A Operação Monte Carlo foi montada pelo Departamento de Polícia Federal para desarticular uma organização que explorava máquinas caça-níqueis e 📉 jogos de azar em Goiás.
Entre as apreensões feitas, constam uma frota de vinte e dois veículos, uma grande quantia de 📉 dinheiro, além de armas e joias.
Ainda, foram detidos dois policiais federais em um total de vinte e oito prisões.[1]
Entre os 📉 meios utilizados pela Polícia Federal, estão grampos telefônicos utilizados em conversas de Idalberto Matias Araújo, o Dadá, sargento aposentado da 📉 aeronáutica, e do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Dadá e Cachoeira estão presos desde fevereiro de 2012, acusados de integrar esquema de exploração 📉 de jogo ilegal.
Gravações da PF mostraram que houve:[2][3]
repasse de informações sobre investigações policiais ao senador Demóstenes Torres;
iniciativas de "varreduras" em 📉 órgãos públicos por parte do grupo criminoso;
indicações a cargos públicos em Goiás e Minas Gerais.[ 3 ]
Por meio de gravações 📉 da Polícia Federal, foi possível interceptar conversas consideradas suspeitas entre estes e diversos políticos como Demóstenes Torres (sem partido-GO), além 📉 de conversas em que aparecem nomes de pessoas ligadas ao governo do Distrito Federal, chefiado por Agnelo Queiroz (PT) e 📉 do governo de Marconi Perillo (PSDB), de Goiás.
[4][5] Outros três citados na operação foram os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), 📉 Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ).[6] [7]
As escutas telefônicas foram autorizadas pelo juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima.
Lima também 📉 foi o juiz responsável por determinar a prisão de Carlinhos Cachoeira.[8]
A legalidade das escutas telefônicas foi questionada pelos advogados de 📉 Cachoeira e de Demóstenes Torres, mas foram consideradas legais no dia 18 de junho de 2012 pela 3ª Turma do 📉 Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por dois votos a um.
[8] O voto contrário à legalidade das escutas foi dado 📉 pelo juiz Fernando Tourinho Neto,[9] que também determinou em 29 de fevereiro de 2012 a soltura de Cachoeira, sob o 📉 argumento de que o grupo que explorava jogos ilegais já não existiria mais.
[8] Entretanto Cachoeira não foi liberado, pois a 📉 juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara da Justiça do Distrito Federal, indeferiu pedido da defesa para revogar outro mandado 📉 de prisão referente à Operação Saint-Michel, desdobramento da Monte Carlo.[10]
" Atualmente, o quadro é outro.A poeira assentou.
A excepcionalidade da prisão 📉 preventiva já pode ser afastada."
No dia 18 de junho de 2012, o senador Pedro Taques (PDT-MT) criticou duramente o voto 📉 de Tourinho Neto, dizendo conhecer decisões polêmicas de Tourinho Neto "de longa data", informando que o magistrado várias vezes tomou 📉 decisões de nulificar investigações e ações penais movidas pelo Ministério Público Federal, as quais foram retificadas posteriormente pelo Superior Tribunal 📉 de Justiça.[11]
Na tentativa de acelerar o julgamento do caso, o juiz Paulo Lima havia marcado audiências de instrução do processo, 📉 que envolve 81 pessoas, para o dia 1 de junho de 2012.
No entanto, por decisão do juiz federal Tourinho Neto, 📉 do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, as audiências foram canceladas, argumentando que as audiências só poderiam ocorrer depois de 📉 realizadas algumas diligências solicitadas pela defesa de Cachoeira.[8]
No dia 18 de junho de 2012, Paulo Augusto Moreira Lima foi afastado 📉 do caso, sob a alegação de ser juiz substituto, o que permite seu remanejamento caso seja necessário preencher outros postos.
[8] 📉 Em nota oficial, a presidência do TRF/1.
ª Região informou ainda que o remanejamento ocorreu "em virtude de ajuste referente a 📉 férias e convocação pelo TRE/GO, de magistrado da 3.ª Vara".[12]
Deputados Federais citados [ editar | editar código-fonte ]
Carlos Alberto Leréia 📉 [ editar | editar código-fonte ]
Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) chegou ceder um avião de brazino777 plataforma propriedade a investigados pela Operação 📉 Monte Carlo.
[2] Carlos Leréia, que afirmou em discurso no pleńario da Câmara ser amigo pessoal de Carlinhos Cachoeira, foi flagrado 📉 nas escutas feitas pela PF durante a Operação Monte Carlo recebendo o código de segurança do cartão de crédito de 📉 Cachoeira, para que o deputado pudesse fazer uma compra na Internet.[13]
Leréia também aparece em escuta em diálogos com Wladimir Garcez 📉 cobrando um suposto depósito de R$ 100 mil de Garcez.[14]
O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) foi citado no relatório da 📉 Operação Monte Carlo.
O parlamentar foi flagrado em ligação telefônica pedindo ajuda a Cachoeira.[15]
Jovair Arantes não nega que tenha relações com 📉 o contraventor.
Segundo ele, "todos em Goiás conhecem Cachoeira por ele ser um empresário de sucesso".[15]
" Não vou negar a amizade 📉 porque o cara foi preso.
Eu não era muito próximo, mas o conhecia.
Sou o tipo de cara que não fica procurando 📉 se a pessoa tem problema na vida dela.
Não sei se ele ganhou dinheiro em jogo, se era um negócio legal 📉 ou ilegal.Não me interessa.
Não sei, não me aprofundei nem quero me aprofundar "
O deputado federal Leonardo Vilela (PSDB-GO) foi incluído 📉 na lista de pessoas ligadas a Cachoeira pela Polícia Federal, tendo trocado ligações telefônicas e mantido encontros diretos com o 📉 bicheiro.
O deputado foi ex-secretário de Meio Ambiente do governo de Goiás e era pré-candidato à Prefeitura de Goiânia nas eleições 📉 de 2012.
[6] O próprio deputado Leonardo Vilela diz ter feito ligações ao bicheiro.
Em uma das ligações, segundo Leonardo, fez um 📉 pedido de entrevista de emprego para uma pessoa que atuaria numa das empresas de Cachoeira.[6]
O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) 📉 aparece em dois vídeos negociando doação de campanha com Carlinhos Cachoeira.
Na gravação, Cachoeira oferece R$ 100 mil e insinua já 📉 ter contribuído com a mesma quantia em outro momento.[17]
" Eu te ajudei em R$ 100 mil, vou ajudar em mais 📉 R$ 100 mil meu "
Otoni disse que o encontro ocorreu em 2004, quando o petista foi candidato a prefeito de 📉 Anápolis (GO):
" Eu tive uma conversa com Carlos Cachoeiro no sentido de tentar ajudá-lo com a empresa dele.
Não foi possível 📉 ajudá-lo, e passei a ser inimigo número um dele."
O deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) foi flagrado negociando diretamente com Cachoeira 📉 a realização de uma concorrência pública.
O deputado admitiu ser amigo de Cachoeira, mas afirmou que cheques mencionados em diálogo (que 📉 somavam R$ 50 mil) eram de uma rádio em que trabalhou e que Cachoeira "estava brincando ao fazer a cobrança 📉 de metade do valor".[18]
Sandes Júnior também pediu a Cachoeira ajuda financeira para bancar pesquisa eleitoral.
Em uma conversa gravada pela Polícia 📉 Federal, o parlamentar recorre ao bicheiro para obter R$ 7 mil para uma sondagem de intenções de votos à Prefeitura 📉 de Goiânia.
Cachoeira, com interesse em contratos no município, trabalhava para emplacar a candidatura do senador Demóstenes Torres nas eleições de 📉 2012, enquanto Sandes fazia lobby para ser vice de Demóstenes, apontado como favorito em levantamentos internos de partidos aliados.[19]
" Cê 📉 não arruma um patrocinador pra uma pesquisa do Serpes, não? É R$ 7 mil "
Sandes Júnior também pediu a Cachoeira 📉 ajuda para bancar viagem ao exterior do time de futebol em que joga o seu filho adolescente.
O parlamentar apelou (em 📉 28 de abril de 2011) a Carlinhos Cachoeira para que o contraventor conseguisse R$ 150 mil com a cúpula do 📉 Laboratório NeoQuímica de Anápolis (GO), para que os jogadores do Colégio Podium, de Goiânia, participassem de competição em Orlando, nos 📉 Estados Unidos.
O filho de Sandes também viajaria com a equipe.[20]
O deputado já havia sido flagrado na Operação Vegas encomendando a 📉 Cachoeira a importação de equipamentos que, uma vez adquiridos, permitiriam a montagem de uma emissora de rádio.[21]
Sandes Júnior tornou-se alvo 📉 de inquérito no STF e de representação na Corregedoria da Câmara, que pode dar origem a um processo de cassação 📉 por quebra de decoro.[18]
Stepan Nercessian (PPS-RJ) também confirmou ser amigo do contraventor.
[22] Nercessian recebeu R$ 175 mil de Carlinhos Cachoeira, 📉 tendo o deputado admitido à Folha de S.
Paulo que recebeu o dinheiro, e que o valor de R$ 160 mil 📉 seria usado na compra de um apartamento no Rio.
[23][24][25] Stepan disse que o restante, R$ 15 mil, usaria para adquirir 📉 entradas para camarotes na Sapucaí para o Carnaval de 2012.
[24][25] Stepan disse também não se considerar "nenhum criminoso", mas admitiu 📉 conhecer Cachoeira "há mais de 20 anos" e que "sempre teve relação social" com o contraventor.[26]
O ex-deputado federal Celso Russomanno 📉 (PRB-SP) foi citado em uma gravação interceptada pela PF, durante a Monte Carlo, que indicia Russomanno como relacionado ao esquema 📉 operado pela quadrilha de Cachoeira.
Um relatório da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, revelado pelo jornal Correio Braziliense, mostra 📉 que Russomano é citado em diálogo como detentor de R$ 7 milhões em uma conta que seria operada pelo grupo 📉 do bicheiro.[27]
As escutas telefônicas da operação revelaram que o senador Demóstenes Torres intercedeu diretamente junto a Aécio Neves, para que 📉 Aécio empregasse Mônica Beatriz Silva Vieira, prima de Carlinhos Cachoeira, em um cargo comissionado no governo de Minas Gerais.
O cargo, 📉 assumido em 25 de maio de 2011 por Mônica, foi o de diretora regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento 📉 Social (Sedese) em Uberaba.
Entre o pedido de Cachoeira a Demóstenes até a nomeação de Mônica, passaram-se 12 dias e 7 📉 telefonemas.[3][28][28]
Aécio confirmou o empenho em atender à solicitação de Demóstenes, mas alegou desconhecer interesse de Cachoeira na indicação.
[29] Aécio disse 📉 também se sentir "traído" pelo senador Demóstenes Torres e que, na época em que Demóstenes fez o pedido, não sabia 📉 do envolvimento do senador com Cachoeira:[30][31][32]
" Cabe a quem indicou a responsabilidade.
Me sinto traído na minha boa fé.
Nem eu, nem 📉 ninguém no Brasil, há um ano sabia das ligações do senador Demóstenes."
Aécio, antes desta denúncia, solidarizara-se com o senador Demóstenes 📉 Torres, quando do surgimento de acusações a Demóstenes suscitadas pela Operação Monte Carlo:[33]
" Vossa Excelência é um homem digno, sempre 📉 agiu dessa forma em todos os cargos públicos que ocupou.
E digo mais, Vossa Excelência, senador Demóstenes, é dos mais preparados 📉 e destemidos homens públicos deste país.
E, por isso mesmo, dos mais respeitados."
Nesse escândalo, o senador Demóstenes Torres pediu a desfiliação 📉 do DEM-GO por também estar envolvido em relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira desvendadas pela operação.[35]
Wilder Pedro de Morais [ editar 📉 | editar código-fonte ]
Conversas telefônicas usadas pela PF na Operação Monte Carlo mostram que Cachoeira atuou para que Wilder Pedro 📉 de Morais (DEM-GO) fosse o senador suplente de Demóstenes Torres.[36]
Devido à cassação de Demóstenes, no dia 13 de julho de 📉 2012, Wilder assumiu o mandato no Senado.[37]
Wilder foi secretário de infraestrutura no governo de Marconi Perillo (PSDB) em Goiás e, 📉 conforme as escutas, discutiu com o tucano assuntos tratados anteriormente com o bicheiro.[36]
Wilder é um dos empresários mais ricos de 📉 Goiás e enfrenta também denúncias relativas à omissão de boa parte de seus bens na prestação de contas ao Tribunal 📉 Superior Eleitoral (TSE).
Apenas na Junta Comercial de Goiás, registros mostram que Wilder é sócio-proprietário de 24 empresas.
Na declaração de bens 📉 ao TSE, são listadas somente 15 empresas e um patrimônio de apenas R$ 14,4 milhões.[36]
Agnelo Queiroz (PT-DF), governador do Distrito 📉 Federal, foi citado em gravações da Monte Carlo por membros da quadrilha de Cachoeira como envolvido.
[38] Seu chefe de gabinete, 📉 Cláudio Monteiro, pediu exoneração após ter seu nome citado nas escutas.[39]
Matéria publicada pelo jornal O Estado de S.
Paulo mostra que 📉 houve pedido de Agnelo, assim que eleito, para que convênios do sistema de Limpeza Pública do DF e que beneficiam 📉 a empreiteira Delta, ligada ao esquema, fossem prorrogados.
[40] Apesar de Agnelo inicialmente ter dito que nunca havia se encontrado com 📉 Cachoeira,[41] através de um assessor, Agnelo admitiu ter conversado com Cachoeira em um evento quando era diretor da ANVISA (entre 📉 2007 e 2010), durante o governo Lula.[42]
A chefe de gabinete do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB-GO), Eliane Gonçalves Pinheiro, 📉 pediu demissão após ter tido conversas telefônicas dela com Carlinhos Cachoeira inteceptadas, nas quais, é avisada pelo bicheiro sobre uma 📉 ação da Polícia Federal que seria desencadeada em 13 de maio de 2011 e que tinha como objetivo combater um 📉 esquema de fraudes contra a Receita Federal em diversos estados, incluindo Goiás.
[43] A própria Eliane confirmou que mantém "vínculos de 📉 amizade" que considera "exclusivamente pessoais com pessoas indiciadas" na Operação Monte Carlo.[35]
Os dados, passados a Eliane por Cachoeira, diziam respeito 📉 a alvos da Operação Apate, que investigou no ano passado supostas fraudes tributárias em prefeituras do interior de Goiás.
[35] Antes 📉 do pedido de exoneração, Perillo chegou a defender a brazino777 plataforma chefe de gabinete.
[44][45] Assim como o parlamentar Demóstenes Torres, Eliane 📉 usava um rádio Nextel com linha habilitada nos Estados Unidos para se comunicar com o chefe da máfia dos caça-níqueis 📉 em Goiás.[35]
O próprio Marconi Perillo admitiu conhecer o bicheiro Cachoeira e ter se encontrado com ele por três vezes em 📉 "reuniões festivas", uma delas na casa do senador Demóstenes Torres.
[46][47][48] Em entrevista[49] à TV Anhanguera (afilada da Rede Globo), Marconi 📉 atacou toda a imprensa do Rio de Janeiro e, ao ser questionado se havia vendido uma casa para o bicheiro, 📉 respondeu:
" Eu tenho a informação de que um famoso bicheiro no Rio de janeiro foi preso na casa de um 📉 dirigente de uma grande empresa de televisão do Brasil.
Será que quem vendeu a casa tem culpa disso? "
Relatório da PF 📉 (obtido pela Revista Época) concluiu que, logo após assumir o governo de Goiás, em 2011, Perillo e a Delta firmaram 📉 um compromisso, intermediado por Cachoeira: a Delta receberia em dia o que era devido pelo governo goiano, desde que a 📉 construtora pagasse Perillo.[50]
Em uma das diligências de busca e apreensão da Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, foi encontrado 📉 um vídeo que mostra o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT-TO), negociando com o grupo de Cachoeira.[51]
" Viu Carlinhos, o 📉 que a gente busca é o seguinte.
Nós temos um projeto político, um projeto de poder no Tocantins.
Palmas é um estágio."
Os 📉 vereadores de Goiânia Elias Vaz (PSOL-GO), Santana Gomes (PSD-GO), Maurício Beraldo (PSDB-GO) e Geovani Antônio (PSDB-GO) admitiram ter tido reunião 📉 com Cachoeira.[52]
O vereador de Goiânia Santana Gomes (PSD-GO) é acusado de articular junto a Cachoeira a candidatura de Demóstenes à 📉 prefeitura de Goiânia de 2012.
Santana Gomes foi flagrado (13 de março de 2011) em uma conversa com Cachoeira onde propõe 📉 um café da manhã para o dia seguinte, a fim de combinar "estratégia beleza" para estruturar a candidatura do senador 📉 (Demóstenes).[19]
Nos diálogos, o vereador chama o bicheiro de "chefe" e é objetivo em relação ao propósito da candidatura do senador[19]:
" 📉 O Demóstenes vai ser nosso prefeito, não vai? Nós temos que ter alguém com o poder na mão, chefe."
Ao longo 📉 da conversa, Cachoeira orienta Santana a procurar uma liderança política identificada apenas como "Braga".
O objetivo é garantir a adesão do 📉 político à chapa que seria liderada por Demóstenes.[19]
Túlio Maravilha (PMDB-GO) ex-vereador de Goiânia, teve seu nome citado em telefonemas de 📉 Cachoeira, gravados pela PF entre os dias 11 e 31 de março de 2011.[53]
Túlio pediu a Cachoeira cerca de R$ 📉 30 mil reais, o que foi confirmado por meio de seu advogado, Levy Leonardo, informando, porém, que o dinheiro teria 📉 sido recebido para brazino777 plataforma campanha para deputado estadual, em 2010.[53]
" O Túlio é uma pessoa muito carismática.
Ele se envolve com 📉 as pessoas, conhece bastante gente.
Um dado importante é que Cachoeira é botafoguense.
Pode ter vindo daí esse conhecimento dele com o 📉 Túlio.
Mas envolvimento em negócios, esquemas, nunca houve."
As gravações indiciam também que Túlio queria empregar Cachoeira como funcionário fantasma em seu 📉 gabinete.[54]
Wesley Silva, vereador de Anápolis (PMDB-GO), foi um dos presos pela operação.[55]
Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia (PSDB-GO), foi preso na 📉 Operação Monte Carlo suspeito de fazer parte da quadrilha de Cachoeira.
[56] Em uma das ligações, Wladimir Garcez afirma ter discutido 📉 com ministro da Saúde, Alexandre Padilha, projeto que beneficiaria Cachoeira.[57]
No dia 24 de maio de 2012, Wladimir Garcez fez um 📉 discurso na CPMI sobre brazino777 plataforma ligação com o contraventor, a venda da casa de Marconi Perillo e ligações com políticos 📉 importantes, recusando-se, porém, a responder a perguntas.[58]
" Agi ilicitamente fazendo contatos e apresentando pessoas, aproximando-as, mas não pratiquei qualquer ato, 📉 delito, nem qualquer crime."
Servidores públicos citados [ editar | editar código-fonte ]
Gravações feitas durante a operação mostram suposta influência da 📉 organização criminosa sobre Alencar José Vital, presidente da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), e Ronald Bicca, procurador-geral do Estado 📉 de Goiás.
Segundo os investigadores, os dois eram acionados pelo senador Demóstenes para atender interesses de Cachoeira.[59]
Em gravações da PF, Carlinhos 📉 Cachoeira ordena a Demóstenes Torres que acione o seu irmão, Benedito Torres, procurador-geral da Justiça de Goiás (cargo máximo do 📉 Ministério Público do estado), para resolver assuntos de interesse de Cachoeira.[60]
Em uma das interceptações telefônicas, de maio de 2011, Cachoeira 📉 pede a Demóstenes que consiga um promotor de Justiça goiano com posicionamento público contra a permanência da transportadora Gabardo no 📉 Distrito Agroindustrial de Anápolis.
Cerca de 20 dias depois, Cachoeira telefona para Demóstenes e se queixa de que a procuradora de 📉 Anápolis designada para dar as declarações encomendadas pelo bicheiro não teria se posicionado contra a empresa.
"(.
.
.
) Ela falou 'não, não 📉 tenho nada contra essa empresa aqui não, não vou fazer nada não'", reclamou o Cachoeira.[60]
O Conselho Nacional do Ministério Público 📉 (CNMP) decidiu no dia 29 de maio de 2012 investigar o envolvimento de Benedito Torres com o grupo comandado por 📉 Carlinhos Cachoeira, uma vez entender haver elementos suficientes para instaurar uma sindicância e aprofundar as apurações de tráfico de influência.[61]
O 📉 corregedor nacional do CNMP, Jeferson Luiz Pereira Coelho, irá acompanhar também a representação encaminhada por promotores à Corregedoria do MP 📉 goiano sobre um suposto esquema de espionagem montado no órgão: membros do Ministério Público denunciaram que um programa de computador 📉 oculto permitia acesso livre e irrestritos às máquinas.
Promotores que atuam no combate ao crime organizado e nas investigações relacionadas à 📉 Delta Construções em Goiás denunciaram ter sido alvo do software espião.[61]
A quebra de sigilo do contador da quadrilha de Carlinhos 📉 Cachoeira mostrou que o escritório particular do subprocurador-geral da República Geraldo Brindeiro recebeu R$ 161,2 mil das contas de Geovani 📉 Pereira da Silva, procurador de empresas fantasmas utilizadas para lavar dinheiro do esquema criminoso.[62]
" Não é possível que um membro 📉 do Ministério Público Federal advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Polícia Federal se arriscam investigando os acusados."
Em uma 📉 conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, 📉 o parlamentar afirma a Cachoeira ter trabalhado junto com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes para levar à 📉 máxima corte uma ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg).
No diálogo, que durou pouco menos de quatro minutos 📉 e ocorreu no dia 16 de agosto de 2011, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro ao tratá-lo apenas como "Gilmar".
Considerada 📉 por muitos políticos goianos a "caixa preta" do governo do Estado, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca 📉 de R$ 6 bilhões.
Demóstenes disse a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão 📉 judicial.[63]
" "Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar.
Deu repercussão geral pro trem 📉 aí" "
Gilmar Mendes também teria viajado em um jatinho fornecido por Cachoeira, no dia 25 de abril de 2011, quando 📉 retornava da Alemanha ao Brasil, na companhia do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Escutas da Polícia Federal mostram diálogos em que 📉 o ex-funcionário da empreiteira Delta e ex-vereador de Goiânia pelo PSDB, Wladimir Garcez, também preso durante a Operação Monte Carlo, 📉 diz em ligação a Cachoeira que "o Professor (Demóstenes) está querendo vir de São Paulo no avião do Ataíde" e 📉 que "Gilmar" o acompanha.
O documento da PF indaga: "Gilmar Mendes?".[65]
" "é.
.
.
aí eu peguei falei com ele, ele falou não, 📉 não preocupa não que eu organizo.
Porque tá vindo ele e o Gilmar né, porque não vai achar voo sabe." "
O 📉 Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), em 25 de abril de 2012, deflagrou operação desdobramento da Monte 📉 Carlo (Operação Saint-Michel) que prendeu em Goiânia o ex-diretor da Delta Construções no Centro-Oeste, Cláudio Abreu.[67]
O Serpes, instituto de pesquisas 📉 que atua em Goiás, foi citado na operação em diálogo entre o deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) e Cachoeira, quando 📉 Sandes pedia verba a Cachoeira para encomendar pesquisa de opinião pública a este instituto.
O Serpes confirmou que Sandes Júnior costuma 📉 encomendar levantamentos e que foi feita uma sondagem para a prefeitura de Goiânia[19]
Em laudo da PF, uma das sócias da 📉 Serpes, Ana Cardoso de Lorenzo, aparece como beneficiária de um repasse de R$ 56 mil da Alberto e Pantoja Construções, 📉 empresa acusada de lavar dinheiro no esquema do bicheiro.[19]
Alberto e Pantoja Construções [ editar | editar código-fonte ]
A Alberto e 📉 Pantoja Construções é acusada de lavar dinheiro no esquema de Carlinhos Cachoeira.[19]
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski 📉 atendeu ao pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira e decidiu compartilhar, com a comissão, o inquérito 📉 de número 3.430.
[68][69] Não obstante o processo ter permanecido em segredo de justiça, apenas três horas após o ministro do 📉 Lewandowski decidir compartilhar com o Congresso Nacional o conteúdo do inquérito, um site de notícias publicou a íntegra do documento.
[70][71]Referências[1]
A 📉 Operação Monte Carlo foi montada pelo Departamento de Polícia Federal para desarticular uma organização que explorava máquinas caça-níqueis e jogos 📉 de azar em Goiás.
Entre as apreensões feitas, constam uma frota de vinte e dois veículos, uma grande quantia de dinheiro, 📉 além de armas e joias.
Ainda, foram detidos dois policiais federais em um total de vinte e oito prisões.[1]
Entre os meios 📉 utilizados pela Polícia Federal, estão grampos telefônicos utilizados em conversas de Idalberto Matias Araújo, o Dadá, sargento aposentado da aeronáutica, 📉 e do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Dadá e Cachoeira estão presos desde fevereiro de 2012, acusados de integrar esquema de exploração de 📉 jogo ilegal.
Gravações da PF mostraram que houve:[2][3]
repasse de informações sobre investigações policiais ao senador Demóstenes Torres;
iniciativas de "varreduras" em órgãos 📉 públicos por parte do grupo criminoso;
indicações a cargos públicos em Goiás e Minas Gerais.[ 3 ]
Por meio de gravações da 📉 Polícia Federal, foi possível interceptar conversas consideradas suspeitas entre estes e diversos políticos como Demóstenes Torres (sem partido-GO), além de 📉 conversas em que aparecem nomes de pessoas ligadas ao governo do Distrito Federal, chefiado por Agnelo Queiroz (PT) e do 📉 governo de Marconi Perillo (PSDB), de Goiás.
[4][5] Outros três citados na operação foram os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Sandes 📉 Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ).[6] [7]
As escutas telefônicas foram autorizadas pelo juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima.
Lima também foi 📉 o juiz responsável por determinar a prisão de Carlinhos Cachoeira.[8]
A legalidade das escutas telefônicas foi questionada pelos advogados de Cachoeira 📉 e de Demóstenes Torres, mas foram consideradas legais no dia 18 de junho de 2012 pela 3ª Turma do Tribunal 📉 Regional Federal da 1ª Região, por dois votos a um.
[8] O voto contrário à legalidade das escutas foi dado pelo 📉 juiz Fernando Tourinho Neto,[9] que também determinou em 29 de fevereiro de 2012 a soltura de Cachoeira, sob o argumento 📉 de que o grupo que explorava jogos ilegais já não existiria mais.
[8] Entretanto Cachoeira não foi liberado, pois a juíza 📉 Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara da Justiça do Distrito Federal, indeferiu pedido da defesa para revogar outro mandado de 📉 prisão referente à Operação Saint-Michel, desdobramento da Monte Carlo.[10]
" Atualmente, o quadro é outro.A poeira assentou.
A excepcionalidade da prisão preventiva 📉 já pode ser afastada."
No dia 18 de junho de 2012, o senador Pedro Taques (PDT-MT) criticou duramente o voto de 📉 Tourinho Neto, dizendo conhecer decisões polêmicas de Tourinho Neto "de longa data", informando que o magistrado várias vezes tomou decisões 📉 de nulificar investigações e ações penais movidas pelo Ministério Público Federal, as quais foram retificadas posteriormente pelo Superior Tribunal de 📉 Justiça.[11]
Na tentativa de acelerar o julgamento do caso, o juiz Paulo Lima havia marcado audiências de instrução do processo, que 📉 envolve 81 pessoas, para o dia 1 de junho de 2012.
No entanto, por decisão do juiz federal Tourinho Neto, do 📉 Tribunal Regional Federal da 1ª Região, as audiências foram canceladas, argumentando que as audiências só poderiam ocorrer depois de realizadas 📉 algumas diligências solicitadas pela defesa de Cachoeira.[8]
No dia 18 de junho de 2012, Paulo Augusto Moreira Lima foi afastado do 📉 caso, sob a alegação de ser juiz substituto, o que permite seu remanejamento caso seja necessário preencher outros postos.
[8] Em 📉 nota oficial, a presidência do TRF/1.
ª Região informou ainda que o remanejamento ocorreu "em virtude de ajuste referente a férias 📉 e convocação pelo TRE/GO, de magistrado da 3.ª Vara".[12]
Deputados Federais citados [ editar | editar código-fonte ]
Carlos Alberto Leréia [ 📉 editar | editar código-fonte ]
Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) chegou ceder um avião de brazino777 plataforma propriedade a investigados pela Operação Monte 📉 Carlo.
[2] Carlos Leréia, que afirmou em discurso no pleńario da Câmara ser amigo pessoal de Carlinhos Cachoeira, foi flagrado nas 📉 escutas feitas pela PF durante a Operação Monte Carlo recebendo o código de segurança do cartão de crédito de Cachoeira, 📉 para que o deputado pudesse fazer uma compra na Internet.[13]
Leréia também aparece em escuta em diálogos com Wladimir Garcez cobrando 📉 um suposto depósito de R$ 100 mil de Garcez.[14]
O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) foi citado no relatório da Operação 📉 Monte Carlo.
O parlamentar foi flagrado em ligação telefônica pedindo ajuda a Cachoeira.[15]
Jovair Arantes não nega que tenha relações com o 📉 contraventor.
Segundo ele, "todos em Goiás conhecem Cachoeira por ele ser um empresário de sucesso".[15]
" Não vou negar a amizade porque 📉 o cara foi preso.
Eu não era muito próximo, mas o conhecia.
Sou o tipo de cara que não fica procurando se 📉 a pessoa tem problema na vida dela.
Não sei se ele ganhou dinheiro em jogo, se era um negócio legal ou 📉 ilegal.Não me interessa.
Não sei, não me aprofundei nem quero me aprofundar "
O deputado federal Leonardo Vilela (PSDB-GO) foi incluído na 📉 lista de pessoas ligadas a Cachoeira pela Polícia Federal, tendo trocado ligações telefônicas e mantido encontros diretos com o bicheiro.
O 📉 deputado foi ex-secretário de Meio Ambiente do governo de Goiás e era pré-candidato à Prefeitura de Goiânia nas eleições de 📉 2012.
[6] O próprio deputado Leonardo Vilela diz ter feito ligações ao bicheiro.
Em uma das ligações, segundo Leonardo, fez um pedido 📉 de entrevista de emprego para uma pessoa que atuaria numa das empresas de Cachoeira.[6]
O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) aparece 📉 em dois vídeos negociando doação de campanha com Carlinhos Cachoeira.
Na gravação, Cachoeira oferece R$ 100 mil e insinua já ter 📉 contribuído com a mesma quantia em outro momento.[17]
" Eu te ajudei em R$ 100 mil, vou ajudar em mais R$ 📉 100 mil meu "
Otoni disse que o encontro ocorreu em 2004, quando o petista foi candidato a prefeito de Anápolis 📉 (GO):
" Eu tive uma conversa com Carlos Cachoeiro no sentido de tentar ajudá-lo com a empresa dele.
Não foi possível ajudá-lo, 📉 e passei a ser inimigo número um dele."
O deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) foi flagrado negociando diretamente com Cachoeira a 📉 realização de uma concorrência pública.
O deputado admitiu ser amigo de Cachoeira, mas afirmou que cheques mencionados em diálogo (que somavam 📉 R$ 50 mil) eram de uma rádio em que trabalhou e que Cachoeira "estava brincando ao fazer a cobrança de 📉 metade do valor".[18]
Sandes Júnior também pediu a Cachoeira ajuda financeira para bancar pesquisa eleitoral.
Em uma conversa gravada pela Polícia Federal, 📉 o parlamentar recorre ao bicheiro para obter R$ 7 mil para uma sondagem de intenções de votos à Prefeitura de 📉 Goiânia.
Cachoeira, com interesse em contratos no município, trabalhava para emplacar a candidatura do senador Demóstenes Torres nas eleições de 2012, 📉 enquanto Sandes fazia lobby para ser vice de Demóstenes, apontado como favorito em levantamentos internos de partidos aliados.[19]
" Cê não 📉 arruma um patrocinador pra uma pesquisa do Serpes, não? É R$ 7 mil "
Sandes Júnior também pediu a Cachoeira ajuda 📉 para bancar viagem ao exterior do time de futebol em que joga o seu filho adolescente.
O parlamentar apelou (em 28 📉 de abril de 2011) a Carlinhos Cachoeira para que o contraventor conseguisse R$ 150 mil com a cúpula do Laboratório 📉 NeoQuímica de Anápolis (GO), para que os jogadores do Colégio Podium, de Goiânia, participassem de competição em Orlando, nos Estados 📉 Unidos.
O filho de Sandes também viajaria com a equipe.[20]
O deputado já havia sido flagrado na Operação Vegas encomendando a Cachoeira 📉 a importação de equipamentos que, uma vez adquiridos, permitiriam a montagem de uma emissora de rádio.[21]
Sandes Júnior tornou-se alvo de 📉 inquérito no STF e de representação na Corregedoria da Câmara, que pode dar origem a um processo de cassação por 📉 quebra de decoro.[18]
Stepan Nercessian (PPS-RJ) também confirmou ser amigo do contraventor.
[22] Nercessian recebeu R$ 175 mil de Carlinhos Cachoeira, tendo 📉 o deputado admitido à Folha de S.
Paulo que recebeu o dinheiro, e que o valor de R$ 160 mil seria 📉 usado na compra de um apartamento no Rio.
[23][24][25] Stepan disse que o restante, R$ 15 mil, usaria para adquirir entradas 📉 para camarotes na Sapucaí para o Carnaval de 2012.
[24][25] Stepan disse também não se considerar "nenhum criminoso", mas admitiu conhecer 📉 Cachoeira "há mais de 20 anos" e que "sempre teve relação social" com o contraventor.[26]
O ex-deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP) 📉 foi citado em uma gravação interceptada pela PF, durante a Monte Carlo, que indicia Russomanno como relacionado ao esquema operado 📉 pela quadrilha de Cachoeira.
Um relatório da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, revelado pelo jornal Correio Braziliense, mostra que 📉 Russomano é citado em diálogo como detentor de R$ 7 milhões em uma conta que seria operada pelo grupo do 📉 bicheiro.[27]
As escutas telefônicas da operação revelaram que o senador Demóstenes Torres intercedeu diretamente junto a Aécio Neves, para que Aécio 📉 empregasse Mônica Beatriz Silva Vieira, prima de Carlinhos Cachoeira, em um cargo comissionado no governo de Minas Gerais.
O cargo, assumido 📉 em 25 de maio de 2011 por Mônica, foi o de diretora regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social 📉 (Sedese) em Uberaba.
Entre o pedido de Cachoeira a Demóstenes até a nomeação de Mônica, passaram-se 12 dias e 7 telefonemas.[3][28][28]
Aécio 📉 confirmou o empenho em atender à solicitação de Demóstenes, mas alegou desconhecer interesse de Cachoeira na indicação.
[29] Aécio disse também 📉 se sentir "traído" pelo senador Demóstenes Torres e que, na época em que Demóstenes fez o pedido, não sabia do 📉 envolvimento do senador com Cachoeira:[30][31][32]
" Cabe a quem indicou a responsabilidade.
Me sinto traído na minha boa fé.
Nem eu, nem ninguém 📉 no Brasil, há um ano sabia das ligações do senador Demóstenes."
Aécio, antes desta denúncia, solidarizara-se com o senador Demóstenes Torres, 📉 quando do surgimento de acusações a Demóstenes suscitadas pela Operação Monte Carlo:[33]
" Vossa Excelência é um homem digno, sempre agiu 📉 dessa forma em todos os cargos públicos que ocupou.
E digo mais, Vossa Excelência, senador Demóstenes, é dos mais preparados e 📉 destemidos homens públicos deste país.
E, por isso mesmo, dos mais respeitados."
Nesse escândalo, o senador Demóstenes Torres pediu a desfiliação do 📉 DEM-GO por também estar envolvido em relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira desvendadas pela operação.[35]
Wilder Pedro de Morais [ editar | 📉 editar código-fonte ]
Conversas telefônicas usadas pela PF na Operação Monte Carlo mostram que Cachoeira atuou para que Wilder Pedro de 📉 Morais (DEM-GO) fosse o senador suplente de Demóstenes Torres.[36]
Devido à cassação de Demóstenes, no dia 13 de julho de 2012, 📉 Wilder assumiu o mandato no Senado.[37]
Wilder foi secretário de infraestrutura no governo de Marconi Perillo (PSDB) em Goiás e, conforme 📉 as escutas, discutiu com o tucano assuntos tratados anteriormente com o bicheiro.[36]
Wilder é um dos empresários mais ricos de Goiás 📉 e enfrenta também denúncias relativas à omissão de boa parte de seus bens na prestação de contas ao Tribunal Superior 📉 Eleitoral (TSE).
Apenas na Junta Comercial de Goiás, registros mostram que Wilder é sócio-proprietário de 24 empresas.
Na declaração de bens ao 📉 TSE, são listadas somente 15 empresas e um patrimônio de apenas R$ 14,4 milhões.[36]
Agnelo Queiroz (PT-DF), governador do Distrito Federal, 📉 foi citado em gravações da Monte Carlo por membros da quadrilha de Cachoeira como envolvido.
[38] Seu chefe de gabinete, Cláudio 📉 Monteiro, pediu exoneração após ter seu nome citado nas escutas.[39]
Matéria publicada pelo jornal O Estado de S.
Paulo mostra que houve 📉 pedido de Agnelo, assim que eleito, para que convênios do sistema de Limpeza Pública do DF e que beneficiam a 📉 empreiteira Delta, ligada ao esquema, fossem prorrogados.
[40] Apesar de Agnelo inicialmente ter dito que nunca havia se encontrado com Cachoeira,[41] 📉 através de um assessor, Agnelo admitiu ter conversado com Cachoeira em um evento quando era diretor da ANVISA (entre 2007 📉 e 2010), durante o governo Lula.[42]
A chefe de gabinete do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB-GO), Eliane Gonçalves Pinheiro, pediu 📉 demissão após ter tido conversas telefônicas dela com Carlinhos Cachoeira inteceptadas, nas quais, é avisada pelo bicheiro sobre uma ação 📉 da Polícia Federal que seria desencadeada em 13 de maio de 2011 e que tinha como objetivo combater um esquema 📉 de fraudes contra a Receita Federal em diversos estados, incluindo Goiás.
[43] A própria Eliane confirmou que mantém "vínculos de amizade" 📉 que considera "exclusivamente pessoais com pessoas indiciadas" na Operação Monte Carlo.[35]
Os dados, passados a Eliane por Cachoeira, diziam respeito a 📉 alvos da Operação Apate, que investigou no ano passado supostas fraudes tributárias em prefeituras do interior de Goiás.
[35] Antes do 📉 pedido de exoneração, Perillo chegou a defender a brazino777 plataforma chefe de gabinete.
[44][45] Assim como o parlamentar Demóstenes Torres, Eliane usava 📉 um rádio Nextel com linha habilitada nos Estados Unidos para se comunicar com o chefe da máfia dos caça-níqueis em 📉 Goiás.[35]
O próprio Marconi Perillo admitiu conhecer o bicheiro Cachoeira e ter se encontrado com ele por três vezes em "reuniões 📉 festivas", uma delas na casa do senador Demóstenes Torres.
[46][47][48] Em entrevista[49] à TV Anhanguera (afilada da Rede Globo), Marconi atacou 📉 toda a imprensa do Rio de Janeiro e, ao ser questionado se havia vendido uma casa para o bicheiro, respondeu:
" 📉 Eu tenho a informação de que um famoso bicheiro no Rio de janeiro foi preso na casa de um dirigente 📉 de uma grande empresa de televisão do Brasil.
Será que quem vendeu a casa tem culpa disso? "
Relatório da PF (obtido 📉 pela Revista Época) concluiu que, logo após assumir o governo de Goiás, em 2011, Perillo e a Delta firmaram um 📉 compromisso, intermediado por Cachoeira: a Delta receberia em dia o que era devido pelo governo goiano, desde que a construtora 📉 pagasse Perillo.[50]
Em uma das diligências de busca e apreensão da Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, foi encontrado um 📉 vídeo que mostra o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT-TO), negociando com o grupo de Cachoeira.[51]
" Viu Carlinhos, o que 📉 a gente busca é o seguinte.
Nós temos um projeto político, um projeto de poder no Tocantins.
Palmas é um estágio."
Os vereadores 📉 de Goiânia Elias Vaz (PSOL-GO), Santana Gomes (PSD-GO), Maurício Beraldo (PSDB-GO) e Geovani Antônio (PSDB-GO) admitiram ter tido reunião com 📉 Cachoeira.[52]
O vereador de Goiânia Santana Gomes (PSD-GO) é acusado de articular junto a Cachoeira a candidatura de Demóstenes à prefeitura 📉 de Goiânia de 2012.
Santana Gomes foi flagrado (13 de março de 2011) em uma conversa com Cachoeira onde propõe um 📉 café da manhã para o dia seguinte, a fim de combinar "estratégia beleza" para estruturar a candidatura do senador (Demóstenes).[19]
Nos 📉 diálogos, o vereador chama o bicheiro de "chefe" e é objetivo em relação ao propósito da candidatura do senador[19]:
" O 📉 Demóstenes vai ser nosso prefeito, não vai? Nós temos que ter alguém com o poder na mão, chefe."
Ao longo da 📉 conversa, Cachoeira orienta Santana a procurar uma liderança política identificada apenas como "Braga".
O objetivo é garantir a adesão do político 📉 à chapa que seria liderada por Demóstenes.[19]
Túlio Maravilha (PMDB-GO) ex-vereador de Goiânia, teve seu nome citado em telefonemas de Cachoeira, 📉 gravados pela PF entre os dias 11 e 31 de março de 2011.[53]
Túlio pediu a Cachoeira cerca de R$ 30 📉 mil reais, o que foi confirmado por meio de seu advogado, Levy Leonardo, informando, porém, que o dinheiro teria sido 📉 recebido para brazino777 plataforma campanha para deputado estadual, em 2010.[53]
" O Túlio é uma pessoa muito carismática.
Ele se envolve com as 📉 pessoas, conhece bastante gente.
Um dado importante é que Cachoeira é botafoguense.
Pode ter vindo daí esse conhecimento dele com o Túlio.
Mas 📉 envolvimento em negócios, esquemas, nunca houve."
As gravações indiciam também que Túlio queria empregar Cachoeira como funcionário fantasma em seu gabinete.[54]
Wesley 📉 Silva, vereador de Anápolis (PMDB-GO), foi um dos presos pela operação.[55]
Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia (PSDB-GO), foi preso na Operação 📉 Monte Carlo suspeito de fazer parte da quadrilha de Cachoeira.
[56] Em uma das ligações, Wladimir Garcez afirma ter discutido com 📉 ministro da Saúde, Alexandre Padilha, projeto que beneficiaria Cachoeira.[57]
No dia 24 de maio de 2012, Wladimir Garcez fez um discurso 📉 na CPMI sobre brazino777 plataforma ligação com o contraventor, a venda da casa de Marconi Perillo e ligações com políticos importantes, 📉 recusando-se, porém, a responder a perguntas.[58]
" Agi ilicitamente fazendo contatos e apresentando pessoas, aproximando-as, mas não pratiquei qualquer ato, delito, 📉 nem qualquer crime."
Servidores públicos citados [ editar | editar código-fonte ]
Gravações feitas durante a operação mostram suposta influência da organização 📉 criminosa sobre Alencar José Vital, presidente da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), e Ronald Bicca, procurador-geral do Estado de 📉 Goiás.
Segundo os investigadores, os dois eram acionados pelo senador Demóstenes para atender interesses de Cachoeira.[59]
Em gravações da PF, Carlinhos Cachoeira 📉 ordena a Demóstenes Torres que acione o seu irmão, Benedito Torres, procurador-geral da Justiça de Goiás (cargo máximo do Ministério 📉 Público do estado), para resolver assuntos de interesse de Cachoeira.[60]
Em uma das interceptações telefônicas, de maio de 2011, Cachoeira pede 📉 a Demóstenes que consiga um promotor de Justiça goiano com posicionamento público contra a permanência da transportadora Gabardo no Distrito 📉 Agroindustrial de Anápolis.
Cerca de 20 dias depois, Cachoeira telefona para Demóstenes e se queixa de que a procuradora de Anápolis 📉 designada para dar as declarações encomendadas pelo bicheiro não teria se posicionado contra a empresa.
"(.
.
.
) Ela falou 'não, não tenho 📉 nada contra essa empresa aqui não, não vou fazer nada não'", reclamou o Cachoeira.[60]
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) 📉 decidiu no dia 29 de maio de 2012 investigar o envolvimento de Benedito Torres com o grupo comandado por Carlinhos 📉 Cachoeira, uma vez entender haver elementos suficientes para instaurar uma sindicância e aprofundar as apurações de tráfico de influência.[61]
O corregedor 📉 nacional do CNMP, Jeferson Luiz Pereira Coelho, irá acompanhar também a representação encaminhada por promotores à Corregedoria do MP goiano 📉 sobre um suposto esquema de espionagem montado no órgão: membros do Ministério Público denunciaram que um programa de computador oculto 📉 permitia acesso livre e irrestritos às máquinas.
Promotores que atuam no combate ao crime organizado e nas investigações relacionadas à Delta 📉 Construções em Goiás denunciaram ter sido alvo do software espião.[61]
A quebra de sigilo do contador da quadrilha de Carlinhos Cachoeira 📉 mostrou que o escritório particular do subprocurador-geral da República Geraldo Brindeiro recebeu R$ 161,2 mil das contas de Geovani Pereira 📉 da Silva, procurador de empresas fantasmas utilizadas para lavar dinheiro do esquema criminoso.[62]
" Não é possível que um membro do 📉 Ministério Público Federal advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Polícia Federal se arriscam investigando os acusados."
Em uma conversa 📉 entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o 📉 parlamentar afirma a Cachoeira ter trabalhado junto com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes para levar à máxima 📉 corte uma ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg).
No diálogo, que durou pouco menos de quatro minutos e 📉 ocorreu no dia 16 de agosto de 2011, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro ao tratá-lo apenas como "Gilmar".
Considerada por 📉 muitos políticos goianos a "caixa preta" do governo do Estado, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de 📉 R$ 6 bilhões.
Demóstenes disse a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão judicial.[63]
" 📉 "Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar.
Deu repercussão geral pro trem aí" 📉 "
Gilmar Mendes também teria viajado em um jatinho fornecido por Cachoeira, no dia 25 de abril de 2011, quando retornava 📉 da Alemanha ao Brasil, na companhia do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Escutas da Polícia Federal mostram diálogos em que o 📉 ex-funcionário da empreiteira Delta e ex-vereador de Goiânia pelo PSDB, Wladimir Garcez, também preso durante a Operação Monte Carlo, diz 📉 em ligação a Cachoeira que "o Professor (Demóstenes) está querendo vir de São Paulo no avião do Ataíde" e que 📉 "Gilmar" o acompanha.
O documento da PF indaga: "Gilmar Mendes?".[65]
" "é.
.
.
aí eu peguei falei com ele, ele falou não, não 📉 preocupa não que eu organizo.
Porque tá vindo ele e o Gilmar né, porque não vai achar voo sabe." "
O Ministério 📉 Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), em 25 de abril de 2012, deflagrou operação desdobramento da Monte Carlo 📉 (Operação Saint-Michel) que prendeu em Goiânia o ex-diretor da Delta Construções no Centro-Oeste, Cláudio Abreu.[67]
O Serpes, instituto de pesquisas que 📉 atua em Goiás, foi citado na operação em diálogo entre o deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) e Cachoeira, quando Sandes 📉 pedia verba a Cachoeira para encomendar pesquisa de opinião pública a este instituto.
O Serpes confirmou que Sandes Júnior costuma encomendar 📉 levantamentos e que foi feita uma sondagem para a prefeitura de Goiânia[19]
Em laudo da PF, uma das sócias da Serpes, 📉 Ana Cardoso de Lorenzo, aparece como beneficiária de um repasse de R$ 56 mil da Alberto e Pantoja Construções, empresa 📉 acusada de lavar dinheiro no esquema do bicheiro.[19]
Alberto e Pantoja Construções [ editar | editar código-fonte ]
A Alberto e Pantoja 📉 Construções é acusada de lavar dinheiro no esquema de Carlinhos Cachoeira.[19]
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski atendeu 📉 ao pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira e decidiu compartilhar, com a comissão, o inquérito de 📉 número 3.430.
[68][69] Não obstante o processo ter permanecido em segredo de justiça, apenas três horas após o ministro do Lewandowski 📉 decidir compartilhar com o Congresso Nacional o conteúdo do inquérito, um site de notícias publicou a íntegra do documento.
[70][71]Referências[1]