Conteúdos
– Esportes coletivos de invasão– Esporte da escolaObjetivos
– Compreender o conceito de esportes coletivos
– Compreender a lógica interna dos esportes 📈 coletivos de invasãoVeja também:
Classificação dos esportesEsportes de marca
Educação física: veja 26 planos de aula para o ensino fundamental e médio
1ª 📈 Etapa: Compreender para ensinar a jogar
Proposta de trabalho:
Os esportes possuem, em bonus 200 stake estrutura interna, forte orientação para o rendimento e 📈 competição exacerbada, além de uma perspectiva de justiça baseada em uma igualdade formal que é aplicada de acordo com regras 📈 e certa seletividade em relação a quem pode vivenciá-lo.
Ao apresentarmos esse conteúdo, reproduzindo bonus 200 stake estrutura inspirada pelo rendimento, desconsiderando as 📈 particularidades do âmbito escolar e o que buscamos construir nesse meio, corremos o risco de fomentar um tipo de educação 📈 mecânica, que não questiona valores da estrutura social (BRACHT, 2000).
Portanto, é importante considerar qual a relação que o esporte irá 📈 ter com a educação física escolar.
Por exemplo, a partir de uma abordagem pedagógica crítica, o tratamento dado ao esporte sugere 📈 que o ensino das técnicas/habilidades motoras aconteçam não para estimular o rendimento máximo de estudantes em aulas ou a competição 📈 exacerbada e, por consequência, a exclusão daqueles que não obtiveram determinado desempenho.
Pelo contrário, "propõe sim, o ensino de destrezas motoras 📈 esportivas dotadas de novos sentidos, subordinadas a novos objetivos/fins, a serem construídos junto com um novo sentido para o próprio 📈 esporte" (BRACHT, V.2000 p.16).
Pedagogicamente, González e Bracht (2012), dividem o ensino dos esportes em três vertentes: os saberes procedimentais que 📈 se baseiam na ação corporal; os saberes conceituais construídos a respeito de dados e conceitos relativos à prática corporal sistematizada 📈 e ainda há a dimensão atitudinal em relação ao ensino do esporte, na qual é mais dependente da construção do 📈 ambiente pelo professor que aborda aspectos éticos e morais em relação ao conteúdo.
Manteremos esse esquema para estruturar o conteúdo e 📈 trataremos nesse plano, especificamente, dos esportes coletivos de invasão.
Um movimento corporal nunca é originado somente por impulsos anatômicos, bioquímicos e 📈 fisiológicos; o movimento é uma forma de expressão do sujeito mediado pelo seu psiquismo em um contexto que dá sentido 📈 a esse movimento.
Existem diversas teorias que tendem a explicar os mecanismos que envolvem o processo de programação, execução e controle 📈 de uma ação motora, ou seja, o processamento da informação no âmbito do comportamento motor.
Dentre as diferentes teorias, existem três 📈 mecanismos geralmente comuns: mecanismos de percepção, mecanismo de decisão e mecanismo de execução, ilustrados no esquema a seguir (GONZÁLEZ e 📈 BRACHT, 2012).
O mecanismo de percepção é responsável pela captura de informações do meio que chegam ao sujeito.
Nesse sentido, é possível 📈 organizar, classificar e transmitir ao mecanismo de decisão informações decodificadas do ambiente e de bonus 200 stake natureza.
A percepção é importante também 📈 para a formação da memória, armazenando informações que podem ser utilizadas em situações similares futuras (GONZÁLEZ e BRACHT, 2012).
A tomada 📈 de decisão consiste em um plano de ação que será formado pelo indivíduo baseado nas informações obtidas e compreendidas do 📈 meio e articuladas a um objetivo.
Relacionada ao esporte, o plano de ação difere muito quando comparados esportes com e sem 📈 interação com o adversário.
Em esportes sem interação com o adversário, o plano de ação é construído antes da competição em 📈 si e é seguido pelo atleta da maneira mais fiel possível.
Já em esportes com interação, o plano de ação muda 📈 constantemente devido à interferência do adversário.
Sendo assim, os esportes com interação, exigem uma complexidade cognitiva maior do entendimento da situação 📈 para melhor adequação das tomadas de decisão (GONZÁLEZ e BRACHT, 2012).
O mecanismo de execução consiste em colocar em prática o 📈 plano de ação anteriormente definido, essa execução depende do ato do movimento para garantir a realização da tarefa motora.
Dois aspectos 📈 afetam diretamente a execução da tarefa motora: a coordenação (classificada em graus de dificuldade através de aspectos como: número de 📈 grupos musculares implicados, a estrutura do movimento, a velocidade de execução requerida e a precisão requerida na execução) e as 📈 capacidades mistas (coordenativas-condicionais), classificadas como maior dificuldade quando exigem esforços máximos ou próximos de máximo (GONZÁLEZ e BRACHT, 2012).
Portanto, baseado 📈 nos mecanismos de processamento de informação, conclui-se que nos esportes coletivos, os jogadores devem realizar tarefas como antecipar a ação 📈 motora do adversário e do companheiro de equipe para organizar suas ações e buscar atingir um objetivo.
Por isso, no ensino 📈 desses esportes, é de extrema importância que o(a) professor(a) utilize métodos de aprendizagem nos quais os alunos interajam entre si 📈 como adversários, vivenciando a realidade do jogo, transcendendo o ensino de técnicas isoladas, como se resolvessem os problemas de contexto 📈 de jogo (GONZÁLEZ e BRACHT, 2012).
Como metodologia de ensino, os esportes coletivos foram situados nessa categoria por possuírem as mesmas 📈 invariantes em bonus 200 stake estrutura.
Essas invariantes são seis: uma bola (ou implemento similar), um espaço de jogo, parceiros com os quais 📈 se joga, adversários, um alvo a atacar (e, de forma complementar, um alvo a defender) e regras específicas (DAOLIO, 2000).
Por 📈 terem a mesma estrutura lógica, o processo pedagógico de ensino pode ser facilitado através das seis regras de ação da 📈 lógica interna dos esportes coletivos.
Dessas seis regras, três são para o ataque: conservação individual e coletiva da posse de bola; 📈 progressão em direção ao alvo adversário e finalização da jogada, visando à obtenção do ponto.
E três para a defesa: recuperação 📈 da bola; impedir o avanço da equipe em direção ao alvo que defende e proteção deste alvo, visando impedir a 📈 finalização da equipe adversária (DAOLIO, 2000).
Por fim, para facilitar a compreensão e análise estrutural dos esportes coletivos, Daolio (2000) sugeriu 📈 um modelo pendular que segue abaixo:
Através desse modelo, é possível observar que os princípios operacionais (ataque e defesa) são menos 📈 móveis, traduzindo a característica comum aos esportes coletivos.
Já as regras de ação possuem um pouco mais de mobilidade (estando de 📈 acordo com cada modalidade) e, por fim, os gestos técnicos são os mais particulares de cada modalidade em si.
Essa ilustração 📈 indica o caminho facilitado para o processo de ensino e aprendizagem.
Lembrando que, para a disputa de esportes de invasão, existem 📈 duas equipes que possuem uma meta a ser defendida e a meta do adversário, para ser invadida e atacada a 📈 fim de computar pontos.
A transição de ataque para defesa acontece a todo momento.
A manutenção da posse de bola é de 📈 suma importância para a eficiência do ataque e, nesse momento, a defesa deve se posicionar da maneira mais adequada para 📈 retomar a posse da bola e passar a atacar.
As metas a serem defendidas e/ou atacadas estão sempre posicionadas nas linhas 📈 de fundo dos campos ou quadras retangulares, características desses esportes.
Exemplo: basquetebol, corfebol, floorball, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei 📈 na grama, lacrosse, polo aquático, rúgbi, etc.
2ª Etapa: Dimensão conceitual
Aqui, sugere-se a organização do planejamento por meio da divisão do 📈 contéudo nas três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal.
Os assuntos que são trabalhados em cada dimensão podem aparecer em uma mesma 📈 aula, cada aula um assunto ou a fusão de dois ou mais.
Cabe ao(a) professor(a) avaliar o desenvolvimento dos temas a 📈 fim de estruturar melhor a continuidade de acordo com o envolvimento dos estudantes, a assimilação das informações, as necessidades e 📈 os potenciais de cada turma.
Para a dimensão conceitual, sugere-se que fique claro para os estudantes o conceito de esporte; jogos 📈 coletivos, jogos coletivos de invasão; linha de passe; defesa e ataque.
Além de compreender teoricamente como os jogadores, em um jogo 📈 coletivo de invasão, podem se apresentar, a fim de desenvolver uma prática fluida, cooperativa, consciente e autônoma.
Sugere-se também que no 📈 primeiro momento de cada aula, faça-se uma roda de conversa para discutir pontos importantes sobre o conteúdo.
É importante retomar os 📈 conceitos de esporte, esportes coletivos e esportes coletivos de invasão.
Partindo do questionamento, a fim de instigar a fala dos educandos 📈 para fazer um diagnóstico de como o conteúdo está sendo assimilado e, principalmente, construir através do diálogo os novos conhecimentos 📈 a respeito dessa parcela da cultura corporal, articulando com a realidade sociocultural na qual a comunidade está inserida.
Sugestões de questões 📈 disparadoras:
– O que é esporte? Onde me encontro com essas práticas?
– O esporte que temos na escola é o mesmo 📈 da televisão? E o que vemos/jogamos na rua ou no campinho do bairro? Por quê?
– O que são esportes coletivos? 📈 Dar exemplos de esportes e pedir que apontem características que possam dar indicativos sobre esses esportes.
– O que são esportes 📈 coletivos de invasão? Como jogo? Vocês podem dar exemplos? O que preciso fazer para ajudar minha equipe?
3ª Etapa: Dimensão procedimental
As 📈 seguintes atividades práticas sugeridas têm como objetivo trabalhar a evolução dos estudantes em um jogo de nível mais baixo para 📈 um jogo de bom nível, no qual apresenta características como: procurar o jogo coletivo (passar a bola), afastar-se do colega 📈 que tem a bola (desaglutinar), procurar espaços vazios, dar intencionalidade ao jogo, não esquecer o objetivo do jogo (marcar pontos); 📈 tudo isso sustentado pelos indicadores de qualidade de jogo, que são: relação com a bola, comunicação na ação e estruturação 📈 do espaço (GARGANTA, 1998).
Julio Garganta (1998) elencou níveis de relação dentro de um jogo desportivo coletivo que foram resumidos na 📈 tabela a seguir:
Relação Direcionamento
da atenção EU – BOLA Familiarização com a bola e seu controle EU – BOLA – ALVO 📈 Foco na finalização; objetivo do jogo EU – BOLA – ADVERSÁRIO Situação 1×1; conquista e conservação da posse da
bola; buscar 📈 a finalização EU – BOLA – COLEGA(S) – ADVERSÁRIO(S) Situação 2×2, 3×3 ao jogo formal; todos os anteriores
mais a comunicação 📈 com colega e contracomunicação com adversário
Tabela 1 – Relações estabelecidas em Jogos Desportivos Coletivos (GARGANTA, 1998, p.19).
Portanto, ao fazer um 📈 diagnóstico de uma turma que irá entrar em contato com o aprendizado de algum esporte coletivo, é importante ter em 📈 mente quais as relações que primeiro devem estar bem consolidadas, a fim de que as etapas de aprendizagem posteriores sejam 📈 facilitadas.
É comum que os estudantes tenham dificuldades com a relação EU-BOLA, sendo essa o primeiro nível de complexidade dentre as 📈 relações possíveis em um esporte coletivo.
Na relação EU-BOLA, o participante se preocupa unicamente em dominar o controle da bola ou 📈 de um implemento similar, o que não condiz com a realidade de um jogo completo, na qual haverá um alvo, 📈 colegas e adversários, porém, ter momentos para trabalhar unicamente essa relação pode ser de grande valor para quem está iniciando 📈 a prática de algum esporte coletivo.
Ao trabalharmos as relações dentro de um jogo desportivo coletivo, caminhamos de um nível de 📈 jogo anárquico para um jogo mais elaborado.
Garganta apresentou as características dos diferentes níveis de jogo, que estão colocados na tabela 📈 a seguir:
Fases Comunicação na ação Estruturação do espaço Direcionamento
da atenção Jogo Anárquico– Centração na bola– Subfunções
– Problemas na compreensão do 📈 jogo Abuso da verbalização, sobretudo para pedir a bola Aglutinação em torno da bola e subfunções Elevada utilização da visão 📈 central Descentração
– A função não depende apenas da posição da bola Prevalência da verbalização Ocupação do espaço em função dos 📈 elementos do jogo Da visão central para a periférica Estruturação
– Consciencialização da coordenação das funções Verbalização de comunicação gestual Ocupação 📈 racional do espaço (tática individual e de grupo) Do controle visual para o controle proprioceptivo Elaboração
– Ações inseridas na estratégia 📈 de equipe Prevalência da comunicação motora Polivalência funcional
Coordenação das ações (tática coletiva) Otimização das capacidades proprioceptivas
Tabela 2 – Fases dos 📈 diferentes níveis de jogos nos Jogos Desportivos Coletivos (GARGANTA, 1998, p.19).
Observando essa tabela, é possível perceber que, ao desenvolver a 📈 prática de um jogo para nível elaborado, são esperadas diferentes ações e tomadas de consciência por parte dos participantes em 📈 relação à bola, ao alvo, aos companheiros e adversários.
Por isso, mais uma vez, reforçamos a importância do diagnóstico prévio de 📈 como a turma se encontra, de maneira geral, a fim de adaptar os jogos e escolher as melhores atividades para 📈 garantir êxito suficiente para manter a motivação e o desenvolvimento do trabalho numa perspectiva inclusiva.
Com a sugestão de desenvolver o 📈 tema, utilizando de seis a oito aulas, fica a critério do(a) professor(a) escolher as atividades a serem trabalhadas.
Aqui, elas estão 📈 em uma sequência definida pelo nível de complexidade em relação às demandas dos jogos e a tomada de consciência sobre 📈 o jogo e como cada pessoa pode se apresentar, a fim de alcançar uma prática mais fluida.
Atividades:
Boliche: A turma será 📈 dividida em grupos de 4 ou 6 pessoas e, para jogar o boliche, serão dispostos cones pela quadra.
Os jogadores deverão 📈 derrubá-los chutando ou jogando a bola com as mãos, isso pode ser escolhido e depois alterado para experimentar as duas 📈 formas.
Haverá duas equipes que irão competir para ver quem derruba mais cones.
Essa atividade pode ser feita com as mãos ou 📈 pés.
Objetivo: Foco na relação eu-bola-alvo.
Circuito: Os jogadores deverão receber a bola e dominá-la, conduzir a bola entre cones e obstáculos 📈 que estarão dispostos na quadra, procurando realizar mudança de direção, chutar/arremessar ao gol ou realizar um passe.
Essa atividade também pode 📈 ser feita com a bola nas mãos ou nos pés.
Lembrando que na condução com as bolas nas mãos é necessário 📈 quicar a bola.
Objetivo: Foco na relação eu-bola; eu-bola-alvo.
Bobinho: Jogo tradicional de bobinho em roda, se o jogador que estiver na 📈 posição de bobinho interceptar o passe tocando na bola, esse irá para a roda e quem executou o passe ocupa 📈 seu lugar.
Objetivo: Foco na relação eu-bola-adversário.
Mãe-da-rua: Os jogadores serão divididos e organizados em um espaço dividido em três partes.
De início, 📈 uma pessoa será pegadora e as outras correrão com a bola nas mãos ou nos pés.
Tendo a posse da bola, 📈 deverão passar correndo de um espaço demarcado para outro, passando por onde o pegador está, esse só poderá pegar nesse 📈 espaço intermediário.
Caso o pegador toque com a mão em alguém, essa pessoa deixa a bola com os de mais colegas 📈 e torna-se pegador junto com o primeiro.
Quando o jogador com a posse de bola conseguir passar para a área delimitada, 📈 deverá passar a bola para algum colega que ainda não passou.
Os jogadores continuam a passar de uma zona para a 📈 outra, evitando serem pegos pelos pegadores.
O jogo acaba quando sobrar uma pessoa a ser pega ou ninguém mais.
Objetivo: Manter o 📈 foco da atenção na relação eu-bola para facilitar a ação no jogo.
Pega-pega linha: Um jogo de pega no qual os 📈 participantes poderão correr somente sobre as linhas da quadra para pegar e fugir.
Quem for pegador deverá correr também apenas sobre 📈 as linhas da quadra, quem for fugitivo terá uma bola para conduzir enquanto foge.
A condução da bola poderá ser feita 📈 primeiro com a mão (quicando) e depois com os pés.
Objetivo: Manter o foco da atenção na relação eu-bola para facilitar 📈 a ação no jogo.
Jogo dos passes: Os estudantes serão divididos em quatro equipes que, durante o jogo, deverão completar um 📈 número de toques ou passes pré-estabelecidos, para assim marcar um ponto; o número de toques poderá variar de acordo com 📈 o nível de dificuldade que se pretende exigir.
Os jogadores não poderão roubar a bola da pessoa para recuperar bonus 200 stake posse, 📈 apenas deverão interceptar o passe.
Variação: Pode-se acrescentar um alvo a ser atingido após a troca dos passes.
Objetivo: Atenção na relação 📈 eu-bola-colega; que compreendam o conceito de linha de passe e busquem colocá-lo em prática nas vivências.
Jogo dos cantos: Os jogadores 📈 serão distribuídos em dois grupos e receberão uma numeração equivalente para cada grupo, assim, haverá sempre duas pessoas com o 📈 mesmo número.
Cada grupo ficará posicionado em um canto da quadra (o lugar onde cobra-se escanteios de um mesmo lado) e 📈 quando o(a) professor(a) chamar um número, deverão correr para disputar a bola, que será lançada pelo(a) professor(a), e tentar finalizar 📈 no gol.
Nessa primeira variação, o foco está na relação eu-bola-adversário-alvo.
Variação: Serão formados quatro grupos nos quatro cantos de escanteio da 📈 quadra, os jogadores de dois grupos do mesmo lado defendem e dos outros dois, atacam quando os números forem chamados, 📈 o gol se mantém no mesmo lugar.
Nessa variação, trabalha-se a relação eu-bola-alvo-colega-adversário.
Pegou defendeu – largou atacou: Jogo com a bola 📈 nos pés, no qual os jogadores da equipe que está defendendo precisam atuar segurando algum objeto (colete, mini-cone, tartaruga.
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), de 📈 forma que em toda troca de posse de bola entre as equipes, a equipe que conquistou a bola deve soltar 📈 o objeto e a adversária deve pegá-lo, para só então exercer a marcação.
Nessa dinâmica, espera-se tanto que os jogadores identifiquem 📈 concretamente as fases defensiva e ofensiva, adequando-se às mesmas, como aproveitem o momento da transição defensivo-ofensiva de forma a tirar 📈 vantagem do tempo necessário para a outra equipe tomar posse dos objetos deixados no chão pelo adversário.
Objetivo: Foco na relação 📈 eu-bola-alvo-colegas-adversários.
Compreensão dos conceitos de ataque e defesa; como devem se posicionar em ambas as situações.
Bola torre: Jogam-se dois times e, 📈 no campo de cada time, dentro de uma área delimitada, haverá uma pessoa que será a torre.
O objetivo do jogo 📈 é que o time troque passes e quando estiver com a posse da bola, deverá fazer com que ela chegue 📈 direto na mão da torre para computar um ponto; no jogo a torre não pode sair da bonus 200 stake área e 📈 ninguém poderá entrar na mesma.
Os jogadores não poderão andar com a bola em mãos e ninguém pode tomar a bola 📈 diretamente, somente interceptar os passes.
Variação: Poderá ser definido zonas proibidas nas quais apenas alguns jogadores podem entrar, viabilizando a distribuição 📈 das pessoas pela quadra.
Objetivo: Compreensão de cobertura ofensiva; a necessidade de se afastar, enquanto seu time ataca, de quem possui 📈 a bola em uma distância mínima para que haja linha de passe ao mesmo tempo em que não favoreça a 📈 marcação adversária.
Foco na relação eu-bola-alvo-colegas-adversários.
Flagball adaptado: Os estudantes serão divididos em dois times no qual o objetivo do jogo é 📈 que as equipes marquem gols.
Para isso, terão uma fita presa nos shorts e se ela for retirada pelo adversário, enquanto 📈 estiver com a bola em mãos, essa pessoa perde bonus 200 stake posse para a pessoa da equipe que tirou a fita 📈 e o jogo recomeça.
Os jogadores, quando estiverem com a bola em mãos, não poderão correr, o que obriga que troquem 📈 passos rapidamente até a linha de fundo do lado adversário da quadra, para que marquem um ponto.
Objetivos: Essa mesma atividade 📈 pode ser feita inspirada em qualquer outro esporte coletivo de invasão como o futsal, handebol, basquete, etc.
Foco na relação eu-bola-alvo-colegas-adversários.
4ª 📈 Etapa: Dimensão atitudinal
Para trabalhar a dimensão atitudinal são feitas intervenções que reflitam sobre a cultura que envolve determinada prática, quais 📈 valores éticos e morais os conhecimentos devem ser trabalhados nas aulas de educação física.
Nesse sentido, a preocupação é em formar 📈 cidadãos que entendam seus direitos e deveres, com intuito de se desenvolverem na sociedade democrática na qual estão inseridos, através 📈 de uma participação ativa.
Para atingir esses objetivos, o(a) professor (a) poderá trabalhar em cima de valores como igualdade, liberdade e 📈 solidariedade; questionar atitudes preconceituosas e intolerantes; proporcionar atividades construtivas de cooperação e compreensão, com os limites de cada indivíduo; condicionar 📈 uma prática segura, saber aceitar as críticas dos alunos, colegas e de mais funcionários, entre outros (GONZÁLEZ e BRACHT, 2012).
É 📈 importante ter um olhar sensível sobre as situações problemas que possam surgir, pois é comum que nessas situações alguns temas 📈 dessa dimensão se destaquem, dando abertura para seu tratamento em aula.
Sobre o esporte, especificamente, questões como fair play, competitividade exacerbada, 📈 honestidade, noção de justiça, massificação da cultura corporal esportiva, mídia, entre outros são temas possíveis de serem relacionados com a 📈 prática.
Exemplo de atividade:
Para trabalhar mídias junto com o conteúdo de esportes coletivos de invasão, o(a) professor(a) poderá conduzir o futebol 📈 midiático.
Futebol midiático: Um jogo de futsal acontecerá e os personagens envolvidos irão além dos jogadores das equipes.
Os estudantes receberão diversas 📈 funções: jogadores, um ou dois árbitros, uma pessoa que irá narrar o jogo, enquanto outra irá filmar os lances junto 📈 com a narração; pessoas que não estarão assistindo ao jogo mas estarão ouvindo à narração; uma pessoa que terá a 📈 função de organizar uma notícia escrita sobre o jogo após assistí-lo; pessoas para formarem torcidas organizadas, entre outras funções que 📈 possam ser criadas a fim de representar o acontecimento de um evento esportivo de nível profissional e com alcance em 📈 diferentes mídias (TV, jonal ou revistas, rádio).
O jogo acontecerá normalmente, porém, esses personagens comuns a um evento esportivo de grande 📈 porte, participarão exercendo suas funções específicas.
Ao final do jogo, será dado um tempo para os jornalistas de mídias impressas terminarem 📈 de escrever suas matérias para reunir as pessoas e conversar sobre a atividade.
No momento da discussão, é importante estimular a 📈 turma a contar como foi a experiência de fazer determinada função, assimo como não ver, porém ouvir a partida, Nesse 📈 momento, o vídeo gravado será exibido, a fim de encontrar semelhanças e diferenças sobre o que se imaginou enquanto ouviam 📈 a narração.
A notícia de jornal escrita será lida em voz alta e,depois, irão conversar sobre como foi escrever.
Enfim, a ideia 📈 central é suscitar discussões que abordem o tema de esporte espetáculo, mídia, relação da mídica esportiva com determinados valores como 📈 clubismo, veracidade nas informações, torcidas, etc.
Para finalizar, o(a) professor(a) poderá reunir a turma em uma roda para conversar sobre o 📈 que foi ensinado.
Como forma de avaliação, ao final de cada aula, o(a) professor(a) pode levantar questões sobre o conteúdo e 📈 as discussões anteriores e pedir aos estudantes que escrevam um pequeno texto relatando o que aprenderam em cada dimensão dos 📈 conteúdos.
Materiais Relacionados
1) Para se familiarizar um pouco mais com a discussão "esporte da escola", por meio de uma visão da 📈 pedagogia crítica, acesse o seguinte artigo: BRACHT, V.
Esporte na escola e esporte de rendimento.Movimento, v.6, n.12, p.14-24, 2000.
2) Recomenda-se que 📈 o(a) professor(a) acesse algum material preliminar para conhecer um pouco mais sobre o ensino dos esportes.
Indica-se como leitura os seguintes 📈 textos:– DAOLIO, J.
Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos – modelo pendular a partir das idéias de Claude 📈 Bayer.
Revista Brasileira de Ciência e Movimento.Brasília, v.10, n.4, p.99-104, 2002.– GONZÁLEZ, F.J.; BRACHT, V.
Metodologia do ensino dos esportes coletivos.
Vitória: Universidade 📈 Federal do Espírito Santo, 2012.– GARGANTA, J.
O ensino dos jogos desportivos.Porto, 1998.
3) Local da aula: quadra.
4) Material utilizado: bolas; cones; 📈 coletes; fitas de tecido.
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