Introdução
A atual realidade social apresenta uma nova ordem que se estabelece e, cotidianamente, a vemos transformar-se com extrema velocidade.
Nesse contexto, 🔑 como educadores, temos a responsabilidade de tentar acompanhar tais mudanças, embora reconhecendo de que essa rápida mudança é, de modo 🔑 geral, uma regra no mundo contemporâneo, o que nos indica a necessidade de constantemente estarmos ajustando nossas ações.
Nesse sentido, respostas 🔑 adequadas a essas demandas podem incidir em ganhos reais para a Educação, pois parece que existe estreita ligação entre a 🔑 educação da pessoa e os benefícios em todas as suas dimensões e empreendimentos sociais.
Em um mundo em franco desenvolvimento tecnológico, 🔑 informativo, cultural, de mudanças nas formas de aprendizagens, visualizamos uma lacuna existente entre as demandas educativas e as ações desencadeadas 🔑 para superá-las.
Na Educação Física, evidencia-se também uma dificuldade de conseguir ajustes entre suas ações e o atendimento de objetivos relacionados 🔑 à saúde da pessoa, principalmente quando observamos que ainda suas práticas encontram-se muito mais voltadas a um ensino de esportes 🔑 competitivos, em detrimento a uma ação pedagógica voltada a uma formação educacional mais ampla e efetiva, que incentive hábitos saudáveis 🔑 o longo de toda a vida.
Entendemos que a integração das áreas de Educação e de Saúde possui uma melhor probabilidade 🔑 de desenvolver, de forma significativa, o atendimento desta perspectiva de consguir melhorar a qualidade de vida e promover o desenvolvimento 🔑 humano mais positivo, e isto pode ser efetivado com a ação educativa do professor de Educação Física.
Essa assunção de ele 🔑 ter um importante papel educativo nos remete a entender que a Educação Física não pode ser uma disciplina isolada de 🔑 seu contexto, mas primordialmente seria uma prática educativa social ligada a aspectos da formação da integralidade da pessoa humana, portanto 🔑 deve enriquecer fazer jogo loteria pela internet ação de modo a contemplar com mais efetividade aspectos de Educação e de Saúde, ao desenvolver competências 🔑 pessoais e profissionais para (re)dimensionar seus objetivos e suas correspondentes práticas, inerentes à área da Educação Física, ao promover e 🔑 valorizar a Educação para a Saúde.
Frente a esses desafios, procuramos evidenciar alguns destes aspectos emergentes, culminando com a perspectiva de 🔑 uma ação docente mais efetiva e comprometida na área da Educação Física, com o amplo apoio ao desenvolvimento de potencialidades 🔑 do discente educando, valorizando-o em fazer jogo loteria pela internet integralidade, especialmente para a formação e desenvolvimento de uma postura mais eficaz, levando em 🔑 conta aspectos da Educação para fazer jogo loteria pela internet Saúde.
A Educação Física e o contexto da Saúde
A Educação Física no Brasil, no transcorrer 🔑 da história, segundo Ramos e Ferreira (2000), manteve uma constância e mostrou-se preocupada com a saúde, inicialmente mais voltada à 🔑 higienização, deposi à eugenia, mais tarde à aptidão física.
Nessa configuração e em virtude de estar fortemente atrelada a mementos ideológico-dominantes 🔑 no país, o termo saúde foi praticamente 'extinto' de propostas pedagógicas mais recentes em Educação Física escolar no Brasil.
Para Bagrichevsky 🔑 e Estevão (2005) é notório que ainda são privilegiados enfoques que exploram mais os determinantes biológicos, em detrimento dos elementos 🔑 sócio-culturais e econômicos intervenientes no processo saúde-doença.
A dimensão exultada nessa tendência hegemônica é a da 'atividade física associada à saúde', 🔑 compreensão esta presente em boa parte das publicações acadêmicas na área e que busca ressaltar a existência de uma relação 🔑 de 'causa e efeito', quase exclusiva, entre 'exercício' e 'saúde'.
Em outras palavras, para tais estudos, a saúde poderia ser tomada, 🔑 a priori, como consequência de efeitos fisiológicos (mensuráveis quantitativamente) produzidos pela prática regular de atividades físicas.
Outro fator importante a destacar 🔑 é a esportivização presente nas aulas de Educação Física.
Segundo Bracht (2000), vários foram os interesses que pressionaram neste sentido, entre 🔑 eles os do próprio sistema esportivo, com o objetivo de 'socializar para consumidores' e também produzir 'futuros e potenciais atletas'.
Aliado 🔑 do sistema esportivo, na maioria dos casos, foram os Estados e o poder público que colocaram-se na tarefa intervir, no 🔑 sentido de que a nação, o estado ou o município fossem bem representados nas disputas esportivas, em fazer jogo loteria pela internet diferentes níveis 🔑 e possibilidades.
Nesse sentido, o esporte de rendimento, enquanto elemento da Educação Física, foi colocado sob suspeita a partir das 'teorias 🔑 da reprodução', desenvolvidas no âmbito da Sociologia da Educação, e que enfatizavam o papel conservador do sistema educacional nas 'sociedades 🔑 capitalistas'.
Segundo Bracht (2000), a Educação Física, ao fazer do esporte de rendimento seu objeto de ensino, e mesmo abrindo o 🔑 espaço escolar para o desenvolvimento desta forma de realizar esporte, acabou por fomentar um tipo de 'educação' que colaborava para 🔑 que os indivíduos introjetassem valores, normas de comportamento e não questionassem seu papel na sociedade.
Vemos que, nessa perspectiva, o esporte 🔑 não pode contribuir para uma formação efetiva em Educação para a Saúde.
À luz de novas dimensões de práticas voltadas à 🔑 saúde, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) buscam redimensionar o enfoque exclusivamente biológico da área, buscando considerar as múltiplas influências 🔑 que, conjuntamente, determinam, explicam, caracterizam, problematizam e, por fim, compõem o cenário da saúde: os aspectos socioeconômicos, culturais, e psico-afetivos.
Segundo 🔑 a Organização Mundial da Saúde, em 1946 a definição de saúde foi destacada como um completo bem-estar tanto físico, mental 🔑 como social, e não mera ausência de doença ou mal-estar.
Este conceito da OMS, segundo Mosquera e Stobäus (1984), embora qualitativamente 🔑 razoável, não chega a definir de maneira concreta o que seja saúde.
Eles enfatizam que a ideia de um completo bem-estar 🔑 parece bastante utópica, em um mundo que tem vários problemas sociais, políticos e econômicos.
Salientam ainda que a Educação para a 🔑 Saúde é uma tentativa de chegar-se a um ser humano sadio, através da qual utilizam-se as mais variadas experiências e 🔑 recursos, para levar a pessoa a atitudes e práticas que redundem em benefício de seu bem-estar, de fazer jogo loteria pela internet família e 🔑 da comunidade, ou seja, dentro de todas as áreas em que ele esteja inserido e atue.
Guedes (1999) destaca que grande 🔑 parte das ações do professor de Educação Física é de simples coadjuvante do processo educacional, responsável simplesmente por 'entreter' as 🔑 crianças e os jovens mediante as chamadas atividades recreativas, por organizar e acompanhar atividades comemorativas, por orientar exercícios físicos, entre 🔑 outras atividades, ao invés de desenvolver um conjunto de conteúdos/habilidades que possam verdadeiramente contribuir, em um contexto educacional mais amplo, 🔑 para a formação do discente/educando.
O autor enfatiza ainda que, em razão dos jovens na idade escolar raramente apresentaremsintomas associados às 🔑 doenças degenerativas, tem-se investido muito pouco em fazer jogo loteria pela internet formação escolar quanto à adoção de hábitos de vida que possam inibir/postergar 🔑 o futuro aparecimento dessas doenças.
É nesse sentido que vemos a Educação Física como uma disciplina que possui uma relevância social, 🔑 no que tange à fazer jogo loteria pela internet responsabilidade de verdadeira formação, com a finalidade de prover condições necessárias para o ser humano 🔑 conseguir atingir, pelo menos em parte, aquele ('completo') estado de bem-estar geral equilibrado, imprescindível para melhor desenvolver-se existencialmente.
Novos olhares sobre 🔑 a relação atividade física e saúde
O estudo revisional de Palma (2000) enuncia que as possíveis articulações entre atividade física e 🔑 saúde não são dotadas de uma pressuposta correlação constante de causalidade.
Ao mudar o foco da problemática de investigações afins, incluindo 🔑 no curso da análise o mapeamento de parâmetros socioeconômicos e culturais pode influenciar, sobremaneira, os achados obtidos ao final das 🔑 pesquisas.
Carlos Mira (2000) também erige questões interessantes e pertinentes acerca das relações imbricadas no binômio exercício físico-saúde.
Em seu estudo, argumenta 🔑 que o anúncio de possíveis efeitos de prevenção e proteção adicional dos exercícios sobre a saúde de pessoas 'ativas' não 🔑 passa de uma hipótese otimista, pois a interação entre os dois fatores não pode ser compreendida de forma linear e 🔑 determinista.
O autor leva a pensar que seria mais razoável considerar, grosso modo, que indivíduos 'previamente saudáveis' é que buscam a 🔑 prática sistemática de atividade física (e não o contrário), uma vez que geralmente possuem aporte nutricional e financeiro e tempo 🔑 disponível para tal.
Para Marques e Gaya (1999), esta perspectiva contemporânea de relacionar aptidão física à saúde representa um estado multifacetado 🔑 de bem-estar, resultante da participação na atividade física.
Supera a tradicional perspectiva do 'fitness', preconizada nos anos 70 e 80, centrada 🔑 no desenvolvimento da capacidade cardiorrespiratória, e procura interrelacionar as variáveis associadas à promoção da saúde.
Remete, pois, segundo Neto (1999) a 🔑 um novo conceito de exercício saudável, no qual os benefícios ao organismo derivariam do aumento do metabolismo (da maior produção 🔑 de energia diariamente) promovido pela prática de atividades moderadas e agradáveis.
Recentemente, a relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente 🔑 substituída pelo enfoque da melhora em qualidade de vida, o que tem sido incorporado ao discurso da Educação Física e 🔑 das Ciências do Esporte.
Tem, na relação positiva estabelecida entre atividade física e melhores padrões de qualidade de vida, fazer jogo loteria pela internet maior 🔑 expressão.
Todavia, urge a tarefa de analisar-se cuidadosamente as tentativas de massificação de uma norma moralizante da aparência física utópica do 🔑 'corpo sarado', da 'geração saúde' e do 'estilo de vida ativo', que estão em curso na sociedade contemporânea.
Sobretudo, porque encontram-se 🔑 ancoradas na lógica quantificadora e positivista de estudos científicos publicados na área, corroborando os slogans de programas institucionais que propagandeiam 🔑 uma imperiosa e inequívoca necessidade de exercitar-se em qualquer lugar e a qualquer tempo algumas vezes se apoios e retaguardas.
A 🔑 atividade física voltado à saúde é marcada por orientações majoritariamente individualistas, em detrimento da consideração de questões sociais mais amplas.
Assim, 🔑 as intervenções físicas que atuam sobre o corpo perdem o sentido mais coletivizado de outrora, como no período Higienista, que 🔑 preconizava a soberania do 'Estado-Nação' por intermédio da 'melhoria da raça', e assumem, declaradamente, priorizações fundamentais com o privado.
O movimento 🔑 evidencia um caráter simbiôntico com diversos setores midiáticos, os quais o percebem como potencial nicho de mercadorização do consumo, como 🔑 destacam Góis Jr.e Lovisolo (2003).
O personal training seria um dos seus símbolos pontuais, na protagonização do individualismo exacerbado e das 🔑 preocupações com o próprio corpo e do acesso apenas para quem pode pagar pelo oferecimento de tal serviço.Lovisolo (1999, p.
17) 🔑 ilustra tal noção ao afirmar que:
Os campos de intervenção têm nas sociedades ditas ocidentais, uma forte tendência a gerar quase 🔑 que ininterruptamente produtos ou processos, vistos quer como ondas da moda que podem rapidamente desaparecer, quer como inovações significativas duradouras 🔑 [...].
Essa dinâmica caracteriza áreas tão díspares quanto as da [...
] educação física e outras.[...
] Os meios de comunicação prestam especial 🔑 atenção aos lançamentos que realizam promessas relacionadas à saúde e longevidade.
Diversos autores têm apontado que na sociedade dita pós-moderna os 🔑 valores da saúde e da longevidade [grifo do autor] aparecem como sendo quase os únicos consensuais, embora perigosamente separados das 🔑 discussões sobre o significado da vida boa ou da vida plena que talvez ocupassem um lugar muito mais significativo no 🔑 passado.
Na área da educação física, o último produto lançado no mercado talvez seja o personal training, suscitando discussões, cursos, debates 🔑 e experimentações.
Visões acerca da atividade física, da qualidade de vida e da saúde aqui apresentadas correspondem a visões bastante disseminadas 🔑 e aceitas também no domínio da Educação Física.
Em comum, nestas análises, encontramos o acentuado viés biológico que as marca e 🔑 as caracteriza.
Estaa, historicamente, tem sido a base da formação do profissional de Educação Física.
Segundo compreendemos, a questão não nos parece 🔑 suficientemente resolvida desde este ponto de vista.
A relação entre atividade física e saúde envolve uma multiplicidade de questões.
Resolvê-la exclusivamente pelo 🔑 paradigma naturalista é desconhecer a complexidade do tema.
O ser humano não pode ser reduzido à dimensão biológica, pois é fruto 🔑 de um processo e de relações sociais bem mais amplas e abrangentes.
Neste contexto, as Ciências Sociais oferecem importante contribuição para 🔑 o debate ao conceber o ser huimano segundo uma lógica distinta daquela estritamente biofisiológica.
No entender dessas Ciências, a realidade não 🔑 é única, mas é uma construção do e no social, que varia segundo a história, as diferentes estruturas e os 🔑 diferentes processos sociais, de pessoa para pessoa
Educação Física e saúde: uma leitura frente à atual realidade
O reconhecimento social da Educação 🔑 Física na escola provavelmente ainda não seja fazer jogo loteria pela internet base de sustentação.
Esta situação pode estar associada à excessiva ênfase dada às 🔑 práticas esportivas em detrimento de conhecimentos que são aplicáveis à vida do discente.
Não se trata necessariamente de negar a prática 🔑 pela prática, ou o fazer pelo fazer, mas de dar um incremento capaz de aumentar a importância e significado à 🔑 Educação Física para a vida das pessoas.
Ao considerarmos a Educação Física como vem sendo desenvolvida na maioria das escolas brasileiras 🔑 e os dados concretos sobre mortes apresentadas pelo Ministério da Saúde, mormente de doenças crônicas não transmissíveis, podemos dizer que 🔑 no aspecto de conseguir incrementar hábitos mais saudáveis de saúde ela não tem sido muito resolutiva.
Sleap (apud MAITINO, 1998) observou 🔑 que a Educação Física escolar freqüentemente se apresenta como a educação do ou através do físico, mas ela deveria ser 🔑 também a educação sobre (ou para) o físico.
Ou seja, a educação sobre como manter o corpo em condições ideais para 🔑 melhorar a qualidade e quantidade de vida deve ser considerada tão relevante quanto os ensinamentos de habilidades dos jogos esportivos, 🔑 que muitas das vezes não são mais praticados quando terminados os dias escolares.
Guedes e Guedes (1999) apontam a existência de 🔑 um fundamento lógico, racional, para atribuir-se à Educação Física escolar outro eixo de interesse, qual seja o da Educação para 🔑 a promoção da saúde, em superação ao desenvolvimento de habilidades atléticas e/ou recreacionais, até porque, na sociedade atual, um grande 🔑 número de pessoas adultas contribui fortemente para o aumento estatístico de doenças cardiovasculares que, de alguma forma, estão muito associadas 🔑 ao sedentarismo.
Possivelmente, a razão mais convincente para a promoção do estilo de vida mais ativo na escola é dada por 🔑 Bar-Or (apud MAITINO, 1998), ao enfatizar que a escola constitui-se realmente no único lugar no qual todas as crianças, sem 🔑 restrições de educação, formação, sexo, raça e passado atlético, têm a oportunidade de beneficiar-se de tais experiências.
Comenta ainda que, nos 🔑 Estados Unidos, professores de Educação Física têm participado efetivamente de programas de controle de peso em escolares.
Nesse sentido, o ambiente 🔑 escolar constitui-se como um espaço privilegiado para uma Educação e promoção da saúde, através das aulas e Educação Física.
Armstrong (apud 🔑 MAITINO, 1998) diz que o primeiro objetivo da inclusão da atividade física relacionada à saúde nos currículos da Educação Física 🔑 deve ser para que as crianças tornem-se independentes quanto às suas atividades.
Os professores devem ajudá-las e encorajá-las a internalizar a 🔑 motivação para serem mais ativas, de forma que, quando a motivação extrínseca dos seus professores diminuir, esta criança continue a 🔑 manter um estilo de vida sadio e ativo.
Para conseguir esta independência, a criança deve entender os princípios sobre atividades que 🔑 objetivam a saúde, além de saber como tomar decisões para engajar-se em programas individuais que devem ser periodicamente redirecionados e 🔑 modificados com o passar dos anos.
Guedes e Guedes (1998) evidenciam essa perspectiva no sentido de tornar a pessoa a própria 🔑 gestora de suas práticas voltadas à saúde.
Bray (apud MAITINO, 1998) enfatiza alguns aspectos da escola primária que facilitam a promoção 🔑 dos princípios da saúde nesta faixa etária.
De modo geral, as crianças têm curiosidades sobre seus próprios corpos e são particularmente 🔑 receptivas às informações sobre saúde; as professoras supervisionam todo o desenvolvimento da criança, razão pela qual é possível integrar vários 🔑 elementos sobre comportamentos saudáveis como um todo, ao invés de enfatizar áreas isoladas como usualmente acontece no Ensino Médio.
Finalmente, entende 🔑 o autor que frequentemente ocorre estreita ligação com o ambiente familiar, o que pode ser um excelente mecanismo para influenciar 🔑 os pais, se alterações forem observadas no comportamento das crianças em relação às aulas de Educação Física.
Novos olhares sobre a 🔑 docência na Educação Física
Com o avento das rápidas e constantes mudanças sociais, mais do que desenvolver seu trabalho somente centrado 🔑 no ensino, em termos práticos, os professores agora precisam lidar com importantes problemas educacionais derivados das situações críticas vividas nos 🔑 ambientes familiares, muitas vezes desestruturados, diz Esteve (2004).
Essa realidade acarretou em novas demandas para os sistemas educacionais, trazendo novos problemas 🔑 que obrigam o professor a estudar os efeitos da mudança social como uma autêntica 'necessidade de sobrevivência'.
Isso exige do docente 🔑 uma gama de recursos e estratégias para potencializar uma prática adequada.
Diversas características sobre um melhor professor são destacadas sobre como 🔑 este profissional pode e deve apresentar aspectos de comportamento para uma docência efetiva e eficaz.
Vários autores, dentre eles Rios (2001) 🔑 e Perrenoud (2000), destacam acerca de competências necessárias para uma boa docência.
Não queremos de certa forma quantificar ou elencar essas 🔑 condições, mas, principalmente, refletir e apontar sobre demandas importantes na esfera da docência.
Já apontávamos que Mosquera e Stobäus (1984), embasados 🔑 em estudos de Worell e Stilwell, da década de 80, destacaram alguns aspectos orientativos sobre a docência que nos parecem 🔑 ainda bem atuais, ressaltando os papéis de gerente, mediador e facilitador.
Acerca dessas pontuações, a seguir faremos uma abordagem descritiva, utilizando 🔑 também de outros autores complementarmente, assim como de nossa própria reflexão.
O professor como gerente deve organizar, planejar, orientar, executar e 🔑 avaliar.
Nesse sentido, seu papel estaria relacionado ao conhecimento de terias de aprendizagem, de desenvolvimento humano e de ensino.
Também deveria conhecer 🔑 as pesquisas realizadas na área da aprendizagem e do desenvolvimento, porque estas experiências fornecem subsídios para uma estruturação e melhor 🔑 desenvolvimento acadêmico.
Outro aspecto que destacamos como fundamental nessa dimensão estaria relacionado a um profundo autogerenciamento (capacidade que a pessoa possui 🔑 de pôr-se a si mesma e as outras a resolver seus próprios problemas).
Cremos que na sociedade atual surge a importância 🔑 dessa competência, de trabalhar-se, (re)construir-se, (re)inventar-se a si próprio assumindo uma postura reflexiva como agente transformador da sociedade e do 🔑 ambiente em que está inserido e atua.
Outro aspecto que destacam está ligado à habilidade de questionar-se constantemente e saber delegar 🔑 responsabilidades.
Planejar cuidadosamente fazer jogo loteria pela internet ação para obter resultados precisos e abrangentes está relacionado à capacidade de sber gerir o processo de 🔑 desenvolvimento das aprendizagens de seus alunos e administrá-las, o que, conforme Perrenoud (2001), está ligado ao conhecimento dos conteúdos a 🔑 serem ensinados, ajustando-os ao nível e possibilidades de desenvolvimento de seus alunos.
Toda e qualquer ação do professor de Educação Física 🔑 estará diretamente regulada pela própria gestão de fazer jogo loteria pela internet formação continuada.
Nenhum profissional será capaz de acompanhar as novas demandas se não 🔑 estiver afinado com a fazer jogo loteria pela internet formação permanente.
Continuadamente existe a necessidade de atualização de seus recursos cognitivos, adaptados a novas situações 🔑 de trabalho, mudanças do meio social e aprendizagem em evolução.
O seu desempenho na fazer jogo loteria pela internet formação contínua é uma competência salientada 🔑 por Perrenoud (2000) como base de uma autoformação.
O autor enfatiza que formar-se não é apenas cumprir obrigações burocráticas de participação 🔑 em cursos; é aprender, é mudar a partir de diversos procedimentos pessoais e coletivos.
Entre esses procedimentos, destaca-se, por exemplo: a 🔑 leitura, a experimentação, a inovação, o trabalho em equipe, a participação em um projeto de instituição, a reflexão pessoal regular, 🔑 dentre outros.
Nessa linha de ação, Schon (apud PERRENOUD, 2000) deixa claro que o mecanismo fundamental é a prática reflexiva, em 🔑 que o sujeito reflete para agir e posteriormente estabelece uma reflexão sobre a ação realizada.
Tardif (2000) salienta que os conhecimentos 🔑 profissionais são evolutivos e progressivos e necessitam de uma formação continuada e permanente e sugere que os profissionais devem auto-formar-se, 🔑 reciclar-se, através de diferentes meios, após seus estudos universitários.
O professor como mediador deve estabelecer relações diádicas, calorosas e profundas, em 🔑 uma díade com seu educando, estabelecendo um estilo pessoal.
Segundo Worell e Stillwell (apud MOSQUERA e STOBÄUS, 1984), este está relacionado 🔑 com aspectos de intercâmbio humanístico na relação com seus próprios alunos.
Como mediador das relações humanas deve ser um especialista em 🔑 conhecimentos de como as pessoas interagem e comunicam-se.
Sua meta principal deve ser a capacidade de maximizar a qualidade do ambiente 🔑 sócio-interativo.
Vemos que uma das suas funções, nesse sentido, seria de encorajar comportamentos pró-sociais, no sentido de ajudar as pessoas a 🔑 serem mais cooperativas entre si, a compartilhar ideias e recursos, a aprender a escutar os outros, a saber aceitar opiniões 🔑 conflitantes, a assumir suas responsabilidades e resolver problemas interpessoais de forma produtiva, a exercer seu papel de liderança de grupo 🔑 de forma efetiva.
É tarefa do professor procurar envolver seus alunos nos processos de ensino e de aprendizagem e tornar fazer jogo loteria pela internet 🔑 docência relevante, estando atento para possibilitar espaços e momentos para novas experiências, troca de diálogos, buscas de conhecimentos e, sobretudo, 🔑 que esteja sempre aberto para atender e compreender os interesses dos alunos, promovendo aulas mais interessantes e criativas.
Desse modo, é 🔑 dever do professor, através da fazer jogo loteria pela internet mediação, estimular situações de aprendizagem para que sejam mais proveitosas e relevantes, utilizando estratégias 🔑 inovadoras e diferenciadas.
A aprendizagem significativa, na perspectiva de Ausubel (2003), é entendida como um processo em que as novas informações, 🔑 para serem assimiladas de maneira estável e útil, devem interagir com ideias (aprendidas anteriormente) relevantes, por isto previamente existentes na 🔑 estrutura cognitiva da pessoa, denominadas subsunçores, e formar com eles âncoras, em um conjunto novo de conhecimentos, agora com novo 🔑 significado.
Essa concepção de aprendizagem para Moreira e Masini (2006) foi colocada em oposição à aprendizagem mecânica, em que as novas 🔑 informações seriam armazenadas na mente de forma arbitrária, ou seja, com pouca ou nenhuma ligação com conceitos prévios.
O professor de 🔑 Educação Física deve ser um facilitador, capaz de utilizar habilidades específicas com aqueles estudantes que requerem cuidado e atenção 'especial', 🔑 observando as diferenças individuais, agindo de forma que seus educandos adaptem-se em diferentes momentos do próprio desempenho, constituindo-se em professor 🔑 formador de opinião e modelo de identidade aos mais jovens.
Assim, consideramos que é imprescindível uma atuação de estreita relação com 🔑 a família do educando e com fazer jogo loteria pela internet comunidade escolar, em ações de diversas ordens, especialmente as voltadas à promoção da 🔑 saúde nos ambientes citados.
Esteve (2004) nos lembra a respeito das mudanças sociais que acarretaram um significativo aumento das responsabilidades aos 🔑 professores e reforça que os professores e a escola não serão capazes de dar uma resposta adequada a essas novas 🔑 demandas enquanto estiverem sozinhos nessa tarefa.
Nesse sentido, existe a necessidade de construir uma sociedade que encare a educação das novas 🔑 gerações de forma compartilhada.
Partindo desse pressuposto, pensamos que a questão da Saúde deve ser desenvolvida transversalmente na escola, entre todas 🔑 as áreas do conhecimento, e nesse contexto, reforçamos novamente a presença do professor de Educação Física, que possui uma enorme 🔑 capacidade de motivar, ao trabalhar com o corpo e dada fazer jogo loteria pela internet atuação de forma direta com atividades específicas da cultura 🔑 de movimento.
Assim, ele atende objetivos educacionais, com compromisso profissional, identificado com o discente, e tem um papel primordial no envolvimento 🔑 da fazer jogo loteria pela internet família no processo de Educação para Saúde, favorecendo e motivando para posturas mais saudáveis e positivas.
O papel de 🔑 facilitador é importante no sentido de dar conta das diferenças individuais e das dificuldades de cada um, bem como tentar 🔑 adaptar fazer jogo loteria pela internet maneira de agir, ajustando-se às necessidades dos seus alunos.
Yus (2002) retrata bem esse educador em consonância com uma 🔑 prática voltada a uma Educação que vise a integralidade do educando, considerando suas diferenças, individualidade e ritmos de aprendizagem.
Outra habilidade 🔑 do professor como facilitador estaria na possibilidade de integrar equipes interdisciplinares, estando mais inclinado em ajudar alunos-problemas, dinamizando suas habilidades 🔑 específicas voltadas a estudantes especiais.
Esses papéis, analisados aqui separadamente apenas por conveniência, na prática entrecruzam-se a todo momento, embora sejam 🔑 dependentes do estilo individual do docente.
É desta forma que visualizamos um melhor professor de Educação Física, inserido de forma direta 🔑 em Educação para Saúde na escola.
Pensamos que ele deve possuir peculiaridades muito importantes, entre as quais a de ter um 🔑 papel relevante no desenvolvimento humano, especificamente através do incentivo e cuidado na área física, ou seja, na cultura corporal de 🔑 movimento, assim como pelo fato de ser um dos maiores dinamizadores de grupo, no caso de seus alunos, mas também 🔑 de colegas professores, além da comunidade.
Isto nos leva a crer que ele seja peça fundamental em uma equipe multidisciplinar, que 🔑 trabalhe na perspectiva de uma efetiva Educação para Saúde.
Ainda deve intervir e proporcionar dinâmicas para o desenvolvimento de uma vida 🔑 ativa fisicamente.
A literatura dispõe de vários argumentos que enfatizam as vantagens de uma vida ativa fisicamente, sendo primordial no combate 🔑 às doenças relacionadas com o sedentarismo.
De fato, reforçamos a ideia de que o educando, no ambiente escolar, encontra-se em uma 🔑 fase bastante propícia para impregnar-se de princípios de vida ativa que embasarão práticas mais voltadas para manutenção de uma aptidão 🔑 física saudável, servido para todas as demais fases da vida.
Conforme destaca Guedes e Guedes (1999) os professores de Educação Física 🔑 devem incorporar uma nova postura frente à estrutura educacional, procurando proporcionar em suas aulas, não mais uma visão exclusiva à 🔑 prática de atividades esportivas e recreativas, mas também, alcançarem metas voltadas à educação para a saúde, mediante seleção, organização e 🔑 desenvolvimento de experiências que possam propiciar aos alunos não apenas situações que os tornem crianças e adolescentes ativos fisicamente, mas, 🔑 sobretudo, que os conduzam a optarem por um estilo de vida saudável ao longo de toda a vida.
Sugerimos que é 🔑 de suma importância observar e estar atento às dinâmicas de comportamento e posturas em decorrência das inovações tecnológicas e suas 🔑 implicações em relação à saúde.
Como exemplo, estaria desenvolver ou propor formas de ócio e lazer ativo, além de atuar na 🔑 perspectiva de uma atuação preventiva de doenças, em benefício da saúde.
Por outro lado, a atuação do professor de Educação Física 🔑 deve estar diretamente articulada para aprofundar reflexões na fazer jogo loteria pela internet prática pedagógica sobre as abordagens veiculadas pela mídia e suas possíveis 🔑 implicações para a saúde.
Saber relacionar-se de forma afetiva, positiva e saudável é destacado por Mosquera e Stobäus (2004), quando nos 🔑 chamam a atenção de que os estudos pedagógicos das últimas décadas estão voltados com grande força para orientar melhor a 🔑 Educação de professores, na tentativa de alcançar um maior significado e profundidade na dinâmica interpessoal, em ambientes de ensino, tanto 🔑 para professores como seus alunos.
A promoção de uma relação interpessoal mais saudável e positiva deve ser a base de uma 🔑 postura que concilie afetividade e bem-estar, desenvolvendo auto-imagem e auto-estima mais realistas, fator importantíssimo no auxilio da organização pessoal do 🔑 próprio docente, tanto de forma real como subjetiva, assim como na compreensão do meio em que vive.
Os autores ressaltam que, 🔑 na abordagem sobre as crises, transformações e modificações que ocorrem na vida adulta, maior etapa do desenvolvimento humano, as mesmas 🔑 são importantes e evidenciam a necessidade de uma reestruturação constante e consciente.
O professor de Educação Física, quando ensina atividades da 🔑 cultura corporal, deve utilizar e integrar distintas fontes de conhecimento, situação imprescindível para que os mesmos sejam relacionados em seu 🔑 contexto.
Menestrina (1993) sugere uma perspectiva em direção à Educação para a Saúde faria com que a Educação Física, deixando de 🔑 atuar isoladamente, se voltasse para uma atuação mais conjugada com as demais disciplinas curriculares, em função de finalidades mais abrangentes 🔑 do sistema educacional.
Essa iniciativa determinaria o progresso da Educação Física como atividade sócio-educativa-cultural, desencadeando a possibilidade uma colaboração mais efetiva, 🔑 com vistas à melhoria do nível de qualidade de vida na vida em sociedade.
Ao apontarmos essas reflexões para uma ação 🔑 educativa eficaz em direção à Educação para a Saúde, reconhecemos que não as esgotamos aqui.
Porém, consideramos (MOSQUERA E STOBAÜS, 1984) 🔑 que a docência não se realiza apenas pela simples transmissão de conhecimentos e seu armazenamento nas estruturas mentais do educando, 🔑 mas na possibilidade de transferência do saber adquirido para as práticas efetivas para dentro da própria vida, durando muitos anos.
Desta 🔑 forma, uma pedagogia eficaz em termos de Educação Física, aliada a uma concepção de Educação para a Saúde, deve ter 🔑 por finalidade primordial uma educação da consciência humana, para assegurar práticas de saúde entendidas de forma geral, como atributo individual 🔑 e com novos valores de âmbito mais em direção à Educação Social.
Considerações finais
Já há bons indícios entre os docentes de 🔑 que a Educação, mormente a Educação Física, esteja dando mostras de seu amadurecimento como campo científico e de intervenção, inclusive 🔑 quando questionada se seria seu papel majoritário o de promotor de atividades físicas, cuja gênese advém do ideário mais de 🔑 disciplinamento e controle corporal.
Entendemos que, para poder reconhecer-se, efetivamente, como área promotora da saúde, a Educação Física, precisa incorporar a 🔑 mudança do próprio conceito de saúde, ressaltando antes de tudo, as interelações com a equidade social, postura que, de forma 🔑 alguma a fará ampliar fazer jogo loteria pela internet ação, sem perder fazer jogo loteria pela internet especificidade e legitimidade frente às questões do movimento humano.
Parece sensato entender 🔑 que, para ocorrer tal avanço, a área precise rever a postura de simpelsmente 'combater o sedentarismo', ideia que e se 🔑 tornou tão conhecida e divulgada na área nas últimas décadas.
Reiteramos aqui, para finalizar, que propomos uma cuidadosa releitura da própria 🔑 identidade do profissional de Educação Física, e que o mesmo estruture-se como um (trans)formador em seu âmbito social, caracterizando-se como 🔑 promotor de uma nova pedagogia, voltada para o 'saber ser', 'saber viver', 'saber fazer'', propiciando meios efetivos visando a construção 🔑 de um homem sadio e uma cultura social renovada, lembrando de temas como a Psicologia Humanista-existencial, a Psicologia Positiva e 🔑 a Educação para a Saúde.
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