Nota: Para competições de automóveis esporte, veja Para competições de automóveis esporte, veja Corrida de carros esporte
Automóvel desportivo (português europeu) 💳 ou automóvel esportivo (português brasileiro) (em inglês: Sports car), ou mais popularmente no Brasil carro esportivo, é geralmente um automóvel 💳 pequeno, de dois lugares e duas portas, desenhado para resposta rápida, fácil maneabilidade, e condução de alta velocidade.[2][3]
De acordo com 💳 o dicionário Merriam-Webster, o primeiro uso conhecido do termo carro esportivo ocorreu em 1928.[2]
Carros esporte podem ser simples ou luxuosos, 💳 mas as características de grande manobrabilidade e baixo peso são requisitos essenciais.[4]
Eles podem ser equipados para corridas, "especialmente na parte 💳 aerodinâmica fazendo dele um carro de um ou dois lugares com baixo centro de gravidade e sistema de direção e 💳 suspensão projetadas para controle preciso em altas velocidades".[5]
A definição de um carro esportivo não é muito precisa, mas desde os 💳 primeiros automóveis, "as pessoas encontravam meios para que eles andassem mais rápido, contornassem melhor as curvas e parecessem mais bonitos" 💳 que os modelos "normais de produção", criando uma relação emocional com o veículo que era mais divertido de guiar.[6]
A base 💳 dos carros esportivos foi esboçada no início do século XX com os carros de turismo e os roadsters.
Eles correram nos 💳 primeiros ralis, como: o Herkomer Cup, o Prinz Heinrich Fahrt e o Rali de Monte Carlo.[7]
O termo carro esportivo só 💳 foi utilizado depois da Primeira Guerra Mundial,[7] e os primeiros carros esporte são considerados como tendo sido: o Vauxhall Prince 💳 Henry, um 3 litros de 1910 de 20 hp e o Austro-Daimler 27/80PS projetado por Ferdinand Porsche.[7]
A estes, logo depois 💳 se juntaram: o francês DFP, que se tornou um carro esportivo depois da otimização feita por Horace Millner (H.M.
) e 💳 Walter Owen Bentley (W.O.
), e também o Rolls-Royce Silver Ghost.
Nos Estados Unidos, onde esse tipo de automóvel era chamado de 💳 roadster, speedster, runabout, ou raceabout, existiam os modelos menores: Apperson, Kissel, Marion, Midland, National, Overland, Stoddard-Dayton, e Thomas; além dos 💳 maiores: Chadwick, Mercer, Stutz, e Simplex.[7]
Em 1921, a Ballot apresentou seu modelo "2LS", com um notável motor DOHC de 2 💳 litros e 75 hp, projetado por Ernest Henry, ex-responsável pelo programa Grand Prix da Peugeot, com velocidade máxima de 150 💳 km/h, cem deles foram construídos em quatro anos.
A ele se seguiram os modelos SOHC 2LT e 2LTS.
Ainda no ano de 💳 1921, Benz construiu um modelo 28/95 PS supercomprimido para a XII Coppa Florio, na qual Max Sailer chegou em segundo 💳 e estabeleceu a volta mais rápida com 1h47'06" e 60,504 km/h.[7]
Em 1924, a Simson apresentou um modelo projetado por Paul 💳 Henze, o Simson Supra Type S, um 2 litros DOHC em duas versões: a tourer mais longa que chegava a 💳 120 km/h e a sporter, mais curta e com dois carburadores que chegava a 115 km/h.
Apenas trinta foram vendidos, contra 💳 cerca de trezentos do modelo SOHC e os 750 do modelo OHV Tipo R.
A Duerkopp também apresentou um modelo 2 💳 litros com motor Zoller-blown em 1924.[7]
O ano de 1925, foi pouco produtivo para carros esportivos.
Como os carros de quatro lugares 💳 eram mais lucrativos, os de dois lugares ficavam cada vez mais a cargo dos fabricantes especializados, como a Alvis, a 💳 Aston Martin e a Frazer-Nash, todas com baixo orçamento, seguidores fanáticos e vendas limitadas (fenômeno que ocorre até os dias 💳 de hoje com a Aston e a Morgan).
No período entre 1921 e 1939, 350 Astons foram construídos; e 323 Frazer-Nashes 💳 entre 1924 e 1939.[7]
Já no final da década de 1920, a AC Cars produziu um seis cilindros de 2 litros, 💳 a Nazzaro tinha um modelo de três válvulas OHC (até 1922), enquanto os fabricantes franceses: Amilcar, Bignan e Samson, além 💳 da franco-espanhola Hispano-Suiza, tinham os típicos esportivos pequenos de quatro cilindros, enquanto a Delage, a Hotchkiss e a Chenard-Walcker, os 💳 grandes "tourers".
A Benz, apresentou os potentes SS e SSK, e a Alfa Romeo, o modelo 6C projetado por Vittorio Jano.[7]
Duas 💳 empresas se solidificaram na produção de carros esportivos nesse período: a Austin com o modelo "Seven" e a Morris Garages 💳 (MG) com o modelo Midget.
O "Seven" foi rapidamente "incrementado" (como viria a acontecer com o "Fusca" anos mais tarde), por 💳 várias outras companhias, como a Bassett e a Dingle (Hammersmith, Londres); em 1928, um motor Cozette blower foi adaptado ao 💳 Seven Super Sports, enquanto Cecil Kimber adaptou um motor Minor de 847 cc, e vendeu mais Midgets no primeiro ano 💳 do que toda a produção da MG até então.[7]
O carro esporte: Porsche 911.
Um carro esporte Porsche 959, com motor traseiro 💳 e tração nas quatro rodas.
O tipo de tração e a disposição do motor influenciam significativamente as características de controle de 💳 um automóvel, e são de importância crucial no projeto de um carro esportivo.
Diferente dos carros de produção em série mais 💳 comuns, cuja configuração mais utilizada hoje em dia é a de motor e tração na dianteira, a disposição mais comum 💳 nos modelos esportivos é a de motor na dianteira e tração na traseira (FR) desde quando eles surgiram, até os 💳 dias de hoje.
Exemplos incluem o Caterham 7, o Mazda MX-5, e o Chevrolet Corvette.
Mais especificamente, muitos carros esportivos usam a 💳 disposição FMR, sendo o "M" de "midle", ou seja: o motor fica na frente mas entre o eixo dianteiro e 💳 o painel corta-fogo.
Na busca de um melhor controle e balanceamento de peso, outras disposições podem ser usadas.
A disposição RMR por 💳 exemplo, com motor na traseira (a frente do eixo traseiro) e tração traseira, só é de uso comum em carros 💳 esporte, e nessa disposição, o motor é montado próximo e logo atrás do condutor, sendo a tração aplicada apenas nas 💳 rodas traseiras, Alguns fabricantes de carros esporte de alta performance, como Ferrari e Lamborghini tem preferido essa disposição.
A Porsche é 💳 um dos poucos fabricantes a usar a disposição RR, com o motor pouco atrás do eixo traseiro e tração nas 💳 rodas traseiras.
A distribuição do peso do motor através das rodas num Porsche 911 por exemplo, proporciona uma tração excelente, mas 💳 com o peso concentrado na traseira, esses carros tem a tendência de "sair de traseira" nas curvas.
A Porsche tem melhorado 💳 o projeto de forma contínua (em termos de distribuição de peso, estrutura da suspensão, largura dos pneus e aerodinâmica) e 💳 nos anos recentes incluiu controles eletrônicos de tração e de direção para diminuir os efeitos dessa característica.[8]
A disposição com motor 💳 e tração frontais (FF) á a utilizada na maior parte dos carros atuais, e no caso dos esportivos, nos esporte 💳 compactos e hot hatches, não é comum nos carros esporte.
Essa disposição é vantajosa para carros esporte pequenos, leves e de 💳 baixa potência, evitando o peso extra, a perda de potência e os eventuais problemas dos componentes de um sistema de 💳 transmissão para a traseira.
No entanto, o peso concentrado na dianteira faz com que os carros com essa disposição tenham a 💳 tendência de "sair de frente" nas curvas, característica que a maioria dos pilotos não deseja.
Exemplos de carros esporte com essa 💳 disposição são: a Fiat Barchetta, o Saab Sonett e os carros da Berkeley Cars.
Antes dos anos 80, poucos carros esportivos 💳 usavam tração nas quatro rodas, que normalmente envolvia um aumento de peso considerável.
Apesar de não ser um carro esporte, o 💳 Audi Quattro provou o seu valor em ralis.
Com a melhoria da tração, principalmente em condições climáticas adversas, o uso de 💳 tração nas quatro rodas se tornou mais comum em carros esportivos de maior potência, como os da Porsche e da 💳 Lamborghini, e o Bugatti Veyron.
Alguns carros esporte possuem pequenos bancos traseiros que servem apenas para bagagem ou crianças pequenas.
Esse tipo 💳 de configuração é conhecido como: 2+2 (dois assentos "normais" + dois assentos "ocasionais").
O arranjo típico dos carros esporte é de 💳 apenas dois lugares.
Ao longo dos anos, alguns fabricantes de carros esporte tentaram aumentar o uso prático desses veículos aumentando o 💳 espaço para os assentos.
Um método é colocar o assento do motorista no centro do carro, permitindo mais dois assentos "normais" 💳 de cada lado e um pouco atrás do motorista.
Esse arranjo foi originalmente considerado para o Lamborghini Miura, mas foi abandonado 💳 devido à dificuldade para o motorista entrar e sair do veículo.
A McLaren usou esse arranjo no seu modelo F1.
Uma outra 💳 fabricante britânica, a TVR, tentou uma outra alternativa no seu modelo Cerbera.
O interior foi projetado de tal forma que o 💳 painel do lado do passageiro da frente deslizasse para a frente, o que permitia que ele se sentasse mais à 💳 frente do motorista.
Isso dava espaço suficiente no banco de trás para acomodar três adultos e uma criança.
Esse arranjo foi denominado 💳 pela empresa como: 3+1.
Alguns carros esporte da Matra tinham três assentos lado a lado.
Um carro pode ser um veículo com 💳 características esportivas sem ser um carro esporte.
Modificações de aumento de performance em carros de produção, tais como: esporte compacto, esporte 💳 sedan, muscle car, hot hatches e outros assemelhados, geralmente não são considerados carros esporte apesar de compartilhar algumas características destes.
Eles 💳 são chamados de "carros esporte" a título de marketing ou por motivos promocionais.
[10] Carros de alta performance de várias configurações 💳 são referidos como Esporte Protótipo, Esporte GT ou Esporte de alta performance.
Referências