Não raras vezes, aprendizados advindos do esporte são usados como matéria prima para moldar o cotidiano de líderes empresariais.
Recentemente, Jack Clark, treinador do time de rugby da Universidade da Califórnia, com bagagem de mais de três décadas à frente de times de alta performance, nos trouxe ricas lições sobre liderança, ilustradas por episódios de fracasso e sucesso.
Boas histórias não faltam.
Jack Clark tem um dos maiores percentuais de vitóriascampeão sportsbettoda a história dos esportes, vencendo nada menos do que 90% dos jogos desde que começou como treinador,campeão sportsbet1984.
Enquanto acompanhava o episódio do podcast Invest Like The Best, protagonizado por ele, refleti sobre um punhado de referências, histórias e estudos valiosos para empresas.
Decidi compartilhar um pouco desse conteúdo, que espero ser útil.
Let the game begin!Amar bater bola
"Love of the game é o que faz o sujeito aparecer na quadra num dia de folga", diz Jack Clark.
Há uma diferença entre fazer algo por amar, obter atenção ou por amar o jogo.
Isso tem mais a ver com estar onde gostaria de estar e menos a ver com ego ou vaidade.
A pessoa fica empolgada com desafios e camadas extras de dificuldade - e não assombrada com a possibilidade de perder atenção ou reconhecimento.
Muitos atletas já trataram disso.
Nesse podcast, é citada uma partida de futebol americanocampeão sportsbetque o time vencedor teria dito: "Dava para saber que íamos ganhar - o outro time não queria estar ali jogando".
Outro exemplo: Novak Djokovic costuma dizer que seu principal diferencial no tênis é amar bater bola.
O mesmo vale para uma startup ou uma grande corporação.
Ao decidir que o basquete era a coisa mais importante dacampeão sportsbetvida, Kobe Bryant abraçou a empreitada de virar o melhor jogador de basquete do mundo com apenas 13 anos.
Isso tem a ver com fazer o que for preciso para chegar lá, com ambição, determinação, disciplina e consistência.
O desafio para técnicos e líderes é identificar motivações com maestria e reunir o melhor time de pessoas que tenham talento e love of the game.
Não se trata apenas de ter talento e estar no jogo para ganhar atenção - embora esses não sejam jogadores dispensáveis.
É preciso também, garantir que o grupo não seja afetado por elementos que jogam contra o trabalhocampeão sportsbetequipe, como vaidade e ego.
Isso nos leva à segunda questão.
Como você está performando agora?Nada vem de graça.
Se você teve a chance de chegar longe, qualquer que seja o seu objetivo, tem que tomar um banho de humildade para a próxima grande coisa a fazer para se manter no topo.
Lembremos o tenista sérvio Djokovic mais uma vez.
Ele decidiu que seria o número 1 do mundo com apenas 7 anos de idade.
Aos 20, interrompeu 11 anos consecutivos de revezamento entre Roger Federer e Rafael Nadal no primeiro lugar dos torneios Grand Slam ao vencer o Australian Opencampeão sportsbet2008.
Assumiu a liderança do ranking mundialcampeão sportsbet2011.
Sua filosofia? "Para permanecer onde estou, preciso continuar a me dedicar tanto quanto me dediquei antes de me tornar o número 1".Persistência.
A frase abaixo tocacampeão sportsbetoutro ponto importante abordado por Clark:
"A moeda mais importantecampeão sportsbetequipes de alto desempenho é como você está performando agora."
Pesa mais na balança o que você está entregando agora - e não acampeão sportsbetexperiência ou seu potencial.
Embora o potencial seja uma boa moeda, tem prazo de validade.
Trata-se de uma visão inteligente para a gestão de times.1.
Desarma a equipe de vaidades.2.
Faz com que todos subam a barra de todos a cada novo jogo.3.
Evita distorções na avaliação de integrantes do time.
O objetivo é focar na equipe para extrair o melhor dos indivíduos.
É preciso, lembra Jack Clark, perceber que ganhar apenas um jogo é um "objetivo pobre".
Um objetivo de excelência é fazer com que todos os jogadores rendamcampeão sportsbetmelhor performance, aumentando as chances de vitória a cada partida.
Se você consegue metrificar a performance individual, cria uma saudável competição interna.
Numa empresa, talvez seja mais produtivo focar nas pequenas vitórias do que no end goal.
Um bom técnico, ressalta Jack Clark, divide igualmente a atenção que dá para o seu time e para os indivíduos.
Todos temos responsabilidade de tornar aqueles ao nosso redor melhores.
Esse é o time contra o qual você não vai querer jogar.
The disease of me
O técnico de basquete Alain Stein escreveu,campeão sportsbetum artigo, que é preciso lutar contra uma mentalidade crescente entre jogadores jovens - "the disease of me" (algo como a "doença do eu").
Neste texto, ressalta, muitos não entendem que o basquete é um jogo coletivo.
"Eles jogam pelo nome nas costas da camisacampeão sportsbetvez do nome na frente."
Já faz algum tempo que se popularizou, nas empresas, a ideia de que "2% das pessoas geram 98% de impacto".
Embora esse pensamento se baseiecampeão sportsbetevidências e pesquisas, seus dias estão contados.
As empresas aprenderam que equipes multifuncionais aceleram e melhoram o nível do trabalho.
Cabe lembrar aqui de um estudo feito durante a temporada de basquete de 2017, conduzido por Peter Tollman e um grupo de pesquisadores, com o Golden State Warriors e o Boston Celtics.
As duas equipes tinham menos superstars, com salários abaixo da média, mas venceram os campeonatoscampeão sportsbetsuas divisões.
O Golden State ainda ganhou o torneio da NBA.
Ao analisar as assistências feitas por ambos os times, Tollman chegou à conclusão de que elas são a personificação do trabalhocampeão sportsbetequipe - os jogadores perdem a possibilidade de marcar, ao passar a bola para um companheiro com uma chance melhor.
Os jogadores do Celtics e do Warriors tinham feito de 15% a 30% mais assistências do que a média da liga.
O remédio para evitar diseases of me é cultivar um ambiente de generosidade.
Todos precisam tercampeão sportsbetmente os objetivos do grupo e torná-los os seus objetivos.
Não enfrentar situações apenas sobcampeão sportsbetprópria perspectiva, sem considerar o todo.
Tornar-se o melhor no básico
Antes que vocês cheguem a essa conclusão ao fim dessa leitura, estou longe de ser um atleta.
Mas tomo a liberdade de citar um exemplo próprio.
Meu professor de squash me "obriga" a fazer 15 minutos de trabalho de base sempre - mesmo quando eu acho que não preciso praticar tanto o básico e só quero mesmo é jogar.
Mais uma vez, recorro à lógica de Jack Clark.
Um jogador de rugby que faz os fundamentals sempre vai conseguir executá-los muito bem sob pressão.
"É um conceito poderoso: você se tornar o melhor naquilo que é básico."
Deixo um questionamento.
Será que estamos apenas esperando que líderes exerçam seu papel ou estamos fazendo o trabalho de base todo dia, antes de cada jogo? Quando falamos sobre prática, evocamos imagens de atletas e artistas - e não de pessoas no escritório.
O risco é chegar à conclusão de que quanto mais trabalharmos, melhores seremos no nosso trabalho.
O que não necessariamente é verdade.
O trabalho de base é justamente o que se faz antes do jogo.
"Acertar bolascampeão sportsbetum balde não é uma prática deliberada e é por isso que a maioria dos jogadores de golfe não melhora", diz Geoffrey Colvin, editor e colunista da Fortune.
"Balançar um taco de golfe 300 vezes para arremessar a bola a menos de 6 metros do pino 80% das vezes, observando os resultados e fazendo ajustes, gastando horas com isso, todos os dias - essa é uma prática deliberada."
Esse é o tal do love of the game.