Os Jogos Olímpicos de 2021 trouxeram um tema que vem sendo muito discutido no cenário esportivo brasileiro: a falta de ♣ investimento nos atletas.
As atenções da mídia voltaram-se para as histórias dos esportistas brasileiros, que, mesmo sem incentivo, conquistaram espaço no ♣ time que representa o país nas olimpíadas.
Na internet, pessoas aproveitaram a visibilidade para expor a precariedade em que os esportistas ♣ treinavam, como no caso do medalhista Thiago Braz.
O atleta do salto com vara, que estava sem patrocínio desde as olimpíadas ♣ de 2016, onde conquistou o ouro, enfrentou dificuldades por falta de recursos financeiros na última edição dos jogos.
Felipe Vinícius dos ♣ Santos, que competiu na prova de decatlo e terminou em 18°, também não teve auxílio e precisou trabalhar como motorista ♣ de Uber para se sustentar na preparação.
Neste ano, o Brasil celebra roleta brazino777 melhor participação na história das olimpíadas com o ♣ maior número de pódios ocupados por brasileiros, enquanto o Bolsa Atleta, um dos maiores auxílios dos competidores, continua sem reajuste ♣ dos valores desde 2010.
Muitos dos beneficiados com esse programa tiveram problemas no recebimento das parcelas, tendo atrasos e corte de ♣ 20% do orçamento do projeto.
O mesatenista, Hugo Calderano, afirma que, "o resultado da falta de investimento e interesse foi visto ♣ agora nas olimpíadas, onde não conseguimos sobressair dentre os países com mais medalhas".
O desportista, que ocupa a sétima posição no ♣ ranking mundial, conta que, apesar de usufruir desse auxílio, ainda depende de outros patrocínios para se manter no esporte.
"Há muitos ♣ anos sou contemplado com o Bolsa Atleta, e hoje tenho patrocínios privados que me proporcionam totais condições de investir no ♣ meu treinamento.
Mas sei que essa não é a realidade da maioria dos atletas no Brasil", diz Hugo.
A falta de investimentos ♣ no esporte se intensificou ainda mais após a extinção do Ministério do Esporte em 2019, pelo governo Bolsonaro.
Segundo dados divulgados ♣ pelo projeto Transparência no Esporte da Universidade de Brasília, o investimento para a formação e treinamento de atletas brasileiros para ♣ os Jogos Olímpicos de Tóquio foi de 2 bilhões de reais, valor que foi reduzido em 47% se comparado aos ♣ R$3,2 bilhões destinados para o ciclo olímpico anterior.
Muitos brasileiros praticantes de esportes buscam auxílio em outros países que são referência, ♣ como os Estados Unidos da América.
Em 2015, o país recebeu cerca de 148 milhões de dólares para serem destinados ao ♣ desenvolvimento dos esportistas e de infraestrutura.
Pedro Cavallari, atleta de futebol americano, ao se mudar para os EUA com objetivo de ♣ se aprimorar em roleta brazino777 modalidade, pôde perceber diversas diferenças na realidade das nações.
"No Brasil tínhamos muita dificuldade em conseguir os ♣ equipamentos necessários e adequados e aqui você encontra em todo lugar", pontua.
Outro atleta que também se mudou para os EUA ♣ foi Joaquim Fernandes.
O tenista recebeu uma bolsa de estudos em uma faculdade em Iowa, graças ao seu desempenho na categoria.
Ele ♣ acredita que a distância entre os investimentos dos países é resultado da diferença na valorização dos desportistas: "Eu tive vários ♣ amigos e amigas que eram excepcionais nos esportes que praticavam e com certeza tinham um bom futuro, porém pela falta ♣ de incentivos financeiros acabaram desistindo".
Cláudio Ítalo, professor de educação física, conta que devido ao baixo investimento e a falta de ♣ influência na prática esportiva, principalmente no âmbito escolar, poucos alunos tentam seguir o caminho do esporte.
Os que conseguem se profissionalizar ♣ costumam escolher o futebol.
Para o professor, as crianças nos EUA são incentivadas desde pequenas, sendo bem valorizadas, enquanto no Brasil ♣ isso não acontece: "Nossos melhores atletas não moram no Brasil, acho que isso diz tudo", finaliza Cláudio.
Equipe: Clara Glitz, João ♣ Pedro Fonseca e Lucas Guimarães
Supervisão: Gabriela Leonardi, Leticia de Lucas e Paola Burlamaqui