PUBLICIDADEUma arte milenar
Os primeiros relatos da história do mergulho são do Japão e da Coréia, cerca de 4 mil anos 🛡 antes de Cristo.
A técnica era utilizada para resgatar alimentos e armamentos.
Aos poucos, o mergulho foi se aperfeiçoando, até que surgiram 🛡 pessoas especializadas em caçar pérolas no fundo do mar.
A necessidade do homem em explorar o mundo submarino acarretou no crescimento 🛡 da atividade.
Um fato curioso, é que as guerras foram peças-chave no desenvolvimento do mergulho, no resgate a para atacar os 🛡 inimigos.
Porém, antigamente as pessoas mergulhavam de roupa de pano mesmo, que só foram trocadas pelas roupas borracha no século XX.
O 🛡 mergulho aos poucos foi recebendo ares de esporte e hoje em dia conta com disputas ao redor de todo o 🛡 mundo.
As competições de mergulho livre são divididas em cinco modalidades distintas, mas as únicas modalidades realizadas em campeonatos mundiais são: 🛡 Apnéia Estática e Lastro Constante.
O que é o Mergulho
O mergulho nasceu da vontade do homem de explorar o mundo submarino.
Apesar 🛡 de estar tão presente em nossa vida, o mar ainda é o maior, mais intrigante e desconhecido habitat terrestre.
Milhares de 🛡 descobertas realizadas através dos séculos por mergulhadores, além de ajudarem a contar a história do homem, criaram um esporte que 🛡 hoje em dia é muito praticado no mundo todo.
Das técnicas milenares, utilizadas para a busca de alimentos e armamentos, até 🛡 as modernas tecnologias empregadas em mergulhos cada vez mais profundos, muitas vidas ficaram pelo caminho.
Mas, com certeza, o sonho desses 🛡 mergulhadores não foi em vão.
Hoje em dia quem quiser se arriscar no mergulho tem todas as condições de explorar a 🛡 vida marinha com toda a segurança.
Para a atleta de mergulho livre detentora de 4 recordes mundiais e 8 sul americanos, 🛡 Karol Meyer, o mergulho é um esporte como qualquer outro.
"Para mergulhar não precisamos ser um Pelizari, uma Tanya Streeter, basta 🛡 termos vontade de estarmos na água, alguns minutos a mais sem respirar para podermos descer nas profundezas, ficar mais tempo 🛡 na piscina, ou então, percorrer uma grande distância submersa".
História do Mergulho
Os primeiros relatos de mergulho vêm na antiguidade, quando usavam 🛡 a técnica para o resgate de armamentos e alimentos.
No Japão e na Coréia, há mais de 4 mil anos a.
c, 🛡 já existiam mergulhadores especializados em caçar pérolas no fundo do mar.
A tecnologia foi se desenvolvendo e a principal responsável pelo 🛡 desenvolvimento das técnicas de mergulho foram as guerras, já que para resgatar armamentos e atacar o inimigo foram criados novos 🛡 meios de mergulhar.
No século XX foi que houve um desenvolvimento na parte dos equipamentos.
Tecidos pesados foram trocados por roupas de 🛡 borracha.
Não se pode deixar de mencionar o francês Jacques Yves Cousteau, que, no ano de 1943, em plena ocupação alemã, 🛡 mergulhou pela primeira vez na Costa Provençal, até 20 metros com auxílio de um aparelho que ele mesmo inventou: o 🛡 aqualung, um composto híbrido que se traduz por pulmão aquático, que abriu caminho para novos e modernos equipamentos de mergulho.
O 🛡 mergulho chegou no Brasil há 50 anos, através de equipamentos trazidos por pilotos de companhias aéreas principalmente dos Estados Unidos.
Nos 🛡 anos 60, alguns brasileiros começaram a mergulhar e, com cursos realizados no exterior, se formaram instrutores e donos de escola.
Certificadoras 🛡 internacionais chegaram ao país, as nacionais foram criadas, assim como as escolas com seus cursos básicos e de aperfeiçoamento e 🛡 os equipamentos mais recentes.
Lojas, importadores, hotéis e pousadas são preparados para esse público, que movimenta um mercado de esporte e 🛡 lazer no país há pelo menos 30 anos.
Cuidados Básicos para Mergulhar
Mergulhar é a fascinação do homem em explorar o mundo 🛡 submarino.
Apesar de estar tão presente em nossa vida, o mar ainda é o maior, mais intrigante e desconhecido habitat terrestre.
Porém, 🛡 para praticar o mergulho devem-se tomar alguns cuidados básicos.
Hoje, o mergulho é um esporte praticado em todo o mundo e 🛡 o número de adeptos cresce cada vez mais.
Os amadores do mergulho devem obedecer às regras de segurança, principalmente quando fazem 🛡 apnéia (imersão sem o uso de aparelhos).
É bom lembrar que não se pratica mergulho em apnéia sozinho, mesmo que seja 🛡 em piscina ou por simples brincadeira.
Sempre mostre a www betano com presença, diga quando irá partir e quanto pretende atingir em cada 🛡 mergulho.
Os riscos mais comuns são o barotrauma de ouvido e o ocular, e sem dúvida o mais temido é o 🛡 apagamento.
Para prevenir esses problemas não negligencie a compensação dos ouvidos.
Se tiver problemas para compensar os ouvidos, descanse um pouco antes 🛡 de uma nova tentativa.
Se o problema persistir, pode ser sinal de uma gripe, resfriado ou outra ocorrência clínica.
É bom consultar 🛡 um médico.
Outra dica é não soltar o seu ar dentro da água, pois as bolhas podem ser interpretadas como sinal 🛡 de apagamento.
Comunicação subaquática
Após obter a atenção da www betano com dupla, você pode se comunicar, escrevendo em uma prancha ou usando os 🛡 sinais manuais.
Existem vários tipos de pranchas nas lojas de mergulho.
Você deve aprender o significado de cada um destes sinais.
Além disso, 🛡 você deve rever os sinais manuais e outras formas de comunicação com a www betano com dupla antes do mergulho, para evitar 🛡 desentendimento e confusões debaixo da água.
Comunicação na Superfície
Na superfície, você pode usar os sinais manuais ou sonoros.
Evite acenas com os 🛡 braços na superfície para cumprimentar alguém, isto é, um sinal de socorro à superfície.
O apito é peça obrigatória do equipamento 🛡 de comunicação de superfície, porque chama a atenção com eficiência, ao produzir um som alto, sem gasto excessivo de energia 🛡 (em comparação com o grito), e bem audível.
Chamada subaquática
Algumas embarcações de mergulho utilizam um aparelho eletrônico de chamadas subaquáticas para 🛡 chamar a atenção dos mergulhadoressubmersos.
Quando ativado, este aparelho emite um som parecido com o de uma sirene, através de um 🛡 alto falante subaquático.Ao escutar
este som durante o mergulho, suba a superfície com cuidado e procure um barco para instruções.
Não nade 🛡 em direção ao barco, até que o capitão sinalize.
Apesar do som se propagar melhor na água, a comunicação verbal é 🛡 virtualmente impossível sob a água, exceto com a utilização de elaborados sistemas eletrônicos.
Devido ao custo e outros fatores, estes sistemas 🛡 não são usados no mergulho esportivo.
Usamos então, outras formas de comunicação, não-verbais
Equipamentos do Mergulho
O Snorkel é o que permite a 🛡 respiração quando o mergulhador se encontra na superfície da água.
As nadadeiras auxiliam e dão mais força aos movimentos.
O colete é 🛡 que controla a flutuação do mergulhador.
Os reguladores, como o próprio nome já diz, são feitos para regular a pressão do 🛡 cilindro.
O cilindro armazena o ar respirável.
A máscara protege os olhos e permite a visibilidade.
O cinto de lastro é muito importante 🛡 pois é utilizado para compensar a flutuação.
A roupa isotérmica mantém o calor natural do corpo dentro da água.
O profundímetro indica 🛡 a profundidade.
Outros acessórios são: lanternas, bússola, facas, capuz, meias, botas, luvas, etc.
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Tipos de MergulhoMergulho livre
Por mergulho livre entende-se aquele feito 🛡 sem o uso de aparelhos de respiração.
Dentro desta categoria devemos distinguir duas modalidades muitíssimo diferentes entre elas: o mergulho em 🛡 apnéia e o chamado de snorkeling.
Snorkeling
O snorkeling é a maneira mais fácil de se ter o primeiro contato com o 🛡 mundo submarino.
Pode ser praticado por quase qualquer pessoa, usando apenas um par de nadadeiras, uma máscara e um snorkel (aquele 🛡 tubinho que serve para respirar enquanto permanecemos olhando para debaixo d´água) para nadar e dar curtos mergulhos em apnéia (prendendo 🛡 a respiração) em baixas profundidades (piscinas naturais em rios e mares).
Apnéia
O mergulho em apnéia propriamente dito (técnica usada principalmente por 🛡 caçadores submarinos), pela elevadas profundidades alcançadas e tempos relativamente longos, só pode ser praticado por pessoas técnica, física e psicologicamente 🛡 treinadas.
Mergulho Autônomo
Por mergulho autônomo entende-se todo aquele que utiliza aparelhos de respiração subaquática independente de suprimento da superfície.
Para o mergulho 🛡 recreativo utiliza-se o equipamento SCUBA (Self-Contained Underwater Breathing Aparattus).
Ele é constituído basicamente de um reservatório (cilindro) de mistura de respiração 🛡 (normalmente ar) e de um dispositivo de fornecimento e redução de ar (válvula reguladora ou simplesmente regulador).
Além disto, completam o 🛡 SCUBA, o profundímetro (medidor de profundidade), manômetro (medidor da pressão do ar do cilindro), além do colete equilibrador.
Todos acoplados ao 🛡 cilindro.
Perguntas Frequentes
Aprender a mergulhar é difícil?
Na verdade não, provavelmente é mais fácil do que você imagina.
Basicamente o mergulho pode ser 🛡 dividido em duas categorias: mergulho livre e autônomo.
O primeiro compreende a prática do esporte em apnéia, ou seja, com o 🛡 próprio fôlego, exigindo apenas o equipamento básico para www betano com prática (máscara, snorkell e nadadeira).
Pode ser praticado sem nenhuma certificação, embora 🛡 existam cursos específicos.
O mergulho autônomo utiliza equipamentos de respiração subaquática, o que o torna mais complexo, sendo obrigatório um treinamento 🛡 em certificadoras reconhecidas.
Existem vários níveis diferentes no currículo de treinamento do mergulho autônomo, variando desde o básico, que habilita o 🛡 aluno a fazer mergulhos recreacionais em qualquer lugar do mundo, até especializações.
Mergulhar é perigoso?
Não, apesar da fama o mergulho é 🛡 considerado uma atividade segura.
Como qualquer esporte, deve ser praticado por pessoas bem treinadas, com equipamento adequado e dentro das normas 🛡 de segurança e bom senso.
Existe muito folclore em cima dos perigos provocados pela fauna marinha, como tubarões, moreias e polvos 🛡 gigantes.
Na verdade a maioria das espécies são tímidas e passivas, raramente atacando um mergulhador.
Os maiores perigos são o pânico, a 🛡 irresponsabilidade e as lanchas e jet skys que não respeitam as áreas demarcadas.
É possível fazer mergulho autônomo sem ter feito 🛡 um curso?
Não, é absolutamente proibida a prática do mergulho scuba para pessoas não certificadas.
Existe a possibilidade de fazer o "discovery 🛡 dive", que consiste em mergulho assistido por um profissional após algumas poucas horas de treinamento em sala e piscina.
Existe alguma 🛡 qualificação especial para fazer um curso de mergulho básico?
É necessário ter no mínimo 12 anos de idade e estar apto 🛡 fisicamente, é recomendado uma avaliação médica prévia.
É necessário ser um ótimo nadador para mergulhar?
Não, um conhecimento razoável sobre natação já 🛡 é o suficiente para a prática do mergulho.
Praticar o mergulho autônomo é muito caro?Sim e não.
A aquisição do equipamento básico 🛡 para mergulho autônomo pode ser custosa, variando com o equipamento e modalidade de mergulho que você quer praticar (mergulhos técnicos 🛡 requerem equipamentos mais sofisticados e caros), entretanto a maioria das lojas e operadoras alugam o equipamento por um preço bem 🛡 razoável.
No mínimo você deve adquirir uma máscara, snorkel e nadadeira.
Que equipamento eu tenho que ter para fazer um curso de 🛡 mergulho autônomo?
A maioria das escolas fornecem o equipamento necessário para o aluno, menos o básico, composto pela máscara, snorkel e 🛡 nadadeira.
Como escolher a máscara ideal?
A escolha da máscara ideal é totalmente pessoal, independe de marca e depende da finalidade do 🛡 mergulho.
Para mergulho livre o mais indicado é uma máscara com volume de ar interno bem pequeno.
No mergulho autônomo, a preocupação 🛡 com o volume não é tão importante, embora pequenos volumes tornem a equalização mais fácil.
Alguns fatores devem ser levados em 🛡 conta na escolha:
O vidro tem que ser temperado
Espaço para pinçar as narinas
Tira ajustável e firmeBom ângulo de visão
O material do 🛡 corpo da máscara deve ser bem maleável, para evitar desconforto.
A máscara deve se ajustar perfeitamente ao formato do seu rosto.
Para 🛡 testar se uma máscara se adapta ao seu rosto, aperte-a contra a face (não passe a tira pela cabeça) e 🛡 inspire o ar pelo nariz.
Se a máscara ficar firme no rosto após a retirada da mão, não vai entrar água.
Por 🛡 outro lado, se você não conseguir provocar vácuo internamente, a máscara não serve.
De qualquer modo, o formato do nosso rosto 🛡 muda muito de dia para dia e até em um mesmo mergulho.
A mesma máscara que serve como uma luva em 🛡 um determinado momento pode ficar completamente alagada em outro.
Por este motivo é importante os exercícios de esgotamento de água da 🛡 máscara.
Outra dica, nunca use a máscara muito apertada pela tira no rosto, além de inútil vai provocar um grande desconforto.
Como 🛡 fazer para a máscara não embaçar?
De várias maneiras: você pode usar produtos anti-fog, vendidos nas grandes lojas de ótica e 🛡 mergulho, passar casca de batata no lado interno do vidro ou, o mais comum, cuspir no vidro da máscara e 🛡 espalhar a saliva pela superfície com o dedo, pode ser meio nojento mas funciona.
Porque as coisas parecem maiores em baixo 🛡 dágua quando usamos máscara?
O olho humano não consegue focalizar direito sem um espaço aéreo na www betano com frente, a máscara providencia 🛡 este espaço.
A luz viaja na água a uma velocidade diferente do que no ar.
Quando essa luz passa do ambiente água 🛡 para o ambiente ar, na máscara, a mudança de velocidade causa um pequeno desvio no ângulo dos raios luminosos.
Isto causa 🛡 o fenômeno do aumento dos objetos, que parecem ser 25% maiores e mais próximos.
O que é o snorkel?
É uma peça 🛡 mandatória do equipamento.
Permite a respiração na superfície sem tirar o rosto da água.
Mergulhadores autônomos usam o snorkel para economizar ar 🛡 do cilindro durante deslocamentos na superfície.
Como escolher a nadadeira?
A função da nadadeira é permitir um deslocamento na água mais rápido 🛡 e com menos esforço físico.
Podem ser de tiras ajustáveis (abertas) ou com calçadeiras fixas (fechadas).
As abertas são usadas com botas 🛡 de neoprene.
A escolha do modelo deve ser feita contando com fatores como seu tamanho, habilidade física e local onde o 🛡 mergulho será executado.
Pessoas maiores devem usar nadadeiras com pala maior, embora requeiram maior esforço.
Em locais onde a água é fria, 🛡 o melhor é optar pelo modelo aberto com bota.
Existem meias de neoprene para usar com modelos fechados, nesse caso a 🛡 nadadeira deve ser experimentada já com as meias calçadas.
Para que serve o lastro?
É usado para contrabalancear a flutuabilidade positiva natural 🛡 do corpo humano, aumentada pelo uso da roupa de proteção.
É composto de um cinto, com fecho de segurança para rápida 🛡 liberação e peças de chumbo de tamanho variável.
O que é o cilindro?
É um container de metal usado para armazenar ar 🛡 sob pressão.
Pode ser de aço ou alumínio, a capacidade é expressa em pés cúbicos de ar comprimido.
O que tem dentro 🛡 do cilindro?
Muita gente acha que o cilindro é carregado com oxigênio.
Na verdade o cilindro contém ar comprimido filtrado, igual ao 🛡 que respiramos na superfície.
Existem algumas misturas gasosas um pouco diferentes que alteram o perfil do mergulho, com a finalidade de 🛡 permitir mais tempo de fundo.
Quanto tempo dura um cilindro?Varia muito.
Depende da profundidade, tempo de fundo, esforço efetuado, condicionamento físico, estado 🛡 emocional, características físicas do mergulhador, etc.
Varia de uns poucos minutos a pouco mais de uma hora.
Quanto mais fundo, menos tempo 🛡 dura o ar.
Para que serve o regulador?
Reduz a alta pressão do cilindro a um nível que permita a www betano com utilização 🛡 para respirar.
Só libera o ar quando o mergulhador inspira.
Porque os ouvidos doem no mergulho?
A causa da dor é a pressão 🛡 d'água sobre a membrana do tímpano, que pode chegar a se romper, causando dor intensa e perda de equilíbrio.
Este problema 🛡 é evitado com a operação chamada de valsalva, que consiste em injetar ar para a parte interna da membrana, equalizando 🛡 a pressão.
Uma forma de fazer isto é apertar o nariz e assoprar pelo mesmo, este artifício pode não funcionar se 🛡 o mergulhador estiver com as vias aéreas congestionadas por uma gripe ou sinusite.
Quem usa lentes corretivas pode mergulhar?
Sim, pode-se usar 🛡 lentes de contato ou adaptar lentes acrílicas na própria máscara (existem várias empresas especializadas).
No caso de lentes de contato, o 🛡 cuidado a ser tomado é manter os olhos fechados no caso de alagamento da máscara só abrindo após a exaustão 🛡 da água.
Pode mergulhar resfriado?
Normalmente não, se as vias aéreas estiverem congestionadas será impossível equalizar a pressão da água nos ouvidos.
Nesses 🛡 casos não adianta muito tomar um descongestionante, as conseqüências podem ser piores, o melhor é ficar no seco curando a 🛡 gripe.
É permitido praticar caça submarina com scuba?Absolutamente não.
Eticamente falando, a caça esportiva deve ser praticada em igualdade de condições entre 🛡 o caçador e a presa.
O uso de equipamento autônomo de respiração desequilibra esta relação em favor do caçador.
Felizmente esta prática 🛡 é proibida em todo o território nacional.
É permitido mergulhar sozinho?
Não, um dos princípios do mergulho é o conceito de duplas.
Apesar 🛡 de segura, a prática do mergulho expõe a pessoa a potenciais situações de emergência, onde o auxílio de um parceiro 🛡 pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Nunca mergulhe sozinho.
O que é SCUBA?
São as iniciais de: Self-Contained Underwater 🛡 Breathing Apparatus.
O que é doença descompressiva?
Existem limites para o tempo e profundidade dos mergulhos, que provocam um efeito do nitrogênio 🛡 (N2) no organismo.
Durante o mergulho, o aumento de pressão faz com que o N2 contido no ar respirado se dissolva 🛡 nos tecidos do corpo.
A quantidade absorvida depende do tempo e profundidade do mergulho.
Quando o mergulhador sobe, a pressão diminui, e 🛡 o N2 começa a deixer lentamente o corpo através da respiração.
Este processo exige cuidados especiais como velocidade de subida e 🛡 paradas de descompressão.
Caso os procedimentos adequados não sejam seguidos, o N2 em excesso começa a formar bolhas na circulação e 🛡 nos tecidos em diferentes locais do corpo durante a subida.
Os sintomas são: paralisia, fraqueza, choque, insensibilidade, formigamento, dificuldade respiratória e 🛡 dor nas articulações e membros.
Em casos extremos pode causar inconsciência e morte.
O que é a narcose?
O ar que respiramos é 🛡 composto de 21% de oxigênio e 79% de nitrogênio, sendo que o nitrogênio é um gás inebriante, usado na medicina 🛡 como anestésico geral.
Conforme vamos afundando, a pressão da água faz com que tenhamos que respirar um volume de ar cada 🛡 vez maior.
Por exemplo: ao nível do mar um sujeito inspira 1 litro de ar a cada respirada, a 10 metros 🛡 a pressão dobrou, o que significa que a cada respiração ele estará inspirando agora 2 litros de ar.
A sessenta metros, 🛡 o nosso mergulhador estará colocando para dentro nada menos que 6 litros de ar a cada respirada.
Este volume todo de 🛡 ar provoca um acúmulo de nitrogênio muito alto no organismo, causando uma sensação de euforia similar à embriaguez.
Nestas condições, o 🛡 indivíduo passa a sentir uma série de sintomas, como euforia, perda da coordenação motora e sensibilidade.
Em casos extremos pode chegar 🛡 a tomar ações totalmente loucas, como tirar o equipamento, perder o sentido de direção e afundar mais em vez de 🛡 subir, etc.
Os sintomas desaparecem assim que a pessoa volta para profundidades menores.
O que são certificadoras?
São orgãos internacionais reconhecidos que controlam 🛡 e ministram cursos básicos e de especialização para mergulho amador e profissional.
As escolas de mergulho credenciadas possuem instrutores habilitados por 🛡 estas certificadoras a formarem mergulhadores nas várias modalidades.
Existem diversas certificadoras atualmente disponíveis no mercado:
CMAS: Confederação formada por vários países, inclusive 🛡 o Brasil, fundada em Mônaco no ano de 1959.
A entidade é voltada para atividades submarinas e afins, promovendo cursos e 🛡 certificando mergulhadores em várias modalidades e especializações.
A sigla CMAS significa "Confédération Mondiale des Activités Subaquatiques".
No Brasil é associada à CBPDS: 🛡 Confedereção Brasleira de Pesca e Desportos Subaquáticos.
IANTD: International Association Of Nitrox And Technical Divers.
Agência certificadora internacional que oferece treinamento em 🛡 cursos regulares e especialização Nitrox.
NAUI: National Association of Underwater Instructors.
PADI: Professional Association of Diving Instructor.
É uma organização internacional americana, fundada 🛡 em 1966, voltada para o treinamento e certificação em mergulho scuba.
A programação dos cursos vai desde o nível básico até 🛡 mergulhos técnicos avançados.
Para maiores informações veja a sessão de cursos neste site.
PDIC: Professional Dive Instructors Corporation.
Agência americana fundada nos anos 🛡 60 exclusivamente para formação de instrutores SCUBA.
A partir dos anos 70 passou a ministrar cursos para mergulhos recreacionais.
SSI: Scuba Schools 🛡 International
Uma pessoa que tenha feito um curso em uma certificadora pode dar continuidade no treinamento em outra?Geralmente sim.
O conteúdo programático 🛡 das várias certificadoras é muito parecido, habilitando o aluno a dar continuidade no programa de treinamento em outra certificadora sem 🛡 maiores problemas, desde que satisfaça os requisitos do curso pretendido e passe por uma avaliação prévia.
Para maiores detalhes entre em 🛡 contato com a www betano com certificadora.
O que é Heliox?
Mistura gasosa composta de hélio e oxigênio, permitem ao mergulhos além dos 40 🛡 metros de profundidade.
Somente mergulhadores certificados nesta modalidade em cursos de especialização podem utilizar esta mistura.
O que é Trimix?
Mistura gasosa composta 🛡 de hélio, oxigênio e nitrogênio.
Permite mergulhos além dos 40 metros de profundidade.
Somente mergulhadores certificados nesta modalidade em cursos de especialização 🛡 podem utilizar esta mistura.
O que é Nitrox?
O ar que respiramos é composto de aproximadamente 21% e 79% de nitrogênio.
Nitrox é 🛡 a mistura com porcentagens maiores que 21% de oxigênio, que são chamadas de Enriched Air Nitrox (EANx).
As misturas mais comuns 🛡 são EAN32 (32% de oxigênio / 68% de nitrogênio) e EAN 36 (36% de oxigênio / 64% de nitrogênio).
Mergulho com 🛡 nitrox requer uma tabela de descompressão específica para cada mistura.
Quais os benefícios do uso do Nitrox?
Quando usado com tabelas standard 🛡 ou computadores configurados para ar comprimido, garantem uma margem de segurança muito maior no mergulho.
Aumento significativo do tempo de fundo.
Redução 🛡 da possibilidade de doenças descompressivas.
Redução dos efeitos da narcose.
Redução do tempo de descompressão para mergulhos repetitivos se os limites de 🛡 mergulho não-descompressivo forem excedidos.
Redução da fadiga após o mergulho.
EANx é indicado somente para mergulho profundo?
Não, na verdade a faixa ideal 🛡 para mergulhos recreacionais com EANx vai de 13 a 43 metros.
Mergulho com Nitrox é arriscado?
Com treinamento apropriado, o mergulho com 🛡 EANx é similar ao ar comprimido.
Ambos tem restrições de tempo e profundidade e o tratamento para a doença descompressiva é 🛡 também parecido.
O treinamento em cursos específicos em EANx é indispensável.
É necessário um equipamento especial para mergulho com EANx?
O equipamento normal 🛡 (regulador, manômetro, octopus) pode ser usado com EANx, os cilindros são específicos e possuem coloração especial (verde) para identificação.
É necessário 🛡 certificação especial para mergulho com Nitrox?
Sim, várias certificadoras já possuem cursos específicos IANTD para mergulho com NitroxFonte: oradical.uol.com.br/www.zone.com.br/www.portalsubmarino.com.brMergulhoHistória
Da Antiguidade a 🛡 Era do Escafandro
Desde a antiguidade o homem depende da água para alimentação, transporte e defesa contra seus inimigos.
O mergulho nasceu 🛡 provavelmente a cerca de 30.
000 anos, quando pela primeira vez um homem nadando viu um objeto no fundo, prendeu a 🛡 respiração e desceu para tentar vê-lo melhor, sem utilizar nenhum tipo de equipamento.
Embora muitos achem que o mergulho é uma 🛡 atividade recente, hoje já existem provas concretas de que o homem começou a criar acessórios que facilitassem suas aventuras sob 🛡 as águas 6.500 anos atrás.
Alguns desenhos assírios do ano 900 AC mostram homens debaixo d´agua respirando através de um saco 🛡 com ar, provavelmente para fins militares, enquanto que cerâmicas gregas datadas de 600 AC ilustram o trabalho de mergulhadores no 🛡 cultivo de esponjas no Mar Mediterrâneo.
A história antiga é recheada de narrações que mostram os feitos dos mergulhadores da época:
Heródoto 🛡 narrou o trabalho de recuperação de tesouros de navios naufragados para o rei persa Xerxes no século 5 AC;
Alexandre o 🛡 Grande mergulhava em uma câmara submersíel para observar a vida marinha e utilizava mergulhadores em suas ações militares;
Gregos mergulharam no 🛡 porto de Siracusa para remover obstruções e cortar cabos de âncoras de navios inimigos durante a conquista da cidade;Marco Polo 🛡 descreveu como Kublai Khan presenteava seus seguidores no Oriente distante com pérolas coletadas por mergulhadores e
As primeiras referências às Amas 🛡 do Japão que até hoje trabalham no cultivo de pérolas data do século I AC.
Como os compressores de ar ainda 🛡 não haviam sido inventados, os mergulhos desta época eram feitos em apnéia ou utilizando sistemas primitivos para o fornecimento de 🛡 ar através de sacos, baldes e mangueiras.
Pedras amarradas em uma corda serviam de lastro e podiam ser abandonadas no fundo 🛡 para facilitar a subida.
Os melhores mergulhadores podiam permaner por mais de um minuto debaixo d´água e atingiam profundidades de até 🛡 30 m.
O mergulho profissional nasceu no mesmo período, quando os mergulhadores começaram a receber para trabalhar debaixo d´água.
Existia até mesmo 🛡 uma tabela de remuneração: até 1 m de profundidade, os mergulhadores ganhavam 10% do valor dos objetos resgatados; a 4 🛡 m eles ganhavam um terço e a 8 m ou mais eles chegavam a receber 50% do total.
Por mais de 🛡 1000 anos o mergulho evoluiu muito pouco, até que na era das grandes navegações o valor dos tesouros naufragados colocou 🛡 muita gente para pensar em formas de se aumentar o tempo de fundo e a profundidade de trabalho.
Mesmo assim, foi 🛡 somente no século XVI que começaram a surgir as primeiras idéias práticas neste sentido.
Leonardo DaVinci desenhou mergulhadores equipados com nadadeiras, 🛡 capacetes, máscaras e respiradores mas não existem provas de que estes acessórios chegaram a ser construídos e Guglielmo de Lorena 🛡 projetou o primeiro sino de mergulho moderno em 1531.
Começava então uma nova fase na exploração submarina.
Os sinos de mergulham ganharam 🛡 este nome devido ao formato utilizado na época.
Eles eram em geral construídos de madeira e abertos na parte inferior.
Os mergulhadores 🛡 podiam realizar breves excursões em apnéia para executar suas tarefas e voltar para o interior do sino para respirar.
O ar 🛡 era renovado através de barris invertidos enviados da superfície e guiados através de cordas.
Embora primitivo, este sistema permitiu a realização 🛡 de tarefas até então consideradas impossíveis:
Em 1663 mergulhadores recuperarm um canhão do navio Vasa, que havia naufragado a 33 m 🛡 de profundidade no porto de Estocolmo;
William Phips resgatou em 1687 praticamente toda a carga do naufrágio do Nuestra Señora de 🛡 la Concepcion;
Roupa de mergulho Leonardo da Vinci
Edmund Halley (o astrônomo que deu o nome ao mais famoso dos cometas) construiu 🛡 em 1716 um sino que permitia aos seus ocupantes permanecer por mais de 4 horas a 20 m de profundidade 🛡 e chegou a propor a instalação de capacetes ligados por mangueiras ao sino para facilitar o trabalho dos mergulhadores, embora 🛡 não existam provas de que ele tenha conseguido implementar esta idéia.
Em 1715 John Lethbridge deu mais um passo na evolução 🛡 do mergulho ao construir a primeira roupa de pressão atmosférica.
Construída em madeira no formato de um barril e dotada de 🛡 vigias de vidro e saídas para os braços confeccionadas em couro, a roupa de Lethbridge permitiu que ele trabalhasse por 🛡 mais de 20 anos resgatando cargas de navios em profundidades de até 20 m.
Como a o mergulhador permanecia suspenso por 🛡 um cabo ligado a um navio na superfície, a mobilidade era bastante restrita mas pela primeira vez ele estava livre 🛡 das limitações do mergulho em apnéia.
Mecanismo mergulho de John Lethbridge
Em 1715 John Lethbridge deu mais um passo na evolução do 🛡 mergulho ao construir a primeira roupa de pressão atmosférica.
Construída em madeira no formato de um barril e dotada de vigias 🛡 de vidro e saídas para os braços confeccionadas em couro, a roupa de Lethbridge permitiu que ele trabalhasse por mais 🛡 de 20 anos resgatando cargas de navios em profundidades de até 20 m.
Como a o mergulhador permanecia suspenso por um 🛡 cabo ligado a um navio na superfície, a mobilidade era bastante restrita mas pela primeira vez ele estava livre das 🛡 limitações do mergulho em apnéia.
Nos próximos 100 anos muito pouco aconteceu.
Havia surgido um problema aparentemente intransponível: fornecer ar sob pressão 🛡 para o mergulhador.
Logo após a invenção do compressor de ar no início do século XIX, Charles Deane e seu irmão 🛡 adaptaram um capacete utilizado em minas e incêndio para o mergulho, criando o primeiro escafandro realmente funcional.
Mas o capacete dos 🛡 irmãos Deane tinha uma grande limitação: como era simplesmente apoiado sobre os ombros do mergulhador, ele não permitia que este 🛡 se inclinasse o ar escapava e o capacete era tomado pela água, eventualmente afogando o mergulhador.
Roupa de mergulho antiga
Coube 🛡 a Augustus Siebe dar o próximo passo ao inventar em 1839 a primeira "roupa fechada".
Para evitar o alagamento do capacete, 🛡 Siebe criou uma roupa impermeável na qual era fixada a parte inferior do capacete, o chamado corselete.
Em poucos meses seu 🛡 equipamento era utilizado pela maioria dos mergulhadores e o desenho básico permanceu inalterado pelos próximos 100 anos.
Durante este período provavelmente 🛡 dezenas de milhares de conjuntos semelhantes foram fabricados e alguns continuam em uso até hoje.
Escafandro – desenho
Poucos anos depois surgia 🛡 na França o primeiro equipamento de mergulho autônomo.
Criado por Rouquayrol e Denayrouze, este equipamento podia ser utilizado com ou sem 🛡 uma máscara metálica tipo "full-face".
O ar podia ser fornecido através de uma mangueira vinda da superfície (modo dependente) ou, em 🛡 mergulhos mais curtos e rasos, transportado pelo próprio mergulhador em pequenos cilindros (modo autônomo).
Embora o primeiro protótipo de Rouquayrol e 🛡 Denayrouze tenha sido construído em 1872, um museu francês tem em www betano com coleção um modelo de produção fabricado pouco tempo 🛡 depois e ainda em condições de uso (em uma feira recente nos Estados Unidos este equipamento foi demonstrado por diversos 🛡 mergulhadores, incluindo Jean-Michel Cousteau).
Foi na mesma época que surgiram os primeiros trabalhos científicos sobre a descompressão.
O fisiologista Paul Bert passou 🛡 anos estudando os efeitos das altas e baixas pressões em animais e pode ser considerado o pai da medicina hiperbárica.
Seu 🛡 livro A Pressão Barométrica Pesquisas em Fisiologia Experimetal foi publicado em 1878 e é até hoje considerado um clássico, 🛡 pois introduziu as bases para criação da teoria da descompressão.
Com os novos equipamentos, contando com a ajuda de compressores de 🛡 ar mais potentes e começando a entender os efeitos das pressão no corpo humano, o homem estava pronto para realmente 🛡 começar a explorar o fundo do mar.
Nos Tempos do Escafandro
Após a invenção do escafandro fechado por Augustus Siebe em 1839, 🛡 a exploração do fundo do mar ganhou, literalmente, fôlego.
Por mais de 100 anos o escafandro tradicional sofreu pouquíssimas modificações e 🛡 foi a principal ferramenta de trabalho dos mergulhadores.
O escafandro é provavelmente a imagem mais fácil de ser associada à exploração 🛡 submarina e pode ser encontrado em uso até hoje.
Apesar do peso (um modelo Mk V pesava mais de 100 kg), 🛡 da pouca mobilidade (devido ao umbilical que fornecia ar a partir da superfície) e da visibilidade limitada, ele permitiu a 🛡 realização de façanhas simplesmente inacreditáveis.
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Em 1885 o mergulhador Alexander Lambert resgatou sozinho meio milhão de dólares em moedas de ouro 🛡 de uma sala forte do naufrágio do Alfonso XII a 50 m, embora isto tenha custado a Lambert uma aposentadoria 🛡 precoce graças a doença descompressiva.
Escafandro
Em 1905 arquitetos descobriram que a catedral de Winchester (Inglaterra) estava prestes a ruir devido a 🛡 infiltração de água em suas fundações.
Construída no século VII, a catedral era um monumento histórico e era inaceitável perdê-la.
A única 🛡 saída era utilizar mergulhadores para instalar apoios nas fundações, um trabalho gigantesco para a época.
O surpreendente é que a tarefa 🛡 foi realizada por um único homem, William Walker, entre 1906 e 1911.
Durante 6 anos Walker mergulhou com seu escafandro 6 🛡 horas por dia em visibilidade zero para escavar 235 poços e instalar os reforços a 8 m de profundidade.
No início 🛡 do século acidentes com mergulhadores se tornavam cada vez mais graves e frequentes devido a um mal que poucos compreendiam: 🛡 a doença descompressiva.
Em 1906 o almirantado inglês decidiu criar um comitê para investigar o problema, nomeando o professor John Scott 🛡 Haldane como seu líder.
Haldane atacou os problemas do mergulho de forma científica e introduziu diversos novos equipamentos, como câmaras de 🛡 descompressão e compressores mais eficientes.
Mas ele é lembrado até hoje por ter criado o conceito de descompressão em estágios e 🛡 as tabelas de descompressão.
As tabelas sofreram diversas modificações durante este século, mas suas teorias são utilizadas até hoje, inclusive nos 🛡 modernos computadores de mergulho (alguém já ouviu a expressão "Modelo Haldaniano" ?).
O grande público começou a ter contato com o 🛡 mundo submarino em 1916 quando estreiou nos EUA o filme 20.
000 Léguas Submarinas.
A maioria das pessoas que assitem ao clássico 🛡 de 1954 produzido pelos estúdios Disney nem imagina que esta é a segunda versão para o cinema da obra de 🛡 Júlio Verne.
Quase 40 anos antes os irmãos Williamson utilizaram escafandros para produzir a primeira versão, mostrando cenas submarinas nunca antes 🛡 vistas.
Como as caixas estanques ainda não haviam sido inventadas, os Williamson criaram a fotosfera, uma esfera submersa para abrigar a 🛡 câmara, ligada por um longo tubo à superfície que permitia ao operador subir e descer.
Apesar do grande interesse do público, 🛡 quando o transatlântico Laurentic afundou durante a Primeira Guerra Mundial carregando mais de 25 milhões de dólares em barras de 🛡 ouro, a marinha inglesa foi obrigada a iniciar uma operação altamente secreta para não chamar a atenção dos alemães.
Entre 1917 🛡 e 1924 os mergulhadores da Royal Navy recuperaram praticamente toda carga do interior do naufrágio a 36 m de profundidade.
Mergulhador 🛡 – Escafandro
O homem utilizava o escafandro para executar trabalhos no mar, em pontes, portos, rios, naufrágios e em qualquer outro 🛡 lugar onde houvesse água mas apesar da evolução, a profundidade máxima ainda era limitada.
Alguns mergulhadores chegaram a descer a mais 🛡 de 100 m com este tipo de equipamento e respirando ar, mas a narcose pelo nitrogênio praticamente impedia a execução 🛡 de trabalhos mais complexos em profundidades além dos 30m.
Várias idéias surgiram nas primeiras décadas do século para romper esta barreira 🛡 e uma das mais interessantes era a roupa blindada.
O princípio idéia era simples: construir uma roupa que mantivesse o mergulhador 🛡 à pressão atmosférica (evitando a narcose e a descompressão) e permitisse www betano com movimentação através de juntas flexíveis – algo como 🛡 um micro-submarino com braços e pernas.
Em 1913 já existia um modelo operacional, a roupa de Neufeldt-Khunke, que chegou a ser 🛡 utilizada com sucesso em alguns resgates.
Infelizmente estas roupas apresentavam um problema: com o aumento da profundidade, a pressão "travava" as 🛡 juntas e impedia que o mergulhador se mexesse.
O impulso que faltava para o desenvolvimento do mergulho profundo veio da marinha 🛡 dos EUA após a perda do submarino S-4 e toda a www betano com tripulação a 31 m.
A revolta da opinião pública 🛡 ao saber que a equipe de salvamento era capaz de se comunicar com os sobreviventes a bordo do submarino mas 🛡 não tinha como resgata-los foi tanta que a marinha decidiu formar um grupo com o objetivo de aumentar a profundidade 🛡 máxima de trabalho das equipes de resgate.
Entre outros projetos, o grupo começou a trabalhar na utilização de hélio nas misturas 🛡 respiratórias para diminuir o efeito da narcose.
Praticamente ao mesmo tempo, o Dr.
Edgar End investigava o mesmo assunto com o auxílio 🛡 de dois amigos, Max Gene Nohl e John D.
Craig (que ficou famoso ao narrar suas aventuras submarinas em livro e 🛡 em uma série de TV).
Após diversos testes em câmara e o cancelamento de uma expedição ao naufrágio do Lusitania (95 🛡 m), em 1937 eles se sentiam prontos para tentar superar os recordes de profundidade da época.
Utilizando um escafandro desenhado por 🛡 ele mesmo e que parecia mais um farol que um equipamento de mergulho, Nohl atingiu a marca de 128 m.
O 🛡 escafandro funcionava de modo autônomo com dois cilindros de mistura respiratória e só era ligado à superfície por um cabo 🛡 guia e pela linha de comunicação.
Mas a prova final de que o hélio era uma alternativa viável para o problema 🛡 da narcose e só veio em 1939 com o afundamento de outro submarino americano.
O Squalus submergiu sem fechar uma válvula 🛡 e, com a água invadindo o submarino, os tripulantes não tiveram tempo de escapar e foram obrigados a refugiar-se nos 🛡 compartimentos não alagados.
Dos 59 tripulantes, 33 sobreviveram e ficaram presos a 75 m de profundidade.
O Squalus foi localizado rapidamente e 🛡 em poucas horas um navio de resgate estava em posição.
A idéia era utilizar um novo sino de mergulho que podia 🛡 se acoplar em uma das escotilhas do submarino, funcionando como um elevador para trazer os tripulantes de volta à superfície.
No 🛡 entanto, era preciso fixar um cabo guia ao submarino.
Os mergulhadores tentaram fixar o cabo diversas vezes, mas a narcose e 🛡 o frio impediam que eles completassem a missão.
Com o tempo se esgotando, a equipe tomou uma decisão: enviar um homem 🛡 ao fundo utilizando um equipamento experimental e uma mistura à base de hélio.
Em poucos minutos o mergulhador prendeu o cabo 🛡 e após 12 viagens do sino, os 33 sobreviventes foram resgatados.
Nas semanas seguintes, a marinha realizou mais de 100 mergulhos 🛡 utilizando hélio para trazer o Squalus de volta à tona na operação de salvatagem mais profunda até então.
A "embriaguez das 🛡 profundezas" não era mais uma barreira para a exploração do fundo do mar.
Durante a Segunda Guerra o escafandro clássico continuou 🛡 a ser utilizado, mas a necessidade de equipamentos mais simples e com mais mobilidade crescia a cada dia.
Japoneses, italianos e 🛡 ingleses utilizavam rebreathers de oxigênio em missões de combate, mas os efeitos da toxidade pelo oxigênio em profundidades maiores que 🛡 10 m limitava a aplicação deste tipo de equipamento.
Era preciso encontrar uma forma libertar os mergulhadores e, embora diversos pioneiros 🛡 tenham demonstrado soluções para o problema durante a década de 30, foi preciso esperar até 1943 para que dois franceses, 🛡 Jacques-Yves Cousteau e Emile Gagnan cortassem de forma definitiva os umbilicais, criando o Aqualung e dando início a um novo 🛡 capítulo da história do mergulho.
Umbilicais Cortados: O nascimento do mergulho autônomo
A invenção do escafandro fechado no final do século XIX 🛡 abriu as portas dos oceanos para os exploradores e por volta de 1930 o mergulho era um fato quase corriqueiro.
O 🛡 homem era capaz de permanecer debaixo d´água por longos períodos e realizar trabalhos em profundidades além dos 50 m.
No entanto, 🛡 o peso e a complexidade do equipamento dificultavam www betano com aplicação em locais mais remotos.
A necessidade de um umbilical ligando o 🛡 mergulhador à superfície para fornecimento de ar restringia a mobilidade a algumas dezenas de metros em torno do local de 🛡 descida.
Com o interesse pelo mar aumentando a cada dia, o homem necessitava de um equipamento totalmente autônomo, que dispensasse o 🛡 uso do umbilical.
Um equipamento deste tipo havia sido criado em 1872 por Rouquayrol e Denayrouze, na França.
O conjunto já possuía 🛡 um cilindro de ar, uma máscara facial, uma mangueira que era colocada na boca do mergulhador e uma válvula de 🛡 demanda, que regulava a quantidade de ar fornecida ao mergulhador de acordo com a www betano com profundidade e respiração.
Infelizmente, www betano com autonomia 🛡 era bastante limitada e seu tamanho exagerado, obrigando o mergulhador a "andar" pelo fundo.
Por mais de 60 anos diversos inventores 🛡 tentaram descobrir uma forma simples e segura de manter o homem debaixo d´água.
Na maior parte dos casos os testes fracassavam 🛡 ou o equipamento era grande ou complexo demais para poder ser utilizado na prática.
Com as maravilhas do Mar Mediterrâneo por 🛡 explorar praticamente no fundo de seus quintais, os franceses não mediam esforços para achar uma solução para o problema do 🛡 mergulho autônomo.
Em torno de 1925, a máscara, as nadadeiras e o snorkel já haviam sido inventados e o homem já 🛡 podia permanecer durante alguns segundos no fundo, nadando como um peixe na posição horizontal mas ainda sem poder respirar.
Neste ano, 🛡 o Comandante Yves Le Prieur combinou um cilindro de ar comprimido com uma válvula manual e, utilizando também máscara e 🛡 nadadeiras, o homem podia permanecer por diversos minutos submerso, nadando como um peixe e não andando, como faziam os escafandristas.
Confiante 🛡 em seu invento, a partir de 1934 Le Prieur começou a realizar diversas demonstrações ao redor da França, acabando por 🛡 fundar o primeiro clube de mergulho organizado.
Algumas dezenas de conjuntos chegaram a ser produzidos, mas a operação da válvula manual 🛡 ainda era complexa demais para que o mergulho se tornasse popular.
Na mesma época a caça submarina começava a chamar a 🛡 atenção das pessoas na Europa.
Curiosamente, a figura central deste período não era um francês, mas um jornalista americano que morava 🛡 em Cap D´Antibes chamado Guy Gilpatric.
Gilpatric era um excelente caçador e havia se mudado para o Mediterrâneo para poder praticar 🛡 seu esporte favorito com mais frequência.
Ele era considerado o "líder espiritual" dos caçadores submarinos e em 1937 conheceu um jovem 🛡 estudante de direito austríaco e ensinou-o a mergulhar e a caçar.
Sem saber, Gilpatric acabara de introduzir o "vírus" do mergulho 🛡 naquele que se tornaria um dos grandes pioneiros da exploração submarina: Hans Hass.
Hass ficou maravilhado com o que viu e 🛡 decidiu buscar formas de observar e fotografar as criaturas do mar por um tempo maior do que www betano com respiração permitia.
Em 🛡 1938 partiu com um grupo de amigos para uma expedição à Iugoslávia, onde experimentou um capacete aberto, mas a falta 🛡 de mobilidade e o barulho das bolhas (que afugentavam os peixes) fizeram-no procurar outras alternativas.
Em 1939 organizou uma nova expedição, 🛡 desta vez para Bonaire, hoje um dos paraísos do mergulho.
Hass passou semanas na ilha então inexplorada, fotografando todo o tipo 🛡 de vida marinha.
Ao voltar para a Áustria, ele decidiu mudar o rumo de www betano com vida, abandonando o direito e inscrevendo-se 🛡 em um curso de zoologia para tornar-se um "peixe entre os peixes", como gostava de dizer.
Para resolver o problema da 🛡 permanência no fundo, Hass passou a utilizar um equipamento de circuito fechado (rebreather) de oxigênio puro, o Dräger Gagenlung.
O Gagenlung 🛡 era pequeno, portátil e podia ser recarregado com facilidade, já que o oxigênio era encontrado em qualquer parte do mundo.
Como 🛡 a maior parte dos mergulhos de Hass era realizado nas pequenas profundidade, o risco de intoxicação pelo oxigênio era tolerável 🛡 e o rebreather tinha a vantagem de não soltar bolhas.
Hass se adaptou tão bem com o equipamento que continuou a 🛡 usa-lo mesmo depois da invenção do Aqualung.
A esposa de Hass, Lotte, também representa uma parte significativa da história do mergulho.
Ela 🛡 era www betano com secretária e sonhava em acompanha-lo, mas ele se recusava a levar mulheres nas expedições.
Mesmo assim, Lotte treinava mergulho 🛡 secretamente e quando Hans viajava, pegava "emprestado" suas câmaras para aprender fotografia submarina.
Um dia um investidor interessado em financiar um 🛡 filme de Hass entrou em seu escritório e disse "Você deveria utilizar garotas bonitas como esta em seus filmes"; foi 🛡 o suficiente para que Hans decidisse leva-la como uma "figura decorativa" para as cenas de superfície em www betano com próxima expedição.
Mas 🛡 quando um operador de câmara abandonou o grupo durante a viagem, Hans não teve alternativa senão aceitar a ajuda de 🛡 Lotte.
Ela acabou por escrever seu próprio livro e, além de fotógrafa, foi provavelmente a primeira modelo submarina.
A união deu tão 🛡 certo que Hans e Lotte acabaram casando-se em 1950.
A carreira de exploradores dos Hass durou até 1962.
Durante este tempo, eles 🛡 escreveram pelo menos 9 livros, produziram vários filmes e ajudaram a criar a primeira câmara submarina com flash, a Rolleimarin.
Aos 🛡 80 anos, ele ainda atua ativamente na defesa dos oceanos.
O casal vive junto até hoje e mergulha sempre que possível.
Apesar 🛡 de tudo isto, o trabalho de Hans Hass não foi suficiente para popularizar de forma definitiva o mergulho autônomo.
A história 🛡 retorna a Cap D´Antibes e Guy Gilpatric.
Em 1936 um conhecido de Gilpatric chamado Philippe Tailliez conheceu um certo francês chamado 🛡 Jacques-Yves Cousteau, que havia sofrido um grave acidente de carro.
Tailliez sugeriu a Cousteau que nadasse para facilitar a www betano com recuperação 🛡 e em um domingo de sol, Cousteau colocou uma máscara pela primeira vez e mergulhou no Mediterrâneo.
Como Hass, Cousteau ficou 🛡 fascinado com o que viu e começou www betano com própria busca por uma forma de superar as limitações do mergulho livre.
Em 🛡 1939 tentou utilizar um rebreather de oxigênio, mas após dois acidentes em que teve convulsões graves a 13 m, desistiu 🛡 e decidiu procurar outras alternativas.
Tentou o equipamento de Fernez, considerado simples e eficiente mas não se conformou com o fato 🛡 de estar preso à superfície por um umbilical.
Quando a mangueira de seu companheiro Frédéric Dumas se rompeu durante um mergulho, 🛡 Cousteau decidiu abandonar também este tipo de equipamento.
Em 1937 Cousteau casou-se com Simone Melchoir, cujo pai era diretor da Air 🛡 Liquide, o principal fabricante de gases industriais da França.Com a ajuda do Sr.
Melchoir, em 1942 Jacques foi apresentado a um 🛡 engenheiro chamado Emile Gagnan.
Na época, Gagnan trabalhava em uma válvula que permitia que os carros utilizassem gás como combustível ao 🛡 invés de gasolina.
Cousteau explicou seu problema a Gagnan e juntos eles adaptaram a válvula para que funcionasse como um regulador 🛡 de ar.
Em 1943, após diversos testes, Cousteau realizou no rio Marne, nas redondezas de Paris, um mergulho histórico: estava inventado 🛡 o Aqualung, o primeiro equipamento autônomo realmente prático.
Composto por três cilindros capazes de suportar uma pressão de 150 atm e 🛡 um regulador de traquéia dupla, o equipamento pesava cerca de 25 kg.
O Aqualung era decepcionantemente simples, tão simples que podia 🛡 ser utilizado por qualquer pessoa com um mínimo de espírito de aventura e, em poucos meses, estava sendo produzido em 🛡 série e exportado para todo o mundo.
Mas a contribuição de Cousteau não se restringe à invenção do equipamento autônomo.
Ele era 🛡 também um cineasta de mão cheia e durante 50 anos encantou o mundo com suas expedições, livros e filmes, transformando-se 🛡 na maior lenda do mergulho e abrindo as portas do "mundo do silêncio" para quem quisesse explora-lo.
As primeiras referências às 🛡 nadadeiras aparentemente são de aproximadamente 1680, na obra do médico italiano Giovanni Borelli (1608-1679), famoso por ter previsto diversos avanços 🛡 da ciência que só viriam a se tornar realidade muitos anos depois.
Borelli estudou os movimentos de diversos animais (incluindo homens, 🛡 focas, sapos e peixes) e projetou um equipamento que permitiria ao homem permanecer debaixo dagua por muito mais tempo ou, 🛡 em suas próprias palavras andar no fundo como um caranguejo, ou nadar como um sapó com suas mãos e pés.
Durante 🛡 anos elas apareceram em ilustrações, como em uma obra alemã entitulada Theatrum Pontificale oder Des Schau-Platzes der Brücken-Baues, publicada em 🛡 Leipzig em 1726.
Mas a popularização das nadadeiras como conhecemos hoje parece ter acontecido somente por volta de por volta de 🛡 1935, quando o francês Louis de Courlieu patenteou e fabricou os primeiros modelos de borracha com bolsos moldados para os 🛡 pés.
Em 1937 Philippe Tailliez Jacques Cousteau utilizavam nadadeiras, óculos, snorkels e arpões no Mediterrâneo e poucos anos depois, logo antes 🛡 do início da Segunda Guerra Mundial, as nadadeiras podiam ser encontradas com grande facilidade.
A partir daí, poucos mergulhadores se aventurariam 🛡 na água sem um par de pés-de-pato.
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Um Mergulho no Futuro– "Pronta ?"
– "Como nunca !" responde minha companheira.
O veículo de 🛡 transporte de mergulhadores (VTM) estava nos esperando, três metros abaixo da "piscina" de nosso hotel submarino.
Este já era o quarto 🛡 mergulho do dia.
Já há mais de uma semana vínhamos explorando aquele paredão a cerca de 65m de profundidade e este 🛡 mergulho noturno prometia belíssimas fotografias.
Verifiquei mais uma vez o funcionamento de meu rebreather através do display em minha máscara: pelo 🛡 menos 6 horas de autônomia com trimix 8/60, que garantiria um mergulho livre de narcose naquela profundidade.
Um indicador no canto 🛡 inferior mostrava que tudo também funcionava perfeitamente no equipamento de minha companheira.
Com as lanternas acesas, demos adeus à equipe do 🛡 hotel e pulamos para a água.
Imediatamente senti o sistema de aquecimento da roupa entrando em funcionamento e decidi regular a 🛡 temperatura para 26ºC.
O VTM era espaçoso, permitindo que dois mergulhadores se deitassem confortavelmente lado a lado.
Com a mão nos dois 🛡 joysticks, tirei o veículo da "garagem", selecionei o ponto do recife que queríamos explorar naquela noite na tela do computador 🛡 de navegação e liguei o piloto automático.
Navegando a 15 nós, em poucos minutos estaríamos no local.
"Vamos mudar para o equipamento 🛡 de visão virtual até chegarmos àquela caverna que vimos ontem", sugeriu minha companheira através do sistema de comunicação de nossas 🛡 máscaras full-face.
Assim que o VTM começou a desacelerar, acionamos a iluminação externa e nos preparamos para sair; o veículo permaneceria 🛡 flutuando a poucos metros do recife.
Nossos coletes ajustavam automaticamente a flutuabilidade enquanto nadávamos.
O display na máscara indicava 64 m e 🛡 uma pequena janela mostrava uma imagem gerada por sonar do local.
O mergulho foi espetacular e a vida naquela profundidade era 🛡 bastante diferente daquela que estávamos habituados a ver nos recifes mais rasos, há 15 anos atrás.
Estávamos nos preparando para mais 🛡 uma foto quando fomos interrompidos pelo divemaster do hotel "Sr.
Cunha, vocês já passaram mais de 5 minutos do tempo de 🛡 previsto de retorno.
Precisam de alguma ajuda?"."Não, obrigado.
" respondi, "Está tudo bem e devemos estar de volta em cerca de 20 🛡 minutos".
Minha companheira não perdeu a chance "Viu ? Mais uma vez você perdeu a hora ! Já programei meu navegador 🛡 para nos levar de volta ao VTM, basta vir atrás de mim.
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".
Não precisamos fazer nenhuma parada para descompressão, já que 🛡 estávamos saturados a 50m.
De volta ao hotel-habitat, tomamos um bom banho, jantamos e fomos ver o vídeo do mergulho com 🛡 os outros hóspedes em um telão de 80 polegadas.
O dia seguinte prometia ser ainda mais interessante, pois iríamos todos realizar 🛡 um mergulho em um naufrágio a mais de 250 m.
A maioria dos hóspedes havia optado por ir nos mini-submarinos Deep-Flight 🛡 V para 3 pessoas, mas eu não queria perder a chance de utilizar uma das novas roupas ADS.
Após colocarmos as 🛡 roupas rígidas dentro do habitat, elas seriam seladas na pressão ambiente e um mini-submarino especial nos levaria do lado de 🛡 fora até o naufrágio.
Mal podia esperar pelo dia seguinte !
Esta história pode parecer um sonho delirante de um final de 🛡 semana chuvoso, mas traz à tona uma pergunta interessante: o que acontecerá no mergulho nos próximos anos ?
Algumas coisas são 🛡 relativamente fáceis de serem previstas, como a penetração da internet, que deve mexer com o mercado de mergulho da mesma 🛡 forma que mexeu em outros, oferecendo abundância de informações e contato direto entre fornecedores e clientes;
E quanto à tecnologia, o 🛡 que será que vai acontecer ? Bem, aqui começa a futurologia e a advinhação, mas não custa tentar.
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Para facilitar, criamos 🛡 o Índice de Realidade Scuba (IRS), uma nota de 1 a 5 que representa a probabilidade de uma determinada tecnologia 🛡 vir a se tornar realidade no futuro próximo.
Quanto maior o IRS, maior a probabilidade de você mergulhar utilizando um destes 🛡 equipamentos nos próximos 10 anos.
As máscaras deverão mudar.
Conversar debaixo d´água não exige prática ou habilidade, apenas dinheiro – máscaras full-face 🛡 equipadas com sistemas de comunicação já existem há vários anos e devem se tornar cada vez mais populares (IRS: 5).
Outra 🛡 novidade é a utilização de head-up displays (HUDs), que permitem a projeção de informações como profundidade, tempo de fundo e 🛡 situação de descompressão na própria máscara, evitando que o mergulhador tenha que carregar consoles ou instrumentos no pulso.
A tecnologia também 🛡 é antiga e vem sendo testada pela Cochrane em alguns de seus computadores, além de ter sido utilizada pela Cis-Lunar 🛡 nos modelos mais recentes de seus rebreathers.(IRS: 4).
Falando em rebreathers (equipamentos de circuito fechado), o que será que acontecerá com 🛡 eles ? Há anos eles prometem ser "a grande revolução do mergulho", mas até agora seu uso tem estado restritos 🛡 a um grupo muito pequeno.
Certamente o número de usuários de rebreathers deve crescer nos próximos anos, mas dificilmente eles substituirão 🛡 os equipamentos de circuito aberto devido à complexidade no uso e na manutenção (IRS: 3).
Por outro lado, diversos fabricantes continuam 🛡 trabalhando na fabricação de cilindros menores, mais leves e de maior capacidade, feitos de ligas metálicas mais sofisticadas ou materiais 🛡 compostos (IRS: 4).
O avanço da eletrônica deverá trazer algumas novidades.
Os computadores deverão se tornar cada vez mais baratos e fáceis 🛡 de usar, eventualmente substituindo completamente as tabelas de descompressão, enquanto que modelos cada vez mais sofisticados e capazes de lidar 🛡 com múltiplas misturas se tornarão mais comuns entre os mergulhadores avançados e técnicos (IRS: 5).
Fabricantes como a Uwatec já oferecem 🛡 bússolas digitais e sistemas de navegação e o dia em que um pequeno instrumento em seu console lhe mostrará o 🛡 caminho de volta ao barco com precisão absoluta não está longe (IRS: 4).
Autores de ficção científica sonham a muito tempo 🛡 com sistemas capazes de gerar imagens virtuais do fundo do mar e a equipe do projeto Wakula mostrou que isto 🛡 é possível quando utilizou um scooter equipado com sonares e computadores para produzir um mapa tridimensional detalhado dos túneis de 🛡 uma caverna.
Através de programas especiais, os mergulhadores podem "explorar virtualmente" a caverna na tela de um computador, mas a tecnologia 🛡 ainda é muito cara e sofisticada para que possa ser aplicada em larga escala (IRS: 3).
As misturas respiratórias artificiais nunca 🛡 irão substituir o ar na maioria dos mergulhos, mas seu uso deve crescer.
Principalmente em locais onde o número de mergulhos 🛡 em um curto espaço de tempo é muito grande (como live-aboards), o nitrox deverá dominar a cena.
Já o trimix deverá 🛡 ser utilizado cada vez mais por reduzir os problemas de narcose pelo nitrogênio e intoxicação pelo oxigênio, praticamente abolindo o 🛡 uso de ar nos mergulhos além de 50m (IRS: 5).
Alguns equipamentos menos sofisticados tecnologicamente também deverão passar por mudanças.
Embora coletes 🛡 com controle automático de flutuabilidade ainda sejam um sonho distante (IRS: 3), modelos mais sofisticados com lastro integrado e que 🛡 organizem o equipamento de uma forma melhor (como o modelo lançado recentemente pela Mares) devem aparecer nos próximos meses.
Da mesma 🛡 forma, roupas aquecidas ainda são um sonho pouco provável.
O mergulho profissional utiliza roupas de água quente há muito tempo e 🛡 roupas elétricas já foram testadas diversas vezes, mas seu uso é praticamente inviável no mergulho recreativo (IRS: 2).
Para compensar, as 🛡 roupas secas deverão se tornar cada vez mais populares e baratas, principalmente nas regiões mais frias o Brasil, onde elas 🛡 são pouco conhecidas (IRS: 5).
As roupas de pressão atmosférica (ADS, Atmospheric Diving Suits) também fazem parte da lista de sonhos 🛡 improváveis.
Como os rebreathers, elas prometem ser a grande revolução do mergulho desde www betano com criação no século XIX.
A idéia é construir 🛡 uma roupa rígida que proteja o mergulhador dos efeitos da pressão, como um "mini-submarino sob medida com braços e pernas".
Nos 🛡 anos 70 elas ameaçaram dominar o mergulho profissional, mas isto acabou não acontecendo.
Agora Phil Nuytten, um dos maiores projetistas de 🛡 equipamentos deste tipo quer tentar novamente e criou a ExoSuit, uma roupa rígida leve e que permite a operação a 🛡 meia água, voltada para os mergulhos profissionais mais rasos e para o mergulho técnico (IRS: 3).
É tudo uma questão de 🛡 preço.
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Submarinos úmidos semelhantes ao VTM de nossa história existem há muitos anos, mas dificilmente se tornarão populares (IRS: 3).
Para quem 🛡 procura formas mais eficientes de se locomover debaixo d´água, a solução parece estar nos DPVs (Diver Propulsion Vehicles ou scooters), 🛡 que estão disponíveis há mais de 30 anos e vem se tornando mais populares, principalmente no mergulho técnico.
Os fabricantes aproveitam 🛡 para criar modelos cada vez mais sofisticados, como o K-10 Hydrospeeder, capaz de atingir 7 nós e alguns resorts começam 🛡 a se interessar por este tipo de "brinquedo" como forma de atrair mergulhadores buscando novas aventuras.(IRS: 4).
Outra novidade são nadadeiras 🛡 mais eficientes utilizando um design semelhante ao das nadadeiras das baleias.
Scubapro e Apollo já licenciaram a tecnologia e lançaram nadadeiras 🛡 que prometem levar você mais longe, mais rápido e com menos esforço (IRS: 5).
Podemos esperar por novidades também no campo 🛡 de submersíveis.
Estes "mini-submarinos" já vem sendo utilizados para turismo em algumas ilhas do Caribe e hoje é até possível comprar 🛡 um lugar em uma expedição ao naufrágio do Titanic.
Como a idéia parece ter dado certo, provavelmente iremos ver cada vez 🛡 mais mini-submarinos espalhados pelo mundo oferecendo passeios (IRS: 4).
Por fim, sonhar nunca é demais.
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Embora habitats submarinos sejam utilizados há 🛡 cerca de 40 anos e a saturação seja uma prática comum no mergulho profissional, é improvável que estas técnicas venham 🛡 a se tornar populares no mergulho recreativo.
O Jules Undersea Lodge, na Flórida, deverá continuar a ser o único hotel submarino 🛡 do mundo, a não ser que algum empresário milionário se encante pela idéia (IRS: 2).
E o mergulho de saturação é 🛡 complexo, caro e arriscado demais para que se torne uma ferramenta de uso comum, a não ser eventualmente entre os 🛡 exploradores mais sofisticados (IRS: 1).
Agora só nos resta esperar para ver o que vai acontecer.
EVOLUÇÃO DO MERGULHO ATRAVÉS DO TEMPO
A 🛡 vocação subaquática do Homem
Fica difícil determinar, com exatidão, o momento da história da Humanidade em que o homem realizou suas 🛡 primeiras experiências subaquáticas.
Todavia, existem motivos que nos fazem pensar sobre o motivo que justifique a tendência do homem, de forma 🛡 instintiva, a procurar, uma vez ou outra, através dos séculos, a conquista do imenso mundo das águas marinhas.
Talvez esta razão 🛡 tenha uma justificada relação com as modernas opiniões sobre as origens da vida em nosso planeta, segundo as quais o 🛡 Homem é portador de uma herança recebida de anteriores e remotas formas de vida marinha, o que conduziria à inconsciente 🛡 busca ou retorno ao ambiente do que procede.
O homem, em razão de seu parentesco direto com as diferente formas de 🛡 vida que povoaram os oceanos durante milhões de anos, é portador de uma remota origem marinha, como se atesta pela 🛡 semelhança que existe entre a composição química do sangue e da água do mar, onde os componentes majoritários (sódio, cálcio 🛡 e potássio – se encontram em quantidades muito similares.
Este largo processo evolutivo que o Homem atravessou acarretou uma clara consciência 🛡 do que significa para si esse imenso mundo subaquático, que sempre admirou com respeito e com uma grande curiosidade, às 🛡 vezes idealizando esse mundo desconhecido como moradia de divindades, monstros e mitos marinhos.
Partiu, então, para a conquista dos limites entre 🛡 seu ambiente terrestre e o mundo submarino.
Nessa conquista foram verificados alguns dissabores que, apenas com a força de www betano com determinação, 🛡 que motiva o homem para superar todas as dificuldades, foram vencidos, conduzindo ao merecido triunfo e fazendo que a humanidade 🛡 possa contemplar, aproveitar e usufruir com respeito e amor, o mundo silencioso, a imensidão azul das águas.
As primeiras civilizações
No transcorrer 🛡 do tempo chegamos em épocas relativamente recentes, se considerarmos os milhões de anos que o homem habita a face do 🛡 planeta, a umas regiões que, por ser o berço de civilizações, contém uma maior fonte de informações: a Ásia Menor 🛡 e o Egito.
Escavações realizadas encontraram ornamentos de madrepérolas, com datas de 4500/1500 a.C.
; também na Babilônia e Tebas se encontraram 🛡 jóias com incrustações de pérolas procedentes de épocas similares, o que demonstra que o homem submergiu para a extração e 🛡 coleta e ostras perolíferas.
Outro dado muito significativo se refere à uma descoberta dentro das ruínas do palácio do rei persa 🛡 Assurbanipal II, de um desenho em baixo relevo procedente do ano de 880 a.C.
, no qual se constata perfeitamente a 🛡 figura de um guerreiro provido de um odre (saco feito com pele de carneiro), abaixo de seu peito, como se 🛡 fosse um saco respirador, em posição de natação.
Parece que representa o próprio rei cruzando um rio à frente de seu 🛡 exército, como retrata a ilustração.
Na cidade de Tiro (Fenícia), onde o comércio da púrpura era muito próspero, se encontram abundantes 🛡 restos deste molusco, cuja coleta só era possível com submersão ao mundo aquático.
Do reino de Creta ao império Ateniense
Onde se 🛡 começa a ter uma informação mais completa da atividade subaquática do Homem é em Creta, cuja época de máximo esplendor 🛡 se remonta aos anos 3.000 a 1.400 a.C.
, anos em que foi a primeira potência marítima do Mundo.
Nas escavações realizadas 🛡 se encontraram abundantes restos arqueológicos que permitiram reconstruir parte do interessante passado do povo, destacando, para nós, as informações relativas 🛡 à relação do homem com o fundo do mar: plantas marinhas, peixes, ouriços, etc.
Também a mitologia da época nos dá 🛡 um relato expressivo relacionado como mergulho: a famosa história de Teseu, o herói ateniense que segue à Creta para matar 🛡 o terrível Minotauro do palácio de Cnosos, e a que desafiou o legendário Rei Minos a recuperar uma anel de 🛡 ouro do fundo do mar, ação que Teseu terminou com êxito, se mostrando um grande mergulhador.
Mas se em Creta parece 🛡 que se iniciou a atividade subaquática, é sem dúvida na Grécia o país onde esta atividade alcançou um maior auge; 🛡 dali nos chegam narrações realmente interessantes a respeito desta atividade.
A primeira delas se refere ao mito de Glauco, controvertido personagem 🛡 que se apresenta como um simples pescador da Beócia e outros lhe relacionam com os tripulantes da lendária nau Argo, 🛡 em busca do Manto de Ouro.
Em qualquer caso, www betano com história é curiosa.
Dizem que um dia, quando regressava de www betano com atividade 🛡 de pesca, colocou os peixes sobre umas ervas que cresciam na orla do mar e que o contato com estas 🛡 ervas, reviveram.
Diante destes acontecimento extraordinário, Glauco não pode evitar a tentação de verificar o porque daquele fenômeno e, assim, colocou 🛡 na boca um punhado daquelas ervas, observando que lhe causava enamores desejos de submergir e comprovando que podia permanecer debaixo 🛡 da água quanto tempo desejasse.
Dizem que a partir daquele momento, ganhou a confiança das divindades do mar, tendo o Rei 🛡 Poseidon lhe elevado à condição de divindade.
Suas largas permanência abaixo d'água lhe deram um aspecto entre homem e peixe, com 🛡 seus cabelos e barbas tomando uma cor verde, similar as das algas marinhas.
Existem outros fatos em que a realidade se 🛡 mistura com o mito, como no caso de Glauco, e que nos são bastante surpreendentes.
Uma deles teria acontecido no ano 🛡 484 A.C.
, durante a batalha do cabo de Artemisa entre Gregos e Persas.
Os protagonistas foram dois personagens, pois eram os 🛡 excelentes mergulhadores da época: Escilias de Esción e www betano com filha Ciana: ambos submergiram protegidos pela escuridão da noite e debaixo 🛡 de uma forte tormenta, conseguindo chegar sem serem avistados até onde estavam ancorados os barcos persas, cujas amarras cortaram, causando 🛡 um verdadeiro desastre que valeu a vitória dos Gregos.
A importância desta façanha que, para imortaliza-la, foram erigidas estátuas de ouro 🛡 em Delfos.
Contam que o imperador Nero, em suas viagens por terras da Grécia, no auge de seu império, viu ambas 🛡 as estátuas e ficou encantado com a beleza de Ciana, tendo levado secretamente www betano com estátua para Roma e que a 🛡 imagem hoje conhecida como Vênus de Esquilo não é nada mais nada menos que a bela mergulhadora Ciana.
Outro testemunho do 🛡 conhecimento que os gregos tinham da natação e do mar em geral é o fato de que, durante a batalha 🛡 de Salamina contra os persas, estes últimos, que em www betano com maior parte desconheciam a natação, quando caiam ao mar, durante 🛡 a luta, logo se afogavam, enquanto os gregos, muito mais espertos, retornavam à batalha com mais ímpeto, condição que valeu 🛡 a vitória grega.
Esta aptidão dos gregos para a luta no mar justifica o fato de que na Grécia se rendia 🛡 um grande culto à natação, até o extremo de que chamavam de analfabetos aqueles que desconheciam a natação.
Logo após, naquela 🛡 época, se utilizava na Grécia, uma aparato para submergir e permanecer debaixo dágua, que denominavam de Lebeta, que era a 🛡 primitivo sino de mergulho.
Aristóteles havia mencionado em seus escritos sobre a Lebeta, da seguinte forma: Se trata de uma espécie 🛡 de sino cheio de ar, colocado em posição invertida, de forma cônica, em cujo interior uma vez submergida coloca-se a 🛡 cabeça e a parte superior do corpo do mergulhador.
Nos relatos sobre a conquista de Tiro pelas tropas de Alexandre Magno, 🛡 constam que os gregos levavam mergulhadores a bordo de suas embarcações, os quais lograram destruir as defesas submarinas dos fenícios.
outro 🛡 historiador, Quinto Quercio (41 a 45 a.C.
), diz também, sobre os mesmo fatos, que os fenícios cercados pelas tropas de 🛡 Alexandre O grande, receberam ajuda de víveres e armas por meio de mergulhadores e que, graças a isto, conseguiram resistir 🛡 ao ataque durante sete meses.
Os mergulhadores gregos se distinguiam por umas incisões que se fazia no nariz e nas orelhas; 🛡 sobre estes cortes, apesar das várias conjecturas sobre o motivo, nunca se chegou a encontram uma razão que as justificasse.
Resta 🛡 pensar, apenas, que representavam uma espécie de distintivo entre os demais homens do mar, para aqueles mergulhadores que na Grécia 🛡 se rendia um tributo de admiração.
Por mais estranho que se possa parecer o comentário anterior, não é menos estranho o 🛡 costume que tinham os homens de introduzir na boca e nos ouvidos pedaços de esponjas embebidas em azeite, cuja utilidade 🛡 tampouco se conhece a razão correta.
Todavia, parece ser que utilizavam para melhor a visão submarina.
A técnica era a seguinte: uma 🛡 vez submergidos mordiam o pedaço de esponja, fazendo sair gotas de aceita, os quais faziam deslizar até os olhos; uma 🛡 vez ali, permaneciam por certo tempo na órbita ocular, reduzindo os erros de refração da água.
Este procedimento, que pode parecer 🛡 absurdo e ineficaz, não é tanto, visto que, quem realizou a prova logrou resultados bastante satisfatórios.
Todavia, o que não se 🛡 pode averiguar é a razão dos pedaços de esponja nos ouvidos, pois todos sabemos que tapar o conduto auditivo externo 🛡 durante o mergulho, é prejudicial, pois impede a normal adaptação da membrana timpânica às variações de pressões.
Para esta interrogação só 🛡 cabe uma resposta possível, uma vez que a suavidade da esponja se adapta à pressão exterior, liberando o azeite e, 🛡 este , em contato com a membrana timpânica, faz a www betano com lubrificação, favorecendo www betano com elasticidade.
Por certo que Aristóteles se ocupou, 🛡 em www betano com parte científica, com os problemas que se apresentavam aos mergulhadores durante a imersão, tal como sangrar pelo nariz, 🛡 a ruptura do tímpano ou a surdez, acidentes muito freqüentes nos mergulhadores de apnéia, principalmente nos coletores de esponjas e 🛡 coral.
Em uma de suas obras faz alusão a algo que tem relação com um tubo respirador, pois disse assim: "Os 🛡 mergulhadores da época estavam dotado para permanecer longo tempo debaixo da água, respirando através de um tubo que os faz 🛡 parecerem com os elefantes."
Do Império Romano à Idade Média
A pesar de toda a atividade e tradição subaquática dos gregos, seria 🛡 outro povo sem nenhuma tradição marinha que chegou a criar as primeiras unidades organizadas de mergulhadores de combate: "os urinatores".
Estas 🛡 unidades estavam formadas por jovens atletas que dominavam com perfeição a natação e o mergulho, e entre suas missões mais 🛡 importantes destacavam-se: atacar as defesas dos portos inimigos; afundar os barcos fundeados e transferir seus estoques de armas, alimentos e 🛡 mensagens às guarnições sitiadas.
Estas unidades chegaram a alcançar um grau de operatividade tão alto que contra elas foram concebidos os 🛡 engenhos mais diabólicos, desde a simples rede cheia de campainhas que denunciavam www betano com presença, até máquinas infernais providas de rodas 🛡 com afiadas machadinhas que funcionavam na entrada dos portos e arsenais e que mutilavam horrivelmente os aguerridos mergulhadores.
Se diz também 🛡 que os guardiões daquelas instalações estavam providos com largos tridentes que espetavam os mergulhadores.
Os "urinatores" tiveram www betano com primeira atuação nas 🛡 guerras de César contra Pompeo, no porto de Orique, no Mar Adriático; segundo narra Don Casius, no ano de 49 🛡 a.C.
, estando sitiadas as tropas de César pela esquadra de Pompeo, seus mergulhadores nadaram submergidos durante a noite até os 🛡 barcos inimigos; enganchando potentes garfos e cortando as amarras, os rebocaram sigilosamente até a terra, onde foram atacados e vencidos 🛡 pela guarnição sitiada.
A partir deste momento, suas ações se sucederam uma atrás da outra, até chegada ao ano 200 de 🛡 nossa era, quando constam as últimas informações de suas operações, as quais tiveram lugar durante o cerco de Bizancio pelo 🛡 General Severo.
Com a queda do Império Romano se perde, em parte, a continuidade das atividades subaquáticas, a nível militar, por 🛡 parte dos famosos urinatores e, ainda quando seguem existindo ao tempo medieval, www betano com atividade perde a condição guerreira, até que 🛡 se dedicaram a atividades de recuperação de barcos afundados, trabalhos em portos e arsenais, correio entre ilhas, etc.
, atividades que 🛡 deram lugar à aparição dos primeiros mergulhadores profissionais da história.
A respeito dos correios entre ilhas, o jesuíta Atanasio Kircher (1601/1680) 🛡 falou em seus escritos da existência de um certo personagem que se dedicava a passar mensagens de um lugar para 🛡 outro no estreito de Mesina, um tal de Nicolao, que todo mundo conhecia como O Peixe; menciona façanhas incríveis, entre 🛡 elas que percorria até quinze léguas marinhas (5555 m cada uma) e que nesses percursos abordava as naus para facilitar 🛡 a seus tripulantes informações daquelas costas marítimas e, em troca, lhe davam comida e bebida.
Diz-se, também, que se dedicava a 🛡 recuperar barcos e objetos afundados e que, uma vez foi solicitado pelo Rei da Sicília para que recuperasse uma taça 🛡 e ouro que havia caído no mar, em um lugar de bastante profundidade e fortes correntes, operação que terminou com 🛡 êxito.
Joviano Pontanus disse que ele havia abandonado de tal forma os costumes dos homens que chegou a perder www betano com aparência 🛡 humana, pois seu rosto era escamoso e horrível.
Consta que o poeta alemão Friedrich Schiller se inspirou na vida deste personagem 🛡 para compor a www betano com balada O Mergulhador.
Na época medieval se perdeu todo interesse pelas coisas do mar, de onde as 🛡 pessoas somente viam monstros horríveis em suas profundidades, e daquela antiga pujança marinha e subaquática somente os romano-bizantinos mantiveram alguma 🛡 atividade, ainda que sem apontar nada de novo.
Também nas regiões de grande desenvolvimento desta atividade, como a Grécia e a 🛡 Sicília, havia alguns mergulhadores que se dedicavam à coleta de esponjas e corais.
Como visto, os mergulhadores gregos sempre tiveram fama 🛡 em todo o mundo.
Da Idade Média ao Século XIX
O Renascimento traz, entre outras coisas boas para a Humanidade, o despertar 🛡 do interesse, durante todo o período medieval, pelas coisas do mar, com a principal aventura das grandes conquistas marítimas.
Se repassaram 🛡 os limites do tão temido "mar tenebroso" e os horizontes do homem europeu se ampliaram até limites impensados.
Com este impulso 🛡 dado pelos homens da ciência da época e o interesse por estes temas e pela conquista das profundidades marítimas, nasceu 🛡 o "Ars urinatoria", como então foram chamados, de cuja tentação nem Leonardo da Vinci se liberou.
Da Vinci, dentro outros inventos 🛡 mais ou menos fantásticos, desenhou umas luvas palmeadas e uns pés de pato (nadadeiras), mas a www betano com mais original criação 🛡 subaquática foi um capuz de couro que cobria a cabeça e o pescoço do mergulhador e colocou, na altura da 🛡 boca, uma saída de um tubo respirador.
Ademais, o capuz era coberto por agudos espinhos que, segundo Da Vinci, serviam para 🛡 defender-se dos peixes.
Curiosamente, a longitude do tubo não era superior a dos atuais; Leonardo, deve ter intuído ou, quiçá, comprovado, 🛡 ainda que desconhecendo os princípio da hidrostática, que um tubo com tamanho maior não era utilizável, e não caiu nos 🛡 exagerados desenhos de Vegecio.
Na mesma época é o historiador militar Renato Vegecio descreveu o equipamento dos "urinatores", e inclusive o 🛡 ilustra com gravuras mais ou menos pitorescas.
E já se sabia que estes mergulhadores levavam como único equipamento um machado, braceletes 🛡 de chumbo onde se gravavam as mensagens e um tubo respirador, que, segundo alguns acreditam, não deviam ter muito a 🛡 ver com a figura dos livro de Vegecio e que este assim descrevia : "Portavam capuzes de couro com um 🛡 tubo na parte superior, que aflorava à superfície, e saco cheio de ar para sustentar seu extremo em flutuação, construídos 🛡 com a pele do estômago dos cordeiros".
Seu quase contemporâneo Diego Ufano introduziu algumas modificações nos desenhos de Vegecio, tais como 🛡 colocar pesos nos pés do mergulhador e abrir orifícios no capuz na altura dos olhos, acoplando umas lentes de haste 🛡 muito delgados, fixados com arandelas.
Não cabe dúvida de que isto demonstrava o interesse daqueles povos em melhorar o equipamento dos 🛡 mergulhadores.
Todavia a vista do desenho de Vegecio se vê facilmente que um tubo respirador daquela longitude não era utilizável.
Alguns outros 🛡 engenhos também surgiram, como demonstra o desenho de Pedro Ledesma, a respeito de um equipamento concebido no ano de 1623.
Fora 🛡 os tímidos projetos de Leonardo, Vegecio e Diego Ufano, não se tem notícias de que outros desenhos ou invenções.
O sino 🛡 de mergulho ("lebeta") ainda era utilizado, com as limitações conhecidas, pois ainda não se havia obtido a renovação do ar 🛡 em seu interior, nem conhecidas as causa de www betano com escassez, da qual os sábios da época diziam se resolvia em 🛡 maus e fortes humores.
Todavia, conscientes do mal que atacava implacavelmente os mergulhadores dos sinos, trataram de resolver o problema suprindo 🛡 ar desde a superfície através de um tubo, operação irrealizável sem poder dispor de um compressor de ar, por cuja 🛡 razão o projeto teve que ser desenhado, pois escapava mais ar do que penetrava no interior.
Esta situação se manteve até 🛡 o ano de 1648, quando o famoso físico francês Blas Pascal deu lugar ao seu conhecido teorema, que seria o 🛡 princípio fundamental da hidrostática.
Descobrindo que unindo o realizado na mesma época pelo físico italiano Evangelista Torricelli, com o que se 🛡 pode medir a pressão atmosférica, se aclaram grande parte dos muitos problemas que até então atormentavam os cientistas.
Com alguns conceitos 🛡 científicos mais claros, mas ainda limitados quanto aos meios materiais – pois não podemos duvidar que na época não eram 🛡 disponíveis para a construção de seus inventos outros materiais, que não o ferro, a madeira e o couro – físicos 🛡 franceses, alemães e italianos trabalharam em excesso para desenhar aparatos mais ou menos fantásticos, alguns distanciados da clássica campana e, 🛡 dentre outros, cabe destacar por www betano com originalidade para a época o do físico italiano Giovanni Alfonso Borelli, no ano de 🛡 1652.
O invento consistia em um suposto equipamento de mergulho.
Como vemos na ilustração, o depósito de ar, em que o mergulhador 🛡 enfiava a cabeça, constituía-se de um saco de couro de grande tamanho, que em www betano com parte dianteira levava acoplada uma 🛡 vigia (abertura) para facilitar a visão.
O ar que se aspirava pelo nariz era expulso pela boca através de um tubo 🛡 no qual, a um oitenta centímetros de distância, havia um pequeno saco, por onde, segundo o autor, eram retidos os 🛡 vapores quentes; o corpo do mergulhador era protegido por um traje de couro, curiosamente, o equipou com um par de 🛡 nadadeiras que lembravam as garras de um felino ligeiramente espalmadas.
O mais curioso neste equipamento era o cilindro que, a pretexto 🛡 de estabilizador hidrostático, levava preso na cintura; ao que parece, o ar comprimido manualmente no cilindro deixava espaço livre em 🛡 seu interior na água, o qual aumentava seu peso; em sentido contrário, ao dilatar-se o ar expulsava a água e 🛡 o cilindro flutuava.
Pelo menos na teoria – assim assegurava seu inventor – , já que este aparato, ao que parece, 🛡 não passou de simples projeto, pois nem sequer foi provada www betano com eficiência, um tanto duvidosa apenas com a vista do 🛡 desenho.
Inobstante todos estes projetos, o sino de mergulho continuava sendo utilizado, pois não havia sido obtido nada que o substituísse, 🛡 pelo que, durante vários anos, os cientistas se limitaram a aperfeiçoar a campana.
Em 1665, o escocês Jean Barrí desenhou uma 🛡 campana na qual introduziu um tamborete para o descanso em seu interior; na mesma época, o veneziano Boniauto Lorini incorporou 🛡 pela primeira vez uma janela que permitia observar o exterior, que declarou útil para a recuperação de canhões afundados ou 🛡 de qualquer outro objeto que tivera sido afundado e para a pesca de coral.
Com efeito, o que daria uma nova 🛡 concepção à campana (sino de mergulho) seria o astrônomo e cientista inglês Edward Halley (1656/1742), o qual, talvez um tanto 🛡 cansado de tanto olhar o céu, dirigiu www betano com atenção para uma nova dimensão, que se apresentava como incipiente conquista dos 🛡 fundos marinhos pelo homem.
Baseando-se em modelos conhecidos, todos de reduzidas dimensões, desenhou uma campana (sino) de grandes dimensões, com capacidade 🛡 para quatro pessoas, adicionando um banco circular, no qual se podia permanecer sentado em seu interior.
Porém o mais engenhoso era 🛡 a forma pelo qual se fornecia o ar, que chegava ao lado em barris e se transportava para o interior 🛡 do sino por meio de tubos, dotando de uma grande autonomia.
Sem dúvida, não terminou aqui a capacidade inventiva de Halley, 🛡 pois quis facilitar aos mergulhadores uma autonomia independente do sino, adotando um mini-sino de uso pessoal, recebendo ar deste a 🛡 campana principal (matriz).
A prova de água da campana de Halley teve lugar no ano de 1690; alguns autores creditam a 🛡 paternidade deste invento ao físico francês Denis Papin.
O irlandês Sparling introduziu a novidade de que os tripulantes poderiam movimentar o 🛡 sino à vontade, mas, o que realmente aperfeiçoou o sino com fundamentos modernos foi o engenheiro inglês John Smeaton (1724/1792), 🛡 que idealizou renovar o ar em seu interior por meio de uma bomba pneumática.
A incorporação deste método para o suprimento 🛡 de ar deu lugar à criação de novos desenho de equipamentos de mergulho, que já se assemelhavam ao clássico escafandro 🛡 de mergulho.
O primeiro passo conhecido se deve ao inglês John Lethebridge, que inventou em 1716 um aparato consistente numa espécie 🛡 de tonel construído de madeira reforçada com aros de ferro, no qual se introduzia o mergulhador um mais abaixo da 🛡 cintura; para os braços dispunha de orifícios revestidos de couro; o ar era fornecido através de uns tubos na altura 🛡 da boca, enquanto o ar expirado saía pela parte inferior do tonel.
Na realidade, era uma adaptação da clássica campana para 🛡 o uso individual.
Neste época o conhecimento das técnicas da imersão tinha sido melhorado sensivelmente.
Isto, unindo o que já se conhecia 🛡 de certos adiantos mecânicos, proporcionou que cientistas da época criassem novos modelos.
Os franceses Freinemem (1772) e Forfait (1783) deram mais 🛡 um passo em direção à criação do equipamento individual de mergulho.
Quatorze anos mais tarde, o alemão Klingert, reconhecendo todas as 🛡 experiências anteriores, construiu um novo equipamento, de concepção mais avançada.
Constava de quatro partes principais: o casco, que era unido à 🛡 parte central, construído de couro e protegida por arandelas de ferro, de onde saiam os braços, de forma similar ao 🛡 modelo de Letherbridge; a parte inferior, que era segura por arandelas de ferro ao corpo central, levava uns calçados de 🛡 couro até a panturrilha.
Todo o conjunto do equipamento se comunicava com um depósito de ar de forma cilíndrica em www betano com 🛡 parte central, que poderia servir de estabilizador, já que podia ser acionado por meio de um mecanismo que permitia ao 🛡 mergulhador ascender ou descender à vontade.
Para manter o equilíbrio hidrostático, era dotado de uns pesos de chumbo colocados junto aos 🛡 tubos e na cintura, e , pela primeira vez, calçava-se sapatos de chumbo.
Do Século XIX aos nossos dias
A partir do 🛡 ano de 1800 os novos modelos de aparato de mergulho se sucederam; franceses, ingleses e também alemães se dedicam em 🛡 obter um equipamento de mergulho autônomo que libere definitivamente o homem da campana e que abra de forma definitiva as 🛡 portas do mundo submarino.
O primeiro passo foi dado em 1819, como engenheiro alemão August Siebe, que dezenove anos mais tarde 🛡 seria o inventor do primeiro equipamento clássico de mergulho.
O seu primeiro invento consistia em um casco metálico de forma semi-esférica 🛡 a que denominou de escafandro; dispunha de uma vigia dianteira e www betano com parte inferior se apoiava sobre os ombros do 🛡 mergulhador; o ar era bombeado da superfície e recebido através de uma válvula antiretrocesso inventada por ele, enquanto o ar 🛡 expelido era liberado de forma natural, pela parte inferior, Com isso se dotava o mergulhador de um aceitável equilíbrio de 🛡 pressão e uma respiração bastante cômoda.
Este equipamento tinha o inconveniente de que, devido pela parte inferior do caso saía o 🛡 ar livremente, obrigava o mergulhador a manter-se em posição erguida, já que com qualquer inclinação do casco se produziam perdas 🛡 de ar, com a correspondente entrada de água em seu interior, limitando a liberdade de movimentos.
Apesar de tudo, aparatos similares, 🛡 ainda que de conceitos mais modernos, vinham sendo utilizados até relativamente pouco tempo.
Poucos anos depois de aparecer o escafandro de 🛡 Siebe, o engenheiro inglês William Henry James inventou o primeiro equipamento de mergulho de circuito fechado.
A concepção era muito parecida 🛡 com os atuais aparelhos deste tipo, posto que o gás respirado era oxigênio, no circuito respiratório fechado, e a depuração 🛡 se efetuava através de um cartucho de potássio cáustico.
Todo o circuito respiratório se fazia no interior de um saco pulmonar 🛡 de borracha, em cujo interior ia acoplado o cartucho filtrante, enquanto que o gás era abastecido em uma pequena garrafa 🛡 de aço acionada manualmente a vontade, por meio de uma chave.
Chegamos ao ano de 1837, em que August Siebe, como 🛡 resultado de www betano com experiência anterior, criou o primeiro traje de mergulho completo e batizado com o nome de diving-suit (traje 🛡 de mergulho).
O novo equipamento era composto de traje completo e casco unidos; o traje era confeccionado com lona recauchutada de 🛡 grande resistência e o casco era de cobra, com três vigias circulares (uma dianteira e duas laterais), que dotavam o 🛡 mergulhador de um amplo campo de visão, enquanto que o ar penetrava pela parte superior de uma forma similar a 🛡 de seu modelo anterior, a evacuação do ar expirado se realizava através de uma válvula situado em um lado do 🛡 caso.
O ajuste do casco como traje, que era uma só peça, se realizava por meio de uma arandela colocada na 🛡 parte superior do traje, na altura do peço do mergulhador, que se ajustava à base do caso por um sistema 🛡 de meia volta a pressão.
O escafandro de Siebe resultou em êxito e foi adotado pelas marinhas militares de muitos países, 🛡 assim como pelos profissionais da época.
Entre tantos dados históricos, merece fazer menção dos acontecimentos que, mesmo não guardando relação direta 🛡 com o invento de novos equipamentos de mergulhos, entram diretamente na história da navegação submarina.
Se trata dos inventos dos espanhóis 🛡 Narciso Monturiol e Issac Peral e Caballero.
O primeiro inventou um submarino que batizou como Ictíneo (O Barco Peixe); foi criado 🛡 em 1859 e posteriormente melhorado em 1864, e suas provas de mar deram excelentes resultados, mas, devido à cegueira das 🛡 autoridades da época, acabou por ser vendido em leilão público.
Não ocorreu melhor sorte ao submarino de Issac Peral que, ainda 🛡 que melhorando notavelmente o modelo de seu compatriota Montouriol, incorporando pela primeira vez na história o sistema de propulsão elétrica 🛡 durante a imersão, com uma maior capacidade de tonelagem e um desenho mais avançado, restou relegado ao mais indiferente de 🛡 todos os ouvidos.
No decorrer da história, também surgiram algumas invenções curiosas, como o escafandro rígido articulado criados pelos irmãos franceses 🛡 Carmagnole, em 1882, na primeira tentativa de levar o homem ao fundo do mar a seco.
Este modelo, além de não 🛡 ser estanque o suficiente, tinha um peso elevado, impedindo a locomoção do mergulhador no fundo do mar.
Entretanto, as tentativas de 🛡 dotar o homem com uma maior autonomia debaixo da água se sucediam e se alcançavam cada vez mais maiores profundidades, 🛡 e, foi quando começaram a surgir os problemas provocados pelas variações de pressão a que, cada vez em maior medida, 🛡 se viam submetidos os mergulhadores.
O temido golpe de ventilação e a subida em balão eram os pesadelos dos mergulhadores de 🛡 então e, com o fim de encontrar uma solução a estes problemas, as investigações se orientaram para uma aparelho que 🛡 facilitaria a regulagem automática do suprimento de ar e que ao mesmo tempo pudesse liberar o mergulhador do cordão umbilical 🛡 da superfície.
Aqueles cientistas que tinham consciência dos problemas que atormentavam o mergulhador, continuavam sem levar em conta que o homem 🛡 se movia na água em um meio 800 vezes mais denso que o ar e insistiam em fazer o mergulhado 🛡 caminhar erguido, ereto, arrastando sapatos de chumbo.
Por fim, o tão esperado acontecimento se produziu por obra de um oficial da 🛡 marinha francesa e um engenheiro: Auguste Denayrouse e Benoit Rouquayrol, ambos em colaboração, conceberam um aparelho que deram o nome 🛡 de aerófago (portador de ar) e que pela primeira vez regulava automaticamente o suprimento de ar e libera o mergulhador 🛡 da dependência da superfície.
O aparato era simples: o depósito de ar consistia em um pequeno recipiente de forma cilíndrica e 🛡 esférica, fabricado em placas de aço, com uma capacidade de 8 dm3 de ar a uma pressão de 30 kg/cm2 🛡 (3 atm), o qual levava em www betano com partes um peça de forma similar a uma caçarola que se comunicava com 🛡 este através de uma válvula cônica; a parte superior desta peça fazia as vezes de um regulador de pressão através 🛡 de uma membrana que entrava em contato com a água e que, segundo a pressão que recebia, atuava sobre a 🛡 válvula de forma que o suprimento de ar era regulado à pressão ambiente.
Deste peça que funcionava como regulador saia um 🛡 tubo em cujo extremo tinha um encaixe, pelo qual recebia o ar e que tinham incorporado uma válvula tipo bico 🛡 de pato para evitar a entrada de água, Sem dúvida, este invento foi transcendental para a época e por suas 🛡 conseqüências posteriores, posto que, por fim, se havia obtido o princípio da membrana equilibradora, que representou o primeiro passo para 🛡 o regulador automático de pressões.
Este aparelho foi pouco utilizado, já que www betano com autonomia era muito limitada e que, por não 🛡 dispor de um sistema de visão adequado, o mergulhador, uma vez submergido, ficava praticamente cego.
Teriam que ser percorridos mais alguns 🛡 anos para que outro inventor francês, marinheiro de profissão e apelidado Le Prieur, desenhasse em 1925 outro novo aparato, baseado 🛡 no de Denayrouse y Rouquayrol, que melhorava sensivelmente este modelo.
Este aparelho era dotado, pela primeira vez, de uma garrafa de 🛡 aço carregada a 150 atm, mas www betano com capacidade era muito limitada pois não passava de 6,5 litros.
O regulador era acoplado 🛡 sobre a garrafa e tinha duas câmaras: uma de pressão ambiente pela qual penetrava a água e outra de baixa 🛡 pressão; entre ambas as câmaras tinha ajustada uma membrana que fazia o papel de equilibrador de pressão, da qual saia 🛡 o tubo de suprimento de ar.
O aparelho tinha uma manômetro de facilitava ao mergulhador um suprimento de ar adicional, quando 🛡 o regulador não enviava o suficiente.
Ademais, pela primeira vez se utilizou um sistema de visão submarina por meio de uma 🛡 grande máscara facial, por cuja borda inferior se expulsava o ar expirado.
Porém, este aparelho não chegou a satisfazer todas as 🛡 esperanças que se haviam depositado, pois o fato de não dispor de um controle do consumo de ar, presumia um 🛡 desperdício que limitava de grande maneira www betano com autonomia, que ficava reduzida a uns quinze minutos, a profundidades não superiores aos 🛡 12 ou 15 metros, apesar de que nas provas de profundidades maiores, realizadas com este aparelho, se chegaram a atingir 🛡 satisfatoriamente os 50 metros de profundidade.
Indubitavelmente havia se dado um importante passo, com a liberação do mergulhador do cordão umbilical 🛡 da superfície e com isso a opressão psíquica dos escafandros clássicos até então utilizados, ademais, possibilitaram o conhecimento de uns 🛡 elementos de segurança que anos mais tarde se confirmariam como definitivos.
Somente ficava por atingir um pequeno, mas importante detalhe: liberar 🛡 ao mergulhador em seu deslocamentos embaixo dágua, da posição erguida e dos pesados sapatos d chumbo.
Oito anos depois do invento 🛡 de Le Prieur, um outro compatriota, marinheiro de profissão, apresentou ao alto comando da marinha militar francesa, um par de 🛡 nadadeiras de borracha e, mesmo que aquela demonstração não tenha causado nenhuma sensação, no transcorrer dos anos, foi reconhecido o 🛡 valor do invento de Luis de Corlieu.
É de se notar que os modelos de escafandros da década de trinta, como 🛡 o da ilustração , são muito semelhantes aos atuais.
No ano de 1930, o engenheiro inglês Joseph Peress concebeu um outro 🛡 tipo de escafandro, a Tritônia, moldada em liga de magnésio e destinado aos mergulhadores de pesquisa de petróleo, para mergulho 🛡 a seco e minimizando os efeitos da pressão, tendo o próprio inventor descido a 135 metros de profundidade.
Em 1937, na 🛡 costa francesa do Mediterrâneo, se testou um dos primeiros cilindros de ar comprimido, em que o mergulhador regulava manualmente o 🛡 fornecimento do ar, abrindo e fechando uma torneira.
Em 1943, outro francês chamado George Commheines realizou a primeira prova de um 🛡 equipamento de www betano com invenção que melhorava sensivelmente o aparato de Le Prieur.
Foi testado nas águas de Marselha e obteve êxito 🛡 ao alcançar os 35 metros de profundidade.
Inobstante e paralelamente aos trabalhos de Commheines, no mesmo ano de 1943, foi constatado 🛡 um feito histórico na evolução do mergulho: outra equipe, curiosamente composta por outro marinheiro e um engenheiro (recordemos a coincidência 🛡 com Denayrouse y Rouquayrol), deu os últimos toques e se dispôs a submeter a prova do aparato que seria aquele 🛡 com que tantas gerações de subaquáticos haviam sonhado.
A equipe para esta operação era composta do engenheiro Emile Gagnam, o marinheiro 🛡 Jacques Ives Cousteau e um jovem desportista que provaria o aparato: Fréderic Dumas.
O acontecimento teve lugar numa formosa manhã do 🛡 mês de julho, na Costa Azul.
De uma forma discreta, aparentemente sem importância, como todas as coisas transcendentes, Dumas conseguiu alcançar 🛡 os 63 metros de profundidade.
A prova havia sido um êxito.
O aparato Cousteau-Gagnam, conhecido com Aqualung, estava baseado em seus predecessores 🛡 de Denayrouse e Rouquayrol e Le Prieur, pois Cousteau e Gagnam tinham adaptado o sistema da membrana equilibradora de pressão, 🛡 melhorando sensivelmente seu conceito, pois que todo processo e regulação de pressões se realizava em um corpo único de regulador 🛡 composto de três câmaras: de alta pressão, de baixa pressão e de pressão ambiente.
Apresentava, ainda, uma grande novidade, cujo circuito 🛡 respiratório se desenvolvia praticamente todo através do regulador.
O regulador tinha incorporado dois tubos traqueais: um de admissão de ar e 🛡 outro de expulsão que ia desde a boquilha até a câmara de pressão ambiente, de onde sai o ar para 🛡 o exterior.
Sistema que facilitava um meio de respiração bastante cômodo até profundidades muito aceitáveis, até então vedadas ao homem.
Outra das 🛡 vantagens do novo aparelho era a autonomia que davam as três garrafas de aço de 5 L cada uma, carregadas 🛡 a 150 atm.
Também os alemães trabalhavam em um equipamento de circuito fechado, dedicado ao salvamento das tripulações dos submarinos.
O aparato, 🛡 conhecido como Aparato Davis era de circuito cerrado e carregado com oxigênio, por isso que www betano com utilização era muito mais 🛡 limitada que a do Aqualung, mesmo assim, era de larga utilização na Segunda Guerra Mundial, pelos mergulhadores de combate.
A partir 🛡 de então, e principalmente após o término da 2ª Grande Guerra, a atividade subaquática contou em todo o mundo com 🛡 um número cada vez maior de adeptos.
Sobretudo na juventude após a guerra, os relatos das façanhas dos nadadores de combate(os 🛡 homens gamma dos italianos; os homens K dos alemães; e dos homens rã dos ingleses), tiveram importância decisiva para a 🛡 disseminação das atividades subaquáticas.
O invento do escafandro autônomo facilitou de grande maneira a penetração do homem no mundo subaquático, porém 🛡 este aparato também teve – e continua tendo – suas limitações, pois todos sabemos que, com ar comprimido, a profundidades 🛡 superiores de 60 metros a exposição ao perigo é uma constante.
Este foi o motivo porque seus autores se limitavam a 🛡 explorar www betano com patente e nada mais, porém, este começo foi um incentivo para que a partir de então o homem 🛡 se dedicasse na investigação submarina e em alcançar cada vez mais profundidades maiores.
Cousteau, junto com Dumas e Philippe Tellez, criaram 🛡 o Groupe de Recherches Sous-marines, que posteriormente se denominaria GroupedEtudes de Recherches Sous-marines (GERS), e a bordo de um caça-minas 🛡 da 2ª Guerra, de 360 toneladas e 42 metros de cumprimento, convertido em barco oceanográfico (batizado como Calipso), percorreram todos 🛡 os mares do globo, apontando inúmeros descobrimentos científicos e recuperando grande quantidade de sítios arqueológicos.
A grande aventura dos descobrimentos submarinos 🛡 havia começado; depois, tudo seria uma sucessão de fatos e descobrimentos.
Homens da ciência se interessaram pelas grandes profundidades; o primeiro 🛡 deles foi o professor Auguste Piccard, cientista suíço que, igual a Halley, quica cansado de elevar-se às alturas, preferiu a 🛡 conquista das profundidades.
No ano de 1948, junto com o físico belga Max-Cossyns, construiu a primeira nave de investigação abissal, a 🛡 que denominaram de Batiscafo (ou nave das profundidades) e cujas siglas eram FRNS-2, que correspondiam à fundação belga patrocinadora.
Sua primeira 🛡 imersão se realizou em água das ilhas Cabo Verde, chegando aos 1800 metros e ainda que a profundidade alcançada fosse 🛡 importante para aquela época, a nave acusou certas deficiências de construções corrigidas no modelo seguinte, graça a colaboração do comandante 🛡 Cousteau e de Tilliez.
A nova nave, denominada FNRS-3, desceu em 1953, em água de Marselha, a uma profundidade de 1550 🛡 metros, cota que seria ultrapassada dias depois, alcançado os 2.100 m.
A mesma nave chegaria aos 4.
050 metros três anos depois, 🛡 em águas de Dakar.
Mas não terminaram aí as tentativas do inquieto professor Piccard, pois imediatamente se colocou a trabalhar no 🛡 projeto de uma nova nave submersível cujas primeiras provas realizou em agosto de 1953, com resultados plenamente satisfatórios; no mês 🛡 seguinte, tripulado por seu filho Jacques, alcançaria os 1800 metros e três dias depois, pai e filho desceram aos 3150 🛡 metros; a imersão se realizou em águas do Adriático, em um ponto situado a 80 km da ilha de Ponza.
Enquanto 🛡 isso, a equipe de Cousteau trabalhava no projeto de um submergível, mesmo que menos ambiciosa da realizada pelo Prof.
Piccard, não 🛡 por isso era menos útil; naquele momento somente estavam interessado na exploração da plataforma continental.
Em seu projeto também participaria um 🛡 velho colaborador de Cousteau, o engenheiro Emile Gagnan, enquanto a construção seria dirigida pelo engenheiro francês do CFRS, Jean Mollard.
A 🛡 primeira aprova desta pequena e, como depois se mostraria, utilíssima nave submergível, se realizou em 1957 nas águas do Mediterrâneo, 🛡 mas, por causa de uma falha em um dos cabos de amarração, ao ser colocada na água se soltou, caindo 🛡 ao fundo de 1.
000 metros, e, ainda que não tenha sido projetada pela tal profundidade, com grande surpresa para seus 🛡 construtores, ao ser recuperada, se pode observa que apenas havia sofrido danos em www betano com estrutura principal; isso serviu para que 🛡 continuassem com o projeto e construção de uma segunda nave submarina, que seria denominada de La soucoupe plongeante (disco mergulhador) 🛡 D S-2, tendo sido batizada com o nome de Denise; dispunha de uma autonomia de 24 horas e lotação era 🛡 de dois homens.
Sua primeira prova se realizou em águas da plataforma continental de Porto Rico, em 1959, sendo tripulada por 🛡 Albert Falcó e Jean Mollard, operação que resultou em pleno êxito.
Meses depois, na baia de Ajaccio (ilha da Córsega), também 🛡 tripulada por Falcó e Cousteau, alcançariam os 300 metros de profundidade máxima para que havia sido construída.
Posteriormente, este aparelho seria 🛡 utilizado numa infinidade de ocasiões durante as jornadas do Calipso.
Na medida em que os cientistas continuavam a trabalhar e construir 🛡 submergíveis capazes de alcançar maiores profundidades, o interesse pelos recordes de profundidade, seja em apnéia (pulmão livre), seja por escafandro 🛡 autônomo, começa a ter mais adeptos.
No que diz respeito ao mergulho livre (apnéia) e sem que se tenha a remontar 🛡 aos antigos pescadores de esponjas e corais, se dispõe de dados mais recentes, ainda que um pouco contraditórios.
Das imersões dos 🛡 mergulhadores gregos, alguns autores mencionam apenas um deles (Scotti Geris) a 60,95 metros em 1913, outros escritores referem apenas ao 🛡 seu compatriota Starki Hasikel em 1918, que descendo para