Psicologia do Esporte: surgimento, evolução e consolidação La Psicología del Deporte: surgimiento, evolución y consolidación *Profª Assistente.
Departamento de Educação.
Campus Universitário 🌛 Darcy Ribeiro Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros **Prof.Assistente.
Hospital Universitário Clemente Faria, Montes Claros ***Profª Adjunta.
Departamento de Educação.
Campus Universitário 🌛 Darcy Ribeiro Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros Simone Vilas Trancoso Souza* Linton Wallis Figureiredo Souza** Juliane Leite Ferreira*** 🌛 simone.vilasyahoo.com.
br (Brasil) Resumo A Psicologia do Esporte tem como objetivo auxiliar técnicos e atletas a entender e solucionar suas dificuldades 🌛 psicológicas e sociais, sendo uma tarefa específica do psicólogo do esporte, é ajudar emocionalmente os atletas nas fases de insegurança,treinamento 🌛 e autoconhecimento, a fim de que eles possam encontrar rapidamente a escandalo casa de apostas segurança e autoconfiança, de tal forma que possam 🌛 realizar suas possibilidades máximas de rendimento na competição.
Relacionada à Educação Física e à Fisioterapia, a Psicologia do Esporte tem buscado 🌛 ser reconhecida, atualmente, como uma disciplina da Psicologia, entendida como Psicologia aplicada.
Tradicionalmente, porém, o que acontece é a relativa ausência 🌛 da disciplina nas grades curriculares dos cursos de graduação em Psicologia no Brasil.
Como área de produção acadêmica e de atuação 🌛 profissional, a Psicologia do Esporte tem ainda um longo caminho a percorrer, se considerarmos o que já foi feito e 🌛 o muito que ainda temos a construir, dada a amplidão e complexidade do mundo esportivo.
Unitermos: Psicologia.Esporte.Educação.EFDeportes.
com, Revista Digital.
Buenos Aires, Año 🌛 16, Nº 161, Octubre de 2011.http://www.efdeportes.com/1 / 1Introdução
Atualmente, afirma-se que é de vital importância a administração dos níveis das emoções 🌛 através da preparação psicológica, para que estas funcionem como aliadas ao desempenho esportivo.
E que, provavelmente, o diferencial entre a vitória 🌛 e a derrota em uma competição encontra-se nesta preparação.
Diante do equilíbrio técnico alcançado por atletas e equipes de alto rendimento, 🌛 os aspectos emocionais têm sido considerados como um importante diferencial nos momentos de grandes decisões.
Partindo desta afirmação, conclui-se a importância 🌛 em relatar brevemente e bibliograficamente, o surgimento, evolução e consolidação da Psicologia do Esporte.
O esporte é uma atividade através da 🌛 qual, se experimentam e se conhecem as emoções com intensidade, portanto os processos emocionais podem prejudicar ou ajudar a ação 🌛 esportiva, implicando não só na preparação física e psicológica dos atletas, mas também em suas relações humanas e sociais.
A Psicologia 🌛 do Esporte tem como objetivo auxiliar técnicos e atletas a entender e solucionar suas dificuldades psicológicas e sociais, sendo uma 🌛 tarefa específica do psicólogo do esporte, é ajudar emocionalmente os atletas nas fases de insegurança, treinamento e autoconhecimento, a fim 🌛 de que eles possam encontrar rapidamente a escandalo casa de apostas segurança e autoconfiança, de tal forma que possam realizar suas possibilidades máximas 🌛 de rendimento na competição.
Histórico
Esporte e psicologia começaram a ter uma relação mais estreita no final do século XIX e início 🌛 do século XX, quando alguns estudiosos resolveram pesquisar os efeitos dos aspectos psicofisiológicos sobre as atividades físicas e esportivas, sendo 🌛 Coleman Griffith apontado como aquele que realmente deu a partida na Psicologia do Esporte norte-americana, destacando-se entre os trabalhos que 🌛 escreveu o estudo "Psicologia de Atletas" (1928).
Durante os anos 60 a Psicologia do Esporte vive uma fase de grande produção 🌛 e a relação de nomes como Cratty, Oxendine, Solvenko, Tutko, Olgivie, Singer e Antonelli, que marcaram a história da área 🌛 com contribuições voltadas para a psicologia social na atividade física e esporte, culminando em várias publicações que influenciam trabalhos até 🌛 os dias de hoje (Willians et al, 1991).
Foi também durante esse período que se organizou a primeira instituição com o 🌛 objetivo de congregar pessoas interessadas na psicologia do esporte.
Surgiu, então, a International Society of Sport Psychology (ISSP), que além de 🌛 ter como principal publicação o International Journal of Sport Psychology, passou a realizar reuniões bienais com o objetivo de divulgar 🌛 trabalhos na área, além de promover o intercâmbio entre os investigadores.
Preocupados com distanciamento que a ISSP vinha tomando da área 🌛 acadêmica, um grupo de pesquisadores fundou, em 1968, a North American Society for the Psychology of Sport and Physical Activity 🌛 (NASPSPA), cujo foco de estudo e atuação recaía sobre aspectos do desenvolvimento, da aprendizagem motora e da psicologia do esporte, 🌛 tendo como principal periódico o Journal of Sport and Exercise Psychology.
Observamos, assim, o surgimento e desenvolvimento de um campo denominado 🌛 Psicologia do Esporte, muito próximo da atividade física e do lazer, sendo inclusive componente curricular dos cursos de Educação Física, 🌛 porém, mantendo um distanciamento da Psicologia enquanto 'ciência mãe'.
Interação multidisciplinar em atividades desportivas
Relacionada à Educação Física e à Fisioterapia, a 🌛 Psicologia do Esporte tem buscado ser reconhecida, atualmente, como uma disciplina da Psicologia, entendida como Psicologia aplicada.
Tradicionalmente, porém, o que 🌛 acontece é a relativa ausência da disciplina nas grades curriculares dos cursos de graduação em Psicologia no Brasil.
Recentemente a tendência 🌛 tem sido a elaboração de uma 'Ciências do Esporte', que congregaria então a Biomecânica, a Sociologia, a Antropologia, a Medicina 🌛 e a Psicologia do Esporte, bem como outros campos do saber diretamente voltados para a prática esportiva (DISHMAN, apud RUBIO, 🌛 2000).
Considerada então como uma sub-área das Ciências do Esporte e ao mesmo tempo uma especialidade da Psicologia, a Psicologia do 🌛 Esporte vem se ocupando apenas de certos aspectos da Psicologia em geral.
A clivagem aparece sobretudo na dicotomia construção teórica/pesquisa versus 🌛 aplicação prática/intervenção psicológica, onde há uma concentração "na importância de variáveis independentes que influenciam a 'performance' (RUBIO, 2000).
Assim, temos assistido 🌛 nesta última década a uma 'descoberta' da Psicologia do Esporte como área de atuação emergente para psicólogos que, diante de 🌛 uma demanda crescente, enfrentam grandes dificuldades para intervir adequadamente, já que os cursos de graduação em Psicologia ainda não formam 🌛 nem qualificam o graduando para esta possibilidade de prática.
Temas como motivação, personalidade, agressão e violência, liderança, dinâmica de grupo, bem-estar 🌛 psicológico, pensamentos e sentimentos de atletas e vários outros aspectos da prática esportiva e da atividade física têm requerido estudo 🌛 e atuação de profissionais da área, visto que o nível técnico de atletas e equipes de alto rendimento está cada 🌛 vez mais equilibrado, dando ênfase especial à preparação emocional, tida como o diferencial.
No Brasil, é interpretada como um produto da 🌛 década de 1980.
A partir de então, uma rápida evolução foi percebida, com o surgimento de novos pesquisadores, instituições e laboratórios 🌛 que deram à Psicologia do Esporte o suporte necessário para a escandalo casa de apostas inclusão definitiva no cenário esportivo competitivo (RUBIO, 2000).
A 🌛 Psicologia do Esporte, que apesar de ter seu início vinculado a trabalhos realizados há mais de um século, no Brasil 🌛 ainda é vista como uma novidade pelos profissionais do esporte, sejam eles atletas, técnicos e dirigentes, que não têm clareza 🌛 de que maneira essa intervenção pode ajudá-los a aumentar o rendimento esportivo ou superar situações adversas.
Áreas de atuação da Psicologia 🌛 do Esporte
O marco da recente história da Psicologia do Esporte tem seu início nos anos 50.
O primeiro livro de Psicologia 🌛 do Esporte foi realizado em 1962 por Athayde Silva e Emílio Mira (apud RUBIO, 2000).
Em 1974 João Carvalhães, o primeiro 🌛 psicólogo a atuar num clube de futebol, escreve "Psicologia no Futebol" (A.
Machado, 1997; Rubio, 1999).
Com a explosão de práticas psicológicas 🌛 ligadas ao meio esportivo e mirando-se pelas instituições existentes em outros países, é criada a Sociedade Brasileira de Psicologia do 🌛 Esporte em 1979.
Na década de 90, novo impulso é dado a este campo com o representativo aumento de profissionais, com 🌛 a publicação de trabalhos científicos e o crescimento do número de pós-graduações latu sensu na área.
O primeiro laboratório é criado 🌛 pelo professor Dietmar Salmuski, na Universidade Federal de Minas Gerais.
Samulski (1992) destaca a necessidade de uma formação abrangente apontando como 🌛 sendo quatro os campos de aplicação da Psicologia do Esporte:
O esporte de rendimento que busca a otimização da performance numa 🌛 estrutura formal e institucionalizada.
Nessa estrutura o psicólogo atua analisando e transformando os determinantes psíquicos que interferem no rendimento do atleta 🌛 e/ou grupo esportivo.
O esporte escolar que tem por objetivo a formação, norteada por princípios sócio-educativos, preparando seus praticantes para a 🌛 cidadania e para o lazer.
Neste caso, o psicólogo busca compreender e analisar os processos de ensino, educação e socialização inerentes 🌛 ao esporte e seu reflexo no processo de formação e desenvolvimento da criança, jovem ou adulto praticante.
Já o esporte recreativo 🌛 visa o bem-estar para todas as pessoas.
É praticado voluntariamente e com conexões com os movimentos de educação permanente e com 🌛 a saúde.
O psicólogo, nesse caso, atua na primeira linha de análise do comportamento recreativo de diferentes faixas etárias, classes sócio-econômicas 🌛 e atuações profissionais em relação a diferentes motivos, interesses e atitudes.
Por fim o esporte de reabilitação desenvolve um trabalho voltado 🌛 para a prevenção e intervenção em pessoas portadoras de algum tipo de lesão decorrente da prática esportiva, ou não, e 🌛 também com pessoas portadoras de deficiência física e mental.
A Psicologia do Esporte tem como meio e fim o estudo do 🌛 ser humano envolvido com a prática de atividade física e esportiva competitiva e não competitiva.
Esses estudos podem abarcar os processos 🌛 de avaliação, as práticas de intervenção ou a análise do comportamento social que se apresenta na situação esportiva a partir 🌛 da perspectiva de quem pratica ou assiste ao espetáculo (Azevedo Marques & Junishi, 2000; Markunas, 2000; Martini, 2000).
Conclusão
Como área de 🌛 produção acadêmica e de atuação profissional, a Psicologia do Esporte tem ainda um longo caminho a percorrer, se considerarmos o 🌛 que já foi feito e o muito que ainda temos a construir, dada a amplidão e complexidade do mundo esportivo.
Certamente, 🌛 nessas últimas décadas acumulou-se muita informação sobre indivíduos e grupos que praticam esporte ou atividade física sem que isso implique 🌛 em conclusões ou respostas irrefutáveis.
Sei que no âmbito da psicologia no Brasil essa discussão é ainda mais nova, tanto do 🌛 ponto de vista do interesse como da produção, o que aumenta a necessidade de ampliarmos a discussão e formarmos pessoas 🌛 para uma atuação competente, como já temos em outras áreas da psicologia.
Falar de Psicologia do Esporte significa falar de uma 🌛 área em construção que soma conhecimento de duas grandes áreas - a Psicologia e o Esporte - e tanto uma 🌛 como a outra não apresentam uma concordância em seus pontos de vista, e têm uma gama imensa de objetos de 🌛 estudo e pesquisa.
Conclui-se que é imprescindível adentrar no mundo da psicologia esportiva, conhecendo as modalidades, o fenômeno e as instituições 🌛 esportivas para que seja possível o desenvolvimento de novas práticas.
Esperamos que esse texto tenha mostrado que a prática clínica, pura 🌛 e simples, é insuficiente para uma intervenção nesse campo e, quanto mais estivermos abertos, para o entendimento da psicodinâmica de 🌛 atletas e grupos esportivos, mais estaremos contribuindo para a construção da área tanto no que se refere à atuação como 🌛 a pesquisa.
Referências bibliográficasBARBERO, J.I.Introducción.
Materiales de Sociología del Deporte .
Madrid: La Piqueta, 1993.BERNARDES, J.S.História.In JACQUES, M.G.C.STREY, M.N.; BERNARDES, M.G.; GUARESCHI, P.A.; 🌛 CARLOS, S.A.; FONSECA, T.M.G.(orgs.).
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Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica em Psicologia.
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Encontros e desencontros: descobrindo a Psicologia do Esporte.
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Reabilitação esportiva 🌛 ou esporte como reabilitação? In RUBIO, K.(org.).
Psicologia do Esporte: interfaces, pesquisa e intervenção.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.MARTINI, L.A.
Fundamentos da 🌛 preparação psicológica do esportista.In RUBIO, K.(org.).
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Negro, macumba e 🌛 futebol .
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Champaign: Human Kinetics, 1995.WILLIAMS, J.M.; STRAUB, W.F.
Nueva Psicologia del Deporte: pasado, presente, futuro.In WILLIAMS, J.M.(org.).
Psicología 🌛 aplicada al deporte.
Madrid: Biblioteca, 1991.
Outros artigos em Portugués
Psicologia do Esporte: surgimento, evolução e consolidação La Psicología del Deporte: surgimiento, evolución 🌛 y consolidación *Profª Assistente.
Departamento de Educação.
Campus Universitário Darcy Ribeiro Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros **Prof.Assistente.
Hospital Universitário Clemente Faria, 🌛 Montes Claros ***Profª Adjunta.
Departamento de Educação.
Campus Universitário Darcy Ribeiro Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros Simone Vilas Trancoso Souza* 🌛 Linton Wallis Figureiredo Souza** Juliane Leite Ferreira*** simone.vilasyahoo.com.
br (Brasil) Resumo A Psicologia do Esporte tem como objetivo auxiliar técnicos e 🌛 atletas a entender e solucionar suas dificuldades psicológicas e sociais, sendo uma tarefa específica do psicólogo do esporte, é ajudar 🌛 emocionalmente os atletas nas fases de insegurança,treinamento e autoconhecimento, a fim de que eles possam encontrar rapidamente a escandalo casa de apostas segurança 🌛 e autoconfiança, de tal forma que possam realizar suas possibilidades máximas de rendimento na competição.
Relacionada à Educação Física e à 🌛 Fisioterapia, a Psicologia do Esporte tem buscado ser reconhecida, atualmente, como uma disciplina da Psicologia, entendida como Psicologia aplicada.
Tradicionalmente, porém, 🌛 o que acontece é a relativa ausência da disciplina nas grades curriculares dos cursos de graduação em Psicologia no Brasil.
Como 🌛 área de produção acadêmica e de atuação profissional, a Psicologia do Esporte tem ainda um longo caminho a percorrer, se 🌛 considerarmos o que já foi feito e o muito que ainda temos a construir, dada a amplidão e complexidade do 🌛 mundo esportivo.
Unitermos: Psicologia.Esporte.Educação.EFDeportes.
com, Revista Digital.
Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011.http://www.efdeportes.com/1 / 1Introdução
Atualmente, afirma-se que é de vital 🌛 importância a administração dos níveis das emoções através da preparação psicológica, para que estas funcionem como aliadas ao desempenho esportivo.
E 🌛 que, provavelmente, o diferencial entre a vitória e a derrota em uma competição encontra-se nesta preparação.
Diante do equilíbrio técnico alcançado 🌛 por atletas e equipes de alto rendimento, os aspectos emocionais têm sido considerados como um importante diferencial nos momentos de 🌛 grandes decisões.
Partindo desta afirmação, conclui-se a importância em relatar brevemente e bibliograficamente, o surgimento, evolução e consolidação da Psicologia do 🌛 Esporte.
O esporte é uma atividade através da qual, se experimentam e se conhecem as emoções com intensidade, portanto os processos 🌛 emocionais podem prejudicar ou ajudar a ação esportiva, implicando não só na preparação física e psicológica dos atletas, mas também 🌛 em suas relações humanas e sociais.
A Psicologia do Esporte tem como objetivo auxiliar técnicos e atletas a entender e solucionar 🌛 suas dificuldades psicológicas e sociais, sendo uma tarefa específica do psicólogo do esporte, é ajudar emocionalmente os atletas nas fases 🌛 de insegurança, treinamento e autoconhecimento, a fim de que eles possam encontrar rapidamente a escandalo casa de apostas segurança e autoconfiança, de tal 🌛 forma que possam realizar suas possibilidades máximas de rendimento na competição.
Histórico
Esporte e psicologia começaram a ter uma relação mais estreita 🌛 no final do século XIX e início do século XX, quando alguns estudiosos resolveram pesquisar os efeitos dos aspectos psicofisiológicos 🌛 sobre as atividades físicas e esportivas, sendo Coleman Griffith apontado como aquele que realmente deu a partida na Psicologia do 🌛 Esporte norte-americana, destacando-se entre os trabalhos que escreveu o estudo "Psicologia de Atletas" (1928).
Durante os anos 60 a Psicologia do 🌛 Esporte vive uma fase de grande produção e a relação de nomes como Cratty, Oxendine, Solvenko, Tutko, Olgivie, Singer e 🌛 Antonelli, que marcaram a história da área com contribuições voltadas para a psicologia social na atividade física e esporte, culminando 🌛 em várias publicações que influenciam trabalhos até os dias de hoje (Willians et al, 1991).
Foi também durante esse período que 🌛 se organizou a primeira instituição com o objetivo de congregar pessoas interessadas na psicologia do esporte.
Surgiu, então, a International Society 🌛 of Sport Psychology (ISSP), que além de ter como principal publicação o International Journal of Sport Psychology, passou a realizar 🌛 reuniões bienais com o objetivo de divulgar trabalhos na área, além de promover o intercâmbio entre os investigadores.
Preocupados com distanciamento 🌛 que a ISSP vinha tomando da área acadêmica, um grupo de pesquisadores fundou, em 1968, a North American Society for 🌛 the Psychology of Sport and Physical Activity (NASPSPA), cujo foco de estudo e atuação recaía sobre aspectos do desenvolvimento, da 🌛 aprendizagem motora e da psicologia do esporte, tendo como principal periódico o Journal of Sport and Exercise Psychology.
Observamos, assim, o 🌛 surgimento e desenvolvimento de um campo denominado Psicologia do Esporte, muito próximo da atividade física e do lazer, sendo inclusive 🌛 componente curricular dos cursos de Educação Física, porém, mantendo um distanciamento da Psicologia enquanto 'ciência mãe'.
Interação multidisciplinar em atividades desportivas
Relacionada 🌛 à Educação Física e à Fisioterapia, a Psicologia do Esporte tem buscado ser reconhecida, atualmente, como uma disciplina da Psicologia, 🌛 entendida como Psicologia aplicada.
Tradicionalmente, porém, o que acontece é a relativa ausência da disciplina nas grades curriculares dos cursos de 🌛 graduação em Psicologia no Brasil.
Recentemente a tendência tem sido a elaboração de uma 'Ciências do Esporte', que congregaria então a 🌛 Biomecânica, a Sociologia, a Antropologia, a Medicina e a Psicologia do Esporte, bem como outros campos do saber diretamente voltados 🌛 para a prática esportiva (DISHMAN, apud RUBIO, 2000).
Considerada então como uma sub-área das Ciências do Esporte e ao mesmo tempo 🌛 uma especialidade da Psicologia, a Psicologia do Esporte vem se ocupando apenas de certos aspectos da Psicologia em geral.
A clivagem 🌛 aparece sobretudo na dicotomia construção teórica/pesquisa versus aplicação prática/intervenção psicológica, onde há uma concentração "na importância de variáveis independentes que 🌛 influenciam a 'performance' (RUBIO, 2000).
Assim, temos assistido nesta última década a uma 'descoberta' da Psicologia do Esporte como área de 🌛 atuação emergente para psicólogos que, diante de uma demanda crescente, enfrentam grandes dificuldades para intervir adequadamente, já que os cursos 🌛 de graduação em Psicologia ainda não formam nem qualificam o graduando para esta possibilidade de prática.
Temas como motivação, personalidade, agressão 🌛 e violência, liderança, dinâmica de grupo, bem-estar psicológico, pensamentos e sentimentos de atletas e vários outros aspectos da prática esportiva 🌛 e da atividade física têm requerido estudo e atuação de profissionais da área, visto que o nível técnico de atletas 🌛 e equipes de alto rendimento está cada vez mais equilibrado, dando ênfase especial à preparação emocional, tida como o diferencial.
No 🌛 Brasil, é interpretada como um produto da década de 1980.
A partir de então, uma rápida evolução foi percebida, com o 🌛 surgimento de novos pesquisadores, instituições e laboratórios que deram à Psicologia do Esporte o suporte necessário para a escandalo casa de apostas inclusão 🌛 definitiva no cenário esportivo competitivo (RUBIO, 2000).
A Psicologia do Esporte, que apesar de ter seu início vinculado a trabalhos realizados 🌛 há mais de um século, no Brasil ainda é vista como uma novidade pelos profissionais do esporte, sejam eles atletas, 🌛 técnicos e dirigentes, que não têm clareza de que maneira essa intervenção pode ajudá-los a aumentar o rendimento esportivo ou 🌛 superar situações adversas.
Áreas de atuação da Psicologia do Esporte
O marco da recente história da Psicologia do Esporte tem seu início 🌛 nos anos 50.
O primeiro livro de Psicologia do Esporte foi realizado em 1962 por Athayde Silva e Emílio Mira (apud 🌛 RUBIO, 2000).
Em 1974 João Carvalhães, o primeiro psicólogo a atuar num clube de futebol, escreve "Psicologia no Futebol" (A.
Machado, 1997; 🌛 Rubio, 1999).
Com a explosão de práticas psicológicas ligadas ao meio esportivo e mirando-se pelas instituições existentes em outros países, é 🌛 criada a Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte em 1979.
Na década de 90, novo impulso é dado a este campo 🌛 com o representativo aumento de profissionais, com a publicação de trabalhos científicos e o crescimento do número de pós-graduações latu 🌛 sensu na área.
O primeiro laboratório é criado pelo professor Dietmar Salmuski, na Universidade Federal de Minas Gerais.
Samulski (1992) destaca a 🌛 necessidade de uma formação abrangente apontando como sendo quatro os campos de aplicação da Psicologia do Esporte:
O esporte de rendimento 🌛 que busca a otimização da performance numa estrutura formal e institucionalizada.
Nessa estrutura o psicólogo atua analisando e transformando os determinantes 🌛 psíquicos que interferem no rendimento do atleta e/ou grupo esportivo.
O esporte escolar que tem por objetivo a formação, norteada por 🌛 princípios sócio-educativos, preparando seus praticantes para a cidadania e para o lazer.
Neste caso, o psicólogo busca compreender e analisar os 🌛 processos de ensino, educação e socialização inerentes ao esporte e seu reflexo no processo de formação e desenvolvimento da criança, 🌛 jovem ou adulto praticante.
Já o esporte recreativo visa o bem-estar para todas as pessoas.
É praticado voluntariamente e com conexões com 🌛 os movimentos de educação permanente e com a saúde.
O psicólogo, nesse caso, atua na primeira linha de análise do comportamento 🌛 recreativo de diferentes faixas etárias, classes sócio-econômicas e atuações profissionais em relação a diferentes motivos, interesses e atitudes.
Por fim o 🌛 esporte de reabilitação desenvolve um trabalho voltado para a prevenção e intervenção em pessoas portadoras de algum tipo de lesão 🌛 decorrente da prática esportiva, ou não, e também com pessoas portadoras de deficiência física e mental.
A Psicologia do Esporte tem 🌛 como meio e fim o estudo do ser humano envolvido com a prática de atividade física e esportiva competitiva e 🌛 não competitiva.
Esses estudos podem abarcar os processos de avaliação, as práticas de intervenção ou a análise do comportamento social que 🌛 se apresenta na situação esportiva a partir da perspectiva de quem pratica ou assiste ao espetáculo (Azevedo Marques & Junishi, 🌛 2000; Markunas, 2000; Martini, 2000).
Conclusão
Como área de produção acadêmica e de atuação profissional, a Psicologia do Esporte tem ainda um 🌛 longo caminho a percorrer, se considerarmos o que já foi feito e o muito que ainda temos a construir, dada 🌛 a amplidão e complexidade do mundo esportivo.
Certamente, nessas últimas décadas acumulou-se muita informação sobre indivíduos e grupos que praticam esporte 🌛 ou atividade física sem que isso implique em conclusões ou respostas irrefutáveis.
Sei que no âmbito da psicologia no Brasil essa 🌛 discussão é ainda mais nova, tanto do ponto de vista do interesse como da produção, o que aumenta a necessidade 🌛 de ampliarmos a discussão e formarmos pessoas para uma atuação competente, como já temos em outras áreas da psicologia.
Falar de 🌛 Psicologia do Esporte significa falar de uma área em construção que soma conhecimento de duas grandes áreas - a Psicologia 🌛 e o Esporte - e tanto uma como a outra não apresentam uma concordância em seus pontos de vista, e 🌛 têm uma gama imensa de objetos de estudo e pesquisa.
Conclui-se que é imprescindível adentrar no mundo da psicologia esportiva, conhecendo 🌛 as modalidades, o fenômeno e as instituições esportivas para que seja possível o desenvolvimento de novas práticas.
Esperamos que esse texto 🌛 tenha mostrado que a prática clínica, pura e simples, é insuficiente para uma intervenção nesse campo e, quanto mais estivermos 🌛 abertos, para o entendimento da psicodinâmica de atletas e grupos esportivos, mais estaremos contribuindo para a construção da área tanto 🌛 no que se refere à atuação como a pesquisa.
Referências bibliográficasBARBERO, J.I.Introducción.
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Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica em Psicologia.
São Paulo: Cortez, 2001.BROHM, J.M.
Tesis sobre el deporte.
Materiales de Sociología del Deporte.
Madrid: La Piqueta, 🌛 1993.CRUZ, J.
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Universo do futebol: esporte 🌛 e sociedade brasileira .
Rio de Janeiro: Pinakothke, 1982.FERREIRA NETO, A.; GOELLNER, S.V.; BRACHT, V.(orgs.
) As ciências do esporte no Brasil.
Campinas: 🌛 Autores Associados, 1995.LUCCAS, A.N.
A Psicologia, o Esporte e a Ética.In RUBIO, K.(org.) .
Encontros e desencontros: descobrindo a Psicologia do Esporte.
São 🌛 Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.MARKUNAS, M.
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Psicologia do Esporte: interfaces, pesquisa e intervenção.
São 🌛 Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.MARTINI, L.A.
Fundamentos da preparação psicológica do esportista.In RUBIO, K.(org.).
Psicologia do Esporte: interfaces, pesquisa e intervenção.
São Paulo: 🌛 Casa do Psicólogo, 2000.ROSENFELD, A.
Negro, macumba e futebol .
São Paulo: Perspectiva/EDUSP; Campinas: Ed.da Unicamp, 1993.
RIBEIRO da SILVA, A.
Psicología del deporte 🌛 y preparación del deportista .
Buenos Aires: Kapelusz, 1975.RUBIO, Katia.
Origens e evolução da psicologia do esporte no Brasil.
Biblio 3W, Revista Bibliográfica 🌛 de Geografía y Ciencias Sociales , Universidad de Barcelona, Vol.
VII, nº 373, 10 de mayo de 2002.RUSSEL, G.W.
The social psychology 🌛 of sport.
New York: Springer-Verlag, 1993.WEINBERG, R.S.; GOULD, D.
Foundations of sport and exercise psychology.
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Madrid: Biblioteca, 1991.
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