Crédito: Victoria Leite, setorista do Santos pelo GE | Bauermann recebeu ameaças por não cumprir o combinado de levar um 💳 cartão amarelo no empate entre Santos e Avaí pelo Brasileirão de 2022 (2:15)
A "Operação Penalidade Máxima 2", do MP-GO (Ministério 💳 Público do Estado de Goiás), segue em andamento investigando esquemas de manipulação de resultados no esporte envolvendo jogadores de clubes 💳 das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
Até o momento o caso mais grave é o do zagueiro Eduardo Bauermann, 💳 do Santos.
Em entrevista exclusiva à ESPN, Ronaldo Piacente, procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), informou que só aguarda 💳 o envio de documentos do MP-GO para fazer uma denúncia contra os jogadores envolvidos no esquema.
Tais atletas podem ser multados 💳 ou até mesmo banidos do futebol.
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De acordo com Piacente, caso sejam comprovados os fatos que 💳 estão sendo investigados, os jogadores serão denunciados nos artigos 243 e/ou 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por 💳 ''atuarem, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende'' e/ou ''atuarem de forma contrária à ética desportiva com o fim 💳 de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente''.
As punições do artigo 243 são: multa de R$ 100 a 100 💳 mil e suspensão de 180 a 330 dias.
Já o artigo 243-A prevê: ''multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 💳 100.
00,00 (cem mil reais) e suspensão de seis a doze partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se 💳 suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, ou pelo prazo de cento e oitenta a trezentos e sessenta dias, 💳 se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código; no caso de reincidência, a pena será de eliminação''.
Piacente 💳 pontuou ainda que até o momento os clubes não estão envolvidos no esquema.
''As pessoas que não fazem parte do sistema 💳 desportivo, e que estão envolvidas então sendo denunciadas por crime pelo Ministério Público.
Na justiça desportiva somente é julgado aquelas pessoas 💳 que da parte do sistema do desporto'', afirmou o procurador-geral à ESPN.
''Todos envolvidos responderão na justiça criminal e desportiva, porém 💳 respeitando a competência de cada tribunal'', concluiu.
Quais são os jogos da Série A do Brasileirão suspeitos de manipulação?
Palmeiras 2 x 💳 1 Juventude - 10/09*
Santos 1 x 1 Avaí - 05/11 - (atleta do Santos cooptado a receber cartão amarelo)
Red Bull 💳 Bragantino 1 x 4 América-MG - 05/11 - (aliciamento do atleta do Bragantino para levar amarelo)
Goiás 1 x 0 Juventude 💳 - 05/11 - (dois jogadores do Juventude aliciados para tomar cartões amarelos)
Cuiabá 1 x 1 Palmeiras - 06/11 - (jogador 💳 do Cuiabá aliciado a receber cartão amarelo)
Botafogo 3 x 0 Santos - 10/11 (jogador cooptado a ser expulso)
*Um atleta sob 💳 investigação, durante cumprimento dos mandados, acabou confessando a participação em outro jogo, dia 10/09, entre Juventude e Palmeiras (também para 💳 receber o amarelo).
Quem são os jogadores suspeitos de manipulação no Brasileirão e Estaduais?
O Ministério Público não divulga nomes, mas Victor 💳 Ramos, ex-Vasco e Palmeiras, teve o celular apreendido.
O atleta de 33 anos foi encontrado em joguinho de ganhar dinheiro grátis casa nesta manhã, em 💳 Chapecó, e conduzido para prestar depoimento.
No entanto, ele segue treinando normalmente.
Kevin Joel Lomónaco, zagueiro do Red Bull Bragantino é outro 💳 suspeito.
Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) 💳 cumpriram um mandato de busca na casa do atleta.
A informação foi publicada pelo jornal "Em Pauta".
De acordo com o "globoesporte.
com", 💳 o lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS, são alguns dos investigados.
Ainda 💳 segundo o MP de Goiás, os suspeitos vêm de diversas regiões do Brasil.
Nesta terça, foram buscados:
Goiás - 1 atleta investigado
Rio 💳 Grande do Sul - 3 atletas investigados
Santa Catarina - 2 atletas investigados
Rio de Janeiro - 1 investigado (não atleta)
Pernambuco - 💳 2 atletas investigados
São Paulo - 10 mandados de busca e apreensão e 3 prisões
Algum jogador de futebol foi preso?
Nenhum jogador 💳 preso, só pessoas envolvidas nos pedidos de manipulação.
Foram três mandados de prisão em São Paulo, mas só para não atletas.
Foram 💳 apreendidas granadas de efeito moral em um mandado de prisão em São Paulo a armas de fogo em outro endereço, 💳 também em terras paulistas.
Nesse local, houve também um flagrante de armas de fogo sem o devido registro.
Os atletas ou aliciadores 💳 podem ser indiciados via Estatuto do Torcedor e também podem responder por crime por lavagem de dinheiro, se for o 💳 caso.
Segundo o Estatuto do Torcedor, a pena varia de 2 a 6 anos de prisão.
O que os jogadores faziam para 💳 manipular as partidas?
Os atletas e envolvidos suspeitos estão sendo investigados por manipulação da seguinte forma: receber cartões amarelo ou vermelho, 💳 cometer um pênalti, garantir uma derrota parcial no 1º tempo, número de escanteios, etc.
O que os clubes dos jogadores envolvidos 💳 disseram?
A Chapecoense e o Red Bull divulgaram notas sobre os jogadores investigados.
"O clube tem tolerância zero com qualquer atitude que 💳 possa ferir a idoneidade do esporte e vá contra os valores e dignidade de todos que vestem as cores do 💳 Red Bull Bragantino.
Nos colocamos à disposição das autoridades durante a investigação e trataremos internamente a situação legal envolvendo o atleta", 💳 disse o time de Bragança.
"A respeito da "Operação Penalidade Máxima" e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó 💳 – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade 💳 profissional do atleta.
Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as 💳 autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso".
Quais são os próximos passos da 💳 investigação?
Segundo o MP de Goiás, agora as autoridades irão reunir o material angariado em 6 estados envolvidos, com dezenas de 💳 aparelhos eletrônicos apreendidos, analisanto tudo e realizando interrogatórios.
Após analisar as provas, aí sim serão avaliados os próximos passos.
O que a 💳 Operação "Penalidade Máxima" investiga
A investigação da Operação "Penalidade Máxima" aponta que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até 💳 R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e causassem o lucro de apostadores em sites do ramo.
Um jogador 💳 cooptado, por exemplo, teria a "função" de cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção 💳 do resultado da partida - normalmente uma derrota de joguinho de ganhar dinheiro grátis equipe.
As primeiras denúncias ouvidas pela operação surgiram no fim de 💳 2022, quando o volante Romário, então jogador do Vila Nova (GO), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti contra 💳 o Sport, em partida válida pela Série B do Brasileiro.
Na ocasião, o atleta embolsou R$ 10 mil imediatamente e só 💳 ganharia o restante caso o plano funcionasse.
Romário, porém, sequer foi relacionado para a partida, o que estragou a ideia.
A história 💳 chegou até Hugo Jorge Bravo, presidente do time goiano e também policial militar, que buscou provas e as entregou ao 💳 Ministério Público do estado.
A partir daí, criou-se a operação "Penalidade Máxima" para investigar provas e suspeitas sobre o assunto.
Na primeira 💳 denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B, mas os últimos acontecimentos levaram os investigadores a 💳 crer que o problema era de âmbito nacional e havia acontecido em campeonatos estaduais e também na primeira divisão do 💳 Brasileiro.
Além de Romário, outros sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público por participarem do esquema de fabricação de resultados: Joseph 💳 (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje 💳 no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).