Até agora, 15 atletas profissionais e outros 15 réus responderão na Justiça à acusação de fraude em 16 jogos – 👍 8 deles na Série A, a elite do esporte no Brasil.
CBF descarta suspender torneios.
As investigações sobre o esquema de fraudes 👍 em apostas esportivas no futebol brasileiro põem sob suspeita ao menos 20 partidas, oito delas da Série A do Campeonato 👍 Brasileiro em 2022.
O caso, em apuração pelo Ministério Público de Goiás desde o final do ano passado, ganhou nesta semana 👍 o reforço da Polícia Federal por determinação do Ministério da Justiça.
Titular da pasta, Flávio Dino afirmou, em entrevista ao portal 👍 UOL, não descartar a possibilidade de interromper ou suspender torneios – algo que vem sendo, até agora, negado pela Confederação 👍 Brasileira de Futebol (CBF) e pela Justiça Desportiva, entidade privada responsável por sanções administrativas.
Como funcionava o esquema das apostas esportivas
Segundo 👍 a Promotoria, o esquema da quadrilha consistia na cooptação de jogadores, mediante pagamento de valores, para que cometessem faltas e 👍 fossem, até mesmo, expulsos de campo.
Apostadores lucravam com lances específicos e os valores negociados com os atletas variavam entre 50 👍 mil e 500 mil reais.
Clubes e casas de aposta não saberiam do esquema.
Através de sites online, usuários podem, além de 👍 apostar num placar específico e time vencedor, palpitar ainda sobre diferentes eventos ao longo da partida, como o número de 👍 escanteios e cartões, e associá-los a um time ou jogador específico.
De olho nas apostas em negociação antes de cada partida, 👍 a quadrilha podia escolher dentre elas e combinar antecipadamente com um jogador o resultado da aposta.
Quem são os jogadores sob 👍 suspeita
Segundo o UOL, são mais 53 atletas citados nominalmente em provas.
Desses, 15 foram denunciados e viraram réus na Justiça, 4 👍 estão colaborando com as investigações e os demais 34 são citados em conversas entre os envolvidos no esquema, mas, até 👍 este momento, não chegaram a ser denunciados formalmente.
Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa), Allan Godói (ex-Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa), Mateusinho 👍 (Cuiabá), Paulo Sergio (ex-Sampaio Corrêa), Gabriel Domingos (ex-Vila Nova), Joseph (ex-Tombense) e Romário (ex-Vila Nova) tornaram-se réus perante a Justiça 👍 em março.
A eles se juntaram, nesta semana, Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (ex-Juventude), Paulo Miranda (ex-Juventude), Victor Ramos (ex-Portuguesa), Igor 👍 Cariús (ex-Cuiabá), Fernando Neto (ex-Operário-PR) e Matheus Gomes (ex-Sergipe).
Além dos atletas, outras 15 pessoas acusadas de operar o esquema também 👍 serão levadas a julgamento.
Quais jogos estão sob suspeita
Pelas duas denúncias aceitas até agora pela Justiça, estão sob suspeita oito partidas 👍 do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, quatro da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais de 👍 2023.Eis a lista:
Vila Nova x Sport Tombense x Criciúma Sampaio Corrêa x Londrina Palmeiras x Juventude Juventude x Fortaleza Goiás 👍 x Juventude Ceará x Cuiabá Red Bull Bragantino x América (MG) Santos x Avaí Botafogo x Santos Palmeiras x Cuiabá 👍 Sport x Operário Guarani x Portuguesa Red Bull Bragantino x Portuguesa Esportivo Bento Gonçalves x Novo Hamburgo Caxias x São 👍 Luiz
Como o esquema de fraudes em apostas veio à tona
As investigações começaram no final de 2022, quando o volante Romário, 👍 do Vila Nova, teria aceitado uma oferta de 150 mil reais para cometer um pênalti no jogo contra o Sport, 👍 pela Série B do Campeonato Brasileiro.
A fraude – que, segundo a promotoria, teria um lucro estimado entre 500 mil e 👍 2 milhões de reais – acabou não se concretizando, e o caso veio à tona – há relatos de que 👍 os jogadores seriam pressionados pela quadrilha.
À época, o presidente do clube, Hugo Jorge Bravo, investigou o caso e entregou as 👍 provas às autoridades.
Na esfera criminal, os envolvidos no esquema podem responder por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.
No âmbito 👍 administrativo, além de estarem sujeitos a pagamento de multa, os jogadores podem acabar suspensos ou até mesmo banidos do esporte.
Sem 👍 regulação, apostas esportivas estão liberadas desde 2018; governo enviou MP ao Congresso
Casas de aposta são permitidas no Brasil desde dezembro 👍 de 2018 por um decreto do então presidente Michel Temer (MDB), mas ainda não há um conjunto de regras estabelecido 👍 para esse modelo de negócio.
Reportagem da BBC mostra que empresas têm operado esses sites de fora do Brasil, isentando-as do 👍 pagamento de impostos em território nacional.
O Governo Federal divulgou nesta semana uma proposta para regulamentar as apostas esportivas, que deve 👍 ser encaminhada ao Congresso como medida provisória, vigorando de imediato até ser apreciada pelos parlamentares dentro de um prazo de 👍 120 dias.
A MP impõe taxação de 16% sobre a receita obtida pelas empresas com as apostas (subtraídos os prêmios pagos 👍 aos jogadores) e limita a operação desse modelo de negócios a empresas habilitadas.