O time da Chapecoense , que nessa Copa Sul-Americana de futebol disputava pela primeira vez a final de um campeonato 🌛 internacional, estava pronto para fazer história .
E um grupo de jornalistas especializados estava a postos para contá-la ao mundo, até 🌛 que o acidente aéreo que os vitimou junto a jogadores e técnicos do clube trouxe a esse relato o pior 🌛 desfecho.
Incluindo a tripulação, morreram 71 pessoas e outras seis ficaram feridas.
Nesta virada de segunda para terça-feira, o futebol brasileiro viveu 🌛 uma grande tragédia a ser superada, e o jornalismo de esportes no país também.
Havia 20 membros da imprensa a bordo 🌛 do avião da companhia boliviana LaMia avariado entre as cidades de La Unión e La Ceja del Tambo, a 40 🌛 km de Medellín, na Colômbia – onde aconteceria nesta quarta-feira, 30 de novembro, a partida de ida dessa fase final.
Apenas 🌛 Rafael Henzel Valmorbida, repórter da rádio Oeste Capital de Chapecó, sobreviveu.
Ainda no aeroporto de São Paulo, Henzel, de 43 anos, 🌛 publicou nas suas redes sociais fotos dos jogadores dentro da aeronave e um vídeo com o jogador Neto, que falou 🌛 da emoção de participar da competição internacional.
Agora, segundo informações de uma parente à rádio CBN, se recupera de uma fratura 🌛 na perna e de um traumatismo no tórax, depois de passar por uma cirurgia no hospital de La Ceja.
A maior 🌛 equipe presente no avião representava a sucursal nacional do canal Fox Sports, que detém com exclusividade os direitos de exibição 🌛 do campeonato no país – e por isso viajava em peso.
Dela fazia parte Mário Sérgio, ex-jogador e ex-treinador de 66 🌛 anos que havia se tornado um dos maiores nomes da cobertura de futebol.
O comentarista carioca, cujo auge como meiocampista foi 🌛 o título brasileiro invicto de 1979 pelo Sport Club Internacional, era famoso pelo temperamento forte e estilo direto de se 🌛 comunicar.
Tinha contrato com a Fox até a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
Também viajavam pelo canal Victorino Chermont, de 🌛 43 anos, um dos mais destacados repórteres de campo do futebol nacional com passagens pela Rádio Globo e pela SporTV; 🌛 o narrador Devair Pascholan, de 51 anos, que começou a carreira na extinta TV Manchete e passou pela SporTV antes 🌛 de chegar à Fox; o jornalista Paulo Julio Clement, que atuou vários anos na imprensa escrita e foi diretor de 🌛 esportes do Sistema Globo de Rádio; o repórter cinematográfico Rodrigo Santana Gonçalves, de 35 anos; e o coordenador de transmissões 🌛 externas Lilácio Pereira Jr.
, conhecido por Jumelo.
Rafael Henzel publicou vídeo com o jogador Neto.Reprodução/Facebook
Na nota de pesar que divulgou em 🌛 função do acidente, o Fox Sports fala em "consternação".
"Em meio a uma profunda tristeza e consternação pelo ocorrido, estamos atentos 🌛 a todas as informações que surgem minuto a minuto, o FOX Sports se solidariza e acompanha as famílias dos nossos 🌛 profissionais e colegas do FOX Sports Brasil, dos jogadores do clube Chapecoense e daqueles que perderam suas vidas nesta tragédia 🌛 para a comunidade do futebol latino-americano", diz o texto assinado pelo presidente do grupo na América Latina, Carlos Martínez.
O mesmo 🌛 fez a Globo, que em nota oficial lamentou a morte de três colaboradores.
"Os nossos repórteres Guilherme Marques e Guilherme Laars 🌛 e o repórter cinematográfico Ari de Araújo Jr.
estavam no voo com o time da Chapecoense.
Eles preparavam uma matéria especial para 🌛 o Esporte Espetacular.
Neste momento de dor e expectativa, aguardamos notícias oficiais das autoridades colombianas e prestamos toda a solidariedade às 🌛 famílias de nossos colaboradores e amigos", manifestou a emissora.
A RBS, filiada da Globo no sul do país, perdeu cinco funcionários.
"A 🌛 RBS lamenta informar que os profissionais André Podiacki, Giovane Klein, Bruno Silva, Djalma Araújo Netto e Laion Espíndula estavam no 🌛 voo que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia.
As empresas, em Santa Catarina (Grupo NC) e no Rio Grande 🌛 do Sul (Grupo RBS), estão oferecendo apoio às famílias neste momento e seguem na busca por informações oficiais sobre a 🌛 situação dos colaboradores", disse o canal.
Os demais jornalistas mortos no acidente são Laion Espíndola, do portal GloboEsporte.
com, Gelson Galiotto e 🌛 Edson Ebeliny, da Rádio Super Condá, Fernando Schardong e Douglas Dorneles, da Rádio Chapecó, Jacir Biavatt, da rádio Vang FM, 🌛 e Renan Agnolin, colega do sobrevivente Rafael Henzel na rádio Oeste Capital.
O narrador Ivan Carlos Agnoletto, da Rádio Super Condá, 🌛 não embarcou de última hora.
Ele disse ao portal G1 que cedeu seu lugar no voo para o colega Gelson Galiotto, 🌛 que sonhava em cobrir uma final internacional.
"Eu estava escalado para o jogo, mas meu colega tinha esse desejo de fazer 🌛 uma final internacional.
Quando falei para o Gelson Galiotto que ele ia, nem acreditou: 'Sério ? Eu vou mesmo?' Era o 🌛 sonho dele", disse Agnoletto ao portal.
Diferentes associações de imprensa lamentaram as perdas.
É uma prática corrente que jornalistas viajem em voos 🌛 que transportam equipes de futebol para disputar torneios nacionais e internacionais, sejam eles fretados ou comerciais.
Além disso, como escreveu Roberto 🌛 Vieira no Blog do Juca Kfouri, "não existiria futebol moderno sem aviões".
Tampouco existiria imprensa.