Deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) em fevereiro deste ano, a Operação Penalidade Máxima trouxe à tona um poderoso 😆 esquema de apostas esportivas no Brasil.
De lá para cá, 11 jogadores foram citados como agentes ou aliciadores, sendo que oito 😆 deles foram preventivamente suspensos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Inicialmente, as investigações apuraram indícios de manipulação nas séries A 😆 e B do Brasileirão.
Parecia inevitável não aparecer resquícios nos estaduais, um prato cheio pela quantidade de jogos obscuros, pouca visibilidade 😆 e a própria situação econômica dos envolvidos.
Pelo menos 12 campeonatos já foram citados como suspeitos nas investigações do MP-GO.
A Paraíba 😆 é um deles.
O primeiro jogo sob suspeição é a semifinal entre Treze e São Paulo Crystal, no dia 25 de 😆 março, em Campina Grande.
Uma troca de mensagens entre o ex-jogador Rodrigo Paraíba, filho de Marcelinho Paraíba, e Bruno Lopez, o 😆 BL, apontado como líder do esquema de apostas, leva margem a uma suposta manipulação no Campeonato Paraibano.
A conversa entre os 😆 dois teria acontecido na véspera da partida.
BL questiona Rodrigo se "vai rolar mesmo o escanteio", sugerindo uma suposta facilitação dos 😆 jogadores do São Paulo Crystal em favor do Treze.
O filho de Marcelinho, por yen strengthens through 140 as bulls bet on turning point vez, diz que "o jogo todo" 😆 estaria garantido, e não apenas a cobrança de escanteio (veja o diálogo abaixo).
Além do Campeonato Paraibano, outros estaduais foram citados 😆 na investigações do MP-GO por esquema de apostas: Paulista, Carioca, Mineiro, Paranaense, Gaúcho, Mato-Grossense, Goiano, Baiano, Sergipano e Pernambucano.
Jogo investigado 😆 na Paraíba
Na Paraíba, o único jogo citado até aqui é a semifinal entre Treze e São Paulo Crystal, no dia 😆 25 de março.
A suspeita do Ministério Público é de que a partida teria sido manipulada a partir de um diálogo 😆 entre o ex-jogador Rodrigo Paraíba e Bruno Lopez, o BL, apontado como líder do esquema de apostas.
BL questiona Rodrigo se 😆 "vai rolar mesmo o escanteio", sugerindo uma suposta facilitação dos jogadores do São Paulo Crystal em favor do Treze.
O filho 😆 de Marcelinho, por yen strengthens through 140 as bulls bet on turning point vez, diz que "o jogo todo" estaria garantido, e não apenas a cobrança de escanteio.
De acordo 😆 com a troca de mensagens, Rodrigo teria dito que apenas dois jogadores do São Paulo Crystal não faziam parte do 😆 esquema de apostas, e insistiu em cravar a vitória do Treze para o líder da quadrilha.
BL demonstra algum receio, e 😆 o ex-jogador é contundente: "Eu não sou cobra, mano.
O atleta é meu, patrão.
Só vou entrar e mandar se for certeza.
Achando 😆 que sou "muleke" ou idiota de entrar em alguma furada?", disse Rodrigo.
• BL: E aí, vai rolar mesmo o escanteio?
• 😆 Rodrigo: Tô vendo aqui.
• Rodrigo: Mano, garanto o jogo todo e não o escanteio.• BL: Entendeu.O jogo todo, isso?
• Rodrigo: 😆 Mano, o jogo todo porque sei que eles só não tem dois (jogadores) na parada.
• BL: Mas e perder?
• Rodrigo: 😆 O Treze ganha.
Boatos de que já foi dado até 70 mil para os jogadores dividirem.
Aí eles vão facilitar.• BL: Entendi.Então 😆 Treze ganha.Certeza?
• Rodrigo: Isso, mano.Sim.
• BL: Meu truta, você tá querendo cobrar uma parada que nem tem certeza? Nós estamos 😆 devendo, e você? É isso mesmo?
• Rodrigo: Eu não sou cobra, mano.
O atleta é meu, patrão.
Só vou entrar e mandar 😆 se for certeza.
Achando que sou "muleke" ou idiota de entrar em alguma furada?
• BL: Avisa ele que após o jogo 😆 eu mando.
• Rodrigo: Vou falar.
Não sei se ele vai querer mais, né.
De acordo com as investigações do Ministério Público, BL 😆 seria o principal agente de apostas no Campeonato Paraibano, escolhendo quais seriam as mais vantajosas na competição.
Ele foi preso no 😆 dia 14 de fevereiro, ainda durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, e solto cinco dias depois.
Em abril, voltou 😆 a ser preso.
Rodrigo Paraíba, por yen strengthens through 140 as bulls bet on turning point vez, não está entre os investigados pelo MP-GO.
Também não foi convocado até aqui para 😆 prestar qualquer depoimento.
Procurado pela reportagem, o presidente do São Paulo Crystal, Múcio Fernandes, disse que o clube só vai se 😆 pronunciar oficialmente quando tiver conhecimento de todo o processo junto ao Ministério Público de Goiás.
Mas disse não acreditar em esquema 😆 de manipulação com os seus jogadores no Campeonato Paraibano deste ano – muito menos na semifinal contra o Treze.
"Basta você 😆 ver como foi o jogo.
Perdemos por 1 a 0, lutamos até o fim.
Tivemos chance de vencer e ir para a 😆 final.
Não me parece com algo que esteja vendido", argumentou Múcio.
O dirigente também disse confiar nos jogadores e que o clube 😆 tem uma política dura em relação a qualquer indício de fraude.
"O time do São Paulo é caseiro.
São muitos jogadores da 😆 cidade e que estão com a gente há várias temporadas, alguns desde as categorias de base.
Se tivessem envolvimento com alguma 😆 prática irregular, íamos ficar sabendo", concluiu Múcio.
FPF-PB e MP-PB devem fazer parceria
A presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB), Michelle 😆 Ramalho, disse que vai propor uma força-tarefa com o Ministério Público da Paraíba (MP-PB) para combater qualquer indício de fraude 😆 em esquema de apostas esportivas.
Antes mesmo de tomar conhecimento de algum caso, a dirigente disse que deve se reunir nesta 😆 quinta-feira com Romualdo Tadeu de Araújo, presidente do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudetor), ligado ao MP-PB, para 😆 discutir o assunto.
"Esse é um assunto que está nas discussões de todas as federações, da CBF.
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É importante investigar e 😆 combater qualquer indício de irregularidade.
Estamos acompanhando o desenrolar da apuração feita pelo Ministério Público de Goiás, que mostrou ramificações em 😆 outros estados.
Da nossa parte, vamos propor uma parceria com o Ministério Público da Paraíba, uma força-tarefa para apurar quaisquer indícios 😆 de manipulação", frisou a dirigente.
Michelle Ramalho disse ainda que a Paraíba é um dos estados que mais fiscalizam e combatem 😆 a manipulação de resultados, inclusive contando com o apoio da SportRadar – empresa integrante do Sistema Universal de Detecção de 😆 Fraudes (UFDS),.
E que há uma cobrança da CBF para que todas as federações e tribunais desportivos sejam rigorosos a qualquer 😆 indício de irregularidade.
Jogadores de futebol investigados pelo STJD
Com o desenrolar das investigações da Operação Penalidade Máxima, vários jogadores foram citados 😆 e punidos por seus clubes.
Um deles é o lateral Nino Paraíba, campeão paraibano de 2009 pelo Sousa e que estava 😆 defendendo o América-MG.
Ele teve o contrato rescindido após ter sido citado no processo por um suposto envolvimento no esquema fraudulento.
Pelo 😆 mesmo motivo, outros oito jogadores foram suspensos preventivamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por 30 dias.
A decisão foi 😆 do presidente Otávio Noronha, atendendo a um pedido da Procuradoria do órgão.
"As violações, os prejuízos ao desporto, e suas repercussões, 😆 são graves o suficiente para justificar a medida excepcional de suspensão preventiva dos Denunciados, mas não na forma requerida pela 😆 Procuradoria, à mingua de arrimo legal", diz trecho da decisão.
Jogadores suspensos por suspeita de envolvimento em esquema de apostas:
• Eduardo 😆 Bauermann, do Santos
• Onitlasi Junior Moraes Rodrigues ("Moraes"), da Aparecidense/GO, ex-Juventude;
• Gabriel Ferreira Neris, o Gabriel Tota, do Ypiranga-RS, ex-Juventude;
• 😆 Jonathan Doin, que se apresenta como Paulo Miranda, hoje no Náutico e ex-jogador do Juventude;
• Igor Aquino da Silva (Igor 😆 Cariús), Sport, ex-jogador do Cuiabá;
• Matheus Phillipe Coutinho Gomes, ex-Sergipe;
• Fernando Neto, do São Bernardo, ex-Operário-PR;
• Kevin Lomónaco, do Bragantino
Todos 😆 foram denunciados pela Procuradoria do STJD pelos artigos 243 e 243 A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que tratam 😆 respectivamente sobre "atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende e "atuar, de forma contrária à ética desportiva, com 😆 o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente.
As penas em caso de condenação são de multa de 😆 até R$ 100 mil e suspensão por até 720 dias.
Em caso de reincidência, a pena pode ser de exclusão definitiva 😆 do futebol.
Operação Penalidade Máxima
O Ministério Público de Goiás abriu investigações sobre o esquema fraudulento de apostas esportivas no final do 😆 ano passado, a partir de denúncias de Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova.
A partir daí, dezenas de jogos das 😆 séries A e B do Campeonato Brasileiro foram listados como suspeitos.
Oito deles, da primeira divisão:
• Palmeiras x Juventude
• Juventude x 😆 Fortaleza• Goiás x Juventude• Ceará x Cuiabá
• Red Bull Bragantino x América-MG• Santos x Avaí• Botafogo x Santos
• Palmeiras x 😆 Cuiabá
Inicialmente, 16 pessoas foram investigadas.
Bruno Lopez, o BL, é apontado como um dos líderes do esquema.
Ele foi preso no dia 😆 14 de fevereiro, ainda durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, e solto cinco dias depois.
Em abril, voltou a 😆 ser detido em São Paulo.
Com o desenrolar das investigações, foram aparecendo ramificações para os estaduais.
E aparecendo novos personagens.
Além dos oito 😆 jogadores inicialmente investigados e agora suspensos preventivamente pelo STJD, outros foram citados em apostas suspeitas.
É aí que entra o lateral 😆 Nino Paraíba.
Mais jogadores citados emesquema de apostas:
• Vitor Mendes (Fluminense)
• Richard (Cruzeiro)
• Nino Paraíba (América-MG)
• Dadá Belmonte (América-MG)
• Kevin Lomonaco 😆 (Red Bull Bragantino)• Moraes Jr.(Juventude)
• Nikolas Farias (Novo Hamburgo)
• Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria)• Nathan (Grêmio)
• Pedrinho (Athletico-PR)
• Bryan 😆 García (Athletico-PR)
Os jogadores seriam cooptados pelos aliciadores para receber cartões amarelos ou vermelhos, cometer pênaltis e ceder escanteios deliberados para 😆 facilitar as apostas.
Alguns esquemas poderiam render até R$ 700 mil por rodada.
Foi aí que entrou em cena Hugo Jorge Bravo, 😆 presidente do Vila Nova e que também é policial militar.
Ao ter conhecimento do esquema, ele fez a denúncia para o 😆 Ministério Público de Goiás que, em 14 de fevereiro, deflagrou a primeira fase da Operação Penalidade Máxima.
O caso chegou ao 😆 Governo Federal, que estuda regulamentar as apostas esportivas, inclusive responsabilizando jogadores e dirigentes.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio 😆 Dino, também determinou que a Polícia Federal investigue as denúncias de esquema de apostas referentes ao Campeonato Brasileiro.