A operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), revelou a existência de esquemas de manipulação de resultados de 🌈 partidas de futebol para favorecer apostadores que contavam com a participação de jogadores das Séries A e B do Campeonato 🌈 Brasileiro.
Para entender um pouco mais sobre este esquema fraudulento, a Agência Brasil conversou com o professor da pós-graduação em Direito 🌈 Desportivo da PUC-PR Tiago Horta, que é membro do Comitê de Defesa do Jogo Limpo do Comitê Olímpico do Brasil 🌈 (COB).
Durante a entrevista o especialista em integridade esportiva afirma que a decisão do Governo Federal de regulamentar o mercado de 🌈 apostas esportivas no país é positiva, mas não é o bastante.
É fundamental estabelecer, em todo o território nacional, um sistema 🌈 de integridade forte.
Além disso, o pesquisador entende que as consequências dos escândalos revelados através da Operação Penalidade Máxima são devastadoras 🌈 e que, para amenizar um pouco os estragos causados, as punições devem ser exemplares, para que a indústria do futebol 🌈 não caia em descrédito.
Agência Brasil: Em dezembro de 2018 foi publicada a LEI Nº 13.
756, que liberou a atuação das 🌈 Casas de Apostas esportivas no Brasil.
Dessa data até hoje, como se constituiu o universo das apostas esportivas no Brasil?
Tiago Horta: 🌈 A lei 3.
756 de 2018 surgiu no sentido de tentar integrar o Brasil ao que estava acontecendo no contexto internacional.
As 🌈 apostas já eram uma realidade em grande parte do mundo, inclusive no Brasil.
Era um mercado em crescimento, mas que até 🌈 então ficava meio obscuro.
A própria lei de contravenções penais já mencionava a questão das apostas, proibindo que sites desta natureza 🌈 fossem hospedados no Brasil.
Porém, essa legislação abriu uma brecha para que esses sites operassem a partir de fora do Brasil, 🌈 o cenário que se mantém em jogos automático para ganhar dinheiro maioria até hoje.
A lei legaliza a questão das apostas de cotas fixas esportivas, 🌈 mas fica faltando uma regulamentação.
Porém, o Governo anterior não teve interesse de mexer com o tema e essa realidade acabou 🌈 se prolongando até os dias de hoje.
A lei trouxe algumas situações interessantes.
Por exemplo, na questão dos patrocínios ela abriu uma 🌈 espécie de caixa de Pandora.
Antes tínhamos alguns ensaios de algumas empresas que tentavam ingressar no esporte, anunciando na TV, com 🌈 tentativas de anúncio em manga da camisa de um clube, mas tudo de forma discreta.
Não se falava ainda que era 🌈 site de apostas, usavam outro tipo de nomenclatura.
Mas, a partir de 2018, eles se sentiram à vontade para isso, o 🌈 que levou a que hoje, no futebol brasileiro, praticamente todos os grandes clubes das Séries A e B tenham algum 🌈 tipo de patrocínio de sites de apostas.
Os anúncios nas emissoras de TV também são muito presentes.
Essa foi uma das principais 🌈 consequências da falta de regulamentação.
A falta de regulamentação levou à falta de limites na questão dos patrocínios.
Qual o limite do 🌈 patrocínio em relação ao uso de atletas? O mercado busca no momento uma espécie de autorregulamentação, propondo que atletas com 🌈 menos de 25 não sejam mais utilizados.
O mesmo acontece com a possibilidade de atletas firmarem parcerias privadas com sites de 🌈 apostas.
Não existe um regramento que libere ou proíba.
O desafio é muito grande nesse sentido.
É necessário realmente ser verificada essa situação, 🌈 para que, a partir da regulamentação, tenhamos, ao menos, um conhecimento das regras.
A partir daí as autoridades poderão cobrar o 🌈 cumprimento delas.
No meu entendimento a regulamentação não é a solução final para manter a integridade do esporte, mas penso que 🌈 a regulamentação pode ser um dos fatores que ajudarão na construção de um sistema forte de integridade.
Agência Brasil: Muitas pessoas 🌈 ainda não compreendem como se dão as apostas investigadas.
De forma sintética, quais as modalidades de apostas oferecidas? E qual a 🌈 razão de as apostas em cartões amarelos ganharem protagonismo nas investigações conduzidas pelo Ministério Público?
Tiago Horta: O mercado de apostas 🌈 ainda está engatinhando no Brasil.
Ganhou força nos últimos quatro anos.
Então, ainda é tudo parte de um grande aprendizado.
Os mercados relacionados 🌈 a um evento esportivo são variados.
Você tem, por exemplo, o mercado de resultados, de quem vai vencer a partida, que 🌈 é similar à loteria esportiva.
Além disso, há o mercado de gols, de quantos gols serão marcados no jogo.
Existem variações desses 🌈 mercados, relacionadas aos tempos do primeiro e do segundo tempo de um jogo: Quem vai ganhar no primeiro tempo? Quem 🌈 vai ganhar no segundo tempo? Esses seriam os mercados mais populares, nos quais há mais liquidez, mais dinheiro correndo.
Porém, há 🌈 outros mercados que geram interesse dos apostadores, como o de quem vai marcar o gol, ou de cartões amarelos, de 🌈 escanteios.
Há pessoas que se interessam em apostar nesses mercados secundários, pois acreditam que, eventualmente, pode ser mais vantajoso.
Sobre a questão 🌈 dos cartões amarelos, entendo que ela ganhou relevância porque, no entendimento dos manipuladores, para manipular o resultado final de uma 🌈 partida é necessário cooptar um grupo de atletas.
Dentro dessa noção de fraudes é importante saber que os manipuladores nem sempre 🌈 conseguem alcançar êxito em suas tentativas.
Aí entra a questão dos cartões.
Para fraudar uma situação de cartão amarelo basta cooptar um 🌈 único atleta.
Esse acordo é mais pontual, acaba sendo mais fácil de ser alcançado.
Além disso, esses atletas se sentem constrangidos de 🌈 manipular o resultado de uma partida, o resultado final de um jogo.
Mas quando os aliciadores propõem uma fraude em uma 🌈 situação de cartão, muitas vezes eles conseguem convencer os atletas, afirmando que aquela é uma situação que não gerará um 🌈 grande dano ao resultado da partida.
O grande problema é que, a partir do momento no qual o atleta aceita isso 🌈 pela primeira vez, ele está na mão do aliciador.
Então dificilmente conseguirá sair disso.
Ele fica suscetível a receber ameaças e chantagens.
Por 🌈 isso a educação é algo tão importante.
Os atletas precisam aprender sobre o risco de ingressarem nisso e da importância de 🌈 refutarem qualquer proposta neste sentido.
Agência Brasil: Algo que chama a atenção de muitas pessoas é o envolvimento de jogadores das 🌈 Séries A e B nestes crimes, isto porque há a percepção de que estes atletas possuem bons vencimentos.
O que explica 🌈 este envolvimento?
Tiago Horta: A grande questão é que, quando estamos lidando com atletas, temos que lembrar que estamos lidando com 🌈 pessoas, não com máquinas.
A questão dos vencimentos mostra muito isso.
Há dois fatores que considero muito importantes aqui.
O primeiro é que 🌈 não há uma uniformidade de salários baixos ou altos.
O Flamengo, por exemplo, tem uma faixa de vencimentos, enquanto o elenco 🌈 do Cuiabá tem outro.
São muito discrepantes as realidades salariais e, dentro dos próprios elencos, também há atletas que recebem salários 🌈 muito diferentes uns dos outros.
O segundo fator é que os atletas estão inseridos em um contexto familiar, de amigos.
Esses atletas, 🌈 às vezes para ajudar algum conhecido ou de alguma forma influenciados, podem ser levados a praticarem esse tipo de fraude.
Essas 🌈 fraudes de cartão amarelo acontecerão mesmo nos campeonatos mais importantes, aqueles que terão liquidez nos mercados de cartões, que terão 🌈 dinheiro suficiente correndo para que se justifique a prática dessas fraudes.
Muito dificilmente jogos de Séries C ou D oferecerão esse 🌈 tipo de mercado, pois não movimentarão dinheiro suficiente para que as apostas possam acontecer nesses mercados sem levantar maiores suspeitas.
Agência 🌈 Brasil: Na jogos automático para ganhar dinheiro avaliação, quais os prejuízos que o clima de desconfiança causado pela revelação de esquemas de fraudes traz 🌈 para o futebol brasileiro?
Tiago Horta: Entendo que a situação é devastadora.
O mal tem que ser cortado pela raiz.
Os exemplos punitivos 🌈 devem ser exemplares, não se pode passar a mão na cabeça do atleta num momento como este, pois todo o 🌈 ambiente é colocado em risco, toda a indústria do futebol fica ameaçada.
Basta notar a perplexidade das pessoas nos últimos dias, 🌈 a preocupação e o sentimento de desconfiança que aumentou de forma absurda.
O futebol, o esporte como um todo, tem dois 🌈 pilares fundamentais: a credibilidade e a imprevisibilidade.
Esses dois pilares têm de ficar de pé, para o bem de toda a 🌈 indústria esportiva (patrocínio, contratos de atletas, contratos de TV, etc).
Caso um desses pilares seja quebrado, o sistema inteiro vem abaixo.
Penso 🌈 que os tribunais esportivos estão com uma postura lenta em relação ao que tem sido noticiado pela imprensa.
Além disso, há 🌈 a denúncia do Ministério Público de Goiás que nomeia vários jogadores.
A partir do momento em que há um jogador sobre 🌈 o qual paira uma suspeita de participação em um esquema fraudulento, é totalmente inviável que esse jogador continue atuando.
Não é 🌈 cercear o direito de defesa de ninguém, mas todos esses jogadores deveriam ser suspensos preventivamente, não podendo atuar até que 🌈 os fatos sejam plenamente esclarecidos.
Isso tudo porque todo um sistema está em risco e não podemos considerar que a simples 🌈 presunção de inocência desses atletas seja mais importante do que todo um sistema.
Temos que manter a credibilidade e a imprevisibilidade.
Essa 🌈 deve ser a prioridade número um.
Posteriormente esses atletas terão a possibilidade de se defenderem, e aqueles que conseguirem provar jogos automático para ganhar dinheiro 🌈 inocência devem voltar a jogar.
Já os demais, penso que não devem.
Agência Brasil: Que ações podem ser tomadas (por CBF, Governo, 🌈 etc) para evitar estes crimes? A regulamentação das apostas pode ser um caminho?
Tiago Horta: Todos têm um papel no combate 🌈 à manipulação de resultados.
Porém, devemos ter clareza de que não vamos acabar com a manipulação de resultados, mas devemos tomar 🌈 uma série de medidas para prevenir a ocorrência e saber de que forma atuar quando os casos vierem à tona.
E 🌈 essa atuação deve ser assertiva.
Principalmente no âmbito esportivo, existe muita dúvida em relação ao que fazer, de que forma agir.
Nesta 🌈 questão os diferentes atores relacionados ao setor de apostas esportivas têm que trabalhar juntos, cada um dentro do seu âmbito 🌈 de atuação: as autoridades públicas, a CBF, as demais federações esportivas, os clubes e também as empresas privadas, que podem 🌈 contribuir com soluções de compliance (para garantir que as regras sejam seguidas), de monitoramentos de sites de apostas, com canais 🌈 de oferecimento de canais de denúncia e com produção de investigações privadas.
Existem várias ferramentas.
Isso tudo tem que ser estruturado dentro 🌈 de um sistema.
Não adianta achar que uma ação isolada das autoridades públicas resolverá o problema, ou somente uma ação das 🌈 entidades esportivas.
O trabalho de prevenção talvez seja o fator mais importante.
Fazendo um bom trabalho de prevenção se evita a participação, 🌈 a entrada, de grande parte desses atletas e árbitros em esquemas de manipulação de resultados.
É um trabalho que deve ser 🌈 liderado pelas entidades esportivas tanto de administração do desporto (federações, CBF) como pelas entidades de prática desportiva (que são os 🌈 clubes).
Todos eles têm que trabalhar em âmbito nacional.
Não adianta achar que o poder público fará isso sozinho.
Mas isso também demanda 🌈 investimento das entidades esportivas, que muitas vezes se omitem de tomar as providências necessárias, pois afirmam que será caro.
Mas elas 🌈 devem compreender que é necessário cumprir jogos automático para ganhar dinheiro parte, enquanto o poder público atuará da forma que está atuando agora, nos 🌈 casos nos quais a educação não conseguiu gerar a consciência nas pessoas envolvidas (atletas, árbitros, dirigentes) de que não deveriam 🌈 praticar fraudes.
Hoje não temos um ambiente construído para um trabalho preventivo, e todas as demais iniciativas de combate ao problema 🌈 não estão consideradas dentro de um sistema.
Uma federação, por exemplo, pode contratar um sistema de monitoramento para detectar as fraudes, 🌈 e eles não sabem dar sequência a essa iniciativa.
O que fazer com essa informação agora? A prevenção e o combate 🌈 passam pela construção de sistemas estruturados de integridade.
Não adianta achar que uma iniciativa isolada e construída de qualquer forma resolverá 🌈 o problema.
Qual é o problema?
O esporte consiste numa disputa entre dois indivíduos ou equipes que concordam em respeitar as mesmas 🌈 regras.
A incerteza sobre o desfecho é parte essencial da atratividade do esporte, diferenciando-o das artes e de outros tipos de 🌈 entretenimento.
Se o resultado é pré-determinado (ou pelo menos um aspecto da competição), a integridade do esporte se perde e, com 🌈 ela, grande parte de seu significado e apelo para torcedores, emissoras e patrocinadores.
Os resultados combinados são, portanto, uma grave ameaça 🌈 ao esporte.
Há duas motivações inteiramente diferentes para a combinação de resultados, ambas com origens muito antigas.
Primeiramente, o jogo pode ser 🌈 combinado por razões esportivas: o suborno e outros incentivos podem ser oferecidos para encorajar um indivíduo ou equipe a perder 🌈 determinada competição.
Em segundo lugar, as pessoas podem tentar ganhar dinheiro através dos jogos de azar numa competição cujo desfecho já 🌈 sabem de antemão, pois combinaram o resultado.
Muitas pessoas acreditam que o advento dos jogos de azar on-line aumentou o risco 🌈 de resultados combinados com finalidades de ganhos financeiros.
É possível apostar a partir de um país em uma liga menor em 🌈 uma terra distante.
A imensa escala da indústria mundial de jogos de azar (legal e ilegal) é atraente para o crime 🌈 organizado, e a diversidade dos tipos de apostas disponíveis potencializa o valor de informações privilegiadas.
A globalização também desempenha um papel 🌈 – criminosos buscando manipular partidas podem se conectar e encontrar-se com atletas, técnicos e dirigentes de todo o mundo.
A COVID-19 🌈 aumentou o risco de manipulação em todos os esportes de acordo com um aviso combinado em 2020 do United Nations 🌈 Office on Drugs and Crime (UNODC), do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da INTERPOL.
O impacto da pandemia na receita e 🌈 no financiamento deixou os participantes mais vulneráveis.
Também em 2020, a EUROPOL disse que os grupos criminosos permaneceram altamente motivados para 🌈 se beneficiarem da manipulação de partidas e eventos dentro das partidas.
Estima-se que as receitas criminais anuais globais provenientes da manipulação 🌈 de partidas relacionadas com apostas foram de € 120 milhões.
O mercado global de apostas para todos os esportes é estimado 🌈 em € 1,69 trilhões por ano.
Estima-se que o futebol represente mais de 60% desse mercado.
Sessenta e cinco porcento do volume 🌈 total de apostas é registrado em casas de apostas asiáticas (incluindo mercados clandestinos e não regulamentados).
Definições
A Convenção do Conselho da 🌈 Europa sobre a Manipulação de Competições Esportivas (2014) define a manipulação de competições esportivas como:
"Um arranjo, ato ou omissão intencionais 🌈 destinados a uma alteração imprópria do resultado ou do curso de uma competição esportiva, a fim de remover, ao todo 🌈 ou em parte, a natureza imprevisível da referida competição esportiva, tendo em vista obter uma vantagem indevida para si mesmo 🌈 ou para outros."
A definição engloba, portanto, esforços para alterar o curso de um evento (lances combinados), bem como o resultado 🌈 geral.
Estão incluídas as partidas com resultados combinados tanto por razões esportivas quanto para ganhos financeiros.
A manipulação de eventos dentro de 🌈 partidas ganhou destaque no críquete.
Os corruptores reconheceram o potencial de ganhos significativos nas apostas manipulando as odds na vasta e 🌈 não regulamentada indústria de apostas indiana.
Isso levou à confusão sobre a natureza precisa da manipulação de partidas no críquete, com 🌈 muitas apostas erroneamente confiáveis podendo ser feitas em eventos obscuros em andamento.
Na verdade, esses eventos pré-arranjados (ou informações privilegiadas) podem 🌈 ser usados para lucrar com o resultado da partida, ou com as odds da partida, em um curto período.
O denominador 🌈 comum entre os dois "golpes" é um mercado de apostas ilegal e não regulamentado.
Em mercados de apostas regulamentados e legais, 🌈 essa corrupção raramente ocorre porque essas indústrias têm um sistema de alerta antecipado para avisar sobre atividades de apostas suspeitas, 🌈 detalhes pessoais do apostador e relações com as autoridades.
Outra forma de manipulação dentro de partidas na qual as indústrias legais 🌈 podem agir rapidamente são as apostas feitas em informações privilegiadas sobre o que ocorrerá fora do campo.
Isso é comum no 🌈 futebol.
Diz respeito a mercados como o "próximo clube do jogador A" ou o "próximo treinador do clube B".
Junto com outras 🌈 federações esportivas, a FIFA proíbe jogadores, árbitros, dirigentes, agentes e intermediários de fazer apostas em qualquer partida de futebol do 🌈 mundo.
Um código atualizado de 11 pontos publicado em 2021 lembrou os participantes das regras de "não apostar ou manipular".
O status 🌈 da manipulação de jogos na lei é uma questão complexa e varia de acordo com o país.
No Reino Unido, a 🌈 fraude foi adicionada à lista de infrações penais dentro do Gambling Act 2005.
O decreto também introduziu a infração "trapaça nos 🌈 jogos de azar".
Ambas são usadas para processar manipuladores de partidas fora da jurisdição dos órgãos reguladores esportivos.
O apetite por processos 🌈 criminais, no entanto, é questionável.
Tem havido uma série de falhas de alto perfil para encontrar jogadores/atletas culpados nos tribunais por 🌈 manipulação de partidas e, com os recursos do sistema de justiça sobrecarregados, tem havido mais ônus sobre os órgãos esportivos 🌈 para ter regulamentações consistentes e capacidade de investigaçãoQual é a resposta?
Apesar de escândalos de manipulação de resultados remontarem desde o 🌈 início dos esportes, o foco atual na luta contra a ameaça de manipulação de resultados remonta aos anos logo após 🌈 2000, com casos de alta visibilidade nos esportes, incluindo futebol, críquete e tênis.
Atualmente, o COI tem jogos automático para ganhar dinheiro própria estratégia para 🌈 a prevenção de manipulação de competições, que é baseada em três pilares:
a) normas e legislação
b) conscientização e capacitação
c) inteligência e 🌈 investigações
A Agenda 2020+5 do COI afirma: "A implementação de monitoramento e proteção precisa aumentar.
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com prioridade dada ao fortalecimento da 🌈 conscientização de atletas, jogos automático para ganhar dinheiro comitiva e autoridades esportivas, incluindo juízes e árbitros".
Ela afirma que o risco "aumentou" e destaca a 🌈 necessidade de fortalecer as regulamentações em conjunto com a INTERPOL e com o UN Office of Drugs and Crime, mais 🌈 educação para atletas, funcionários e autoridades, e incentivar as federações internacionais (FIs) a melhorarem os sistemas de arbitragem e julgamento.
O 🌈 COI informa que as FIs agora estão em conformidade com o Olympic Movement Code on the Prevention of Manipulation of 🌈 Competition, que foi aprovado pelo COI em 2015.
A unidade anticorrupção do International Cricket Council foi uma das primeiras do mundo 🌈 quando foi criada em 2000.
Em 2021, a International Tennis Integrity Unit (ITIU) foi reformulada após uma revisão dos protocolos, estruturas 🌈 e recursos anticorrupção do esporte.
A ITIU é independente.
Várias outras federações esportivas já estabeleceram unidades de integridade, incluindo a World Athletics.
A 🌈 ameaça da manipulação de partidas foi também reconhecida pelos governos e instituições internacionais.
Um exemplo de uma resposta a nível nacional 🌈 é o Sports Betting Groupestabelecido no Reino Unido pelo Department for Digital, Culture, Media and Sport.
O grupo reúne representantes de 🌈 todos os esportes para oferecer liderança e compartilhar boas práticas para enfrentar os riscos da corrupção das apostas esportivas.
Ele publicou 🌈 um Code of Practice para órgãos.
O Council of Europe Convention on the Manipulation of Sports Competitions(2014) contém medidas detalhadas a 🌈 serem implementadas pelos Estados membros tanto na Europa como potencialmente além dela.
A Convenção trata da prevenção, detecção e repressão da 🌈 manipulação de partidas em relação às competições esportivas.
Destina-se a reforçar o intercâmbio de informações, bem como a colaboração entre as 🌈 autoridades nacionais e internacionais competentes, as organizações esportivas e outros atores relevantes, tais como as casas de apostas.
Embora a Convenção 🌈 tenha sido adotada em 2014, é esperado que o processo de ratificação leve algum tempo.
Em 2015, o COI adotou o 🌈 Olympic Movement Code on the Prevention of the Manipulation of Competitions.
O objetivo do Código é definir e uniformizar as normas, 🌈 procedimentos disciplinares e sanções com relação à manipulação de jogos através de todos os Comitês Olímpicos Nacionais, Federações Internacionais, seus 🌈 membros e outras organizações reconhecidas pelo COI.
O Código está em conformidade com o Council of Europe Convention.
Embora a Convenção tenha 🌈 sido adotada em 2014, o processo de ratificação levará tempo.
Ela entrou em vigor em 2019, e em janeiro de 2022 🌈 havia sido assinada por 38 estados e ratificada por sete deles.
A pequena indústria tem se desenvolvido para oferecer serviços aos 🌈 órgãos esportivos para ajudá-los a reduzirem o risco de manipulação de jogos.
Por exemplo, organizações como a Sportradar e a Genius 🌈 Sports fornecem serviços de monitoramento, prevenção e educação aos detentores de direitos esportivos e autoridades públicas.
Tem-se reconhecido, também, que o 🌈 formato das competições esportivas deve ser ajustado para assegurar que estas não incentivem involuntariamente a manipulação de partidas.
Como um exemplo, 🌈 o risco do formato "todos contra todos" em algumas competições esportivas é melhor compreendido hoje em dia: ocorre quando um 🌈 indivíduo ou time prefere perder ou empatar o jogo final para garantir um adversário específico na próxima fase.
Os investigadores de 🌈 integridade também têm expressado preocupação sobre partidas "já definidas" serem particularmente vulneráveis à manipulação.
A visão da I Trust Sport
Os resultados 🌈 combinados como forma de corrupção esportiva ligada aos jogos de azar é uma ameaça fundamental e universal ao futuro do 🌈 esporte profissional.
Embora o problema de manipulação de resultados seja reconhecido em todo o movimento esportivo, e novos programas educativos e 🌈 outras medidas tenham surgido, ainda há muito trabalho a ser feito.
I Trust Sport acredita que estas são algumas das prioridades 🌈 atuais no combate à manipulação de partidas:
É necessário mais cooperação internacional e compartilhamento de informações entre governos, órgãos de aplicação 🌈 da lei, órgãos esportivos e a indústria de jogos de azar.
Uma unidade de integridade trabalhando em estreita colaboração, por exemplo, 🌈 com a aplicação da lei pode cortar a manipulação na origem, identificando os corruptores antes que eles acessem os jogadores.
A 🌈 Convenção do Conselho da Europa já teve um impacto positivo, mas a ratificação e a implementação formais acelerariam o progresso 🌈 em diversas áreas prioritárias O monitoramento está em vigor na maioria das principais ligas e esportes para verificar padrões de 🌈 apostas suspeitos, principalmente em esportes de alto risco, como futebol, críquete e tênis.
Ele deve continuar a evoluir, e as unidades 🌈 de integridade devem ser incentivadas a usar os dados para serem proativas nas investigações..
O monitoramento está presente agora na maioria 🌈 das grandes ligas e esportes para verificar por padrões de apostas suspeitos, particularmente em esportes de alto risco, tais como 🌈 futebol, críquete e tênis.
Ele deve continuar e evoluir à medida que a tecnologia e a compreensão dos riscos se desenvolvem.
Exploração 🌈 da legalização de mercados de apostas ilegais.
Um mercado legal tem um "registro documentado" para cada aposta realizada, um sistema para 🌈 fechar os mercados assim que um padrão de apostas irregular é detectado e relações de aplicação da lei.
Todas as partes 🌈 interessadas devem estar alertas para a natureza mutável da manipulação.
Não são apenas os jogadores/atletas que são vulneráveis conforme referenciado pela 🌈 Agenda 2020+5 do COI.
E as mudanças nos métodos que os corruptores usam para fazer contato (redes sociais) e as finanças 🌈 (criptomoeda).
A indústria de jogos de azar pode precisar pagar uma parcela significativa dos custos de combate à manipulação de partidas.
Há 🌈 um argumento para realocar uma parte dos impostos que as empresas de apostas já pagam, pelo menos em alguns mercados
Note 🌈 que este é um resumo de um tópico complexo e não pretende abranger todos os pormenores.
Fique à vontade para nos 🌈 contatar com quaisquer correções ou comentários em relação ao material acima.
Veja também a página de fontes.
Atualizado em janeiro de 2022