

Neymar Jr.
foi o mais recente jogador de futebol a denunciar o racismo dentro das quatro linhas do campo de jogo.
O agressor, o zagueiro espanhol, Álvaro González, teria desferido vários insultos racistas contra o jogador brasileiro$5 minimum deposit online casinojogo do campeonato francês.
Infelizmente não se trata de um caso isolado.
De forma recorrente, no futebol e$5 minimum deposit online casinooutros esportes, atletas são ofendidos por outros esportistas, dirigentes e pela torcida.
Nacional e internacionalmente o racismo no esporte tem crescido cada vez mais.
No Brasil, quase um terço dos episódios$5 minimum deposit online casino2019 foram registrados no Rio Grande do Sul.
De acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol que organiza, desde 2014, relatórios anuais, recolhendo dados sobre casos de preconceito, seja racial, homofóbico ou de xenofobia constatou que$5 minimum deposit online casinoquase todos os anos houve crescimento$5 minimum deposit online casinorelação ao ano anterior.
Em 2017 foram registrados 43 casos no futebol brasileiro, média mantida$5 minimum deposit online casino2018, com 44, mas que saltou para 59$5 minimum deposit online casino2019.
Um ponto relevante para a questão do crescimento de casos de racismo no futebol brasileiro, que seria responsável por impulsionar tantos episódios, tem relação com o momento político do país - e do mundo.
O crescimento do autoritarismo,$5 minimum deposit online casinooposição à democracia e a luta contra as desigualdades tem se refletido$5 minimum deposit online casinocampo."...
o futebol reflete a sociedade", é o que disse$5 minimum deposit online casinoentrevista Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.
Para ele, "o momento político no Brasil e no resto do mundo é um fator que conspira para o afloramento do racismo" e outro fator seria que "o racismo ficou mais visível também porque os jogadores estão chegando a um nível mais elevado de conscientização e começaram a denunciar os casos, indo para as redes sociais ou avisando os árbitros quando veem as manifestações racistas partindo das arquibancadas".
De Muhammad Ali, do boxe, passando pelos velocistas Tommie Smithe e John Carlos, que fizeram o gesto dos Panteras Negras, no pódio das Olimpíadas de 1968, até Lewis Hamilton que tem se manifestado a cada novo GP da Fórmula 1, os atletas, há anos, têm contribuído com a luta antirracista.
A velocista mais rápida da história do Brasil, Rosangela Santos, disse certa vez$5 minimum deposit online casinoentrevista que "o esporte pode ajudar na reeducação comportamental popular, principalmente nas arquibancadas.
E nós, atletas negros, devemos nos impor."
Sobre a forma como o Brasil e o povo brasileiro tratam a causa, há quem acredite que falhamos ao lidar com a questão.
Breiller Pires, jornalista do El País e ESPN pensa que "o Brasil perde muitas oportunidades de discutir problemas relacionados a questão racial", para a qual cita um exemplo.
"No ano passado, Roger Machado, técnico do Bahia, que proferiu um discurso épico sobre discriminação racial, lá no Maracanã, depois do jogo contra o Fluminense que promoveu o encontro dos dois únicos técnicos negros na época, da Série A do Campeonato Brasileiro.
E ao longo da semana aquilo foi muito pouco debatido, se perdeu rapidamente na pauta diária e nos programas de televisão.
A própria cobertura esportiva como um todo não aproveitou aquele momento para jogar luz sobre a questão racial utilizando o esporte como uma plataforma", explanou Breiller.
A fim de mudar o atual cenário e até mesmo não atuar apenas$5 minimum deposit online casinopunições isoladas,$5 minimum deposit online casinodezembro de 2019, o Grêmio assinou um Protocolo de Intenções com a Defensoria Pública da União, por meio do Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais (GTPE-DPU).
O documento prevê ações de enfrentamento ao racismo institucional e estrutural no âmbito do futebol.
Importante iniciativa já que o Estado do Rio Grande do Sul tem sido o campeão de manifestações racistas no futebol brasileiro.()
Outra ação, depois de realizar iniciativa que ganhou o nome de Curso de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte (PEAAE), o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) colocou no ar,$5 minimum deposit online casinoagosto, uma série de eventos virtuais voltados ao lançamento do Programa de Prevenção e Enfrentamento do Racismo no Esporte.
Além disso, conversas com representantes de torcidas organizadas e campanhas publicitárias e$5 minimum deposit online casinoredes sociais são diferenciais na luta antirracista no esporte.
Outra ação importante é o compliance dentro dos clubes.
Em agosto desse ano uma auditoria interna conduzida pelo departamento de Governança e Complience do Clube Pinheiros encontrou diversos relatos de assédio moral e de racismo dentro da ginástica artística do clube.
Apesar de depois o próprio clube tentar barrar a investigação de racismo, que continua, cabe aos clubes mitigar as ocorrências e punir os responsáveis.
O artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva define que quem "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito$5 minimum deposit online casinorazão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência", pode sofrer suspensão de cinco a dez partidas, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de cento e vinte a trezentos e sessenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código, além de multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
O Rating Integra, promovido por Atletas pelo Brasil Instituto Ethos, COB, CPB e Pacto pelo Esporte funciona como um termômetro das entidades esportivas para avaliar e aprimorar os mecanismos de governança e da gestão da integridade e transparência das entidades esportivas no Brasil e reconhecer as entidades que apresentem melhor desempenho nessas áreas.
É o primeiro instrumento de governança voltado para instituições desportivas atuantes no Brasil, desenhado com$5 minimum deposit online casinoparticipação e experiência.
Constitui também uma ferramenta aos financiadores do esporte que têm nele um parâmetro claro para avaliar e reconhecer o comprometimento das instituições patrocinadas com melhorias contínuas.
Um grupo de jogadores e esportistas lançou,$5 minimum deposit online casinojunho desse ano, o movimento Esporte pela Democracia, que conta com a presença de atletas como Raí, Walter Casagrande, Jose Trajano, Grafite, Igor Julião, Ana Moser, Juca Kfouri e Joanna Maranhão.
Por meio de manifesto publicado nas redes sociais, os atletas buscam firmar um compromisso com a democracia, o respeito à diversidade e a luta contra o racismo e o autoritarismo.
A partir da palavra de ordem "Com Racismo não tem jogo" o Esporte pela Democracia e o Movimento Indígena se reuniram$5 minimum deposit online casinojulho para realizar uma ouvidoria pública sobre os Jogos Internacionais de 2021, com a proposta de que indígenas e toda a diversidade de povos participem amplamente por um esporte sem racismo.
Conhecer e apoiar estas iniciativas é uma oportunidade para que cada um de nós participe da luta antirracista.