Acampamento Legal é uma série de televisão brasileira produzida pela Casa de Vídeo e exibida pela RecordTV entre 13 de 🏧 agosto de 2001 e 19 de abril de 2002, em 180 episódios.
Foi escrita por Márcio Tavolari, Edison Braga e Armando 🏧 Liguori e dirigida por Edison Braga.[1]
A série apostou em atores mirins que nunca tivesse tido contato com a televisão ainda.
Natália 🏧 Garcia, Robson Barbosa, Talita de Oliveira, Diego Montez, Agata Kissa, Paulo Igor, Amina Karoline, Jessica Carvalho e Lohan Brandão formam 🏧 o grupo das crianças protagonistas que montam o clube no acampamento.
O elenco adulto foi formado por Márcio Ribeiro, Luah Galvão, 🏧 Armando Aliguori, Rodrigo Lombardi, Ivan de Almeida, Cleide Queiroz, Vera kowalska e Marcelo Mansfield nos papeis principais.[2]
Em 2001 Helder Peixoto, 🏧 fundador da produtora Casa de Vídeo, notou que havia uma escassez de teledramaturgia brasileira voltado ao público infantil que unisse 🏧 cultura e educação, uma vez que a TV Cultura não estava produzindo novos conteúdos desde o fim de Castelo Rá-Tim-Bum, 🏧 em 1997.
[3] Além disso, produções voltadas a este público não tiveram continuidade – Chiquititas, do SBT, havia chegado ao fim 🏧 naquele ano sem deixar uma sucessora brasileira e o mesmo aconteceria com Bambuluá, da Rede Globo.
[3] Em co-produção com a 🏧 Central de Produções, as duas produtoras elaboraram a série com profissionais que tinham experiência apenas em campanhas publicitárias ainda, trazendo 🏧 para o projeto Márcio Tavolari, Edison Braga e Armando Liguori, que passariam a escrevê-la.
A RecordTV foi a primeira emissora em 🏧 que a produtora levou o projeto, o qual foi aprovado.[4]
A ideia inicial era de que seria um seriado semanal, porém 🏧 a emissora solicitou que fosse gravado em um molde diário.
[3] As gravações ocorriam em duas etapas, sendo que de segunda 🏧 a sexta-feira a equipe se locomovia para Amparo, no interior de São Paulo, para gravar nos cenários fixos já montados 🏧 em uma fazenda, enquanto outra parte era gravada aos finais de semana em um dos 150 acampamentos no estado cadastrados 🏧 pelas produtoras, utilizando sempre o que estivesse com menor fluxo para facilitar.
[5] Em um dos acampamentos a equipe encontrou destroços 🏧 de um avião antigo, o qual acabou servindo de inspiração para os redatores escreverem uma história em torno para que 🏧 fosse gravado ali.
[5] Outras cidades utilizadas como cenário foram Tatuí, Brotas, também no interior paulista.
[4] Cada capítulo era orçado em 🏧 45 mil reais.[5]
Escolha do elenco [ editar | editar código-fonte ]
"Nós queremos oferecer as vagas para crianças carentes e dar 🏧 oportunidade a estas crianças de também se transformarem em atores-mirins" [ 3 ] - Helder Peixoto, da Casa de Vídeo, 🏧 sobre escolher um elenco infantil desconhecido.
As produtoras optaram por crianças que ainda não tivessem feito trabalhos na televisão, extraídas de 🏧 testes realizados em escolas públicas de São Paulo, alegando que a ideia era dar oportunidade para crianças que desconheciam o 🏧 próprio talento ou ainda não tiveram oportunidade de expo-lo.
[4] Diferente das demais tramas da emissora, que apostavam em nomes conhecidos, 🏧 os atores do elenco adulto foram escolhidos exatamente por não terem trabalhos expressivos na televisão, buscando nomes do teatro para 🏧 a trama infantil, uma vez que a emissora havia desabilitado seu quadro de dramaturgia após Roda da Vida – o 🏧 qual só seria retomado em 2004.[4]
Valéria Sândalo foi escolhida para interpretar a bruxa Odisséia pela experiência que já tinha em 🏧 interpretar personagens fantasiosas no teatro.
[6] Marcelo Mansfield e Márcio Ribeiro também já tinham experiência em programação infantil por terem feito 🏧 parte do Rá-Tim-Bum e X-Tudo, ambos da TV Cultura.
Rodrigo Lombardi, que interpretava o guarda florestal Bob, se tornaria um dos 🏧 principais atores da Rede Globo anos depois, ganhando fama em Pé na Jaca.[7]
Três semanas após o lançamento da série, a 🏧 RecordTV lançou a Revista Acampamento Legal, no qual trazia informações sobre a história, entrevista com elenco e jogos interativos para 🏧 as crianças, além de uma ficha de inscrição, no qual as crianças poderiam concorrer a uma participação especial na trama, 🏧 sendo que uma por semana era sorteada.
[8] Em 2002 a produção realizou um projeto transmídia ao lançar a peça teatral 🏧 de Acampamento Legal, trazendo parte do elenco original da série.
[9] Na trama, a turma do acampamento encontrava uma misteriosa semente 🏧 que, se plantada e florescida, erradicaria o mal do mundo, sendo que as bruxas da história tentavam atrapalhar os planos 🏧 e destruí-las para não se tornarem boas.
[10] A peça trouxe uma tecnologia ainda não realizada no Brasil, que utilizava óculos 🏧 3D para acompanhar os efeitos especiais, como quando as bruxas eram içadas por cabos de aço para simularem que estavam 🏧 voando.[10]
Júlio (Clóvis Gonçalves), Estela (Salete Fracarolli) e Joana (Sílvia Menabó) são três irmãos que não tinham a menor ideia do 🏧 que fazer com a fazenda da família herdada após a morte pais, uma vez que nenhum deles tinha qualquer contato 🏧 com o campo há muitos anos.
Tatá (Márcio Ribeiro), primo dos três, sugere que eles criarem um acampamento interativo, no qual 🏧 os pais poderiam deixar os filhos após o colégio em segurança e no qual as crianças fariam diversas atividades esportivas 🏧 e artísticas, batizando-o de Acampamento Legal.
No local passam a trabalhar o monitor Zé Carlos (Armando Aliguori), o zelador Benê (Ivan 🏧 de Almeida), o guarda florestal Bob (Rodrigo Lombardi), as cozinheiras Chica (Cleide Queiroz) e Landa (Paixão de Jesus), a faxineira 🏧 Cândida (Ju Colombo), o instrutor de esportes Caco (Fábio Di Martino), o professor de música Curió (Luiz Carlos Bahia), além 🏧 de Nelsinho, professor das crianças na escola e de reforço.
A primeira criança a chegar no local é exatamente a doce 🏧 Leo (Natália Garcia), filha de Julio com casa de aposta brasileira ex-mulher, Dolores (Patrícia Pimenta), uma perua arrogante que só pensa em dinheiro 🏧 e não compreende o fato da filha gostar da vida simples do campo.
É com a chegada de Zezé (Luah Galvão) 🏧 que tudo muda.
A moça se torna monitora do local e grande amiga das crianças, que nem imaginam que ela seja, 🏧 na verdade, uma bruxa que fugiu das irmãs Odisséia e Oriléia por querer ser boa.
Junto com Clara (Talita de Oliveira), 🏧 Bento (Diego Montez), Marga (Agata Kissa), Leila (Amina Karoline), Tati (Jessica Carvalho), Felipe (Robson Barbosa), Josiel (Lohan Brandão) e PJ, 🏧 (Paulo Igor), Leo vai viver grandes aventuras que toda magia do acampamento pode proporcionar.
Originalmente a RecordTV pretendia inaugurar o segundo 🏧 horário para produções com Acampamento Legal, a qual seria dedicada apenas para séries e novelas infanto-juvenis, porém com os problemas 🏧 que ocorreram em Roda da Vida, a emissora decidiu manter apenas a faixa de "novela das oito".
[11] A série estreou 🏧 em 13 de agosto de 2001 às 20h quando a sucessora ainda estava no ar, estratégia adotada para aproveitar o 🏧 público de Roda da Vida, que estava na reta final, mantendo as duas no ar por duas semanas, quando a 🏧 segunda chegou ao fim em 31 de agosto, deixando o horário livre para Acampamento Legal.
[12] A trama era reexibida no 🏧 dia seguinte a original as 9h, antes do programa Eliana & Alegria.[4]
Infantil Ator/Atriz Personagem Natália Garcia Maria Leopoldina Hernandez Boaventura 🏧 (Leo) Robson Barbosa Felipe Talita de Oliveira Clara Agata Kissa Margareth (Marga) Paulo Igor Pedro Jonas (PJ) Amina Karoline Leila 🏧 Jessica Carvalho Tatiana (Tati) Lohan Brandão Josiel (Lino) Diego Montez Bento
Ator/Atriz Personagem José Mojica Marins Bruxo-Mór [ 13 ] Bárbara 🏧 Paz Guardiã do Portal Claudionor Erasmo Peixoto Grão Bruxo Sinfrônio Cacá Bloise Menelau Gonzaga Pedrosa Daniel Wagner Maciel Dr.Davi
Acampamento Legal 🏧 manteve uma média de 3 pontos diários em seus dois primeiros meses.
[14] Estes números foram considerados insatisfatórios pela emissora, uma 🏧 vez que casa de aposta brasileira antecessora, a telenovela Roda da Vida, marcava uma média de 5 pontos, o qual já era considerado 🏧 baixo pela direção.
[15] Posteriormente a série conseguiu estabilizar-se e chegou a marcar médias de 8 pontos.
[14] Com isso a emissora 🏧 passou a realizar reprises nas manhãs do dia seguinte, que atingiam 2 pontos.[14]
Recepção da crítica [ editar | editar código-fonte 🏧 ]
Ricardo Feltrin, do jornal Folha de S.
Paulo, deu aval positivo para a trama, comentando que a trama tinha "ótimos atores" 🏧 e "histórias bem inteligentes", notando que isso era algo incomum na teledramaturgia infanto-juvenil e que a emissora tinha acertado em 🏧 apostar em algo mais educativo.
[16] Silvia Ruiz, do portal Terra, disse que Acampamento Legal tinha "tudo para conquistar a criançada 🏧 que, em grande parte das vezes, manda no controle remoto nas primeiras horas da noite", elogiando as temáticas sobre aventura, 🏧 luta do bem contra o mal e elementos mágicos, dizendo que era algo clássico para atrair as crianças.
A jornalista comparou 🏧 a trama com Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, dizendo que estava ainda longe da qualidade desta, porém dizendo também que 🏧 era superior a Chiquititas, do SBT.[8]
Em março de 2002 os autores e atores da série entraram com uma ação judicial 🏧 contra as produtoras Casa de Vídeo e Central de Produção, alegando que os salários não eram pagos desde outubro de 🏧 2001 e que, por diversas vezes, os produtores alegaram que iam quitar os atrasados e não cumpriram, pedindo também que 🏧 a RecordTV retirasse a série do ar.
[17][18] Os representantes da Casa de Vídeo alegaram que a responsabilidade era da Central 🏧 de Produções, que não havia conseguido captar recursos suficientes.
[17] Apesar da RecordTV apenas comprar os direitos de transmissão da série 🏧 e não ter nenhuma ligação com casa de aposta brasileira realização, a emissora decidiu pagar os salários atrasados por conta própria, porém rompeu 🏧 o vínculo com as produtoras e o projeto acabou cancelado.[17]Referências