TV
Carina celebrou a decisão da Justiça e apontou para a importância do simbolismo para as mulheres
No sábado (11), a TV 🍌 Globo foi condenada em processo milionário, movido por Carina Pereira, ex-apresentadora do Globo Esporte da afiliada mineira da emissora entre 🍌 os anos de 2017 e 2019.
A jornalista trabalhou no canal por mais de sete anos até ser demitida em janeiro 🍌 de 2021, quando fez um longo desabafo sobre estratégia de apostas esportivas experiência na empresa.
A ação trabalhista movida pela apresentadora acusava a emissora 🍌 de sexismo – quando há comportamento discriminatório baseado no gênero de uma pessoa -, além de apontar acúmulo de horas 🍌 de trabalho e falta de pagamento de horas extras.
Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Carina Pereira (carinaapereira)
Nos 🍌 autos do processo, a empresa argumentou que apurou internamente o caso, chegando à conclusão de que não houve assédio moral 🍌 nos episódios vividos pela jornalista, mas sim "uma conduta inapropriada no trato com os colegas de trabalho" por parte de 🍌 seu chefe, que teria sido advertido e, posteriormente, demitido.
O juiz substituto do Trabalho Marcel Luiz Campos Rodrigues, entretanto, concordou com 🍌 Carine, condenando a Globo a pagar mais de R$ 1 milhão para a apresentadora, pelas acusações feitas no processo; além 🍌 de R$ 20 mil, referentes às suas despesas com advogados.
Ao todo, o valor a ser pago é de R$ 1.594.961,41.
Continua 🍌 depois da Publicidade
"Em razão de todo o exposto, entendo demonstrado que a reclamante foi vítima de comportamento discriminatório em razão 🍌 do gênero, praticado pelo respectivo superior hierárquico, devendo a Reclamada responder pelos danos decorrentes da conduta deste empregado", diz a 🍌 decisão do magistrado, que foi divulgada pelo site Na Telinha.
Em outro trecho, a sentença em primeira instância discorre sobre o 🍌 comportamento da empresa: "É evidente que em um ambiente marcado pelo sexismo, a postura corporativa da Reclamada que, segundo ela, 🍌 adota 'não apenas (.
.
.
) políticas de prevenção e repressão à prática de atos discriminatórios, mas, também, a promoção de políticas 🍌 de valorização, inserção e representatividade da mulher no ambiente de trabalho' (fl.
274), possuindo, inclusive, um 'Comitê Diversidade do Esporte', é 🍌 necessária e elogiável, dada a importância do próprio Grupo Globo, em razão de seu porte e capilaridade".
Entretanto, logo depois, o 🍌 juiz ressalta a necessidade de que essas ações incluam as mulheres que trabalham no local, e aponta para um controle 🍌 fraco dos setores responsáveis por apurar denúncias na TV Globo.
"A importância de se criar e manter uma área de 'compliance', 🍌 com competência para apuração de comportamentos ofensivos, ilegais, é reduzida ao mínimo quando se nega a sindicabilidade judicial a respeito 🍌 do procedimento interno adotado", expôs.
Continua depois da Publicidade
Em conversa com o portal belorizontino 'BHAZ', Carina destacou o simbolismo da decisão 🍌 da Justiça: "A maioria dos processos que as mulheres tentam enfrentar, elas geralmente perdem, principalmente contra grupos muito grandes.
Então essa 🍌 vitória não é só minha".
"Espero que seja definitiva e que, atrás de mim, possam vir outras mulheres, porque calada a 🍌 gente não vence", acrescentou.
O advogado da jornalista, André Froes, concordou com ela.
"Quando a mulher é tratada como um objeto e 🍌 com conotação sexista, como se observou no presente processo, o Poder Judiciário deve atuar, de maneira contundente a se evitar 🍌 que o mesmo padrão seja repetido", disse, em nota.
A TV Globo, entretanto, ainda pode recorrer da decisão do juiz.