O Brasil na Copa do Mundo FIFA de 2006 manteve a situação de único país a participar de todas as 💴 edições do torneio da FIFA.
A edição de 2006 do torneio marcou a décima-oitava vez que a Seleção Brasileira de Futebol 💴 participou da Copa do Mundo FIFA e a quinta vez em que defendeu o título de campeã.
Foi a primeira vez 💴 em que o país campeão disputou as eliminatórias.
A participação do Brasil na Copa do Mundo de 2006 foi encarada com 💴 muito otimismo.
O Brasil era o atual campeão, conquistou a Copa América de 2004, a Copa das Confederações FIFA de 2005 💴 e liderou as Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2006.
O técnico foi Carlos Alberto Parreira e o capitão Cafu.
O 💴 Brasil era a equipe favorita nas casas de apostas.
Pesquisa do CNT/Sensus indicava que 79,8% dos brasileiros confiavam no hexacampeonato.
[1] O 💴 Brasil foi eliminado nas quartas de final e terminou na 5ª colcoação.
A campanha foi marcada por um criticado período de 💴 preparação e jogadores fora de forma física.
Ciclo De Copa do Mundo [ editar | editar código-fonte ]
O Brasil contava com 💴 a base da equipe pentacampeã, com Ronaldinho eleito duas vezes o Melhor Jogador do Mundo pela FIFA antes da copa.
E 💴 a ascensão de jovens estrelas, como Kaká, escolhido o melhor do campeonato italiano, Adriano Imperador, eleito o melhor da Copa 💴 América e Robinho, adquirido em 2005 pelo Real Madrid na segunda transferência mais cara da história do futebol brasileiro até 💴 aquele momento.
Além de jogadores consagrados como Ronaldo Nazário, Cafu e Roberto Carlos.
A CBF havia trazido de volta a dupla Carlos 💴 Alberto Parreira, treinador, e Zagallo, como auxiliar técnico, da mesma forma que ocorreu em 1994.
O talento do ataque do Brasil 💴 rendeu o apelido de "quadrado mágico", devido à base formada por quatro jogadores: Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e Adriano.
Havia até pedidos 💴 para se transformar em quinteto.
Parreira: "Nunca pensei no quinteto.
Não haverá retrocesso na nossa Seleção.
Todo mundo está jogando com 10 jogadores 💴 atrás.
Nós vamos colocar cinco na frente para voltar mais cedo para casa? Comigo, não.
Quero ficar lá até o final do 💴 torneio".
[2] Pouco antes do embarque, Carlos Alberto Parreira lançou um livro: "Formando Equipes Vencedoras".
Zona de qualificação para a Copa do 💴 Mundo FIFA de 2006 Zona de qualificação para a repescagem Zona de eliminaçãoPos.
Equipe J V E D GP GC Pts 💴 1 Brasil 18 9 7 2 35 17 34 2 Argentina 18 10 4 4 29 17 34 3 Equador 💴 18 8 4 6 23 19 28 4 Paraguai 18 8 4 6 23 23 28 5 Uruguai 18 6 💴 7 5 23 28 25 6 Colômbia 18 6 6 6 24 16 24 7 Chile 18 5 7 6 💴 18 22 22 8 Venezuela 18 5 3 10 20 28 18 9 Peru 18 4 6 8 20 28 💴 18 10 Bolívia 18 4 2 12 20 37 14
Preparação para a Copa [ editar | editar código-fonte ]
Perspectiva de 💴 Weggis (SUI).
O Brasil possuía muitos bons jogadores pelo mundo e Parreira testou vários times durante seu ciclo.
Desta forma, havia uma 💴 indefinição muito grande por parte da imprensa brasileira e da população sobre quem iria ser convocado para a Copa.
O álbum 💴 da Panini chegou a incluir as figurinhas de Roque Júnior, Renato e de Júlio Baptista, que fizeram parte de algumas 💴 das várias escalações de Parreira.
Entre os especulados que acabaram fora da convocação, além dos citados, estavam: Marcos, Felipe Maestro, Maicon, 💴 Edu, Ricardo Oliveira, Gomes e Leo.
À exceção de Felipe, todos estes estavam no time que ganhou a Copa das Confederações 💴 de 2005, sendo que, na ocasião, Roque Júnior e Maicon eram titulares.
A decisão de Parreira de não utilizar um time 💴 que já havia sido campeão foi extremamente criticada pela imprensa.
Páginas do Brasil no álbum da Copa da Panini.
Roque Júnior, Júlio 💴 Baptista e Renato acabaram não sendo convocados, mas seus nomes eram especulados pela imprensa.
A imprensa logo deduziu que Marcos não 💴 fora convocado por ter voltado recentemente de lesão, estando, supostamente, sem ritmo de jogo.
O próprio jogador acatou a tese e 💴 se mostrou compreensivo.
[3] Mas não houve explicações ou hipóteses para os outros jogadores preteridos, levando ao bombardeio de críticas da 💴 mídia.
Anos mais tarde, o pentacampeão Rivaldo mostrou-se chateado com Parreira por não ter sido convocado para a Copa.
[4] O pernambucano, 💴 na época, jogava pelo Olympiacos FC, da Grécia.
O futebol grego não possuía visibilidade internacional, e ganhar dinheiro jogando pix conturbada passagem pelo Cruzeiro 💴 em 2004 também o prejudicou.
Seu último jogo pelo Brasil foi contra o Uruguai, já pelas eliminatórias da Copa, em 2003, 💴 quando atuava pelo Milan.
No mês anterior à competição, a Seleção Brasileira ficou hospedada na pequena cidade de Weggis, na Suíça, 💴 no luxuoso Weggis Park Hotel e treinando no Thermoplan Arena.
A preparação, a qual começou em 22 de maio, foi até 💴 4 de junho de 2006.
Durante esse período, o Brasil fez duas partidas amistosas - uma contra o time sub-20 do 💴 Fluminense, no dia 28 de maio, no qual ganhou de 13-1, e outra contra o FC Luzern, que acabara de 💴 vencer a segunda divisão do país, ganhando por 8-0.
Também durante a estadia em Weggis a Seleção acabou tendo um corte 💴 por lesão.
O jogador Edmílson durante o amistoso contra Lucerna teve uma ruptura no menisco do joelho direito, e foi substituído 💴 por Mineiro, do São Paulo.
A CBF vendeu a preparação por 2 milhões de dólares para uma empresa que explorou comercialmente 💴 a presença do Brasil.
Entre os eventos, ocorreu um "carnaval" com a presença de Neguinho da Beija-Flor, acompanhado de 15 passistas.[5]
O 💴 preparador físico, Moraci Sant'Anna descreveu: "O meu trabalho era na sala de musculação.
Uma sala até muito boa que eles montaram 💴 lá.
Aí chega o Américo Faria [coordenar da delegação] e diz: "você tem que levar os jogadores para o campo, tem 💴 cinco mil pessoas que pagaram ingresso que estão lá" Então eu desci, e pus os caras para trotar.(..).
Mas todo treinamento 💴 vai ser isso daí? Américo respondeu, tá no contrato, tem uma multa enorme.
Tivemos que engolir aquilo.(...
) Nós tínhamos pelo menos 💴 oito jogadores muito abaixo do nível [físico], alguns bem acima do peso, e que se não tivessem inscritos, era coisa 💴 para se cortar." [6]
Segundo Parreira: "Eles (jogadores) chegaram de um jeito que não deveriam ter chegado.
Só que não havia como 💴 fazer qualquer modificação na lista de convocados, a não ser por lesão.
A convocação era imutável.
Nós até conversamos com a Fifa 💴 sobre isso, mas era uma determinação clara.
Se o cara chegou gordo ou chegou magro, não tinha como mudar".[7]
A jornalista da 💴 Band, Mariana Ferrão, cobriu a competição: "Eu ficava lá vendo o treino da seleção o dia inteiro.
O Ronaldinho Gaúcho só 💴 treinava quando a imprensa espanhola chegava, fazia 3 ou 4 embaixadinhas, colocava a bola no pescoço.Era um negócio...
Você ia ver 💴 o treino de Portugal, os caras pra lá, pra cá, animal, e você olhava, meu Deus, o que estamos fazendo? 💴 Aí eu falava, ninguém vai mostrar que os caras não estão fazendo nada? Você assistia todas as reportagens e todo 💴 mundo falando super bem." [8]
Ao sair de Weggis em 4 de Junho o Brasil se dirigiu para Königstein, onde participou 💴 de um amistoso com a Nova Zelândia, que venceu de 4-0.
A seleção ficou em Königstein até o início do torneio.
Fachada 💴 enfeitada para a Copa em Salvador.
Torcedores brasileiros na Alemanha.
Elenco da Seleção Brasileira
Na estreia na Copa do Mundo FIFA de 2006, 💴 a seleção brasileira jogou contra a seleção da Croácia, vencendo por 1 a 0.
A Falta de mobilidade da dupla de 💴 ataque foi muito criticada.
Kaká disse após a partida: "O Ronaldo ainda não está 100%.
Um pouco mais de movimentação da parte 💴 dele seria o ideal".
Adriano recebeu 29 bolas, mas perdeu 13 delas.[9]
No segundo jogo, contra a Austrália, o Brasil ganhou de 💴 2 a 0.
O UOL descreveu: "O 2º jogo brasileiro na Copa foi parecido com o 1º: time jogando mal, pouca 💴 criatividade, sustos e sofrimento para vencer.
"[10] O técnico australiano, Guus Hiddink ironizou: "No 2º tempo, vimos a Austrália dominando o 💴 campeão do mundo e o Brasil recorrendo ao contra-ataque.
Deveria ser o contrário".[11]
No jogo contra o Japão, o Brasil, já classificado, 💴 atuou com uma equipe mista e venceu por 4 a 1.
Parreira escalou uma equipe mais leve, com Cicinho, Gilberto e 💴 Robinho.
A seleção fez o melhor jogo na Copa (apesar do susto de terminar o primeiro tempo perdendo por 1 a 💴 0) e Ronaldinho cresceu de rendimento; com mais opções de velocidade, fez o seu jogo com mais assistências para finalização, 💴 8.
O técnico do Japão era Zico: "eu falei para o Parreira, tu me derrubou, o time do Brasil estava muito 💴 lento, quando eu chego lá, mudou tudo".[12]
Já na segunda fase, nas oitavas-de-final o Brasil ganhou de Gana por 3 a 💴 0.
Parreira trouxe de volta a equipe das duas primeiras partidas.
Foi o jogo de recordes pessoais.
Ronaldo fez o primeiro gol e 💴 se isolou, com 15 gols, como maior artilheiro de todas as Copas, até aquele momento.
Cafu atingiu 19 partidas e isolou-se 💴 como o brasileiro com mais atuações em Mundiais.
O UOL considerou o futebol pragmático e concluiu que a "vitória veio graças 💴 à objetividade nos contra-ataques".[13]
Nas quartas-de-final, Parreira promoveu a entrada de Juninho Pernambucano no lugar de Adriano Imperador.
Mas o Brasil foi 💴 derrotado por 1 a 0.
Boatos de que Robinho ou Kaká estariam lesionados foram negados pela comissão médica.
O médico da seleção, 💴 José Luiz Runco, descartou problemas médicos no jogo contra a França: "Todos tinham totais condições de jogo".[14]
Gérson criticou: "A seleção 💴 parecia um circo.
Era uma máscara só! Um buscava um recorde, o outro queria levantar a taça mais vezes.
Na realidade o 💴 Brasil não jogou nada.".
Jairzinho: "Perder é natural, agora, do jeito que perdeu não é natural.
Foi um time apático e desinteressado.".
[15] 💴 O Diário Olé da Argentina classificou a seleção brasileira como "esfarrapada e aborrecida", comandada por um assistente técnico que é 💴 "um bisavô".[16]
A atuação de Zinedine Zidane foi bastante elogiada.
O UOL escreveu: "Zidane estava inspirado, organizando o meio-campo, abrindo espaço com 💴 dribles curtos e fazendo lançamentos venenosos que encontravam brechas na retaguarda brasileira.".
[17] O The Guardian considerou a performance de Zidane 💴 como "majestosa".
[18] Após a eliminação, vândalos atearam fogo a um estátua de Ronaldinho Gaúcho em Chapecó.[19]
Busca por "culpados" pela imprensa 💴 e jogadores em posição não-habituais [ editar | editar código-fonte ]
Quando questionado, o atacante não havia deixado claro se aquela 💴 seria ganhar dinheiro jogando pix última copa.
Poupado de competições menores e amistosos para jogar apenas as eliminatórias da copa, Ronaldo participou das equipes 💴 desde 1994, e, em 2006, bateu o recorde de gols em copas - com 15 gols, desbancando Gerd Müller.
O atacante 💴 brasileiro foi extremamente criticado pela imprensa e população brasileira por estar fora da forma física ideal, além de ter se 💴 tornado um centroavante fixo, esperando pela bola na grande área, em detrimento ao falso 9 e atacante de corridas espetaculares 💴 que fora nas copas anteriores.
O esquema tático de Parreira não ajudava: tanto Ronaldo quanto seu companheiro do ataque titular, Adriano, 💴 estavam jogando como centroavantes fixos.
Não havia um segundo-atacante, um falso 9 ou um ponta para dar velocidade ao ataque brasileiro.
Era 💴 a grande estrela do Brasil e esperança de um futebol ofensivo.
Foi muito criticado por, segundo a imprensa brasileira e mundial, 💴 ter demonstrado despreparo técnico e desleixo nos treinos, preocupando-se em demonstrar habilidades com a bola em vez de participar dos 💴 treinos.
No 4-4-2 pragmático escalado por Parreira, não tinha uma função exata, sendo o homem das cobranças de bolas paradas.
Defensores do 💴 futebol do então melhor jogador do mundo pela FIFA alegaram que o esquema de Parreira o prejudicou muito, pois deveria 💴 ser um segundo-atacante como fora no Barcelona, e não um meio-campo.
Futuro melhor do mundo e "menino prodígio" do time titular, 💴 também acabou sem função no esquema imposto por Parreira.
A imprensa brasileira, porém, poupou críticas ao jogador, alegando que sofreu do 💴 mesmo problema que Ronaldinho: jogava como segundo-atacante no Milan e fora escalado por Parreira para ser um meia-ofensivo.
Habituado a ser 💴 meia-ofensivo, o camisa 11 foi escalado para ser meia-de-ligação: ganhar dinheiro jogando pix função se tornou ligar o volante ao ataque, construindo jogadas, 💴 em um futebol semelhante ao do volante do Chelsea e da Seleção Inglesa, Frank Lampard.
Na época, o 4-4-2 com um 💴 meia-de-ligação era a sensação do futebol europeu.
A função na qual foi escalado gerou críticas da imprensa e população brasileira, pois 💴 Zé Roberto não estava acostumado.
O ex-santista foi poupado de críticas e considerado injustiçado pela imprensa e população brasileira.
Robinho vivia um 💴 momento melhor do que o de seu companheiro de Real Madrid Ronaldo, além de estar em melhor forma física e, 💴 principalmente, ser um segundo-atacante, posição que fez falta no jogo do Brasil para trazer fluidez e velocidade ao ataque.
O ídolo 💴 do São Paulo entrou apenas no final do jogo contra o Japão.
A preferência de Parreira por Dida foi, na época, 💴 criticada; Rogério estava em um excelente momento e havia acabado de ser campeão mundial.
Na época Rogério Ceni, Fábio (Cruzeiro) e 💴 Marcos (Palmeiras) eram considerados os três melhores goleiros do Brasil.
Muitos pediam para que Adriano fosse o centroavante fixo do Brasil, 💴 e não Ronaldo, visto que este estava em má fase no Real Madrid e fora de forma.
Parreira acabou por colocar 💴 os dois, em um esquema engessado, sem um segundo-atacante para trazer fluidez e velocidade ao ataque.
Adriano, apesar de também estar 💴 fora de forma, acabou poupado de críticas, já que seu futebol foi bastante prejudicado pelo esquema.
O veterano lateral-esquerdo foi apontado 💴 como um dos culpados diretos pela derrota diante da França, pois era o jogador mais próximo de Thierry Henry no 💴 lance do gol francês e não fez a marcação necessária para impedi-lo.
Segundo Roberto Carlos, a defesa brasileira havia combinado de 💴 criar uma linha de impedimento para anular o lance, o que acabou não ocorrendo.[20]