(foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)
O waterline é uma das modalidades do slackline (foto: Viola Júnior/Esp.CB/D.A Press)
Nada como um esporte ser encarado também como prática de lazer.
Em Brasília, não é raro se deparar com pessoas se equilibrando sobre uma fita.
O Parque da Cidade virou um dos pontos favoritos de quem pratica slackline.
De acordo com o professor de educação física e praticante do esporte há seis anos Guilherme Caetano, a modalidade pode ser encarada como meio ou como fim: "Quem faz como fim está interessado no desafio, quer andar sobre fitas cada vez mais longas, fazer manobras etc; quem faz como meio aproveita a fita como ferramenta para trabalhar todo tipo de capacidade física, força, resistência, flexibilidade equilíbrio e outros".
Segundo Guilherme, por um lado, a prática do slackline como atividade física tem diversos benefícios: melhora da coordenação motora, mais consciência corporal e propriocepção (capacidadejogo betreconhecer sem utilizar a localização espacial do corpo,jogo betposição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpojogo betrelação às demais) e, claro, equilíbrio.
"Todas essas capacidades são intimamente ligadas, mas considero importante ressaltar cada uma delas", explica.
Por outro lado, o slackline se encaixa no modelo fitness das academias quando usado para melhorar capacidades físicas e é cada vez mais comum encontrar adeptos da fita para esse fim.
"Por ser um esporte divertido e totalmente funcional se encaixou bem nas necessidades atuais desse mercado.
Por esse motivo, é uma ótima opção pra quem quer fazer uma atividade física divertida e com resultados positivos no dia a dia", explica Guilherme.
Para isso, ele deixa claro que é necessário um profissional criativo, com conhecimento na área.
O professor exemplifica que é possível fazer flexões de braço e agachamentos sobre a fita.
O Highline é praticadojogo betalturas superiores a 5 metros.
Essa modalidade requer muita experiência e conhecimento de alpinismo, pois é necessário utilização de equipamentos de segurança e conhecimento técnico de sistema de redução.
Além de preparo físico e concentração, o controle mental é fundamental para manterjogo betequilíbrio sentimentos como medo, ansiedade e adrenalinajogo betgrandes alturas.
É a modalidade mais praticada do slackline.
Geralmente, é executado a partir de 60cm do chão, o trickline permite a realização de manobras de saltos e equilíbrio extremo, exigindo do praticante bastante preparo físico e treino.
O longline é a práticajogo betfitas com comprimento a partir de 20 metros.
Exige do praticante bastante condicionamento físico, pois quanto maior a distância percorrida, mais força muscular e equilíbrio são necessários.
Além disso, requer bastante concentração para se manter na fita.
O waterline é a prática do slackline sobre a água.
Pode ser feitajogo betpiscinas, rios ou praias.
É a modalidade mais refrescante e descontraída, na qual podem ser realizadas diversas manobras do trickline.
As quedas são sempre divertidas.
Guilherme é dos que fazem o esporte por ele mesmo.
Antes, praticava mais o chamado trickline, modalidadejogo betque são feitas manobras sobre a fita.
Mas as frequentes lesões o impediram ele de continuar.
Ele se interessou pelo highline,jogo betque a fita é colocada nas alturas, sem forçar tanto os ligamentos lesionados.
Ele e a namorada, Débora Salles, se conheceram justamente por causa do interesse dela pelo slackline.
"Eu aprendi tudo com ele", comenta.
Ela conta que não há como não sentir medo: "A questão é exatamente se controlar e lidar com as próprias emoções".
A aventura se tornou um projeto profissional.
O casal resolveu ajudar os atletas do país.
"Não havia um registro das vias no Brasil.
Quem quisesse ir atrás, como nós, enfrentaria a dificuldade de conseguir informações a respeito.
Decidimos ir atrás e catalogar cada uma delas", conta Guilherme.
A princípio, viajariam sozinhos para Minas Gerais a fim de conhecer alguns pontos de lá.
Quando a viagem virou um projeto, resolveram convidar dois amigos, um atleta e um atleta fotógrafo profissional.
O quarteto intitulado High na Estrada (www.highnaestrada.
com) passou 27 dias viajandojogo betbusca de picos -jogo betmuitos deles, dormiramjogo betbarracas no meio do mato.
A próxima viagem, segundo Débora, será, provavelmente, pelo Rio de Janeiro.
O terceiro atleta veio com experiência australiana.
Ele estava prestes a viajar para o país quando conseguiu dar os primeiros passos no slackline.
Resolveu continuar com o esporte por lá.
Tentou fazer nas alturasjogo betSidney, mas não teve coragem.
Quando voltou, estava instigado: "Procurei o Guilherme, que era quem sabia tudo de slackline aqui e ele me ensinou muito".
Fábio coleciona inúmeras medalhas importantes como lutador de kung-fu, o que, garante, lhe deu mais consciência corporal para andar sobre a fita e fazer manobras.
Quando foi convidado para o High na estrada, ficou honrado pela confiança depositada nele.
Como pretendiam registrar cada lugar, fazer croquis, especificar as coordenadas geográficas, a forma de chegar, a altura etc.
, acharam interessante também produzir fotos de qualidade.
Haviam conhecido o fotógrafo Henrique Domingos por acaso.
Ele andava de longboard pelo Eixão e se deparou com o casal e outras pessoas fazendo slackline.
"Tirei umas fotos da galera e acabei me enturmando, mas não cheguei a andar na fita", conta.
Henrique juntou-se ao grupo para registrarjogo betimagens as vias e a experiência deles.
Há cerca de três semanas, experimentou pelo highline pela primeira vez e está tentando treinar com certa frequência.
Para Fleury, o lugar mais marcante foi a Cachoeira do Tabuleiro, situada na serra do Espinhaço, no município de Conceição do Mato Dentro.
É mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil.
São 273 metros de queda-livre e na parte alta da cachoeira existem outras quedas e lagos e, na parte de baixo, existe um grande poço ladeado por imensos blocos de pedra com 18 metros de profundidade.