Valor a ser arrecadado deve superar os R$ 6 bilhões anunciados pelo ministro Fernando Haddad, escreve publicitário especializado no setor, João Rodrigues
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dissejogo de aposta minimo 1 real1º de março que o Brasil deve tributar as apostas esportivas.
Segundo ele, a não cobrança de impostos é uma "ilegalidade" e permite evasão de divisas: "Os jogos de azar na internet são tributados no mundo inteiro.
Não pode ser diferente aqui".
Apesar do discurso pró-cobrança, o ministro não explicou o que fará para que as apostas passem a ser tributadas, uma vez que o Brasil ainda não regulamentou esse tipo de jogo.
Hoje, os sites estão sediados no exterior e as licenças para apostas on-line também.
publicidade
Para taxar a atividade como um todo (e não só os apostadores), seria necessário regulamentar a atividade.
Como consequência, o país poderia arrecadar um montante talvez até maior do que o estimado pelo ministro da Fazenda, que citou algo na faixa de R$ 2 bilhões a R$ 6 bilhões por ano.
Permitidasjogo de aposta minimo 1 realvários países, as apostas esportivas são cada vez mais populares.
Na Copa do Mundo de Futebol de 2018, o volume de apostas nos jogos desse torneio chegou a 136 bilhões de euros, segundo dados da Fifa, organizadora do evento.
Não há ainda números oficiais sobre a cifra global de apostas da Copa do Qatar,jogo de aposta minimo 1 real2022, mas sabe-se que foi maior.
No Brasil, a Copa do Mundo do Qatar já foi o evento com maior número de apostadores de 2022, superando as finais da Copa Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa.
O mercado brasileiro de apostas chegou a um total de R$ 9,8 bilhõesjogo de aposta minimo 1 real2022, com previsão de alcançar R$ 12,5 bilhões neste ano de 2023.
Esse movimento também ocorre no futebol nacional.
Os 20 times de futebol da série A do Campeonato Brasileiro de futebol já têm algum patrocínio de empresas de apostas.
É interessante notar que essa realidade se impôs de fora para dentro, pois nenhum desses patrocinadores é autorizado a atuar no Brasil.
Como a atividade não é regulamentada no Brasil, as casas de apostasjogo de aposta minimo 1 realoutros países oferecem facilidade para brasileiros por meio da internet.
O Brasil é a maior economia da América Latina e uma das maiores do mundo.
Tem potencial enorme para se beneficiar com o crescimento da indústria de apostas esportivas.
Mas é necessário que isso seja regulamentado e que as empresas possam se estabelecerjogo de aposta minimo 1 realterritório nacional –só assim poderão ser tributadas, como deseja Fernando Haddad.
O ministro da Fazenda está certo: a legalização das apostas esportivas no Brasil produziria receita para os cofres públicos.
O dinheiro poderia ser usado para financiar serviços públicos e projetos de infraestrutura.
A economia seria beneficiada como um todo.
Além de produzir receita, a indústria de apostas esportivas criaria empregos.
Esse setor exige a contratação de profissionais para uma variedade de atividades, desde compiladores e analistas de probabilidades até especialistasjogo de aposta minimo 1 realmarketing e representantes de atendimento ao cliente.
Esses empregos seriam espalhados por várias áreas, incluindo finanças, marketing e tecnologia, criando um efeito cascata que beneficiaria a economia.
A indústria de apostas esportivas também seria positiva para a cultura esportiva do país.
O Brasil tem esportes no seu DNA.
Há entre nós uma paixão ímpar pelo futebol.
A legalização dessa modalidade de apostas aumentaria o interesse e o engajamentojogo de aposta minimo 1 realeventos esportivos, tanto nacional quanto internacionalmente.
A regulamentação das apostas esportivas e de cassinos (nesse caso, algo mais complexo do ponto de vista legal) poderia ajudar a desenvolver a indústria do turismo no Brasil.
Com uma abundância de belezas naturais, marcos históricos e diversidade cultural, o Brasil é um destino ainda pouco explorado por turistas nacionais e internacionais, sobretudo os interessadosjogo de aposta minimo 1 realapostas.
Enquanto o país não regulamenta as apostasjogo de aposta minimo 1 realcassinos, brasileiros viajam para o Uruguai (Punta del Este) ou para os Estados Unidos (Las Vegas) para fazer turismo e frequentar cassinos.
Isso para não dizer os navios de cruzeiro, que recebem passageiros do Brasiljogo de aposta minimo 1 realportos nacionais e abrem seus cassinos flutuantes quando estãojogo de aposta minimo 1 realáguas internacionais.
Há um temor de parte da sociedade de que a regulamentação do jogo possa causar problemas sociais.
É verdade que o descontrole tem potencial para provocar disrupção financeira para indivíduos e famílias.
Essa é uma preocupação legítima.
Ocorre que, com a globalização e com a internet, é impossível encapsular o Brasil.
As casas de apostas internacionais atuam de maneira abertajogo de aposta minimo 1 realqualquer país, inclusive aqui (por meio da internet).
A diferença é que, como estãojogo de aposta minimo 1 realterritório internacional, não pagam impostos no Brasil.
Mas os brasileiros jogam mesmo assim.
Regulamentar as apostas esportivas no Brasil –e, ainda que seja algo mais difícil, cassinosjogo de aposta minimo 1 realáreas pré-determinadas para incentivar o turismo– pode produzir receita para, inclusive, ajudar a promover programas de educação dos usuários, para que saibam dos riscos envolvidos nessa atividade.
Ignorar o assunto é a pior solução.
O Brasil não pode ficar apartado do mundo.
Regulamentar é o caminho sensato para legalizar algo que já existe de fato e para trazer mais recursos para os governos (federal, estaduais e municipais).
E, como consequência principal, ajudar a criar empregos, impulsionar a atividade econômica, valorizar a cultura esportiva do país e atrair mais turistas estrangeiros.
Com os regulamentos corretosjogo de aposta minimo 1 realvigor, o Brasil pode se tornar um player importante no mercado global de apostas esportivas, beneficiando toda a sociedade.