Dicas de Mulher
O esporte, assim como outras áreas da sociedade, está em constante evolução, especialmente quando o assunto é equidade 👍 de gênero.
Inicialmente considerada uma prática permitida somente para homens, a participação da mulher no campo esportivo ilustra um processo longo 👍 de superação, desafiando os limites físicos e contrariando o discurso médico que mulheres não eram biologicamente aptas a se exercitar.
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O 👍 que é equidade de gênero nos esportes
Considerado com um grupo subjugado pela sociedade, as mulheres, pensando em seu papel social 👍 imposto, possuem necessidades diferentes das dos homens.
Por isso, não é possível buscar por justiça ao querer apenas igualar as vivências 👍 de grupos distintos.
A partir desse entendimento, nascem as discussões sobre equidade de gênero no esporte.
Mas você sabe qual a diferença 👍 entre esse termo e igualdade? Confira a seguir!
Equidade X igualdade
Ao contrário do que muitos pensam, os termos equidade e igualdade 👍 não possuem o mesmo significado.
Segundo o dicionário Michaelis, igualdade é a "qualidade daquilo que é igual ou que não apresenta 👍 diferenças", enquanto equidade significa considerar as diferentes condições sociais ao debater o que é ou não justo em relação a 👍 dois grupos distintos.
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Na esfera esportiva, o termo equidade se refere a busca por oportunidades iguais a partir de suas diferenças.
O 👍 direito das mulheres de praticar o esporte tanto quanto os homens, levando em considerações fatores externos como maternidade, reprodução social, 👍 falta de oportunidades e incentivo, sexualização do corpo feminino, entre outros.
A seleção americana de futebol feminino foi um exemplo quando, 👍 em 2019, às vésperas de uma Copa do Mundo, entrou com processo na justiça contra a Federação Americana de Futebol 👍 (U.S.
Soccer) alegando discriminação de gênero na instituição.
As atuais tetracampeãs mundiais e 6x medalhistas olímpicas protestam pela diferença salarial, elas recebem 👍 cerca de 4x menos que a seleção masculina que chegou nem sequer perto de um título conquistado por elas.
Elas jogam 👍 mais partidas, vendem mais camisetas, reúnem mais torcedores e mesmo assim recebem menos e tem condições inferiores aos homens em 👍 relação aos lugares onde jogam, o tratamento médico que recebem e as condições de deslocamento entre as partidas.
Breve história da 👍 mulher no meio esportivo
A discussão sobre equidade de gênero no esporte era – e ainda é – rejeitada por muitos.
De 👍 início, mulheres não eram permitidas a praticar esportes e se tornar atletas de alto rendimento.
O Barão de Coubertin, conhecido como 👍 pai da Olimpíada Moderna e responsável pelo retorno dos Jogos Olímpicos em 1896, era contra a participação feminina nos jogos, 👍 afirmando que "uma olimpíada com mulheres seria impraticável, desinteressante, inestética e imprópria."
Para o descontentamento de Coubertin, as mulheres passaram a 👍 participar da segunda edição dos jogos olímpicos em Paris no ano de 1900, porém não recebiam medalhas, apenas certificados e 👍 em esportes que não envolviam contato físico.
Com o início de um novo século, a luta pelos direitos femininos se intensificou 👍 e a reivindicação por equidade de gênero se alastrou.
Com o passar das edições, a participação feminina foi aumentando até chegar 👍 em Tóquio 2020 com a maior participação feminina de todos os tempos nos Jogos Olímpicos, 48,8%.
A primeira mulher brasileira a 👍 disputar uma edição de jogos olímpicos foi Maria Lenk.
O Carta Capital conta que a nadadora ganhou notoriedade por ser a 👍 única mulher sul-americana nos jogos de Los Angeles, em 1932.
Menos de 10 anos depois, o então presidente da república Getúlio 👍 Vargas, decretou a proibição da presença feminina na prática de desportos.
Um buraco na história esportiva feminina que permaneceu até 1964 👍 com a participação de Aída dos Santos nos jogos olímpicos de Tóquio.
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A atleta com especialidade em salto em altura viajou 👍 sem técnico, sem uniforme e sem tênis.
Apenas no fim década de 70 a lei foi revogada, gerando um grande atraso 👍 na evolução do esporte por parte das mulheres.
O primeiro grande resultado foi em 1996 com a medalha de ouro de 👍 no vôlei de praia.
Em 1999, a seleção brasileira de futebol feminino conquistou o terceiro lugar em uma Copa do Mundo, 👍 enquanto a seleção masculina já era tetracampeã mundial.
Um longo caminho foi percorrido por grandes atletas como Wanda dos Santos, Mary 👍 Dalva Proença, Eleonora Mendonça, Maurren Maggi, Rafaela Silva, Sarah Menezes para que meninas e mulheres pudessem ter suas oportunidades no 👍 esporte em busca da equidade de gênero.
Os desafios que as mulheres enfrentam como esportistas
A inserção feminina no esporte passa por 👍 desafios diários, sendo eles os temas principais no debate e na busca por equidade de gênero.
Esporte e Maternidade
Maior medalhista olímpica 👍 de atletismo, a norte-americana Allyson Felix quebra recordes nas pistas e fora dela.
A atleta conseguiu criar um novo significado para 👍 maternidade dentro do esporte quando, em 2018, após decidir ser mãe, expôs e processou a empresa de materiais esportivos Nike.
Após 👍 o nascimento de como fazer aposta da lotofácil online filha, a Nike, como fazer aposta da lotofácil online antiga patrocinadora, ofereceu um contrato 70% menor que o anterior terminado em 👍 2017.
Allyson não aceitou e assinou um novo contrato com a Athleta, uma marca que, até então, nunca havia patrocinado atletas 👍 antes.
Além de vencer o processo, Allyson deu voz ao tabu da maternidade no esporte e fez com que a política 👍 da Nike mudasse em casos de gravidez de atletas.
Abuso sexual e a Lei Joanna Maranhão
A recordista brasileira de natação, Joanna 👍 Maranhão revelou em entrevistas em 2008 que havia sido abusada sexualmente pelo técnico quando tinha 9 anos.
Quando o caso veio 👍 a público, Joanna estava com 21 anos e já havia prescrito, isto é, o tempo legal para que o crime 👍 fosse denunciado havia acabado.
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O treinador acusado decidiu processá-la por calúnia e difamação, tornando a atleta réu do caso.
A repercussão gerou 👍 uma mudança no código penal brasileiro sobre pedofilia, criando a Lei 12.
650, passando a ser possível denunciar casos de abuso 👍 na infância mesmo após adulto.
A falta de reconhecimento
Vencedora de seis bolas de ouro, e a maior artilheira de todas as 👍 Copas do Mundo, Marta ultrapassou, em 2019, o jogador alemão Miroslav Klose e assumiu a ponta da artilharia com 17 👍 gols.
Porém, em entrevista a Folha, um representante da Fifa afirmou que classifica as Copas do Mundo feminina e masculina como 👍 eventos distintos, desmerecendo o feito da atleta.
Em entrevista após o jogo, Marta se emocionou ao falar sobre o recorde: "é 👍 algo que acontece naturalmente quando se dedica, faz trabalho com amor.
Estava esperando esse momento.Estou feliz demais.
Digo que a gente está 👍 quebrando muitas barreiras, e esse recorde representa bastante, porque não é só a jogadora Marta, mas as mulheres.
Num esporte que 👍 ainda é masculino para muitos, temos uma mulher como a maior artilheira das Copas.É para todas elas".
Silenciamento do esporte feminino 👍 na mídia
Um estudo feito pela Unesco revela que apenas 4% do espaço midiático é dedicado às modalidades praticadas por mulheres, 👍 de toda cobertura esportiva mundial.
A Vivo organizou uma campanha chamada "4%" convidando a sociedade a refletir sobre a pouca visibilidade 👍 das modalidades femininas nos esportes durante os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Uniformes e a sexualização de corpos femininos
Além do desafio 👍 de conquista espaço dentro do meio esportivo, as mulheres ainda precisam lutar contra a sexualização de seus corpos enquanto usam 👍 seus uniformes, esse é um dos desafios da equidade de gênero.
Um dos exemplos foi quando a seleção alemã de Ginástica 👍 Artística decidiu deixar de lado o típico collant da modalidade para dar lugar ao macacão que cobre as pernas.
Não existe 👍 uma lei que obriga o uso do collant, tanto que mudanças devido a motivos religiosos e culturais são permitidos, porém, 👍 a pressão estética também as atingem.
Por isso, as atletas decidiram fugir do tradicional e usar o uniforme que as fazem 👍 sentir mais confortáveis.
Outro caso que gerou repercussão foi da seleção norueguesa de handebol de praia.
A equipe se recusou a usar 👍 o tradicional biquíni durante o campeonato europeu.
A justificativa foi que o uniforme atrapalhava o desempenho, causavam desconforto e geravam a 👍 hipersexualização de seus corpos.
Foram multadas pela Federação Europeia de Handebol em 1,5 mil euros por optarem em usar shorts.
Inclusão da 👍 mulher trans no esporte
O debate sobre a participação de pessoas transgêneros no meio esportivo é uma questão já respondida pelo 👍 Comitê Olímpico Internacional (COI) desde 2015.
A organização não exige que seja realizada cirurgias de mudança de sexo, mas, segundo a 👍 plataforma de estudos Gente, "é exigido das mulheres trans controle do nível de testosterona, hormônio masculino, abaixo do nível de 👍 10 nanomols por litro de sangue, por no mínimo um ano antes de como fazer aposta da lotofácil online estreia na competição."
A dúvida que ainda 👍 permeia é a questão da estrutura física, alegando que mulheres trans são mais fortes e possuem vantagem em cima de 👍 mulheres cis.
Entretanto, ainda não existem estudos suficientes para afirmar ou negar, pois, a participação trans é recente.
Mesmo os corpos de 👍 mulheres cis são diferentes, cada uma com como fazer aposta da lotofácil online vantagem ou desvantagem.
No caso do vôlei, existem atletas que beiram os 2 👍 metros de altura enquanto outras se destacam por como fazer aposta da lotofácil online "baixa" estatura para o esporte, com menos de 1,70 cm.
Não se 👍 pode comparar o desempenho dessas duas atletas.
As diferenças fazem parte do esporte.
A primeira participação de uma atleta trans em jogos 👍 olímpicos foi da neozelandesa Laurel Hubbard em nos jogos de Tóquio 2020.
Atleta de levantamento de peso, Laurel cumpriu a exigência 👍 da Federação Internacional de Levantamento de Peso (IWF) e manteve, durante 12 meses, o nível de testosterona do corpo abaixo 👍 de 10 nmol/l.
Em uma entrevista ao jornal Stuff, Hubbard disse que "tudo o que você pode fazer é se concentrar 👍 na tarefa em mãos e se continuar fazendo isso, você conseguirá superar.
Estou consciente que não serei apoiada por todos, mas 👍 espero que as pessoas possam manter a mente aberta e talvez olhar para o meu desempenho em um contexto mais 👍 amplo.
Talvez o fato de ter demorado tanto para alguém como eu aparecer indique que alguns dos problemas que as pessoas 👍 estão sugerindo não são o que parecem."
A luta pela equidade de gênero no esportePublicidade
A equidade de gênero caminha a passos 👍 moderados no esporte.
Quanto a participação feminina, exalta-se a quase metade dos atletas presentes em Tóquio serem mulheres e meninas.
Em um 👍 levantamento feito pelas Dibradoras, a Copa do Mundo Feminina de 2019 atingiu 33,2 milhões de espectadores com a partida Brasil 👍 x França pelas quartas de final do torneio.
Foi a maior audiência da história da competição em todo planeta.
Já em relação 👍 ao lado financeiro, muita coisa precisa mudar.
Enquanto as 24 seleções participantes do torneio feminino em 2019 dividiram a quantia de 👍 U$30 milhões, o torneio masculino na Rússia em 2018 distribuiu U$400 milhões entre as 32 seleções.
A realidade brasileira é ainda 👍 pior: a premiação do campeonato feminino não chega nem a 1% do valor pago ao masculino, afirma o jornal Metrópoles.
A 👍 equidade precisa ser em todos os campos, dentro e fora deles.
Nada e ninguém pode parar essas mulheres que contribuem a 👍 cada dia em busca da equidade de gênero no esporte.
Que tal conhecer a história da mulher que revolucionou o futebol 👍 brasileiro e mundial, a rainha Marta Silva?