Às vésperas do primeiro turno, o “mercado de eleições” fica cada vez mais aquecido nos sites de apostas
As cotações para cada aposta são determinadas pelas “odds”, que expressam as chances de um palpite estar certo e o potencial de lucro
As odds são calculadas a partir de algumas variáveis
Com a contagem regressiva para o primeiro turno, o chamado “mercado de eleições” fica cada vez mais aquecido. Na noite de sexta-feira (30), somente no site de apostas esportivas Betfair Exchange, um dos maiores do País, havia R$ 30,2 milhões aplicados em casas de apostas a espera de licença palpites sobre o vencedor da corrida presidencial de 2024.
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O volume financeiro é quatro vezes maior que o montante visto no final de agosto, quando R$ 7,1 milhões haviam sido apostados no resultado das eleições por meio do site. “Se olharmos para o mercado total no País, a Betfair Exchange representa um número relativamente pequeno de apostadores. Portanto, seria razoável assumir que o valor (montante de apostas sobre as eleições) atualmente ultrapassa os R$ 100 milhões”, afirma Gonçalo Costa, CEO do Odds Scanner, comparador de sites de apostas.
De acordo com Gonçalo, as “Bolsas de Eleições” existem há pelo menos cinco anos no exterior. Por aqui, o mercado começou a crescer a partir da Lei 13.756 de dezembro de 2024, que tirou as apostas esportivas da total ilegalidade. “Com o boom do interesse do público por apostas em casas de apostas a espera de licença geral e com as eleições deste ano acontecendo num cenário extremamente polarizado, as casas procuraram criar conteúdos especiais”, explica o CEO.
Lula ou Bolsonaro? As melhores apostas
A Odds Scanner criou uma plataforma com dados de seis casas de apostas em casas de apostas a espera de licença relação à corrida presidencial, chamada “Live Tracker – Odds Das Eleições Presidenciais 2024”. Estas empresas são Bet365, Betfair, Betfair Exchange, 1xBet, VBet e SupraBets. Com as informações destes sites em casas de apostas a espera de licença mãos, a empresa selecionou as melhores condições de aposta para cada candidato à Presidência da República, com dados atualizados a cada 12 horas.
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As cotações para cada aposta são determinadas pelas “odds”, que são números decimais que expressam uma relação entre as chances de um palpite estar certo e o potencial de lucro da operação.
Por exemplo, entre as possibilidades oferecidas pelos seis sites, a melhor odd para a vitória do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, era de 1,47, oferecida pela SupraBets e Vbet. Isso significa que as chances de o petista levar essa eleição, segundo estes sites, são de 68,03% (100/1,47), enquanto o lucro em casas de apostas a espera de licença caso de acerto era de 47% (valor aplicado vezes 1,47).
No caso do presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, a melhor odd rastreada pela Odds Scanner é de 3,6, na Betfair Exchange. Ou seja, segundo este site, a probabilidade de o candidato à reeleição ganhar o pleito é de 27,7% (100/3,6), enquanto o lucro da operação, caso o cenário se realize, era de 260% (valor aplicado vezes 3,6).
É preciso notar que, no mundo das apostas, quanto maior a chance de o jogador acertar o palpite, menores são os retornos esperados. Já quanto menores forem as probabilidades de o evento ocorrer, maiores são os ganhos potenciais. Por isso, quando a Odds Scanner seleciona a melhor “odd” entre as seis casas ela destaca o site que oferece as melhores gratificações para o palpite.
Na sequência, a melhor odd para o pedetista Ciro Gomes é de 570, também na Betfair Exchange. Com base nessa cotação, as chances de vitória do ex-governador de Ceará são de 0,17%. Porém, caso o candidato vença, o apostador teria um bonificação de nada menos que 57000%.
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Em tempo: no palpite sobre o vencedor das eleições presidenciais o usuário pode jogar contra a casa de apostas ou contra outros apostadores. Na primeira opção, portanto, os sites ficam com todo o dinheiro empenhado em casas de apostas a espera de licença caso de derrota.
Em que se baseiam as probabilidades?
Costa, da Odds Scanner, explica que as odds são calculadas a partir de algumas variáveis. “As cotações levam em casas de apostas a espera de licença conta as pesquisas eleitorais, mas elas também analisam outros fatores como estatísticas, histórico dos candidatos e notícias recentes”, diz o executivo.
Na amostra também aparecem as probabilidades de candidatos que não estão concorrendo, como o ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta. A inclusão desses personagens ocorreu na base de dados ainda quando especulava-se a respeito de possíveis candidaturas que acabaram não se concretizando.
“Hedge” eleitoral
Apesar de não ser considerada uma modalidade de investimento e ter um alto risco envolvido (veja mais sobre isso aqui), as apostas eleitorais chamam a atenção dos usuários pelos gordos retornos em casas de apostas a espera de licença caso de ganho.
Ricardo Rocha, formado em casas de apostas a espera de licença engenharia, aposta profissionalmente há pelo menos um ano. No dia a dia, ele opera em casas de apostas a espera de licença bolsas de apostas relacionadas ao futebol. Opera, principalmente, para acertar gols e escanteios (indicando a quantidade de vezes que esses eventos devem ocorrer durante um jogo) das partidas. A chegada das eleições fez com que ele se interessasse também por esse tema nos sites.
Rocha aportou R$ 110 em casas de apostas a espera de licença uma vitória de Lula pela Betfair Exchange no início de setembro. Na época, a odd desta aposta estava em casas de apostas a espera de licença 1.61 – isso significa que, pelos cálculos da casa, as chances de o petista levar a eleição eram de 62,1% (100 / 1.61). Por outro lado, a margem de ganho era de 61% (valor aplicado vezes 1.61), o que no caso dele equivalia a R$ 67,1.
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“Politicamente não sou Lula, nem Bolsonaro. Essa é uma escolha técnica”, afirma Rocha. “O apostador profissional tem que separar a aposta das emoções.” Hoje, as condições já mudaram e a odd da Betfair para essa mesma aposta é de 1.37. Ou seja, as chances de o ex-presidente ganhar subiram para 73% na bolsa de apostas, enquanto o prêmio caiu para 37%.
Se Rocha quisesse, ele já poderia encerrar o lance feito por ele de forma antecipada com alguma remuneração (a diferença entre as probabilidades de antes e do atual momento, que saiu de 1.61 para 1.37). Essa operação é chamada de “cashout”.
O “cashout” pode ser usado para minimizar perdas. Imagine que o mercado de eleições tivesse se movido no sentido contrário, ou seja, as chances de Lula vencer tivessem caído (e o rendimento da aposta, se elevado). O encerramento antecipado do palpite resultaria na perda de parte do capital aplicado por Rocha, não o todo.
Se levada até o fim, a aposta tem um desfecho binário: perde-se tudo ou ganha-se o porcentual prometido pela casa de apostas. Por meio do encerramento antecipado, é possível salvar parte do patrimônio quando o usuário percebe que seu palpite pode estar errado.
Estratégia
Caso a aposta não tenha a opção “cashout”, uma forma de proteção consiste em casas de apostas a espera de licença colocar dinheiro nas duas maiores probabilidades apresentadas. No caso das eleições, tanto em casas de apostas a espera de licença Lula quanto Bolsonaro, aproveitando as odds diferentes para lucrar em casas de apostas a espera de licença ambos os cenários.
A estratégia seria colocar mais capital na aposta de maior chance de ganho e menos dinheiro naquela de menor chance, mas que tem potencial de lucro maior. “É uma modalidade que a gente chama de surebets (apostas seguras, em casas de apostas a espera de licença inglês) ou de arbitragem”, afirma Rocha.
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