Sugestão de Juliana Bourguignon
O desenvolvimento do futebol feminino é um retrato da história de luta contra a discriminação das mulheres ❤️ na sociedade.
As mulheres conquistaram muitos direitos nos últimos anos e o futebol feminino começou a ganhar o seu espaço, mas ❤️ alguns preconceitos ainda persistem.
Siga o restante do post e confira mais sobre o assunto.
Como mostramos na primeira parte do nosso ❤️ especial, o futebol moderno foi fundado com a codificação de jogos de escolas masculinas.
Esse fator, somado ao machismo da sociedade ❤️ em pleno século XIX, contribuiu para colocar as mulheres à parte do esporte – vale lembrar que o futebol não ❤️ foi o único, nas primeiras Olimpíadas Modernas, por exemplo, não houve evento feminino algum.
Nesse contexto, o futebol feminino começou a ❤️ se desenvolver no Reino Unido como movimento de protesto.
Nettie Honeyball, fundadora do Ladies FC em 1894, era defensora ativa dos ❤️ direitos das mulheres, por exemplo.
Isso gerou muita polêmica em torno do jogo, que só viria a ganhar popularidade quando as ❤️ mulheres viraram a grande força de trabalho nos países que mandavam seus homens para a 1ª Guerra Mundial.
Durante muito tempo, ❤️ entretanto, o futebol feminino sempre foi tratado ou como protesto ou como uma brincadeira sem objetivo.
E realmente foi e ainda ❤️ é um grande instrumento de afirmação feminina.
Como na seleção do Irã, onde o futebol é uma das poucas oportunidades de ❤️ inclusão em um país que as mulheres estão à margem da vida social.
A virada viria com o incentivo que o ❤️ esporte começou a ganhar principalmente na Europa, Ásia e Estados Unidos (onde as mulheres são mais adeptas do futebol do ❤️ que os homens) a partir da década de 70.
O Brasil, entretanto, demorou mais a entrar na onda e ainda é ❤️ muito comum ver pessoas desconfiadas ao ver meninas praticando o esporte, o que gera grandes dificuldades para as meninas que ❤️ sonham em chegar a uma Copa do Mundo.
Os principais, talvez, sejam falta de apoio e estrutura.
Ligas profissionais são raras, no ❤️ Brasil inclusive não há uma liga nacional.
A única competição nacional é a Copa do Brasil que une desde times puramente ❤️ amadores a algumas que têm algum apoio.
A meio-campo Formiga da seleção, craque de bola e multimedalhista, foi convocada para a ❤️ Copa sem ter contrato com nenhum time, por exemplo.
Qual o futuro que uma menina que gosta de jogar bola vai ❤️ enxergar em uma estrutura dessas?
Outra grande dificuldade que persiste é ainda o preconceito.
Quem nunca ouviu a frase "futebol é pra ❤️ homem", que o título da nossa série parodia? Para responder a isso, não precisa ir muito longe, basta assistir a ❤️ Marta jogar.
Depois disso, é impossível dizer que ela não nasceu para jogar.
E se você se preocupa que esporte da sorte virgínia filha está ❤️ indo para um ambiente em que a "feminilidade" não seria o forte, pare para olhar mais de perto: você encontra ❤️ meninas de todos os tipos físicos, etnias, religiões, sexualidades (e não se engane pelo pensamento machista: no futebol masculino e ❤️ no futebol americano, vôlei, hóquei, basquete, tênis de ambos os sexos também têm, mesmo que poucos se assumam); mulheres mães, ❤️ mulheres que não querem ser mãe, mulheres que são vaidosas, mulheres que não são vaidosas.
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ou seja, mulheres que são ❤️ como elas querem ser.
E é assim que deve ser.
Atenuante para as dificuldades que o futebol feminino passa, só se considerarmos ❤️ o esporte bretão não está sozinho nessa.
Nos Estados Unidos, esportes masculinos bilionários como beisebol, futebol americano e hóquei no gelo ❤️ têm ligas femininas irrisórias e outros em que as mulheres tem grande respeito como o tênis, a premiação ainda é ❤️ inferior aos homens.
Mas os erros dos outros não justificam os nossos.
Portanto, mulheres, dá próxima vez que der uma vontade de ❤️ jogar futebol, corra para o abraço.