os últimos trens de passageiros de longa distância, inicialmente da antiga Fepasa e posteriormente da antiga Ferroban, realizaram suas paradas na Estação Ferroviária de Marília pela última vez no dia 16 de março de 2001, onde por muitos anos atenderam a cidade e seus moradores e sendo desativadosmelhorcasa de apostaseguida pela extinta concessionária.[118]
Atualmente, com a renovação do contrato de concessão da ferrovia à Rumo Logística, pretende-semelhorcasa de apostabreve reativar o transporte ferroviário de cargas na região, logo após o processo de revitalização dos trilhos desta.[119]Aéreo
O Aeroporto de Marília (Aeroporto Estadual Frank Miloye Milenkovich) localiza-se a 3 km do centro da cidade.
Inauguradomelhorcasa de aposta1938, o aeroporto fez grande história na aviação brasileira.
Principalmente por se tratar do berço da companhia aérea TAM Linhas Aéreas.
O atual aeroporto possui uma pista asfaltada, com comprimento de 1.
700 m e 35 m de largura, comportando pequenas aeronaves.
A única empresa que atua regularmente é a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, que anunciou as atividades na cidademelhorcasa de aposta1 de julho de 2011.
A empresa opera voos diretos para o aeroporto de Viracopos de segunda a sábado às 5:35am, de domingo à sexta às 15:10pm e aos sábados às 15:15pm.
A duração da viagem é de aproximadamente 1 hora.
Rodoviário
O município é servido por duas rodovias estaduais: a Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) e a Dona Leonor Mendes de Barros (SP-333); e por uma federal: a Transbrasiliana (BR-153).
A frota de automóveis no município de Marília é de aproximadamente 86.
718 mil veículos (Denatran-Maio/2015);[120] uma média aproximada de um carro para cada 3 moradores.
Transporte PrivadoTransporte públicoUrbano
Transporte Público: Marília conta com transporte urbano servido pelas Empresas Grande Marília e Viação Sorriso de Marília, que operam por linhas regulares levando os usuários aos quatro cantos da cidade.
Interurbano
Terminal Rodoviário de Marília
O Terminal Rodoviário Interestadual de Marília "Comendador José Brambilla" está localizado às margens da Rodovia SP-294, na Avenida Carlos Artêncio, 1001 e foi inauguradomelhorcasa de aposta2003, com projeto diferenciado e moderno, com áreas temáticas, mirante, guarda volumes, lojas e posto de informação turística e conta com empresas com linhas regulares para todas as regiões do país e também que atendem as linhas interurbanas entre os municípios vizinhos.
Primeira rodoviária de Marília - 1947.
As principais empresas rodoviárias que servem o município de Marília são: Guerino Seiscento, Expresso de Prata, Princesa do Norte, Real Expresso, Viação Motta, Viação Kaissara, Viação Nacional Expresso e Viação Rotas do Triângulo.
A primeira Estação Rodoviária de Marília foi inauguradamelhorcasa de aposta1938, quando a cidade tinha apenas nove anos de emancipação, sendo a primeira rodoviária do Brasil.
Na época, a cidade concentrava grande parte do transporte rodoviário do Estado.
Hoje, Marília é polo econômico de grandes indústrias alimentícias e também polo estudantil e recebe muitas pessoas vindas de todo país e que passam emmelhorcasa de apostamaioria pela rodoviária.
O terminal rodoviário de Marília dispõe ainda de vários serviços onde você pode obter informações de horários e destinos, dispõe do serviço de táxi (24 horas), de achados e perdidos e caixas eletrônicos.
Bairros
Distrito Sede [ carece de fontes ] Altaneira Jardim das Rosas Jardim Vista Alegre Bairro Santa Lourdes Alto Cafezal Jardim David L.P.
Alves Jardim Vitória Bairro Santa Olívia Bairro Ana Carla Jardim Dirceu Jóquei Clube Bairro Stª Tereza Bairro Antonio Carlos N.
Silva Jardim Dom Frei D.
Tomasella Bairro Lorenzetti Bairro Stª Olívia Banzato Jardim Domingos de Léo Loteamento Profª Marina M.
Ferreira Bairro São João Barbosa Jardim dos Lírios Loteamento Faz.S.
Sebastião Bairro São José Bairro Barros Jardim Edisom da S.
Lima Loteamento Res.
Vale do Canaã Bairro S.
Judas Tadeu Bassan Jardim Eldorado Bairro Luiz H.Zaninotto Bairro S.
Miguel Betel Jardim Esmeralda Bairro Maria Paula Bairro S.
Paulo Boa Vista Jardim Esplanada Bairro Mariana Bairro Sen.
Salgado Filho Bosque Jardim Estoril Bairro Marília Sítios de Recreio Céu Azul Canaã Jardim Europa Bairro Mirante Sítios de Recreio Cinquentenário Bairro Cascata Jardim Flamingo Montolar Sítios de Recreio da Estância Uberlândia Bairro Cavalieri Jardim Flora Rica N.H.
Alcides Matiuzzi Sítios de Recreio Morada do Sol Bairro Cavalieri II Jardim Florença N.H.
Castello Branco Sítios de Recreio Nascimento Centro Jardim Fontanelli N.H.
Cecap Sítios de Recreio Panambi Bairro César de Almeida Jardim Guarujá N.H.
Chico Mendes Sítios de Recreio Portal do Vale Chácara dos Laranjais Jardim Ipanema N.H.
Costa e Silva Sítios de Recreio Recanto dos Nobres Chácara Eliana Jardim Itamarati N.H.Dr.
Aniz Badra Sítios de Recreio Stª Carolina Chácara São Carlos Jardim Jequitibá N.H.Dr.Fernando M.P.
Rocha Sítios de Recreio Stª Gertrudes Conj.Hab.Leonel de M.
Brizola Jardim Lavínia N.H.
Eliana Dias Mota Sítios de Recreio Vale do Sol Conj.Hab.Lindomar G.
de Carvalho Jardim Luciana H.H.
Helena Bernardes Somenzari Conj.Hab.Mons.João B.
Toffoli Jardim Marajá N.H.Jd.
Bela Vista Bairro Souza Conj.Hab.
Paulo Lúcio Nogueira Jardim Marajó N.H.José T.Martinez Bairro T.B.
de Argolo Ferrão Conj.Hab.
Vila dos Comerciários I Jardim Marambaia N.H.J.
Kubitshek Thomaz Mascaro Conj.Hab.
Vila dos Comerciários II Jardim Maria Izabel N.H.Maria A.Matos Bairro Ver.
Eduardo Andrade Reis Conj.
Residencial Alcir Raineri Jardim Maria Martha N.H.
Nova Marília Vila Coimbra Conj.Res.
Luiz Egydio de Cerqueira César Jardim Marília N.H.Pres.Jânio da S.
Quadros Vila MAria Conj.Res.Sarg.
José Carlos Alves Ferreira Jardim Monte Castelo Bairro Osvaldo Fanceli Vila Operária Alimentação I Distrito Industrial I Jardim Morumbi Bairro Palmeira Vila Operária Alimentação II Distrito Industrial Santo Barion Jardim Nacional Bairro Palmital Bairro Vila Real Bairro Edson Jorge Júnior Jardim Nazareth Pq.
Cecap Aeroporto Bairro Vila Romana Fragata Jardim Ohara Pq.
das Acácias Bairro Vila Flora Bairro Francisco de Abreu Fernandes Jardim Paraíso Pq.
das Azaléias Bairro Realengo Higienópolis Jardim Parati Pq.
das Esmeraldas Residencial de Recreio Maria Isabel Hípica Paulista Jardim Pérola Pq.
das Esmeraldas II Residencial Portal da Serra Jardim Acapulco Jardim Planalto Pq.
das Indústrias Residencial Vale Verde Jardim Adolpho Bim Jardim Polyana Pq.
das Nações Jardim Verona Jardim Aeroporto Jardim Porta do Sol Pq.
das Primaveras Bairro Quarto Centenário Jardim Altos da Cidade Jardim Presidente Pq.
das Vivendas Bairro Profª Liliana de S.
Gonzaga Jardim Altos do Palmital Jardim Progresso Pq.
das Vivendas II Jardim Universitário Jardim Alvorada Jardim Riviera Pq.
dos Ipês Jardim Tropical Jardim América Jardim Sancho F.da Costa Pq.
Nova Almeida Jardim Teotônio Vilela Jardim Aparecida Nasser Jardim Santa Antonieta Pq.Res.
Julieta Jardim Tangará Jardim Aquárius Jardim Santa Clara Pq.Res.
Novo Horizonte Bairro Rubens de Abreu Izique Jardim Araxá Jardim Sta.Gertrudes Pq.Res.St.
Gertrudes Bairro Rodolfo da S.
Costa Jardim Bancários Jardim Sta.Paula Pq.
São Jorge Jardim Damasco I Jardim Bandeirantes Jardim S.Domingos Pq.
Serra Dourada Jardim Damasco II Jardim Betânia Jardim S.
Francisco Bairro Paulista Jardim Damasco III Jardim Califórnia Jardim S.
Gabriel Bairro Pólon Jardim Colorado Jardim Casadei Jardim S.
Geraldo Bairro Primeiro de Maio Jardim Continental Jardim Cavalari Jardim S.
Vicente de Paulo Bairro Prof.Antônio da S.
Penteado Jardim Cristo Rei Jardim Colibri Jardim Sasazaki Bairro Prof.José Augusto da S.
Ribeiro Saliola Jardim Virgínia
Condomínios fechados horizontais
No Brasil, os primeiros condomínios surgiram na cidade de São Paulo, primeiramente com edifícios verticais, no início da década de 1970.
Os condomínios horizontais começaram a ser implantados ao final desta mesma década a oeste da região metropolitana de São Paulo.
A partir de então, os empreendimentos destinados à elite, localizados distantes do centro principal da cidade, tornaram-se tendência.
As incorporadores passaram a lançar empreendimentos semelhantes as new tows e edge-cities norte-americanas (áreas suburbanas que combinam empreendimentos residenciais com centro comerciais e espaços para escritórios).
Tais empreendimentos começam a surgirmelhorcasa de apostaMarília a partir de 1993, dando-se de maneira rápida e intensa, chegando ao ano de 2003, por exemplo, com um número de dezoito empreendimentos residenciais fechados.
[121] Dados de 2018 do Conselho Regional de Corretores Imobiliários apontam para um total de 27 condomínios, o que coloca Maríliamelhorcasa de apostasegundo lugar no estado de São Paulomelhorcasa de apostanúmero de condomínios fechados horizontais de diversos padrões.[14]
O primeiro condomínio residencial horizontal de Marília foi lançadomelhorcasa de aposta1993 com o nome de Esmeralda Residence, na região do distrito de Lácio.
Em 1996 e 1997 foram lançados o Residencial Village do Bosque e o Residencial Garden Park na região do aeroporto.
Entre 1999 e 2000 foram inaugurados os condomínios Residencial Villagio das Esmeraldas, Residencial Solar das Esmeraldas e o Residencial Pedra Verde, nas adjacências da Avenida das Esmeraldas.
A partir de 2000, pela primeira vez o foco de atração saiu da zona leste da cidade com o lançamento do Condomínio Residencial Campo Limpo, próximo ao atual Marília Shopping, na zona norte da cidade e com o Condomínio Residencial Portal do Parati, na zona sul.
Datam de 2000 também o Condomínio Residencial Jardim do Bosque e o Condomínio Residencial Jardim Colibri, ambos na região do aeroporto.
Em 2001 foi lançado o Residencial Valle do Canaã, na zona rural de Marília, a sudoeste da cidade, sendo o maior condomínio de Marília até então, com uma área de 996.676,24 m².
Também de 2001 data o lançamento do Condomínio Campo Belo, a noroeste de Marília,melhorcasa de apostaárea rural próxima ao distrito de Padre Nóbrega.
Em 2002 foi lançado o Residencial Villa Flora, na zona norte, nas adjacências do Marília Shopping.
Em 2003 foi lançado o Residencial Portal da Serra, o segundo maior de Marília, com 392.
428,03 m²melhorcasa de apostaárea de transição entre o meio urbano e o rural, a nordeste da cidade.
De 2003 também data o lançamento do Residencial Portal dos Nobres, na região do distrito de Lácio.[121]
Percebe-se grandes transformações urbanísticas na região leste da cidademelhorcasa de apostadecorrência da instalação de tantos condomínios residenciais de alto poder aquisitivo, como a instalação, na região da Avenida das Esmeraldas, de grandes hipermercados, restaurantes, shopping center e lojas de grifes famosas, bem como a atuação do poder público municipal no tocante ao tratamento paisagístico, construção de pista de caminhada e da inauguração da Avenida Cascata, ligando a região do aeroporto (com forte concentração de condomínios residenciais) à região da Avenida das Esmeraldas.
Principais produtos de exportação de Marília (2016).
Marília foi nas primeiras décadas do século XX uma região de fronteira e expansão de agricultura, tendo despontado na produção e beneficiamento de café e algodão.
Posteriormente a produção agrícola foi diversificada com a introdução da sericicultura e dos cultivos de melancia e amendoim, cujas produções ainda garantem lugar de destaque no estado de São Paulo.
Marília também possui o terceiro maior rebanho bovino do Estado de São Paulo com 116,5 mil cabeças, ficando atrás apenas dos municípios de Rancharia e Mirante do Paranapanema.[122]
Indústria, comércio e prestação de serviços são destaques no município, com empresas que distribuem seus produtos para o mercado nacional e internacional.
O setor alimentício figuramelhorcasa de apostadestaque na pauta de exportações do município, ocupando mais de 70% dos produtos exportados,[123] o que também faz a cidade ser conhecida como "Capital Nacional do Alimento".
O parque industrial mariliense conta com cerca de 1 100 empresas distribuídas nos setores alimentício, metalúrgico, construção, têxtil, gráfico e plástico, entre outras.
Além das plantas fabris de empresas multinacionais, como Nestlé e Coca Cola, Marília possui a especificidade de ter sido o berço de diversas empresas que posteriormente ganharam destaquemelhorcasa de apostaâmbito nacional e internacional, como Dori, Marilan e Sasazaki.
Empresas fundadasmelhorcasa de apostaMarília [ editar | editar código-fonte ]Sasazaki
A história da Sasazaki no Brasil começou a ser edificadamelhorcasa de aposta1933, quando a família Sasazaki desembarcoumelhorcasa de apostaSantos (SP), vinda do Japão – juntamente com centenas de outros imigrantes – e instalou-se numa fazendamelhorcasa de apostaGuaimbê – interior de São Paulo.
Após dez anos de trabalho na agricultura e para sustentar a família após a morte do pai,melhorcasa de aposta1943 Yosaku Sasazaki, os irmãos Kosaku e Yusaburo migraram de Guaimbê para Marília, dedicando-se à fabricação artesanal de lamparinas com folha de flandres recicladas, seria este o embrião da Sasazaki.
Com os primeiros ganhos, passaram a produzir equipamentos agrícolas manuais, como plantadoras de algodão.
Em 1958 Yusaburo e Kosaku, com os irmãos Yutaka, Hachiro e Tochimiti e o amigo Kyomassa Shibuya formaram a Indústria e Comércio Sasazaki, empresa que nasceu com 50 funcionários.
Em 1964, a Sasazaki deixa para trás a fase manual, lançando o DTM, Descascador Motorizado de Tríplice aplicação, que beneficiava café, mamona e amendoim.
Por imposição dos fenômenos climáticos e a sazonalidade da agricultura, no ano de 1975 a Sasazaki foi obrigada a mudar o ramo de atuação, que deixou o