Matéria escritaroleta brasileira blazercolaboração com Caio Fernandes Barbosa
Levar o escudo do seu time no peito! O que hoje é motivo de orgulho para torcedores contemporâneos e parte fundamental da cultura do futebol, era ainda uma prática pouco estabelecida nos anos anteriores à década de 1920.
Nos anos 30, popularizou-se no futebol uma série de transformações, dentre elas as camisas dos clubes de futebol que, além das cores, passaram a ter símbolos para identificar os clubes.
Uma pequena mudança na cultura das camisas dos
times provocou uma das mais radicais transformações na identidade visual do Sport Club Victoria.
O clube que nas suas primeiras décadas utilizou-se de símbolos de porte náutico, como contamos na última coluna Memórias do Leão, passou a identificar-se de outra forma nos meios esportivos.
Data-se do ano de 1934, os primeiros registros com o formato de escudo da heráldica medieval suíça, com fundo preto, com o monograma "SCV"roleta brasileira blazerbranco misturados e sobrepostos, sobre uma linha branca que separa a parte superior da interior.
A transformação significava uma simplificação para que o distintivo pudesse ser usado nas camisas de futebol e também para facilitar a impressão dos escudos dos times de futebol nos jornais, que cada vez mais disponibilizam espaços das suas páginas para noticiar a prática esportiva.
O ano de 1934 foi característico na Bahia pela conquista da Seleção Bahiana, do Campeonato Brasileiro de Seleções e também dos jogos que a Seleção Brasileira realizouroleta brasileira blazerSalvador, inclusive contra o Vitória.
O escudo do Vitória com fundo preto e as letras SCV é um marco temporal na história dos símbolos do clube, que começou a ter apariçõesroleta brasileira blazer1934.
(Foto: Acervo de Ubiratan Brito)
Mas além do escudo bem definido, com suas bordas, encontra-se também na década de 30, mais precisamenteroleta brasileira blazer1935, o uso do simples monograma "SCV", misturados na cor branca, sem o escudo, centralizados nas nas camisetas usadas na prática do basquete.
Já no ano de 1939, é possível ver o escudo do Vitória enfim nas cores vermelha e preta, acompanhadas de um contornoroleta brasileira blazerbranco.
Esse formato de escudo com os monogramasroleta brasileira blazerestilo vitoriano vai atravessar as décadas de 1940 e 1950.
Porém, a utilização prioritária do escudo não extinguiu completamente o brasão náutico.
Nos anos 40, o distintivo aparece associada à equipes basquete do Vitória.
O meia esquerdo Augusto com a camisa de escudo vermelho e preto e linha branca, no início dos anos 40.
Na metade da década de 1940 popularizou-se a forma abrasileirada e atual do nome do clube.
Na ausência de fontes diretas, há indícios de que o abrasileiramento tenha relação com os debatesroleta brasileira blazertorno do nacionalismo no pós-guerra no Brasil.
A agremiação passa a conviver com as duas nomenclaturas Sport Club Victoria e Esporte Clube Vitória.
Talvez por este motivo, o time de 1946 passa a se apresentar sem escudo na camisa.
No início dos anos 1950 encontramos o símbolo formato de escudo, fundo vermelho e preto, monograma branco "SCV"
composto por letras modernas de imprensa, contorno branco e preto.
Esse símbolo foi usadoroleta brasileira blazerparaleloroleta brasileira blazermateriais
produzidos pelo clube como por exemplo flâmulas.
Ao que se sabe não chegou a ser usado nas camisas.
Ainda nesta década, o Vitória para de disputar os campeonatos com time semi-amadores e se profissionalizaroleta brasileira blazer1953.
Apesar de conquistar o campeonato daquele ano sem escudo no peito, o escudo náutico é usado para glorificar o time campeãoroleta brasileira blazeruma espécie de panfleto.
O título baiano de 1955, foi o primeiro do Vitória com escudo na camisa.
O clube usou o monograma SCV no peito ao longo da década.(Foto: Carlos Maia)
Já nos títulos de 1955 e 1957, o Vitória tem o monograma SCV cravado no peito.
Essa variação de camisas sem escudos acompanha a vida do Vitória nos anos posteriores.
Porém, esse assunto fica para o próximo texto.
Obs: Colaboraram para a pesquisa: André Luis Oliveira e Lucas Gramacho