É inegável que a atividade física contribui para nosso bem-estar físico e psíquico.
Mas, quando desempenhada pelas crianças – que ainda📈 estão em fase de desenvolvimento -, os benefícios da prática esportiva são muito mais intensos.
Além dos ganhos físicos, as atividades📈 coletivas, por exemplo, têm a capacidade de contribuir para o amadurecimento do pequeno e de ajudá-lo a lidar melhor com📈 frustrações, reforça Danielle Admoni, psiquiatra geral da Infância e Adolescência e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Entre alguns dos📈 proveitos dos esportes para as crianças, podemos citar:
Eles contribuem para o crescimento e para a elasticidade corporal;
Desenvolvimento da coordenação motora;
Aumento📈 da força muscular;
Eles ajudam a criança a lidar com regras, hierarquias e limites, além de saber quando é "a sua📈 vez";
Incentivo ao respeito do tempo e do espaço;
Estímulo à convivência com outras crianças e adultos, principalmente nos esportes coletivos.
Por isso,📈 a partir do momento que o pequeno demonstra maturidade física e social, é possível (e muito benéfico) incentivá-lo na prática📈 de esportes.
Neste guia, separamos algumas dicas para isso!
A hora de apresentar o esporte à criança
Em primeiro lugar, precisamos entender as📈 capacidades de cada idade.
"Crianças pequenas ainda não conseguem se relacionar ou respeitar algum tipo de regra.
Não dá para incentivá-las a📈 participar de jogos que requerem bastante atenção e concentração.
Já os filhos maiores vão ficar desestimulados em fazer atividades que não📈 os desafiam.
Por isso, a idade é muito importante ao escolher um esporte para as crianças", indica Danielle.
Além disso, existe o📈 limite de cada um.
Há aqueles que naturalmente são mais competitivos e outros que preferem atividades tranquilas, como alongamentos.
O ideal é📈 respeitar a opinião e a vivência da criança.
"Mais do que tudo, entenda a capacidade, a condição, as escolhas e vontades📈 do seu filho.
Os pais podem oferecer qualquer atividade, pois a criança não a conhece, mas ela que irá dizer se📈 gosta ou não", reforça a psiquiatra.
O que seria ideal para cada idade?De 2 a 5 anos
Nesta faixa etária, a especialista📈 afirma que as atividades indicadas são aquelas que não dependem da coordenação motora totalmente desenvolvida e requerem apenas habilidades básicas,📈 entre elas correr, nadar, rolar, jogar e pegar objetos.
"Nessa idade, as habilidades podem ser aperfeiçoadas, mas não dependem de um📈 esporte organizado e com regras.
As atividades devem ser estimuladas por meio de demonstrações e ter tempo pré-determinado.
Evite esportes competitivos e,📈 de preferência, participe com seu filho", explica Danielle.
De 6 a 9 anos
Para estas crianças, os esportes mais adequados são os📈 que possuem regras flexibilizadas e exijam habilidades mais básicas.
Podem ser corridas, natação, pedaladas, artes marciais, ginástica olímpica, dança, futebol e📈 tênis, por exemplo.
"A maioria das crianças desta idade já terá habilidades motoras suficientes para esportes mais organizados, com regras e📈 em grupo.
Mas é possível que elas ainda não consigam entender ou lembrar de todas as estratégias da equipe.
As regras devem📈 ser adaptadas para promover ação e participação.
Não foque em competitividade, mas no desenvolvimento de novas habilidades", recomenda.
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Portanto,📈 evite esportes complexos, que precisam de tomada de decisão rápida, reflexos apurados e estratégias de equipe, como basquete, handebol e📈 vôlei.
De 10 a 12 anos
As atividades complexas são bem-vindas nesta faixa etária.
Mas o foco ainda deve se manter no desenvolvimento📈 das habilidades motoras e na diversão – não na competitividade.
Sem falar que o ideal é que as crianças joguem com📈 outras no mesmo estágio de desenvolvimento ou pratiquem atividades que não levem o tamanho em consideração (tênis, natação, artes marciais,📈 ginástica olímpica e dança são exemplos dados pela especialista).
Como ajudar na escolha?
O ideal é oferecer e apresentar o esporte para📈 a criança e deixar que ela decida.
"Proponha algo que caiba para o seu filho.
Não adianta oferecer atividades não têm nada📈 a ver com a idade ou o gosto dele.
A partir daí, você pode ir incentivando a prática", orienta a psiquiatra.
O📈 exemplo dentro de casa é sempre o mais importante para garantir a motivação.
"Pais que praticam alguma atividade física, jogam e📈 mantêm o estilo de vida ativo e saudável são um exemplo muito melhor do que o falado.
Quando a família se📈 propõe a fazer isso, a criança acaba entrando na boa prática", explica Danielle.
Faça o esporte ser parte do ambiente familiar,📈 seja praticando atividades em família, apoiando o filho em jogos e competições, seja conversando sobre ídolos e atletas favoritos.
Tudo bem📈 se a criança desistir.
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É de extrema importância que o esporte seja prazeroso.
Assim, garantimos todos os ganhos psíquicos da atividade física.
"Quando📈 praticamos algo de que não gostamos, podemos até obter os benefícios físicos.
Mas se a criança faz algo 'obrigada', a longo📈 prazo acabamos vendo uma alteração de comportamento em relação a isso", observa a psiquiatra.
Esses são alguns possíveis sinais de insatisfação📈 dos pequenos:
Reclamar que está muito cansado ou que apresenta dores indiretas;
Inventar desculpas para não ir aos treinos;
Verbalizar, de uma maneira📈 indireta, que não gosta do professor, da quadra, entre outros.
Aí talvez seja a hora de oferecer alguma outra opção para📈 ele.
"Nada é definitivo, a criança pode retomar a atividade depois, o importante é sempre praticar algo e que isso seja📈 prazeroso para ela", finaliza Danielle.
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